terça-feira, 31 de março de 2015

Arte solidária



No mundo atribulado em que se vive, muitas pessoas ficam nervosas, impacientes e agitadas. Elas não conseguem ver o lado bonito da vida, nem contemplam o belo. Se ela tiver internada então, suas esperanças são ínfimas. O ambiente hospitalar é muito triste, inóspito e incolor. O máximo que há são paredes brancas. É possível inovar? Trazer alegria a esse local de dor? Sim, é possível. Artistas de rua grafitaram a parte externa do Hospital Público Infantil Darcy Vargas, em São Paulo.

Os lindos murais coloridos ficaram sob responsabilidade dos artistas Chivitz, Minhau, Flavio Samelo e Jay, enquanto o planejamento foram dos arquitetos André Rogov e Vinícius Patrial, e das paisagistas Aline Sini e Emi Ishigai. 

O espaço tem fins terapêuticos e transmite tranquilidade, paz, alegria, esperança. Toda área verde, com plantas e frutas, induz ao relaxamento. O grafite e as plantas casaram-se muito bem.









O jardim serve como uma área para esquecer dos problemas e das dores. A ideia dos artistas e planejadores é louvável. Usar seus dons como uma forma de amenizar a dor, suas técnicas como úteis para causas nobres. Não tem palavras. Por mais pessoas assim no mundo! S2 "Este espaço não tinha nada, absolutamente, e isso me incomodava, assim como eu não gostava de ver as mães ociosas na sala de espera. Pensei em criar uma ala de descompressão, para ser uma válvula de escape. O jardim tem esse propósito", explica a idealizadora Mônica Mallart. J-J












Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 30 de março de 2015

Mergulhe em "A praia", novo cd de Cícero


"Ela me tirou de casa
ela me levou na praia
tinha um tempo que eu não ria cedo.

E ela fez melhorar tudo que há
e me levou até tudo que é."
A praia, Cícero


Os fãs de Cícero (EU!) ficaram ensandecidos na última quinta com o lançamento de seu terceiro álbum A praia (2015). Quando fiquei sabendo, já "downlodeei" e coloquei no meu celular. Foram 2 anos sem músicas novas, e Cícero, mais uma vez, surpreendeu ao mostrar que é possível fazer um álbum melhor do que os dois anteriores

A praia começa com a continuação de Frevo por Acaso, música que encerra seu trabalho anterior, a Frevo por Acaso nº 2. Achei genial a ideia de começar de onde parou. A música traz uma melodia parecidíssima com a anterior, com instrumentos como a flauta e o trombone. 








Na segunda música, Cícero apresenta a singela e romântica, A praia, que é uma das minhas preferidas. Achei ótimo ele ter voltado com essa pegada amorosa. Como a percepção de uma praia pode mudar dependendo da companhia né?! O trecho "e ela fez melhorar tudo que há e me levou até tudo que é" é lindo demais! O destaque vai para o arranjo de violinos também. Divino.







Mais uma romântica para dançar agarradinho, já que De passagem traz uma pegada de forró. Quando Cícero fala "o mundo dela lançando doçura na amargura do meu" eu falto viajar. 






O bobo me conquistou pela melodia e batida da guitarra e bateria. Quando Cícero canta "lá vem lá vem lá vem o caminhão de gás!" eu falto pular onde estou. A parte instrumental não dá vontade de ficar parado e parece uma marchinha. 







Cícero encerra seu álbum com toda alegria e alto astral, com Terminal Alvorada. É simplesmente magnífica essa canção. Me traz paz, conforto e sensibilidade. Uma das melhores músicas que ouvi dele. Os violinos, o trombone e o trompete deram um ar de graça especial. "Faz um tempo eu não sei o que é saudade"







A foto de capa do terceiro álbum do cantor é de Daryan Dornelles. A praia já está disponível gratuitamente no site de Cícero. O álbum conta com 10 canções (Frevo por acaso nº 2, A praia, Camomila, De passagem, O bobo, Soneto de Santa Cruz, Isabel (Carta de um pai aflito, Albatroz, Cecília & a máquina e Terminal Alvorada), escritas e produzidas por Cícero Rosa Lins. O trabalho foi gravado em estúdios profissionais, o El Rocha (SP) e Tambor (RJ). 

A praia não traz a tensão e o pessimismo do álbum anterior, porém, as letras ainda falam de solidão, paixões, saudades e memórias, mas em um tom mais suave, a julgar pelo toque dos instrumentos. O disco traz instrumentos novos como a guitarra, o pandeiro, o acordeom, o tamborim, o violino, o trombone, o trompete e a flauta. 

A turnê de A praia começará em Porto Alegre, em breve. As versões em CD e vinil chegarão às lojas a partir de abril. J-J


"E tudo foi desbotando até desaparecer"
De passagem, Cícero


Por: Emerson Garcia

sábado, 28 de março de 2015

Cairá "Babilônia"?!



A nova novela das 9 da Globo estreou a duas semanas e já causou alardes nos grupos evangélicos e tradicionais da sociedade. Assuntos como ambição, ganância e valores imorais são temas do folhetim, além do casal de lésbicas da terceira idade. Uns dizem que é uma "afronta aos valores da família", outros, que "a novela traz muita imoralidade". Nos 10 capítulos de exibição, Babilônia registrou menos que 30 pontos de audiência, ficando abaixo de uma novela das 7. Além disso, tem perdido para a novela bíblica da Record, Os dez mandamentos. A produção tem sofrido vários boicotes. Eles são válidos?

Estamos em um país democrático, onde a liberdade de expressão é aceita (Só estou escrevendo esse texto por causa disso). Eu posso emitir a minha opinião, concordar ou discordar sobre o que é televisionado. Sou um cidadão livre. Embora sendo livre, tenho que respeitar o direito do outro de sê-lo também. A Globo pode televisionar o que ela quiser, e eu posso optar por assistir ou não. Muitos tem dito que a novela "afronta aos valores da família". Verdade, mas o poder do controle remoto está com você. Boicotar uma novela pelo Whatsapp é permitido, desde que não interfira na decisão do outro e imponha-se uma opinião. 



Ora, somos seres pensantes, inteligíveis e com capacidade de tomar decisões. Você pode achar que a novela irá destruir a sua família, ou não. Aliás, muitos tem dito que ela "irá destruir as suas famílias". Que instituição é essa, tão falha, frágil e sem estrutura que uma novela pode colocar fim?! Mas aí, cabe a cada família tomar os seus rumos. O autor, Gilberto Braga, disse que o boicote é "oportunista e ditatorial". Ora, Giberto, onde esse boicote é ditatorial? Seria porque ele está sendo feito por meio de mobilizações virtuais? Não acredito que seja ditatorial, uma vez que, você, está tendo a liberdade de escrever sua trama como quiser. Mas aí quando os outros não aceitam opiniões, isso é ditadura? Não. Até porque ninguém colocou uma arma na cabeça de vocês para dizer como devem, ou não, escrever. E também não é ditatorial ao ponto de uma pessoa interferir a outra de assistir ou não. Ao meu ver, mobilizações podem ser acatadas, ou não.

Eu, por exemplo, não acatei a mobilização do Whatsapp, por considerá-la "tardia". A campanha apareceu uma semana após a novela ter estreado. Já tinha tomado a decisão de não acompanhá-la desde o primeiro episódio. Não cheguei a importunar meus amigos nem compartilhei com meus grupos a mensagem. Sabia da minha posição, mas não queria impor nada a ninguém.

Além do boicote de desligar/mudar de canal e do Whatsapp, o pastor e político Marcos Feliciano quer promover um à patrocinadora oficial da novela, Natura. Segundo ele, a novela sobrevive por causa de patrocínio e se desse um boicote a marca seria o fim devastador da novela, mesmo a Natura sendo prestigiada pelo público evangélico. 






Como falei, todo boicote é válido, mas creio que esse que o pastor Marcos Feliciano propôs foi um pouco longe demais. Diria que beira ao fanatismo. Parece-me que ele quer aniquilar a novela a qualquer preço. Ele não aceitar a novela, é uma coisa, mas boicotar seu patrocínio é demais. Uma marca não "é cúmplice" de algo que patrocina. Ela tem seus valores, suas missões e perspectivas próprias, que diferem, ou não do produto patrocinado. 

Ele fará esse boicote à Natura baseado em um outro, onde ativistas homossexuais alardearam uma empresa cristã americana, a Chick-fil-A, por trazer frases "anti-gays" em suas embalagens. A frase dizia "ajude-nos a lutar pelos valores familiares tradicionais e como frango". Opinião da empresa, tudo bem. Os ativistas gays serem contra, está tudo certo também. Mas me parece que a atitude do pastor é vingativa, e sendo assim, não terá fim proveitoso. Isso me soa como um "acerto de contas", por isso que falo que esse boicote está indo longe demais.




Babilônia poderá cair, sim (E aqui não é uma referência bíblica rsrs), mas sou a favor de boicotes leais. Esse da Natura não é nada leal, ao meu ver. Mas se ela não cair, não seria bom ver evangélicos revoltados por aí, até porque não se é obrigado a assistir nada que se é apresentado. Vamos deixar a Globo televisionar o que ela quiser. Colocar senhoras se beijando, uma mulher indo para a cama com pelo menos quatro em um capítulo e personagens podres, ambiciosos e amorais. Deixe-a com sua liberdade artística, e que possamos ficar com nossa liberdade de expressão também, porque isso ainda não foi proibido no Brasil. J-J

Por: Emerson Garcia

quinta-feira, 26 de março de 2015

Quinta de série- nostalgia: A cura



A Quinta de série de hoje traz uma produção brasileira, exibida no ano de 2010 pela Rede Globo. A Cura, de João Emanuel Carneiro (Avenida Brasil e A Favorita), é bem nos moldes de mistério e suspense do autor. 



Conta a história de Dimas Beviláqua, interpretado pelo talentoso Selton Melo, um antigo morador de Diamantina que se afasta da cidade por um tempo, devido a um terrível incidente, e volta com uma profissão que surpreende toda comunidade: médico. Mas não é um médico qualquer, e sim um 'curandeiro', que será aceito por alguns e rejeitado por outros. E agora?! Ele será visto como herói ou assassino?!






Além dessa história, outros mistérios rondam Diamantina, como a infância do misterioso Otto Vieira, um curandeiro, no qual Dimas é comparado; além da história de José Silvério de Andrade, que tem uma estátua em sua homenagem décadas depois na cidade; e o mistério por trás das curas de Dimas (Por que será que ele cura as pessoas, e logo depois elas são assassinadas?!). Esse talvez é o principal mistério da série. Nos últimos episódios, descobre-se que a cura está ligada a morte e Dimas e Otto tem uma ligação um tanto quanto intrigante.




A série traz grandes atuações, como a da fofoqueira e engraçada Nonoca, interpretada por Eunice Bráulio, que mais cuida da vida dos outros, do que de sua loja turística. Ela fala de todo mundo na redondeza de Diamantina, e achei ótimo acompanhar a história pela ótica dela.




Vale a pena conferir essa série, que tem somente 9 episódios (todos os episódios encontram-se no Minhateca em excelente qualidade). Ela prende a atenção, fazendo com que você goste, odeie e depois passe a amar o personagem principal, Dimas. A Cura traz um tema polêmico nos dias atuais: o curandeirismo, que põe a prova questões éticas e científicas. Muitas pessoas possuem fé em cirurgias espirituais, outras dizem que é puro charlatanismo. De que lado ficar? Para quem gosta de um bom suspense, o seriado é bom, além de trazer uma bela fotografia e um cartão-postal de Diamantina incrível. J-J






Por: Emerson Garcia

quarta-feira, 25 de março de 2015

Felicidade editada



As redes sociais são uma ferramenta imprescindível de comunicação entre as pessoas, contudo, o mundo virtual traz uma felicidade, muitas vezes, editada e que não condiz com a realidade. É difícil encontrar uma foto de alguém chorando nas redes, ou alguém que poste "Tenho poucos amigos e a minha vida não presta"

Internautas postam fotos sorrindo, mesmo que estejam passando por momentos depressivos; frases bem humoradas e de alto astral, mesmo que não estejam em um bom dia; fotos com o amor da vida, mesmo que o relacionamento já tenha acabado; fotos de pratos deliciosos de comidas (pode ser do Coco Bambu ou Porcão), mesmo que estejam comendo miojo. A felicidade nas redes sociais existe, mas não é algo que aconteça 24 horas por dia. O curta What's on your mind? (O que você está pensando, em português) retrata essa felicidade editada.




Então é errado postar sobre a felicidade nas redes sociais? Não. Acho super válido postar fotos e textos sobre uma viagem à Europa, aquele prato que você fez na cozinha, um passeio inesquecível. As redes sociais servem pra isso também: recordar os bons momentos. Mas o que eu falo são de pessoas que postam algo que não condiz com sua realidade naquele momento. 

O Instagram, por exemplo, é um "poço de felicidade editada". Vemos pessoas malhadas, fazendo exercícios na academia, em lugares glamourosos, sorrindo para as paredes, maquiadas, fazendo selfies perfeitas (Oi. Vou casar com você :p), postando fotos de pratos lindos e suculentos e sem nenhum problema aparente, mostrando que a vida é linda (Ok Obrigado). Acontece que na vida real o negócio é outro mermão...



















Que tal ser mais verdadeiro nas redes?! Sei que muitos amigos de Facebook não querem ler sobre o 'mimimi' de ninguém, muito menos ver a foto de alguém chorando (Não queira ver a foto de alguém chorando). É chato ficar ouvindo os problemas dos outros toda hora. Ninguém aguenta. E é o cúmulo, muitas vezes, curtir uma foto de alguém depressivo ou um post de desabafo. Eu, por exemplo, quando estou mal, posto um desabafo, e não é todo dia que "posto a felicidade" e nem selfies da minha linda baby face #sqn

Se tem aqueles que só postam momentos 'Patati Patatá', tem aqueles que postam só desgraça e tragédia. Tenho uma amiga que adora homenagear seus entes queridos mortos e postar fotos no hospital no Insta. A tristeza também pode ser editada. Garanto pra você, que essa pessoa também tem momentos incríveis na vida. 




É cansativo ver posts só de felicidade nas redes e, também, só tristeza e desgraça. Acho que precisa de um equilíbrio: nem momentos só de felicidade, nem só de tristeza. A vida é uma montanha russa, e precisa ser retratada como tal na internet. A felicidade editada é algo tão presente que as pessoas tem 500, 1000 amigos no Facebook, mas quantos desses elas consideram como verdadeiros amigos, que estarão para o que der e vier?! J-J

Por: Emerson Garcia

terça-feira, 24 de março de 2015

Dom do olhar: Monjardim Noleto








Família de fotógrafos. É assim que se caracteriza Lorena Monjardim e Rafael Noleto, brasilienses e fotografam desde 2002. Começaram a fotografar quase que por acaso. Em seu casamento, foram fotografados; no próximo, foram os fotógrafos. E a partir daí não pararam mais. Realizam um trabalho em parceria. "No início, tínhamos papéis diferenciados. Enquanto um só fotografava, o outro só fazia o processamento, a edição e o tratamento de imagens. O tempo passou, o trabalho aumentou e tivemos a necessidade de compartilhar nossos conhecimentos, um aprendendo o trabalho do outro". Hoje eles são um referencial e fotografam casais nos pontos mais lindos de Brasília.
















Lorena e Rafael já foram convidados para fazer um editorial de moda com o tema "Brasília". Hoje, muitos casais os procuram, com o intuito de serem fotografados pelas lentes profissionais e artísticas da dupla. A luz das fotos é fora do comum, sobressaltando o céu da capital, tornando-o algo cinematográfico. "Para nós, fotografar casamentos é muito mais do que um sustento: é um jeito de ser imortal. Unindo as técnicas de iluminação e fotografia, podemos captar a vida pela forma em que a vemos e fazer disso uma obra de arte, que será eterna como o amor daqueles que nos escolheram como fotógrafos".

Realmente, as fotos são bem artísticas, misturando luz, cor e sentimento. "Buscamos manter a fotografia no patamar de arte; aquela que se faz em ateliê. Fazemos questão de cuidar pessoalmente de todos os detalhes no vínculo com nossos clientes." Viva os profissionais daqui! Para conhecer mais o trabalho deles, tem o site, onde encontra-se a história, ensaios e contato. J-J


Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 23 de março de 2015

Vibe humor: músicas apaixonantes



Quem sobreviveu depois do momento fossa da semana passada?! É difícil superar um amor, não é verdade? Hoje, não vamos sair do amor, só que o de hoje é correspondido. 

Quem nunca amou e foi amado na vida?! Todos. O primeiro amor a gente não costuma esquecer, e existem aqueles que nos deixam nas nuvens. Se estivermos na rua e com fone de ouvido, então, somos atropelados, não prestamos atenção a nada e ninguém. O amor faz daí pra melhor ou piorÊta coração que deixa as emoções à flor da pele!



A playlist de hoje foi inspirada um pouco nos anos 90, quando lembro que meu irmão gravava a playlist do Love Songs da Jovem Pan. Não se faz mais música como antigamente. Mas não tem só música dessa época, como algumas atuais, brasileiras e em espanhol. É hora de dar o play, se emocionar e ficar melado de tanto amor! 






Comecei a playlist com um clássico. All out of love, do Air Supply. Já embalou a história de muitos casais e já foi trilha sonora da 6ª temporada de Glee. A dupla que canta parece ter muita química. A música conta o relacionamento de um casal, que acabou sendo distanciado pelas brigas, mas tudo leva a crer que o romance volta. "I'm all out of love, I'm so lost without you I know you were right, believing for so long I'm all out of love, what am I without you I can't be too late to say that I was so wrong" "Eu estou completamente sem amor, Estou tão perdido sem você Eu sei que você estava certa, acreditando por tanto tempo Eu estou completamente sem amor, o que sou eu sem você? Não é possivel que seja tarde demais Para eu dizer que estava tão errado".

Também da trilha sonora de Glee, Time after time é cantada por Cindy Lauper, que tem uma voz e tanto. Fala de uma paixão avassaladora, onde a pessoa fica perdidamente apaixonada pela outra. "I'll be waiting, time after time" "Estarei esperando, hora após hora".

Quando ouço Listen to your heart, quero cantar feito louco e com a maior intensidade que existe. A frase ''listen to your heart'' pega muito fácil. 

Tardes negras é o retrato fiel de um relacionamento amoroso que tive. Sabe aquele frio na barriga, aquela tarde sem a pessoa amada ou passar um bom tempo sem vê-la?! É isso que sentia. A música é muito linda! "Aquí yo estoy y tú no estás y me distrae la publicidad entre horarios y el tráfico trabajo y pienso en ti entre puerta y telefono tu foto me hablará" "Aqui eu estou e você não está e me distrai a publicidade. Entre horários e o tráfico trabalho e penso em você. Entre a porta e o telefone sua foto me falará".

Somente nela é meu novo amorzinho da atualidade S2 Paulinho Moska sempre arrasa nas suas composições e ele contou exatamente os sentimentos que se tem ao amar alguém. "Tava tremendo, com febre, com frio A estremecer de amor por causa dela Corria em minha espinha um arrepio Eu nem pensava em mim, somente nela". Quantas vezes a gente se pega pensando 24 horas na pessoa e esquece da gente? 

Angel me encanta pela instrumentalidade e pela voz da cantora. Essa é uma música para viajar. Ela é muito emocionante de se ouvir. "You're in the arms of an Angel; may you find some comfort there" "Você está nos braços de um anjo, talvez você encontre algum conforto aqui". A parte do coral é incrível! Se você não chorou até agora, essa é a hora. 

Pra finalizar a lista, Rosa de Saron com Ninguém mais. Tudo bem que eles perderam o rumo de música gospel, mas eles tem muitas canções apaixonantes. Ninguém mais fala de um amor que faz bem para a outra pessoa. A letra é bem chiclete e fácil de gravar. "Minha vida, meu amor Meu chão, meu céu, minha luz Minha razão de existir Eu hoje vim aqui só pra te ver passar Precisaria nem olhar Para este pobre coração".




Gostaram da lista? Que outras músicas apaixonantes fazem vocês flutuarem? Digam nos comentários. Se tiverem ideias de playlist só comentar também. Terei um prazer enorme de agradar vocês. J-J

Por: Emerson Garcia

domingo, 22 de março de 2015

E esse apego aí?!






Relacionamentos sempre fazem parte da vida de qualquer pessoa. É impossível viver, sem que dependamos dos outros. Existem vários relacionamentos. Aqueles que você se doa demais, outros que se doa de menos. O problema está quando se doa demais a uma pessoa, e o sentimento dela não é igual ao seu. Ele pode ser inferior, ou até mesmo indiferente. E aí está o motivo de muitas decepções: o doar-se demais, o apegar-se demais e o esperar demais. 

O meu erro, talvez, é esperar demais das pessoas. Sempre acabo me decepcionando. Sou aquele que quando gosta é pra valer, me doo por completo a família, amigos e situações. Sou 80 para todos os relacionamentos que acredito e creio que darão certo. Mas aí - não sei se a pessoa acha que estou supervalorizando algo, ou se ela tem outras prioridades, ou se ela não acredita na relação - acaba que ela se doa em uma proporção menor que a minha. O mesmo acontece com as situações. Invisto, supervalorizo, acredito, e no final, elas se apresentam dissolvidas e passageiras, ou seja, muito investimento para pouco retorno.

Ainda não aprendi o ditado "Melhor é dar do que receber" ou "Faça algo sem pedir nada em troca". Eu me frusto, poxa. EU ME FRUSTO. Não é fácil receber a indiferença como troca por uma doação completa minha. Eu posso até ser 'doente' por relacionamentos e tenha até que praticar a 'lei do desapego', mas não me vejo de outra forma e nem sem me relacionar com outro ser humano. Alguns dizem pra mim, 'eu não gosto de você da mesma forma que você gosta de mim'. Mas, gente, ao contrário do que se pensa, isso não é amor, é apenas o meu sentimento por quem eu gosto e quero plantar amizades.

Talvez um dia, eu aprenda a não me doar tanto pelas pessoas ao meu redor ou talvez, ainda, não me importe com o retorno de sentimento delas. Pelo que tenho visto, tenho que praticar a segunda opção. Acho que não vou parar de levar almoço para os meus amigos de serviço; não vou parar de me preocupar com eles; vou fazer de tudo para agradá-los, até naquelas situações que não gosto muito; vou pagar lanche no Subway pra eles; e sempre vou perguntar como eles estão no Whatsapp. Não quero ser ninguém além de mim mesmo. Esse apego faz parte de mim. Mas não vou me preocupar se a amizade é recíproca ou não. J-J


Por: Emerson Garcia

sábado, 21 de março de 2015

Mamadeira ou mini garrafa de cerveja?!

ou O significado e o significante sobre a mamadeira que parece uma garrafa de cerveja 


Já falei muito sobre publicidade infantil nos últimos meses no blog, mas sempre surgem novos assuntos, que não posso deixar de mencionar. A invencionice da vez é uma mamadeira que gerou amplas discussões por se parecer com uma garrafa de cerveja. O produto é vendido na loja Fred & Friends, empresa norte-americana que entrega somente nos EUA e no Canadá.  

 


A forma da mamadeira relembra muito o formato de garrafas de cerveja, seja por conta da coloração, pelo design das letras das embalagens e até mesmo a tampa. O que acabei de fazer é analisar o produto pelo que ele me apresenta, para tirar conclusões. E é sobre significantesignificado que quero falar, até chegar na minha opinião.

Esses dois conceitos, para quem não entendeu, são da área de Comunicação (na qual sou formado). Significante é a forma, ou seja, a palavra falada ou escrita. Seria quando falo: "mamadeira" ou "garrafa de cerveja". Significado é o objeto ou a realidade. Quando se fala "mamadeira", vem um monte de significados em nossa mente: recipiente de plástico ou acrílico, que pode ser transparente ou com desenhos, com um bico de plástico molinho. Já quando se fala "garrafa de cerveja" pensamos em uma garrafa roliça de cano alto, de vidro, de cor amarronzada, com um rótulo e uma tampa de metal. Ok, chega de aula por hoje rsrs.




Na minha mente, é assim que esses objetos deveriam se apresentar visualmente. O produto da Fred & Friends tem um significante e um significado totalmente opostos um ao outro. Ok. Entendo que a loja quis inovar, trazer criatividade e brincadeira, mas deve-se tomar cuidado na comunicação (e isso eu falo sempre) de como apresentar os produtos para a sociedade.

Quando se faz uma análise de significado da mamadeira se percebe que ela é um pouco menor do que uma garrafa de cerveja, mas ainda continua roliça; de cor marrom; além de ter uma tampa removível que parece a tampa de metal do líquido alcoólico. A etiqueta da mamadeira traz letras que relembram o design de grandes marcas de cerveja, além do detalhe nas laterais da etiqueta de art nouveau, que já foi difundida em bebidas alcoólicas. 








Mas significado não é só visual, tem a parte textual também. E o que podemos inferir sobre a mamadeira?! Bem, tem o nome da empresa Fred e logo acima a frase Smooth & Creamy em inglês, que significa "Suave e cremoso". No meio temos a frase "Lil' lager", lil é a abreviatura de little, que significa "pequeno"; lager é "cerveja leve", logo, a tradução literal é "cerveja leve pequena".

Frente a essas argumentações, você deve estar se perguntando: "Mas Emerson, nem tudo que se parece é". Você está certo, caro amigo. Mas será que saberia me responder porque uma mamadeira se parece tanto com uma garrafa de cerveja e com que intuito se fez isso?! Será que foi à toa o formato, o design e a cor?! Será que foi à toa o Cerveja leve pequena no rótulo da mamadeira?! "Mas é um produto para crianças. Crianças não bebem cerveja, Jovem Jornalista". De novo, ponto pra você. Mas será que elas não estariam assimilando isso de alguma forma? Elas não vão beber cerveja na mamadeira, claro. O máximo que tomarão é um Neskik, uma vitamina, um suco, um Toddynho ou outra bebida láctea ou doce. Mas qual seria a sua reação ao ver a imagem abaixo, na real?





Eu fico chocado, mesmo sabendo que não tem bebida alcoólica dentro. A questão é muito mais profunda do que se parece. Em minha opinião, incentiva o consumo de álcool precoce, sim, assim como uma blusa infantil escrito "Se eu não lembro, eu não fiz"

"Nem tudo que se parece é". Mas o que você falaria desse bebê, se não soubesse do produto da Fred ou dessa história toda que escrevi sobre significado e significante? Arrisco dizer que pelo menos a maioria diria que a criança está ingerindo bebida alcoólica. Não é verdade?! J-J

Por: Emerson Garcia
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