sábado, 31 de outubro de 2020

Doodles do 'Google' de Halloween

 

"No lo creo en las brujas, pero que las hay las hay", já dizia um ditado popular espanhol. Hoje, 31 de outubro, é comemorado o Halloween, uma festa de tradição europeia e americana. Aqui no Brasil a data não é tão comemorada, embora há festas nessa temática e até uma data similar, o Dia do Saci

Mesmo sendo uma data internacional, há uma certa familiaridade com a data. O Google, gigante de buscas, por exemplo, todos os anos cria um doodle comemorativo sobre o Dia das Bruxas. Isso acontece desde 1999 (Saiba mais dos doodles temáticos aqui). Cerca de 21 doodles nessa linha já foram criados. Veja alguns deles abaixo:   

  



Perceba que os doodles no decorrer dos tempos ficaram mais interessantes e interativos. No início havia algumas transformações pontuais na logo, que na época era serifada, com a adição de elementos fantasmagóricos e até mesmo a mudança das cores usuais do Google (Azul, amarelo, verde e vermelho). Para mim, os mais legais são os mais recentes, como o de 2017 e 2019. Ressaltarei alguns deles, até falar do doodle de 2020.


Doodle de Halloween 2017




Um doodle criativo e fofinho que mostra o fantasma solitário Jins tentando se encaixar em um mundo (Saiba mais aqui). Para isso, ele precisa encontrar a fantasia perfeita e um lugar ao qual pertencer. É um doodle interessante pois fala de diversidade e aceitação. Veja o vídeo de apresentação abaixo:





Doodle de Halloween 2019




O doodle do ano passado também era interativo e trazia a tradicional brincadeira de "doces e travessuras" por meio de animais curiosos e divertidos que surgiam na porta (Saiba mais aqui). Para tornar a brincadeira interessante você deveria escolher entre as duas opções. 



Magic Cat Academy 2



O doodle desse ano foi disponibilizado no dia 30 de outubro (Saiba mais aqui). Ele é uma continuação de um doodle de 2016 chamado de Magic Cat Academy. O Magic Cat Academy foi lançado há quatro anos. O jogo tem um pano de fundo meio dark, porém fofo e tem como protagonista a gatinha corajosa Momo, que dessa vez surge munida com sua varinha mágica submersa no mar. 



Se em 2016, o jogador tomava o controle da gatinha para resgatar sua escola de magia e se livrar de fantasmas que surgiam, reproduzindo símbolos simples na tela com o dedo ou o cursor do mouse; agora (2020), o intuito é continuar essa batalha mas no fundo do mar. Leia a descrição do jogo (com grifos):

"Eles estão de volta!

Neste Halloween, estamos começando exatamente de onde nosso Doodle da Magic Cat Academy 2016 parou com um grito subaquático! Mergulhe com o gato Momo para ajudar novos amigos e chegar a novas profundezas em sua aventura contra o fantasma do Big Boss e sua escola de ghouls ... debaixo d'água.

Felino com sorte? Nade e deslize para PURR-proteger o oceano e suas criaturas antes que seja tarde demais!"


No jogo, a gatinha  possui cinco vidas e deve passar de níveis que vão ficando mais difíceis. A pontuação da Momo aumenta a medida que ela vencia os desafios. O jogo atual possui quatro níveis, até que é concluído.  

O jogo pode ser jogado tanto em computador pessoal (Com o uso do mouse), como no tablet (Com o uso do trackpad). Seja em que dispositivo for, você se diverte com os novos movimentos adicionados no jogo. Ele é acessado na página de busca do Google. Confira abaixo uma apresentação detalhada:





   
Confira o jogo de 2016 que serviu de inspiração para o desse ano:


   



Fique em casa e se divirta com Google Doodles antigos conhecidos



No dia 6 de maio de 2020, em meio a pandemia, o Google estava lançando doodles com o intuito das pessoas se divertirem dentro de seus lares. O jogo de Halloween de 2016, citado no tópico anterior, foi selecionado como uma forma de entretenimento. 


Eu não acredito em bruxas!




Não acredito em bruxas, fantasmas ou forças do além, tampouco comemoro o Halloween e Dia das bruxas. Fiz esse post para aproveitar a data e porque amo tecnologia e o mundo dos games. 

E você, gostou dos doodles do Google de Halloween? Tem algum interessante que não foi mencionado? Diga nos comentários! Fique agora com uma imagem da Turma da Mônica vestida de Família Adams. J-J





Por: Emerson Garcia
  

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

10 anos de 'Instagram': a rede social disponibiliza ícones clássicos para comemorar aniversário e outras coisas mais



Durante o mês de outubro o Instagram fez 10 anos de criação (Mais precisamente no dia 06 de outubro de 2010). Para comemorar a data, foi disponibilizado uma função escondida nas configurações do aplicativo. Ao acessá-las há vários emojis e a medida que você passa o dedo para cima você desvenda uma surpresa, um easter egg eu diria. Você libera vários ícones desde a origem do aplicativo, de logos clássicas como a polaroid, até versões monocromáticas e até mesmo uma LGBTQ+. A função serviu para os fãs da plataforma relembrarem os ícones do aplicativo.

Desde sua origem, o Instagram mudou bastante sua logomarca. Contudo, nem sempre essas mudanças foram bem aceitas pelo público. De uma câmera de polaroid clássica em 2010, até umas repaginações desta em 2010 e 2011 (de um formato mais rudimentar, até para um de melhor designer), até chegar no ícone em degradê entre amarelo, passando para o laranja e roxo de 2016 - logo utilizada até os tempos atuais (2020). As pessoas eram apaixonadas pelo ícone clássico do aplicativo e não gostaram nada de quando a empresa mudou sua marca para uma tonalidade em degradê, embora essa tenha sido a tendência de várias marcas na atualidade. 


Com o easter egg, portanto, é possível revisitar e relembrar ícones preferidos e favoritos. Essa foi uma ação inovadora da empresa. Entre os ícones disponíveis estão o Clássico 2, amado pelas pessoas; o original e mais antigo; versões em degradê, como Crepúsculo, Nascer do Sol e Aurora; até versões minimalistas, como a escuro, claro e muito escuro. 


Tendência degradê


Essa é, sem dúvidas, uma tendência seguida por várias empresas. Recentemente, o Layon Yonaller apresentou em primeira mão que a Globo adotará em 2021 essa tendência e o uso de logos em 2D (Leia aqui).

Há quem diga que o degradê torna as coisas mais modernas e vivas, e outros que não gostam nenhum pouco. É importante realizar gradientes com cores análogas, para não gerar ruído e certa estranheza para os olhos do público-alvo. 

O degradê utilizado pelas marcas na atualidade é diferente do degradês dos anos 1980 e 1990. Agora, ele está mais repaginado, com cores bem saturadas e vibrantes, aplicado tanto na tipografia, como nas formas. As cores que predominam são o amarelo, laranja, rosa e roxo. Trago à tona algumas das logos em degradê mais famosas, começando pelo Instagram.


Instagram

Lançado em maio de 2016, a nova logo gerou muita polêmica. O Instagram unificou as cores das suas logos em suas subferramentas também, como o Layout, Boomerang e Mãos Livres


Globoplay e Viva


Como já adiantado no post do Layon, a Globoplay mudou seu design recentemente para a tendência degradê, já amplamente utilizado na logo do Viva entre os anos 2010 e 2014. 

Perceba que os tons de cores entre a logo da Globoplay e da Viva são basicamente os mesmos: vermelho, laranja e amarelo. 


Netshoes


Em 2014 a Netshoes modernizou sua logomarca utilizando a tendência degradê. Perceba que o jogo de cores utilizado é praticamente o mesmo do da logo do Instagram


Picsart



O Picsart recentemente mudou sua logo também, abrindo mão da logo monocromática em tom azul, pela degradê com cores que vão do rosa choque, lilás e azul. 


Oi



Em 2016 a Oi apresentou 210 alternativas de logo, com o intuito de apresentar sua ideia de dinamismo e adaptabilidade. Cada alternativa utilizou a tendência degradê, baseada em vários tons super coloridos. 



A nova forma da logo foi comparada com a aparência de uma ameba ou com a massinha Amoeba. Desastre total. 



Carrefour

Em 2009, o Carrefour disponibilizou três versões diferenciadas do seu logo para a campanha Positive is back. Cada uma das versões foi destinada à um tipo de material e local. O grupo de logos em degradê foi criado para ser utilizado em banners. Na imagem acima é possível ver a experimentação de degradê em várias cores e tons. A ideia de mudança da logo não foi adiante, mas é possível perceber que as logos coloridas são mais divertidas, vibrantes e acolhedoras. 


Design da rede social

Quem se lembra, por exemplo, da época em que a rede social tinha tonalidades em azul? A rede social mudou bastante, dando cada vez mais destaque às fotografias, ao utilizar o fundo branco, com detalhes em preto, afinal, o que importa no Instagram são as imagens. 


A forma de curtir também mudou



Talvez uma das mudanças mais significativas da plataforma foi a respeito da contagem de curtidas. Agora elas ficam visíveis somente para o usuário. Isso ocasionou numa nova forma de publicação de conteúdos, dando mais importância à essência da foto, às legendas e às hashtang. As pessoas tiveram que se adequar e resignificar a interação na rede social. Com isso, mostrou-se a urgência do marketing de conteúdo e de como obter maiores engajamentos. 


Filtros no Instagram

Você sabe como surgiu os filtros do Instagram? Antes de criar o aplicativo Kevin Systrom teve uma ideia durante uma viagem para o México. Sua namorada não havia gostado da qualidade das fotos tiradas de seu iPhone4, quando ele teve a brilhante ideia de criar filtros como forma de solucionar a qualidade baixa de fotografias em algo bonito e artístico. Hoje em dia os filtros do Instagram são bastante populares. Com nomes de personagens de La casa de papel (Entendores entenderão), os filtros são utilizados por aqueles que querem deixar suas fotos mais interessantes. Mas, também tem os adeptos das fotos sem filtros. 


Boomerangs, Reels e destaques 

O Instagram tem uma porção de ferramentas interessantes e criativas, como o Booomerang, o Reels e os destaques.

O Boomerang são vídeos que se repetem em um looping, criando um efeito interessante.



Já o Reels veio para concorrer com o aplicativo TikTok que cresce assustadoramente. A ferramenta do Instagram permite a edição de vídeos, com cortes, takes e até mesmo a inserção de trilha sonora. A criatividade de utilizar a ferramenta vai de usuário para usuário. 



Os destaques, por sua vez, são vídeos e fotos que ficam abaixo de sua descrição e que, em certo sentido, você quer dar uma ênfase maior. Existem vários tipos de destaques. Recentemente, eu criei destaques com os seguintes títulos: Modo Blogueiro e Instagram (Com um easter egg que descobri do Instagram). Você pode editar os destaques da forma que quiser, organizando-os e deixando eles com capas que combinam entre si. 


Hashtags


As fotos com hashtags geram engajamento e outras coisas. Há aquelas conhecidas como: #me, #selfie, #instafood e #tbt, e até mesmo aquelas proibidas como a #sextou, isso porque "Sextou" se refere à sexo - "Sex to u". É necessário cautela ao utilizar as hashtags e a noção de que existem hashtags mais fortes no quesito engajamento que outras. 


Stories

Uma das funções mais populares do Instagram são os stories. Você sabe como eles surgiram da plataforma? Surgiu de uma briga entre o Instagram e o Snapchat! O Instagram queria comprar o Snapchat, e como este não cedeu foram criados os stories. O Instagram é bem competitivo e quebrou as pernas do Snapchat com essa função. Hoje em dia, me pergunto quem utiliza Snapchat, já que o Instagram, além da função de postagem de fotos, também tem essa de vídeos e imagens que desaparecem depois de 24 horas. O Instagram depois de implementar os stories em sua plataforma ainda disponibilizou no Whatsapp e no Facebook


IGTV


O IGTV é uma modalidade de vídeo do Instagram que lembra muito o Youtube (O Instagram quer reinar sobre todos os aplicativos que não são do Facebook), onde é possível postar vídeos maiores de até 15 minutos, dando a possibilidade de deixar os vídeos salvos até quando o usuário desejar. A ferramenta é excelente, os vídeos são de qualidade alta, mas a modalidade ainda não caiu no gosto do público.  


Um pouco da história do Instagram e um pouco da minha história com a rede social

A rede social foi criada há 10 anos pelos estudantes Kevin Systrom e Mike Krieger da Universidade de Stanford. Eles não imaginavam que a rede viria a ser uma das mais populares plataformas da internet. Os estudantes investiram US$ 550 mil dólares com o intuito de criarem uma rede social de postagem de fotos, interação com usuários e até mesmo marcação de localizações e o mapa de fotos (Uma das atualizações mais recentes). 

Instagram significa telegramas (mensagens) instantâneas, já que insta siginifica instantâneo e gram telegrama. O nome também é uma clara referência ao hábito antigo de enviar polaroids por correio. Antes de se chamar Instagram, a rede social já se chamou Burbn e Codiname.  

O Instagram já teve várias características, como: postagem de imagens no momento em que acontecem as coisas; terreno fértil para publiposts e marketing de conteúdo; promoção de usuários; lugar para pessoas "padrão biscoiteiro"; e um ambiente para disseminação de hashtags

Utilizo a rede social para o compartilhamento de momentos da minha vida pessoal e profissional. Antigamente era mais viciado na plataforma. Depois passei a dosar, passando um bom tempo sem postar e distribuir coraçãozinhos. Hoje em dia, voltei na rede social e a utilizo de forma mais regrada, o que ocasiona na minha boa saúde mental. 


10 anos de Instagram

10 anos não são 10 dias, mas ainda é um número pequeno de existência. Contudo, mesmo com poucos anos, o Instagram já obteve muitas conquistas, mudanças positivas e negativas, funções, crescimentos, entre outras. Um feliz parabéns para essa rede social tão querida e inovadora. J-J


Por: Emerson Garcia

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Quinta de série #serieteners: Diário de um confinado

Pode conter spoilers!





A partir de hoje (29) lanço uma sequência de posts especiais aqui no Quinta de série. Trata-se do #serieteners - séries criadas e produzidas durante a quarentena que o mundo todo passa. Falarei de 8 produções (O número pode aumentar se eu julgar necessário). Projeto que esse especial dure até o ano que vem, por volta de 04 de fevereiro de 2021.

A primeira série que escolhi falar é a Diário de um confinado. Com duas temporadas e um total de 16 episódios, é uma produção de comédia da Globo exibida em seu serviço de streaming Globoplay, desde 26 de junho até 25 de setembro de 2020. Criada, produzida e estrelada por Bruno Mazzeo, a série ainda conta com a criação de Joana Jabace e roteiro de Rosana Ferrão, Leonardo Lanna e Veronica Debom. No elenco estavam presentes Renata Sorrah, Débora Bloch, Fernanda Torres, Lázaro Ramos, Lúcio Mauro Filho e Joaquim Waddington. Cada episódio tinha por volta de 12 minutos.  

Diário de um confinado foi uma série totalmente produzida de forma remota. Entre a concepção da ideia de Bruno Mazzeo e a gravação foi cerca de um mês e meio. Bruno produziu a série com sua esposa, que era sua diretora. A produção, portanto, se passa quase toda no apartamento de Bruno. Há poucas cenas externas (Mais as da segunda temporada). Os atores gravavam e interagiam com Bruno Mazzeo por videochamadas. 


E sobre o que a produção fala? Na série conhecemos Murilo, um solteirão que tenta sobreviver ao isolamento social por conta da COVID-19. O personagem marca os dias de confinamento no espelho do banheiro e tenta se reinventar para não enlouquecer. Com a nova condição, Murilo tem que aprender a limpar a casa, fazer sua comida e sair para as compras, tomando o máximo de cuidado. Ele conta com a ajuda de sua mãe Marília (Renata Sorrah), que coloca ele mais doido do que já é; e dos doutores Leonor e Guilherme Lemos (Fernanda Torres e Lázaro Ramos), que tentam trazer equilíbrio e uma vida mais saudável à Murilo nesses tempos tão difíceis.

A arte consegue imitar a vida real muito bem, pois nos vemos nas várias situações vivenciadas por Murilo, como a proteção exarcebada contra o vírus, com o uso de máscaras e de álcool em gel em tudo que é lugar; a limpeza de compras e da casa; e a adaptação da vida frente à esse novo cenário. 




A série tenta responder, de forma bem humorada (Apesar do momento difícil que enfrentamos), como sobreviver ao confinamento, uma vez que passamos a maior parte do tempo em casa. Murilo tornou-se um verdadeiro viajante em sua própria casa. Ele "viajou" da cozinha para o quarto e da sala para o banheiro, tendo o seu passaporte bastante carimbado, como mostrado na abertura que falarei mais à frente.  




Assim como muitos de nós, Murilo teve que lidar com o desafio de ter todos seus compromissos pessoais e profissionais transformados em remotos, desde sua terapia, reunião do condomínio, até o encontro com os amigos. E essas situações rendem as situações mais hilárias e engraçadas, como quando Murilo tenta cozinhar e pergunta como fazer para sua empregada por videochamada, quando tenta ter uma terapia com sua terapeuta, com o filho dela atrapalhando sua consulta, quando ele tem um date e uma festa virtuais ou quando recebe uma homenagem de aniversário com um carro de som (Saudades desse tipo de homenagem). Situações engraçadas que, com certeza, nos identificamos. 

Os episódios sempre eram iniciados com Murilo acordando e marcando os dias que estava em quarentena no espelho do banheiro. Depois tinha um depoimento reflexivo que tinha a ver com o episódio em questão e, só assim, havia a ação do episódio propriamente dita. 

A série conseguiu retratar o que as pessoas do mundo tem passado com o confinamento e isolamento social. Para Mazzeo e sua esposa, Joana, a série conseguiu seu objetivo. Foi fundamental essa parceria entre eles, o que deixou seu casamento mais sólido. 


Como a série foi feita?




Como falado, a série foi toda produzida e gravada remotamente. Cada um dos profissionais fez o seu trabalho de sua residência. O trabalho de produção da série foi totalmente ressignificado: os personagens provaram seus figurinos por chamadas de vídeo e a gravação e edição da série foi feita a partir da casa de Bruno e de outros profissionais. 

Cerca de 230 objetos foram enviados para o set de filmagem, o que trouxe uma nova aparência ao apartamento de Bruno. A ideia foi imprimir no ambiente os efeitos do confinamento. O apartamento de Bruno era clean, mas os produtores planejaram dar um ar mais pesado e bagunçado ao ambiente.

Para que o produto fosse de qualidade, o setor de tecnologia da Globo enviou para a casa de Mazzeo tripés, microfones externos, além de ring lights (aros de luz utilizados por blogueiros) para controlar a iluminação. Ainda para agregar nas filmagens foram utilizados celulares de última geração, sendo um conectado em conferência para monitoramento e acompanhamento da gravação e o outro para captação em 4K. 

No período de gravações, produtores de artes, cenógrafos, figurinistas e outros profissionais utilizaram o Teams, da Microsoft para controlar as equipes. Quando as filmagens eram finalizadas, a equipe de tecnologia acessava os celulares de forma remota para transferir o material para a nuvem. Em seguida, o conteúdo era disponibilizado para os servidores nos Estúdios Globo



Praticamente todos as estapas da produção foram de forma remota, exceto os processos de sonorização e color grade (alteração de cores) que foram feitos nos Estúdios Globo.

Seria esse o futuro das gravações de produções daqui para frente? Não sei, mas sei que com essa pandemia tivemos que nos reiventar e repensar sobre muitos assuntos.  


Personagens

A série contou com vários personagens, sejam eles principais, recorrentes ou participações especiais. Selecionei alguns deles. 



Murilo Barros: protagonista da série. Murilo é um solteirão, que vive em um apartamento no centro do Rio. Com a pandemia agora tem que lidar com situações cotidianas, mas que não estava nenhum pouco acostumado. 




Marília Barros: mãe de Murilo, representa muitas mães neuróticas, viciadas em organização, em limpeza e em proteger o seu filho a qualquer custo.  




Drª Leonor: terapeuta de Murilo, que tem se reinventado com sessões virtuais por conta do isolamento social. Tem um filho que sempre atrapalha o seu trabalho. 




Adelaide Cardoso: vizinha de Murilo, que também está se adaptando ao isolamento social e confinamento. 




Dr. Guilherme Lemos: médico pessoal de Murilo. Ele também faz consultas virtuais, o que rende os momentos engraçados. 




Sérgio Barbalho: melhor amigo de Murilo, com quem compartilha muitos gostos em comum. Por conta do isolamento social, resolve fazer sua festa de aniversário por meio de um aplicativo de videoconferência. 



Abertura 

A abertura mostra um passaporte em cima da mesa e vários elementos de casa, como tigela de sucrilhos e controle de TV. Também foram adicionados objetos que estamos bastante acostumados a utilizar na pandemia, como álcool e flanelas. Na abertura, o passaporte é carimbado com vários lugares da casa, como cozinha, sala e banheiro. Ela foi embalada pela música AA UU do Titãs, que combinou muito com o assunto da série, por sinal. Assista:

       




Curiosidades


A série coleciona algumas curiosidades, são elas:

- É o primeiro produto de dramaturgia da Globo 100% remoto, da pré à pós-produção;
- Mais de 25 horas de gravações foram armazenadas na nuvem; e 
- Por conta da pandemia, Murilo faz tudo dentro do loft em que vive. 



Repercussão e audiência

A série teve uma repercussão interessante, isso porque o público se identificou muito com ela. Já a audiência foi considerável para o horário. A atração obteve em média 16 pontos durante sua exibição na Globo. Isso é positivo, porque os episódios estavam liberados no Globoplay e, mesmo assim, as pessoas assistiram o programa na TV aberta. 



Primeira e segunda temporada

Enquanto a primeira temporada discutiu o isolamento social, a segunda tratou da flexibilização da quarentena. A primeira temporada foi praticamente toda gravada dentro do prédio e apartamento de Murilo (Bruno Mazzeo), enquanto a segunda contou com sequências nas ruas e até mesmo na praia. Na segunda temporada Murilo tenta (Não posso dizer se com sucesso ou sem) a deixar a paranoia da primeira temporada de lado para viver o que está sendo considerado como "novo normal". 


Crítica 



Diário de um confinado é uma série rápida, para o formato de streaming e consumo rápido, estilo maratona. Mesmo sendo uma série despretenciosa, ela é cheia de qualidade, como as atuações dos atores, fotogafia e câmera. Apesar de ter sido gravada rapidamente, ela quase não tem defeitos. Há um cuidado com a luz e enquadramento.

O roteiro é inteligente e perspicaz. Cada episódio foi muito bem trabalhado, para que o diário, reflexões e o conteúdo do episódio fossem congruentes. Tudo está muito amarradinho. Palmas para os roteiristas e produtores da série!

A série fala de assuntos atuais, como fake news, convívio com os vizinhos durante a pandemia e atividades como ir ao supermercado. Tudo isso com maestria e sem se tornar piegas. A produção, portanto, possui fácil leitura, o que provoca o riso natural e despretencioso. 

Os atores estão muito bem nos papeis. Destaque para Bruno Mazzeo, que sempre quebra a quarta parede para conversar com o telespectador sobre situações comuns tanto à ele como a todos nós.  

No final da série (Alerta de Spoiler!) todo o elenco e idealizadores do projeto aparecem, mostrando os bastidores da série. Conhecemos a esposa de Bruno Mazzeo, seus filhos e vemos até mesmo o câmera man, provando que, sim, a série foi toda gravada dentro de casa. 

Diário de um confinado, em suas duas temporadas, proporcionou diversão, arte, criatividade e inspiração, mesmo em tempos de pandemia. 

Esse foi o Quinta de série dessa semana. Fique agora com um vídeo de apresentação da série e um teaser. Até o próximo! J-J


   


    








Por: Emerson Garcia

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Você não precisa ser HIV+ para lutar contra a AIDS



A Aids surgiu em Kinshasa na República do Congo em meados de 1920. Seu surgimento deu responsabilidade à morte de 36 milhões de pessoas nesse período. A ciência comprovou que o vírus do HIV, o qual não tratado que dava origem à AIDS, veio do Chimpanzé verde africano. No Brasil o vírus deu início em 1980, e até o ano de 2012 foi registrado 656.701 casos por causa da doença. 

 Infográfico I Gazeta do Povo


Não tem a ver com preconceito, não tem a ver com intolerância. O mal das pessoas é não procurarem conhecimento. É julgar antes mesmo de saber do que se trata. O HIV, se tratado da maneira correta, não mata, muito pelo contrário: muitas pessoas estão indetectáveis, ou seja, incapazes de transmitir o vírus para outra, mesmo sem o uso do preservativo. 

Segundo as estatísticas da UNAIDS cerca de 32,7 milhões a 44,0 milhões de pessoas vivem com HIV no Brasil, sendo que 0,6% delas morrem vitimas de AIDS. Infelizmente o real percursor de mortes de pessoas que vivem nessa condição é o preconceito e a ignorância da sociedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 800 mil pessoas morrem por ano vítimas de suicídio, e muitas dessas mortes são de soropositivos, pois 35%  tem depressão, e 25% delas tem pensamentos e intenções suicidas. 

Você entende o que acontece? A maldade mata muito mais que a AIDS. Isso é desumano, é cruel, é surreal. Tenha respeito e empatia com essas pessoas. Embora a AIDS seja uma doença sem cura, após 40 anos do começo de sua epidemia, com os avanços na medicina,  as pessoas que vivem nessa condição seguindo o tratamento corretamente, vivem uma vida totalmente plena, normal, e as vezes muito mais saudável que a sua, que vive com esse preconceito e essa intolerância impregnados. Pode ter certeza: não é fácil pra ninguém descobrir que é soropositivo. Não há uma receita certa para lidar com essa situação. Descobrir que um familiar ou um amigo muito próximo é soropositivo, é um momento muito difícil às vezes para ambos, pois nem sempre estamos preparados para ouvir essa notícia de uma pessoa que você ama muito. Mas a maturidade vem com o tempo, e junto dela uma vida totalmente plena e maravilhosa.

Devemos estar atentos a preconceitos e principalmente tomar cuidado, para não sufocar demais ou excluir essas pessoas de alguma forma. Chega de intolerância, chega de preconceitos. É necessário incentivar as pessoas a usarem os métodos de prevenção, como a camisinha a Prep e Pep, evitando assim que mais indivíduos se contaminem. E para aquelas que já vivem nessa condição, é necessário que as abraçamos sem julgamento e acima de tudo as respeitarmos, dando apoio mental e emocional. Qualquer um pode viver com HIV, de maneira plena saudável e prazerosa. A luta aqui não é inteiramente contra o HIV ou a AIDS, e sim contra a INTOLERÂNCIA e o PRECONCEITO de quem não vive nesta condição, e sabe apenas julgar. Entenda a realidade do próximo, tenha empatia e principalmente tenha RESPEITO.

Definitivamente, você não precisa ser HIV+ para lutar contra a AIDS. J-J



Por: Arnaldo Woosters, especialmente para o JOVEM JORNALISTA
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 

Template por Kandis Design