Hoje encerro a sequência de posts especiais sobre o meu filme favorito, Onde vivem os monstros. A cena escolhida não está no meu canal no Youtube, mas no perfil de Breno Silva. O trecho possui 42.564 visualizações, 730 curtidas e 25 descurtidas. O entitulei de O sol morreu. O vídeo foi postado no dia 04 de julho de 2013.
A cena traz o monstro Carol descontrolado ao perceber que já era dia e que o sol não havia nascido. Ele, então, chama todos que estavam dormindo para ir lá fora ver que estava tudo escuro. Carol diz que não confia em Max porque ele é indeciso e muda as coisas todo tempo. Então, ele resolve destruir o forte que Max e os monstros haviam construído, mas nem todos aceitam isso. Douglas faz uma revelação bombástica, o que deixa Carol mais descontrolado ainda, o que o faz tomar uma atitude muito dolorida com seu melhor amigo. O caos se instaura na floresta. Assista à cena:
A cena me faz refletir sobre a frustração em vários aspectos. A frustração de Carol por descobrir que o sol estava morto e a frustração dele ao perceber que nem sempre as pessoas ao nosso redor agem da forma que desejamos. A partir de agora, reflito sobre essas duas questões.
O sol nem sempre vai nascer todos os dias, e aqui não falo do grande astro rei, mas sim de expectativas e positividade. O sol na cena tem a ver com a esperança e precisamos nos acostumar que nem sempre ela surgirá esplendorosa. Precisamos, portanto, lidar com essa frustração. Quando Carol diz: "E agora eu me preocupo porque o sol morreu. Olha ali! Ele não nasceu! Tá morto!", é possível ver sua frustração. E cara, devemos nos acostumar com a frustração e com momentos ruins em nossas vidas.
A segunda frustração de Carol tem a ver com o que esperamos de uma pessoa e não acontece. Carol estava insatisfeito com o reinado de Max, deixando de confiar nele porque ele mudava tudo. Ele diz: "Tá tudo errado. Não era pra ser assim. Você disse que nós íamos dormir juntos numa pilha. Que era um quarto secreto. E K.W. sumiu de vez. [...] Eu não confio no que diz. [...] Era pra ser um lugar onde só aconteceria as coisas que a gente quisesse. [...] Tinha que nos proteger. Tinha que cuidar de nós e não cuidou." Carol despeja toda sua frustração em Max e eu imagino como ele estava se sentindo. Mas, o que tiro de lição da cena é que não devemos esperar muito das pessoas pois isso vai acabar nos frustrando. As pessoas são falhas. Ninguém é perfeito. Talvez o que Carol esperava de Max era totalmente diferente do que Max poderia oferecer, entende?
Por sua insatisfação e frustração pessoais, Carol toma uma decisão por todo o grupo: a de destruir o forte. Mas ao tomar essa decisão ele pensou apenas em si, não no coletivo. Como Max falou: "Não. Nós todos vivemos aqui, não só você. É de todo mundo. De Judith, Ira e de todo mundo." Isso me faz refletir que vivemos em sociedade e que nossas convicções e opiniões devem ficar somente conosco. Cada ser é dotado de opinião, e quando Carol tomou essa decisão ele foi egoísta com Max e os outros monstros.
Após o desabafo de Carol, Douglas faz uma revelação bombástica, dizendo uma das frases mais icônicas do longa (Alerta de spoiler a seguir!): "Carol! Carol! Ele não é nosso rei. Não existe essa coisa de rei. Ele é um menino, fingindo que é um lobo, fingindo que é um rei." Imagino o quanto essa revelação foi avassaladora, a ponto de Carol correr atrás de Max e ele fugir. Inclusive a cena conclui no início de outra já falada aqui: Devorar de tanto amor, sendo um prelúdio (Se quiser saber como a cena continua clique aqui).
O sol morreu nos ensina muitas lições. Ensina, sobretudo, a lidar com nossas frustrações e controlar nossas emoções. Espero que a cena tenha deixado uma curiosidade para aqueles que ainda não viram o filme.
Assim, concluo essa sequência de especiais. Que possamos aprender a cultivar nosso reino e nosso mundo, como em "Quero que seja rei para sempre"; a ter uma família na qual podemos contar, como em Devorar de tanto amor; a saber brincar quando é brincadeira, como em Pisada; a ser acolhido e agir com diversão e extravasamento de humor, como em Montinho; e a lidar com nossas frustrações, como em O sol morreu.
Queria saber de você se gostou dessa sequência de posts e aprendeu alguma lição com ela? Quem sabe não faço outra com algum filme que vocês recomendem. Se não for uma sequência, tenha certeza que a próxima edição do Aquela cena será boa e interessante. Até o próximo Aquela cena!J-J
Eu gosto muito desse filme, vou ver os outros posts sobre. Sempre ouvi dizer que esse filme tem toda uma explicação e vários porquês... Mas nunca entendi ao certo o significado. Deu vontade de assistir novamente.
Eu ainda não vi esse filme, Emerson. Mas li dois posts que você fez para essa seção do blog e aprendi bastante. Esse último então... Nem se fala! Frustrações são tão ruins, né? Mas fazem parte, não tem jeito. E isso tem muito a ver com a expectativa que criamos. Que também surge, mas tem de ser na medida certa. Tudo é uma questão de equilíbrio. Mas claro que na prática, a teoria é mais difícil. ^^
Confesso que ainda não vi o filme... mas fiquei ainda com mais curiosidade sobre o mesmo!... Até porque já tinha visto outra excelente postagem sobre o mesmo, por aqui!... Como sempre, uma análise super completa e detalhada, sobre a cena em questão! Um grande abraço! Ana
Eu gosto muito desse filme, vou ver os outros posts sobre.
ResponderExcluirSempre ouvi dizer que esse filme tem toda uma explicação e vários porquês... Mas nunca entendi ao certo o significado.
Deu vontade de assistir novamente.
https://www.heyimwiththeband.com.br/
Amei a sequencia de posts desse filme, é um filme onde conseguimos tirar muitas lições bacanas, está anotado para eu assistir em breve.
ResponderExcluirAbraços.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Preciso conferir esse filmem tinha esquecido de ver. Agora não posso deixar passar.
ResponderExcluirBeijo!
Cores do Vício
Acredito que seja um filma simpático de ver.
ResponderExcluir.
Saudação amiga
Abraço
Ahhh quero muito assistir esse filme :)
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Eu ainda não vi esse filme, Emerson. Mas li dois posts que você fez para essa seção do blog e aprendi bastante. Esse último então... Nem se fala! Frustrações são tão ruins, né? Mas fazem parte, não tem jeito. E isso tem muito a ver com a expectativa que criamos. Que também surge, mas tem de ser na medida certa. Tudo é uma questão de equilíbrio. Mas claro que na prática, a teoria é mais difícil. ^^
ResponderExcluirBeijos, Carol
www.pequenajornalista.com
Você é o Artur Claro? Vi outros blogs no seu perfil com esse nome.E ŕecebi um comentário como Arthur Claro.
ResponderExcluirResponda no meu blog, ok?Quais blogs são seu?
Beijos sabor carinho, obrigada pelas visitas e ótima noite de terça-feira
Donetzka
Parece ser muito bom o filme. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Ainda não vi o filme, mas me interessei. Vou procurar...
ResponderExcluirBeijos,
Paloma Viricio
Confesso que ainda não vi o filme... mas fiquei ainda com mais curiosidade sobre o mesmo!... Até porque já tinha visto outra excelente postagem sobre o mesmo, por aqui!...
ResponderExcluirComo sempre, uma análise super completa e detalhada, sobre a cena em questão!
Um grande abraço!
Ana