quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Gentileza gera o que mesmo?!


11 de outubro de 2013. O dia que percebi que gentileza não gera gentileza, como diz o ditado.



Vinha de Vicente Pires e peguei um microônibus e quando estava perto da minha parada dei sinal e o motorista não parou. Ai eu disse "vai parar não, eu vou descer". Ele abriu a porta e com o veículo em movimento queria que eu descesse. Ele simplesmente não parou! Me arrisquei várias vezes para descer, mas quis polpar a minha vida. Que irresponsabilidade! Fiquei muito chateado! O cara estava lidando com VIDAS ali dentro e simplesmente queria colocar a minha em risco! A minha reação foi de ficar imóvel na hora.


Quando algo pior aconteceu, o motorista disse indignado: "vai descer não, então eu vou ACELERAAAAAAAAAAAAAR!" Eu fiquei calado. Como descer de um ônibus em movimento?A única reação que tive foi apertar o sinal novamente e descer mais longe do que já desceria da minha casa.


Infelizmente é esse o cenário do trânsito de Brasília!!! E é esse o descaso com as vidas humanas!!! Pessoas má educadas no trânsito, que pouco se importam com a vida dos outros. Que como troco por uma atitude de gentileza e respeito, são irresponsáveis e desgentis.

Pela falta de respeito de motoristas, que buzinam loucamente, que ultrapassam faixas, que não dão seta, que ao invés de cumprimentar o outro com um sorriso ou um "tenha um bom dia" xingam, fazem gestos obcenos, é que vemos tantos acidentes no trânsito.

E é o que aconteceria comigo. Pode até ser exagero, mas eu estava vendo a hora de acontecer um acidente. Porque eu estava no impulso de pular com o veículo em movimento. E tudo começou por causa de que? Da falta de educação. J-J


Por: Emerson Garcia

domingo, 20 de outubro de 2013

O paradoxo dos rótulos



Rótulo, preconceito e esteriótipo. Essas palavras são comuns a vocês? Vez ou outra vemos alguém chamando o outro de preconceituoso. Mas porque as pessoas são rotuladas de preconceituosas? Talvez porque elas viram uma pessoa na rua e, sem ao menos conhecê-la, a apelidou ou destacou uma de suas características.

É errado apelidar ou nomear alguém sem conhecer?! Eu diria que depende. Se a pessoa tem uma determinada característica, como a obesidade, chamá-la de gordinha não é nenhum desrespeito, ao meu ver. Afinal a pessoa é realmente gorda. Então eu sou a favor dos rótulos? Bem, não sou a favor, mas não posso abominá-los.

Chamar Psy de mal-educado, como eu supostamente fiz em um post chamado Gentleman, é pecado? É errado? É ser preconceituoso? Não. Mas vários leitores disseram que eu agi com preconceito. E o que fazer? Abominar a opinião deles?! De maneira alguma! Cada um tem sua opinião.

Eu o nomear de "mal educado" não quer dizer que eu fui preconceituoso, se eu ver no cantor coreano outras características que não a má-educação. Mas se todas as vezes eu julgá-lo por tal atitude e rotulá-lo, para sempre, menosprezando seus outros defeitos e qualidades, sim, isso é preconceito. E diria que também é buillyng. E é ai que mora o perigo.

Algumas considerações minhas:

1- Achar que tudo que se diz é preconceito é uma atitude pouco inteligente. Devemos analisar os fatos. 
2- Rotular as pessoas apenas com uma característica é andar em cima da corda bamba. Isso é preconceito. 
3- Definir a pessoa SOMENTE (é claro que podemos definir as pessoas pela aparência, mas não é só isso) pelo que aparenta e não pelo que ela é, é achar que as pessoas só podem ser 8 ou 80. Mas acontece que entre 8 e 80 existem muitos números!!!
4- Rotular a pessoa com uma e outras características não é ser preconceituoso. É só perceber a realidade dos fatos. 

O filme Philadelfia, dos anos 80, retrata exatamente isso que eu quis dizer pra vocês. O ator Tom Hanks interpreta um homem aidético que sofre preconceito no seu trabalho e é despedido. Só que ele não aceita e corre atrás dos seus direitos, por meio de um advogado interpretado por Denzel Washington.

O personagem sofria preconceito por ser caracterizado pelas pessoas como uma pessoa somente "aidética, gay e que não merecia estar no meio dos outros". Ele era só isso?! Não!!! E aí se caracteriza uma situação de discriminação e buillyng.



O personagem de Tom Hanks também era uma pessoa lutadora, apaixonada pela vida, poeta, que consegue ver o melhor das coisas em situações catastróficas. A cena abaixo é uma das cenas mais comoventes do filme!


O personagem de Tom Hanks aceitava a sua condição: "aidético", "gay" e "problemático". O que ele não aceitava era o preconceito das pessoas ao redor. 

É fundamental as pessoas se aceitarem como realmente são, como aconteceu no episódio Born This Way, do seriado Glee. Assumir uma realidade e uma característica tem o poder de quebrar com toda espécie de preconceito. J-J




P.S.: De volta ao blog, com um post bem polêmico! :)

Por: Emerson Garcia
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