terça-feira, 30 de junho de 2020

Junho Vermelho: a doação de sangue salva vidas



Junho Vermelho é uma campanha da saúde com o intuito de incentivar a doação de sangue entre a população. O sangue é um dos elementos mais importantes de nosso organismo e, não havendo meios para fabricá-lo, sua doação é primordial, salvando vidas. Com isso, a campanha Junho Vermelho tem seu valor, assim como a doação de órgãos em setembro

O mês temático surgiu em 2015, com o movimento Eu dou sangue pelo Brasil. Desde então, o Junho Vermelho tem o objetivo de conscientização sobre a importância da doação de sangue. 

Além do movimento citado, escolheu-se comemorar o mês temático em junho por conta do Dia Mundial do Doador de Sangue, que ocorre desde 2005 com uma comemoração da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 14 de junho. A data foi escolhida por também ser o nascimento do médico austríaco Karl Landsteiner, ganhador do Nobel e Fisiologia ou Medicina em 1930 pelo descobrimento do sistema AOB de tipagem sanguínea. 

A Junho Vermelho surgiu no estado de São Paulo, com a lei estadual de 15 de março de 2017 (nº 16.386), sendo promovida em todo o país a partir de então. 

A ideia do mês temático surgiu após a fundadora do Eu dou sangue, Debi Aronis, perceber que seu pai precisava de sangue devido uma doença grave e de observar que o período (junho, por ser frio e o mês das férias) estava com estoques baixos nos hemocentros e hospitais. Ela explica:

“Somente aqueles que enfrentam uma dificuldade e precisam da doação para que familiares ou amigos possam sobreviver sabem da importância desse ato. É um pequeno gesto, individual e gratuito, mas com consequências expressivas."


Com o mês de junho vem o aumento das infecções respiratórias, começam as férias escolares e os acidentes nas estradas aumentam. Consequentemente, os bancos de sangue registram uma queda de até 30% no volume de doações. A campanha, portanto, também é propícia por conta de todos esses fatores. 

Assim, o movimento ganhou corpo, envolvendo governo e população no mesmo propósito, levando em consideração que são realizadas 3,4 milhões de doações de sangue ao ano no país, de acordo com informações do Ministério da Saúde, e que esse número precisa ser aumentado. 

A campanha Junho Vermelho, portanto, é pulsante. Prédios e monumentos públicos são iluminados de vermelho esse mês; campanhas e peças publicitárias são veiculadas; e palestras e oficinas são realizadas. De acordo com Debi Aronis, existe uma facilidade de capacitação de ideias à respeito dos meses coloridos. A iluminação com led e seu baixo consumo energético facilitam a adesão à campanha. Leia sua explicação:

“Mas se por um lado a visualização da cor é imediata, a identificação da cor com a causa não é. Por isso a comunicação e divulgação são fundamentais. Se não, as pessoas ao verem uma fachada iluminada, não saberão a que causa se refere.”


O post de hoje tem como foco a campanha Junho Vermelho, levando em consideração que nem todos tem conhecimento dela. Ele discutirá os seguintes pontos: como funciona o movimento?; como se pode participar da campanha?por que a cor vermelha?; doação permitida à pessoas LGBTQ+; ideias; publicidades e propagandas sobre a Junho Vermelho; e como é feita a doação de sangue e quem pode doar?


Como funciona o movimento?

A Junho Vermelho pode acontecer de várias formas, algumas delas são: divulgação da campanha por meio de redes sociais; palestras sobre a importância da doação, de que forma ocorre o procedimento e explicações de quem pode doar; envolvimento de colaboradores para escolher um dia para todos vestirem vermelho; e a doação propriamente dita. 

Seja de que forma for, é possível apoiar o movimento. 


Como se pode participar da campanha?

A principal forma de participar da campanha é por meio da doação de sangue. Se você não puder doar, pelo menos incentive que outras pessoas a façam. Também é possível distribuir materiais informativos sobre a doação de sangue; divulgar vídeos e mensagens da campanha em suas redes sociais; e organizar eventos, como cafés da manhã, caminhadas, oficinas e palestras. 


Por que a cor vermelha?



O tom foi escolhido por ser a cor do sangue (óbvio), mas também porque é a cor que representa "pare", no trânsito. Na cultura humana adquiriu vários simbolismos, como riqueza, poder, sinônimo do proibido, do violento, do apaixonante e do amor. Não é à toa que o grande Sidney Magal canta "Ah, eu te amo Ah, eu te amo, MEU AMOR O MEU SANGUE ferve por você", um dos seus grandes sucessos. 

A palavra vermelho tem origem no latim vermillus, significando "pequeno verme". O vermelho é um substantivio masculino que significa cor muito viva, correspondendo "a um dos limites visíveis do espectro solar". A cor é associada AO SANGUE, ao fogo, algumas flores (tais como as rosas) e frutas maduras (como maçãs, morangos e cerejas).


Doação permitida de pessoas LGBTQ+




Falando em doação de sangue e em Junho Vermelho, recentemente (ainda em junho de 2020 - dia 14) a classe LGBTQ+ pode comemorar, pois ela pode doar sangue, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), quando a pergunta sobre homens que fizeram sexo com homens nos últimos 12 meses foi excluída do questionário de triagem clínica da unidade. 

Essa decisão veio após anos de discriminação aos LGBTQ+ e de uma recomendação do Ministério Público para criar um novo protocolo de triagem



Essa foi uma vitória de toda a classe LGBTQ+.


Ideias


A doação de sangue por si só já é um ato interessante e nobre. Agora, imagine atrelá-la a ideias criativas e inovadoras? Nesse tópico, reuni 9 ideias para agregar à doação de sangue. Confira:


1- Viagens grátis para doar

Caso você queira doar sangue, a Uber está com a iniciativa de não cobrar a corrida em algumas cidades do Brasil.


2- Wasted Blood ou Sangue Desperdiçado

Com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a doação de sangue de LGBTQ+, foi feito um vídeo que mostra o absurdo dessa classe não doar, sendo um sangue desperdiçado. Assista:







3- Doe sangue e saiba quando seu sangue salvar a vida de alguém

Um serviço do Reino Unido informa doadores quando seu sangue salvar ou melhorar a vida de alguém hospitalizado. Deve ser emocionante receber uma mensagem quando seu sangue salvou a vida de alguém, não é mesmo?!


4- Doador tem meia-entrada

Em 2019, o Senado aprovou o projeto que estende a meia-entrada aos doadores que doarem pelo menos três vezes em um ano. A dobradinha de doar sangue e ter meia-entrada em um estabelecimento de entretenimento nunca deu tão certo. 


5- Doe sangue e ganhe arte

O artista Rodrigo Cordeiro fez uma campanha magnífica em 2018 que consiste em o doador doar sangue e receber prints de artes feitas por ele. A campanha vale para qualquer hemocentro brasileiro. 


6- Doação de sangue no Facebook



A ferramenta Doações de Sangue permite que você encontre solicitações para doar pertinho de onde você reside. Esses pedidos adveem de hemocentros em áreas que precisam de voluntários com urgência. Para doar é preciso ter entre 16 e 69 anos. 


7- Curativos vermelhos




A BETC/Havas promovou, para a Fundação Pró-Sangue, uma intervenção em vários monumentos da cidade de São Paulo, colocando curativos vermelhos nos braços das estátuas de Manoel Borba Gato, Anhanguera, Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral, Padre Anchieta e outras. A ideia é identificar o curativo com o utilizado nas doações sanguíneas. A campanha também foi extendida para uma outra, a Eu dou o sangue: Quem doa o sangue merece ser reconhecido e para os jogadores do Corinthians que entrarão em campo com o curativo vermelho nos braços.


8- Desconto da 99 para doadores




A empresa de aplicativo de mobilidade oferece descontos de R$ 30 para doadores irem e voltarem de pontos de coleta de todo o Brasil. Além dessa oferta, os carros da companhia distribuíram panfletos e mais de 5 mil corações anti-estresse, com o código de desconto. 





9- Ministério da Saúde

A organização ressaltou a importância da doação para as pessoas por meio da ação Doe sangue regularmente e ajude a quem precisa, criada pela agência Fields360. Juntamente com a campanha, foi divulgado um vídeo, ações nas mídias sociais (com a hashtag #DoeSangue) e, também a presença de jogadores de futebol que exibiram o adesivo da campanha. 


Publicidades e propagandas sobre a Junho Vermelho

Selecionei 8 propagandas de doação de sangue (A maioria do Ministério da Saúde). Confira:








































Como é feita a doação de sangue e quem pode doar?

A doação de sangue pode salvar até 4 vidas, ajudando desde pessoas anémicas, com leucemia até quem sofreu algum acidente. A doação é um ato 100% voluntário. Muitas pessoas querem doar, mas não sabem como. Por isso, nesse tópico falarei desse serviço tão importante. 


A importância de ser um doador regular

Ser um doador regular ajuda em manter os estoques estáveis, fazendo com que aqueles que necessitem de transfusões regulares ou que passem enfermidades transitórias sejam salvos. 


Como é feita a doação de sangue?

O procedimento é totalmente seguro e realizado com materiais descartáveis, sendo que o doador é assistido por uma equipe treinada em hemocentros e hospitais. 

A cada coleta são retirados 450 ml de sangue, quantidade que o organismo repõe em até 72 horas, não havendo qualquer risco de qualquer problema para o doador. É importante, portanto, respeitar o intervalo entre as doações:

- homens devem esperar 60 dias entre uma coleta e outra ou realizar, no máximo, 4 doações em um ano; e

- mulheres devem esperar 90 dias para doarem sangue novamente ou realizar, no máximo, 3 doações no ano. 


Quem pode doar?

Como falado anteriormente, para doar é preciso ter entre 16 e 69 anos, ser saudável e ter peso acima de 50 kg. Caso tenha entre 16 e 17 anos é preciso uma autorização dos pais ou responsáveis e, se acima de 60 anos, ter realizado pelo menos uma doação até essa idade. 

O interessado em doar sangue precisa ir até uma unidade do Hemoes, apresentar um documento oficial com foto e responder a um questionário. Se tiver almoçado, deve aguardar três horas para fazer a doação. Se tomou a vacina da febre amarela deve aguardar 30 dias para fazer a doação. Já quem se vacinou contra gripe deve aguardar 48 horas para doar. 

No caso de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus podem realizar a doação após 30 dias sem apresentar sintomas. Quem estiver com sintomas gripais não pode comparecer para doação. 

É preciso estar alimentado e não ingerir alimentos gordurosos antes da doação e ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas. 


Critérios definitivos de impedimento

Entre eles estão: ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade; ter evidência de alguma doença transmissível pelo sangue (Hepatite B e C, Aids, HTLV 1 e 2 e doença de Chagas); e/ou usar drogas ilícitas injetáveis.


Critérios temporários de impedimento

Entre eles estão: o período gestacional, período pós-gravidez (90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana), amamentação (até 12 meses após o parto), ingestão de bebida alcoólica (aguardar 12 horas após o consumo), exames/procedimentos com utilização de endoscópio (últimos 6 meses), vacina da febre amarela ou sarampo (aguardar 4 semanas após a vacinação); e tratamento dentário cirúrgico (7 dias após o procedimento e/ou suspensão de medicamentos). 

























Se dúvidas persistirem, se informe no hemocentro mais próximo de você. Caso não faça a coleta no mês de junho, se programe  e realize a doação o mais cedo possível.


A campanha Junho Vermelho é um alerta para que as doações aconteçam não só nesse mês mas durante todo o ano. E você já a conhecia? Diga nos comentários! J-J


Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Propagandas de Dia dos Namorados em meio à pandemia



Se tem algo primordial que as marcas devem saber é se adaptar a novos cenários e desafios. Com a pandemia do coronavírus, empresas tem se adaptado, com produtos e propagandas. Foi o que aconteceu com a Páscoa e Dia das Mães esse ano. E parece que será uma tendência com todas as outras datas festivas de 2020.

Com o Dia dos Namorados no meio desse mês (12) não foi diferente. A forma de divulgação das empresas foi inovadora, bem como a maneira de comprar e presentear. Empresas não deixaram de mencionar o que o mundo inteiro passa em suas propagandas, dando ênfase às videoconferências entre namorados, jantares românticos virtuais, entre outros aspectos. Com relação a forma de comprar e presentear, percebe-se que esse ano houve uma mudança: namorados optaram por compras onlines, presentes virtuais e até mesmo deliverys.  

Resolvi destacar cinco propagandas de empresas sobre o Dia dos Namorados, são elas: Natura, O Boticário, Renner, Faway e Montreal Magazine. Acompanhe!


Perto ou longe, celebre o #Amorcomhumor - Natura




Propaganda veiculada no dia 3 de junho, que já conta com quase 61 milhões de visualizações, 1,6 mil curtidas e 98 descurtidas. O vídeo traz casais reais tanto heterossexuais como LGBTQ+ dançando e se divertindo ao som de Claudinho e Buchecha. A propaganda retratou casais que estão na mesma casa ou que estão distantes. O vídeo teve produção caseira, cada um gravando em sua casa, com seu próprio celular. A propaganda teve participação do casal real Rafael Vitti e Tatá Verneck. Veja o que a empresa falou sobre a propaganda:

"Não teve ensaio, ninguém combinou o primeiro passo e, de repente: estátua! Ninguém se mexe, ninguém sai do lugar! Quem está na mesma casa, vivendo as dores e delícias do grude total. Quem está em casas separadas,  de uma hora para outra, se viu em um namoro à distância. E entre faxinas,  telas e saudades, Humor convidou os casais a se jogarem na pista, ou melhor, na sala, para rir um pouco dos perrengues da quarentena e mostrar que o amor pode ficar bem mais gostoso quando tem humor #DiaDosNamorados."


Dia dos Namorados - O Boticário




Divulgado no dia 24 de maio, o vídeo conta com quase 3 milhões de visualizações, 427 curtidas e 30 descurtidas. A propaganda apresenta com versos poéticos lindos e também traz imagens de casais reais, tanto héteros como LGBTQ+. A trilha sonora não poderia ser outra a não ser Eu sei que vou te amar, de Tom Jobim. O vídeo é finalizado com o seguinte pedido: "Que as promessas reais sejam o novo normal"


Dia dos Namorados - Renner




Lançado no dia 5 de junho, a propaganda possui quase 112 mil visualizações, 159 curtidas e 60 descurtidas. O vídeo também apresenta casais reais tanto héteros como LGBTQ+, focando no dia a dia e cotidiano deles dentro de casa. A Renner ressalta que o Dia dos Namorados não precisa de várias coisas, mas de apenas amor, e mais nada. Veja o que a marca disse sobre a propaganda:

"2020 foi um ano de redescobertas do amor em todas suas manifestações.  Esse vídeo de Dia dos Namorados, é uma pequena amostra disso. Feito com cenas captadas em casa, pelos próprios casais, em momentos de cumplicidade e afeto que reforçam a única e mais importante necessidade de um relacionamento: o amor."


Dia dos Namorados 2020 - Faway





Foi publicada no dia 23 de maio, contando com 187 visualizações e 8 curtidas. A propaganda conta a história de um casal que resolve comemorar a data de uma forma diferente: um jantar romântico por videoconferência. Ela é encerrado pela frase: "logo a gente volta a se abraçar". Leia o que a empresa disse sobre a propaganda:

"A campanha de dia dos namorados Faway 2020 trata do amor que supera qualquer distância e nos mantém perto mesmo quando nossos corpos precisam estar separados.

Nossos corações nunca estiveram tão unidos."


Meu melhor presente - Montreal Magazine




Última propaganda desse compilado, ela mostra uma lembrança bonita de um casal que comemora a data ao ar livre. Esse era o desejo de muitos casais esse ano, mas que não foi possível. Com boa trilha sonora e fotografia, o vídeo apresenta várias palavras carinhosas e é finalizado aos 24 segundos. A propaganda possui apenas 31 visualizações e 1 curtida. Confira o que o shopping Montreal Magazine falou sobre o vídeo:

"Lembranças que aquecem o coração e trazem a sensação da certeza de que logo tudo vai passar. Enquanto isso comemore da melhor maneira possível e aproveite o presente que a vida te deu."


Essas foram propagandas interessantes do Dia dos Namorados esse ano. Vale tudo para não passar a data em branco. E você, conhece mais alguma propaganda interessante da data desse ano? Diga nos comentários! J-J


Por: Emerson Garcia

domingo, 28 de junho de 2020

Animações, séries e livros infanto-juvenis LGBTQ+



Para encerrar a Semana do Orgulho LGBTQ+ 2020, trago hoje algumas animações, séries e livros com temáticas infanto-juvenis que discutem coisas como orientação sexual e identidade de gênero de maneira que facilite o entendimento dos pequenos sobre o assunto. 

Isso ainda é um tema muito polêmico no mundo e que divide opiniões, principalmente aquelas que se baseiam em princípios religiosos. Contudo, sabe-se que é necessário que crianças entendam certas coisas, não para torná-las sexualmente ativas como uma parcela da população acredita que é o objetivo de tratar esse assunto, mas sim para protegê-las de possíveis ataques de predadores sexuais.

Com isso, apresento uma série de desenhos, livros e séries que tratam de forma divertida e bem didática a diferença entre os indivíduos, as orientações sexuais e identidades de gênero, ensinando as crianças a respeitá-los, que é o que realmente importa.


Hora de Aventura




Hora de Aventura é uma série do Cartoon Network, que segue as aventuras de Finn, um garoto humano com um espírito de aventureiro, e seu melhor amigo Jake, um cachorro com poderes. Eles moram na Terra Ooo, em um período pós-apocalíptico, onde fazem novos amigos como a Princesa Jujuba, a Princesa Caroço e a Marceline. 

Muitos indícios durante o programa fizeram os espectadores suspeitarem de um possível relacionamento entre a Princesa Jujuba e Marceline, devido a pedaços da história delas que são soltos ao longo do programa. Depois de um tempo de especulações, o criador da animação, Pendleton Ward, confirmou no Twitter que as duas tinham um relacionamento no passado. 

A autora australiana Emma A. Jane comentou sobre os personagens e sua importância: “Finn e Jake são parte de um expansivo elenco de personagens que não são estereotipados e que populam um programa que subverte vários paradigmas sobre gênero tradicionais”

Além disso, uma pesquisadora da Universidade Federal do Ceará publicou que a animação não é para o público infantil, que os jovens e adultos também captam as mensagens importantes que o desenho passa. Em sua tese, ela comenta: “os públicos distintos absorvem diferentes sentidos de uma mesma mensagem”, deixando claro a importância da narrativa.


Steven Universo



Assim como Hora de Aventura, Steven Universo também é um programa do Cartoon Network. Criado, por Rebecca Sugar, a animação conta a história do amadurecimento do protagonista, o Steven. Residente na cidade de Beach City, ele mora com as Crystal Gems, seres mágicos intergalácticos. 

A série trata de assuntos como amor, relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo (de uma maneira bem normal, como deve ser), preservação da natureza, família, amadurecimento. Tudo isso com um toque de magia. 


Os 3 Lá Embaixo: Contos da Arcádia




Os 3 lá embaixo é a segunda série da Trilogia Contos da Arcádia. Criado por Guillermo Del Toro e produzido pela DreamWorks, o programa conta a história de dois irmãos alienígenas, a Princesa Aja e o Príncipe Krel da Casa Tarron, que caem na Terra após fugirem de seu planeta natal, Akiridion-5.

O desenho gerou uma polêmica quando uma mãe o denunciou para a Netflix devido a uma cena de beijo gay onde duas jovens entram em pânico e se beijam achando que morreriam sem terem beijado ninguém na vida. A empresa respondeu a acusação da mãe dizendo que o desenho estava classificado apropriadamente e que era responsabilidade dos pais escolher e controlar o que seus filhos assistem. 

O Ministério da Justiça informou que a classificação indicativa surge em casos de cenas de sexo, nudez, violência e/ou uso de drogas e que a política de classificação indicativa “adotam critérios que não admitem qualquer juízo de valor, qualquer diferenciação entre raças, religião, posicionamento político ou orientação sexual”.


Meus dois pais



O livro de Walcyr Carrasco, Meus dois pais, trata com afeição e de forma bem delicada a questão da homossexualidade e o relacionamento de duas pessoas do mesmo sexo. A obra conta a história de Naldo, um menino que descobre a homossexualidade do pai e precisa aprender a lidar com isso. 

Muito inconformado com a revelação, ele precisa lidar com vários conflitos, internos e externos, sobre o que está se passando em sua vida desde a descoberta. Através dos olhos do protagonista, o autor mostra as diversas faces do preconceito enfrentado por aqueles que estão em um relacionamento homoafetivo e debate assuntos que são muito importantes nos dias atuais. Após vivenciar diversas situações, Naldo entende que o amor de seu pai é o que mais importa para ele.


Olívia tem dois papais



Uma menina muito esperta e curiosa chamada Olívia, que adora usar de palavras complicadas quando conversa com seus dois pais, Luís e Raul. Quando seus pais estão trabalhando, Olívia diz que está “entediada” e Raul, que odeia vê-la entediada, acabando cedendo e indo brincar com ela. Para chamar atenção de seu pai Luís, ela diz que está “desfalecendo” de fome, já que seu pai é o melhor cozinheiro que conhece.

Sabendo que sua família é diferente, Olívia fica intrigada ao se questionar como o seu pai Raul é tão bom em brincar com ela de bonecas, ou porque o seu pai Luís é tão bom na cozinha. Além disso, ela fica com mais dúvidas ainda ao se questionar como vai aprender a se maquiar e andar de salto alto se não tem nenhuma mulher na família, e tudo isso é discutido com muita sensibilidade na obra. 


O namorado do papai ronca




O namorado do papai ronca é um livro infanto-juvenil, contando um recorte de 6 meses da vida de um garoto de 12 anos louco por futebol acerca da relação homoafetiva quando precisa ir morar no interior da cidade com seu pai enquanto sua mãe viaja para realizar um curso.

A história abre a discussão da relação entre dois homens já que o pai do menino se relaciona com outro rapaz. Contudo, como ele está entrando na adolescência, o autor mostra que o relacionamento do pai é o menor dos problemas dele, levando tudo na normalidade que deve ser.



Com amor, Simon, Leah fora de Sintonia e Com amor, Victor


O universo de Becky Albertalli é com certeza um dos dos meus favoritos atualmente. Seus livros sempre discutem assuntos relacionados a identidade, autoestima, aceitação e sexualidade.




Em sua primeira história, Simon vs A agenda Homo Sapiens, que recentemente teve seu título alterado para Com amor, Simon devido ao lançamento do filme, Becky conta sobre a vida de Simon, um jovem gay que está determinado a viver um grande amor, mas ele não é assumido. Ele acaba sendo chantageado por um de seus colegas de classes que descobre sobre Simon e acaba o expondo. Com isso, ele precisa enfrentar os seus medos e lidar com o acontecimento.




Na sequência de Com amor, Simon, temos Leah fora de Sintonia, onde Becky conta a história de Leah, melhor amiga de Simon, e sobre como ela lida com sua bissexualidade, sem que seus amigos saibam, inclusive o próprio Simon. Ela acaba se apaixonando por uma amiga sua, Abby, enquanto um outro amigo está apaixonado por ela, fazendo com que ela tenha que descobrir o que sente por ambos.





Já foi anunciado também a sequência dessas duas histórias, chamada de Com amor, Creekwood, que vai ser contada através de e-mails dos personagens de Com amor, Simon, mostrando como é a vida deles após o Ensino Médio, agora que eles estão na Universidade.






Por fim, temos Com amor, Victor, uma série recentemente lançada no serviço de streaming Hulu, que ainda não tem no Brasil, onde conta a história de Victor, um adolescente gay em uma família completamente conservadora, diferente da de Simon, e ele tem que lidar com suas dúvidas acerca de sua sexualidade e com sua própria família. A série está com 92% de aceitação no Rotten Tomatoes e posso dizer que ela merece ainda mais. 


The Fosters




The Fosters é uma série norte-americana com produção de Jennifer Lopez e Peter Paige (Queer as Folk). O programa conta a história de duas mulheres lésbicas, casadas, que adotam várias crianças para dar a elas oportunidades melhores de vida.

Com o avançar da história, vemos o desenvolvimento de Jude, um dos filhos dela que vai descobrindo gradativamente que se apaixonou pelo seu melhor amigo, mostrando da melhor maneira possível a maneira que o adolescente lida com isso, assim como suas mães e sua família.


Essas foram algumas animações, séries e livros infanto-juventis que selecionei para compartilhar. Existem muitas outras que fazem reflexões acerca destes assuntos, o que é ótimo pois os jovens precisam entender que sexualidade é uma coisa completamente normal, apesar de sermos ensinados de maneira diferente a isso. E assim, encerramos mais uma Semana do Orgulho LGBT+ aqui no JOVEM JORNALISTA. Até a próxima! J-J



Por: Emerson Garcia
Ilustração: Milena A. Soares

sábado, 27 de junho de 2020

Bandeiras LGBTQ+



As comunidades LGBTQ+ adotaram diversos símbolos para representá-las. Dando continuidade à Semana do Orgulho LGBTQ+ 2020 aqui no blog falarei de bandeiras LGBTQ+. Elas representam a identidade, união, orgulho e compartilhamento de valores. A bandeira mais conhecida é a do arco-íris. Há uma associação e um recall imediato ao vê-la - trata-se de uma flámula LGBTQ+.

No entanto, existem muitas outras bandeiras que foram criadas para representar o orgulho de se pertencer à uma comunidade LGBTQ+. A primeira criada foi a LGBTQ+ (1978), depois dela surgiram a bissexual (1998); a lésbica (1999); a transgênero (1999); a intersexual (2009); a assexual e a genderqueer (2010). Além dessas, outras foram inventadas, são elas: a goy, a pansexual, a assexual, a demissexual, a não-binário, a dos gêneros fluidos, a do orgulho leather e a da irmandade de ursos. 

Antes mesmo de existirem bandeiras de orgulho, já haviam símbolos para definir os LGBTQ+. Na Alemanha nazista, por exemplo, os judeus homossexuais eram identificados com um triângulo rosa. As cores verde e roxo, por sua vez, já foram símbolos de homossexualidade. 

É comum na atualidade qualquer gênero ou orientação possuir sua bandeira. Não é errado ter sua identidade representada em uma. Neste post você conhecerá a história, cores e significados das principais bandeiras LGBTQ+ (Falerei de 14 ).  


Bandeira do Movimento LGBTQ+



É a bandeira mais conhecida da comunidade LGBTQ+, representando a comunidade no geral. Ela foi criada pelo artista Gilbert Baker, em 25 de junho de 1978 (ou seja, há 40 anos) com o intuito de atender uma necessidade dos ativistas da época que queriam um símbolo de identificação. 

Gilbert Baker era militar, mas após ser dispensado do exército, foi morar em São Francisco, na Califórnia, onde se envolveu mais com o movimento LGBTQ+, que passava a ser discutido nos anos 1970. Foi lá que aprendeu a costurar, criando a arte da bandeira toda colorida, nas cores do arco-íris. O supervisor da cidade de São Francisco na época, Harvey Milk, pediu a ele que criasse um ícone para a comunidade. O artista, então, realizou esse trabalho inspirado nos hippies que veem o arco-íris como símbolo de paz; e na canção Over the Rainbow que diz que "além do arco-íris existe um lugar muito bom"

Gilbert criou uma bandeira arco-íris com oito faixas horizontais de cores (imagem acima), são elas: rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índico e violeta. Contudo, como o rosa não estava disponível comercialmente na época, o artista abriu mão dessa cor e o Pride Committee retirou mais uma (azul anil), para facilitar a divisão da parada em faixas iguais ao longo da rua - três cores numa metade, três na outra. Assim nasceu a bandeira LGBTQ+ de 6 cores (imagem abaixo). 






Desse modo, as duas bandeiras (de 8 e 6 cores) são usadas atualmente. A bandeira LGBTQ+, portanto, representa a diversidade e cada uma das cores um conceito, como percebido na imagem abaixo:




A cor preta foi incluída também em homenagem às vítimas do HIV, com o intuito de trazer uma imagem forte sobre toda a comunidade. Entretanto, ela foi suprimida e a bandeira voltou apenas com as cores originais. 

Em 1978 a Gay and Lesbian Freedom Day March adotou a bandeira, e em seguinda a Pride Parade Committee, após o assassinato de Harvey Milk, o oficial eleito abertamente gay da Califórnia e incentivador da criação da bandeira por Gilbert Baker. 

As cores LGBTQ+ são utilizadas em vários outros contextos como produtos, e até mesmo em bandeiras. Confira:












A bandeira do arco-íris também tem outros significados. Para os cristãos e religiosos, é símbolo da aliança de Deus. Já para os camponeses da Guerra dos Camponeses no século XVI na Alemanha, esperança na nova era. Atualmente, portanto, a bandeira é reconhecida como símbolo do movimento LGBTQ+ e usada como símbolo de paz. 


Bandeira do Movimento Bissexual




Ela foi desenhada em 1998 por Michael Page, com o intuito de dar voz aos bissexuais, tanto na sociedade como na comunidade LGBTQ+ - já que os bissexuais não se identificavam com movimentos GLS, por se considerarem heterossexuais, apesar de suas orientações sexuais e parceiros. Michael Page, inspirado por seu trabalho voluntário no grupo BiNet USA, criou a bandeira que possui três cores, são elas: rosa, roxo e lilás. 

Page criou a bandeira de forma que ela fosse 40% rosa, 40% azul e 20% roxa, mostrando que essa última faixa cria uma "transição suave" entre as faixas rosa e azul. Ou seja, a bandeira mostra que o bissexual pode transitar livremente tanto com as comunidades gays e lésbicas como em comunidades heterossexuais.

O rosa (magenta) foi escolhido por significar a atração sexual ao mesmo sexo somente (gay e lésbico); o azul, por sua vez, por representar a atração sexual ao sexo oposto somente (indivíduo heterossexual); e o roxo (púrpura ou lavanda) por significar a atração sexual a ambos os sexos (bissexuais).



Bandeira do Movimento Lésbico





Ela foi criada pelo designer Sean Campbell em 1999, apresentando a união de símbolos lésbicos, ou seja o ícone de Labrys com o triângulo negro invertido e fundo roxo. O Labrys ou machado de dupla folha foi um ícone usada na antiga civilização minoica, associado ao poder matriarcal e nas lendas da Grécia antiga, com Amazonas, o símbolo da fertilidade e da agricultura e suas devotas com machados de dupla folha que lavravam a terra. O triângulo negro invertido faz referência a utilização desse símbolo em lésbicas na Alemanha Nazista, que eram vistas como "mulheres indesejáveis" ou "antissociais". A cor roxa por sua vez é ligada ao movimento lésbico e feminista.

Duas outras bandeiras são utilizadas para identificar o movimento lésbico. A primeira apresenta um degradê que vai do lilás ao marrom, criada pelo blog This Lesbian Life em 2010, com o intuito de expressar a feminilidade das lésbicas (lipstick lesbian). Algumas lésbicas, portanto, acham-a controversa por a considerarem excludente ou por não concordarem com os ideias da criadora. 





A segunda é uma que mostra um degradê do laranja ao lilás, passando a representar não somente as lésbicas com feminilidade, mas também as que não possuem essa característica. 







Bandeira do Movimento Sexual Goy




A bandeira Goy foi criada juntamente com o termo no início dos anos 2000. O movimento Goy pode ter surgido entre fraternidades masculinas universitárias (frat houses), surfistas e skatistas, para designar o que hoje se chama de hétero goy - comportamento bastante comum entre homens na Grécia antiga, que ao contrário do que se pensa não envolvia sexo anal. 

O azul é a cor masculina (embora existam controvérsias) e na bandeira ele aparece em várias tonalidades em degradê. O azul escuro representa profundidade/intensidade; o azul índigo, guerreiro por natureza; o branco, paz e amizade; e o azul turqueza, integridade. 



Bandeira do Movimento Pansexual




Ela foi criada para distinguir-se da bandeira bissexual (já apresentada). Formada por três cores - rosa, amarelo e azul - ela representa a atração das pessoas por todos as identidades de gênero e sexos biológicos. 

A faixa azul representa a atração por homens; a rosa por mulheres; e a amarela por pessoas que se identificam como sem gênero, de ambos os gêneros ou de um terceiro gênero. 



Bandeira do Movimento Assexuados




Bandeira criada em 2010 a desejo da Asexual Visibility and Education Network (AVEN - Rede de Educação e Visibilidade Assexual). A bandeira é formada por uma faixa negra, cinza, branca e roxa e representa as pessoas que não possuem nenhuma atração sexual por outra. 

A cor roxa é empregada para as comunidades assexuais. Ela representa a coesão desse grupo e os identifica a partir de um padrão visual. Já as cores preta, cinza, e branca representam a gradação da sexualidade humana. Assim, o preto representa a assexualidade; o cinza a área entre ser sexual e assexual; e o branco significa as pessoas sexuais (hétero, homo ou bi) simpatizantes ou que apoiam a questão assexual. 



Bandeira do Movimento Demisexual




A bandeira demissexual foi criada para representar as pessoas sem atração sexual por qualquer pessoa, a menos que tenha uma atração emocional ou romântica ligada a alguém. O nível de conexão determina o quanto o relacionamento é mais íntimo ou não. Demi é um prefixo que significa metade e é usado para representar sexuados e assexuados.

A bandeira contêm um triângulo preto, com uma faixa roxa que divide o espaço branco do cinza. O triângulo preto representa o antissocialismo e a interseção sexual. A faixa roxa é a cor padrão para a atração sexual das comunidades assexuais. Já a escala cinza e branca, representa os grupos assexuais e sexuais. 


Bandeira do Movimento da Transexualidade




Ela foi criada em 1999 por Monica Helms, uma mulher trans que resolveu representar a comundade transexual. A bandeira foi hasteada pela primeira vez numa parada do orgulho LGBTQ+ em Phoenix, Arizona em 2000. Ela foi produzida em cinco faixas horizontais nas cores azul, rosa e branca, significando que todos os caminhos conduzem ao mesmo caminho, havendo uma transição. A transexualidade não é a mesma coisa que homossexualidade, pois os transexuais podem ser heterossexuais, bissexuais, homossexuais e estar representado por configurações de homem ou mulher. Nada interfere. Daí a ideia da transição, entende? Sobre a ideia da bandeira, Helms disse:

"O padrão foi criado de forma que, não importa que maneira essa bandeira seja hasteada, ela sempre está correta, o que representa o processo de como nós encontramos a maneira correta de vivermos nossas vidas". 


As faixas azul claro representam a cor tradicional dos bebês homens; as rosa claro a cor tradicional para bebês mulheres; e as brancas aqueles que são intersex, estão em transição ou se identificam com o gênero neutro ou não tem gênero definido. 



Bandeira do Movimento Não-Binário ou genderqueer




Ela foi criada em setembro de 2010 por Marilyn Roxie, tendo seu design final em junho de 2012. A bandeira representa o gênero não binário, que é um gênero que não é nem masclino, nem feminino; e o genderqueer que representa pessoas que não se identificam com as expectativas da sociedade referente a sexo, expressão de gênero e sexualidade. 

As cores da bandeira é a lavanda, branco e verde. A faixa lavanda representa pessoas andróginas e a androgia; a branca a neutralidade de gênero; e a verde representa identidades definidas para além ou sem qualquer referência ao sistema binário de gênero (homem e mulher).

Cada tom mostra essa transição (entre uma identidade binária e uma não-binária), havendo uma combinação entre eles. Embora não seja a bandeira mais fácil de lembrar, não é difícil de se lembrar das cores. 



Bandeira do Movimento da Interssexualidade




A bandeira interssexual lembra um pouco a transgênero por conta de suas cores, mas com diferenças. A bandeira interssexual traz em seu centro uma faixa azul bebê e rosa bebê que se unem em um efeito degradê, mostrando que a pessoa interssexual passeia por ambos os gêneros (masculino e feminino) e tem caracteres sexuais, como cromossomos, gônadas e órgãos sexuais de ambos os gêneros. Desse modo, os interssexuais possuem dimorfismos (duas formas) sexuais como aspecto da face, voz, membros, pelos e formato de partes do corpo. 

A bandeira, portanto, apresenta seis faixas de cores, que são parecidas nas pontas (superior e inferior), com uma intersecção de cores no meio. 


Bandeira do Movimento Intersex





Ela foi criada pela Intersex Human Rights Australia (Organização Internacional Intersex na Austrária) por Morgan Carpenter em julho de 2013. Possui um círculo roxo no centro, em cima de um fundo amarelo. As cores amarelo e roxo representam as cores hermafroditas, ou seja, tons femininas e masculinas ao mesmo tempo. Já o círculo não tem quebras ou ornamentos e representa a integralidade e a completude, seja corporal como genital, simbolizando o direito de "ser quem e como queremos ser". 

A bandeira foi utilizada por diversas organizações de mídia e direitos humanos. Em junho de 2018, ativistas intersexo participaram do Utrecht Canal Pride, com a bandeira. Já em maio de 2018, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país onde a bandeira intersexo foi erguida fora do parlamento nacional. 



Bandeira do Movimento fluidos de gêneros




A bandeira representa um subgrupo da comunidade LGBTQ+ que diz respeito as flutuações e flexibilidade do gênero em pessoas fluidas de gênero. 

A bandeira contém cinco listras: rosa, branca, lilás, preto e azul. A primeira faixa, rosa, representa a feminilidade ou sentimento feminino; a segunda, a ausência de sexo, incluindo gênero neutro; a terceira, a combinação da masculinidade e feminilidade, incluindo vários graus de androginia; a quarta, todos os os outros gêneros, terceiros gêneros e pansexual; e a quinta, a masculinidade ou sentimento masculino. 



Bandeira do Orgulho Leather




Criada por Tony DeBlase em 1989, durante uma competição para Mr. Leather em Chicago. A bandeira celebra a subcultura que aprecia práticas e formas de se vestir para atividades sexuais que utilizam principalmente o couro.

A bandeira é composta por nove faixas horizontais de mesma largura que se alternam nas cores preta e azul royal. A faixa central é branca. No canto superior esquerdo há um grande coração. Tony DeBlase não deu um significado direto para as cores e símbolos da bandeira: "Deixo por conta de quem observa a bandeira interpretar as cores e os símbolos", disse em entrevista. 



Bandeira da Irmandade dos Ursos



Criada por Craig Byrnes em 1996 com o intuito de celebrar a subcultura dos "ursos", uma gíria para homens fortes que exibem pêlos pelo corpo e são grandes (apesar de não ser uma exigência cabal). 

É formada por sete faixas horizontais com cores de pêlo e nacionalidades de urso de todo o mundo. Na parte superior esquerda traz a imagem de uma pata de urso.  



Bandeiras LGBTQ+

Abaixo tem um resumo das bandeiras faladas nesse post, algumas não foram faladas, mas ficam para curiosidade de vocês. Veja: 




A bandeira é apenas uma das formas de representação da comunidade LGBTQ+, mas existem muitas outras.


E você, já conhecia essas bandeiras? Diga nos comentários! Até amanhã com o último post da Semana do Orgulho LGBTQ+ 2020! J-J

Falar de sexo e informar a comunidade LGBTQ+ não é promiscuidade. O sexo é inerente às pessoas sexuais, como vimos nesse post. Todo fetiche é válido, se saber-se respeitar o outro e a si mesmo. Lembre-se: sexo, só se for com camisinha e com todos os cuidados necessários. J-J




Por: Emerson Garcia
Ilustração: Milena A. Soares
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