A moda agora é falar das famosas pulseiras Power Balance. Sim, falar! Por que após estudos australianos descobrirem a farsa das pulseiras, acho improvável que a pulseira continue como uma moda. Não é a primeira vez que um produto promete o que não pode cumprir. A publicidade quer vender seu produto a todo custo, não importa por quais meios. Uma vez ouvi de um rapaz que publicitário tem que "vender droga falando que é doce". Embora seja radical esse pensamento, ele se aplica.
A persuação foi presente no produto. Dizia-se que a pulseira dava força, equilíbrio, e porque não dizer, poder? Um ser humano comum, e sobrenaturalmente, um famoso estaria disposto a obter esses elementos para uma vida de sucesso, ainda mais no início de ano. É por isso que o Cristiano Ronaldo e Justin Bieber usaram-na.
Para a venda de um produto, é preciso agregar a ciência, para chamar atenção e provar por a + b que existem benefícios ao se utilizar um objeto. Só de ouvir que a pulseira foi criada por um cientista da Nasa todos já ficam estarrecidos. Imagine dizer que é uma pulseira que tem recursos da Física, como o magnetismo, holograma quântico, tecnologia hi-tech e um revestimento de silicone?
Mas não é só do boca a boca, tem que provar, por meios legais ou não, que o objeto vale a pena. Muitos usuários acreditaram na eficácia do produto porque americanos realizaram testes para comprovar a façanha. Já o Fantástico provou que o holograma não reage com o organismo e que não passa de um mero chip de cartão de crédito [maravilha seria se o holograma do cartão controlasse o consumismo].
Por que aderir a moda da Power Balance? Você pode aderir porque está na moda ou então porque você foi convencido que vale a pena usufruir dos benefícios do produto. Você pode agir por emoção porque é um utilitário bonito e te dá status. Esse negócio de sin nan quo non, sabe? Por mero consumismo, para você mostrar que tem poder. Ou então você usa pela pseudo-razão, que na realidade demonstra que você foi convencido por meios lógicos a comprar o produto. O Fantástico mostrou que a pseudo-razão faz você acreditar que o produto funciona, nada mais nada menos, por causa da sua consciência. Basta crer em algo para ser real.
Esse limiar entre a razão e a emoção na compra de produtos, portanto, passa a ser intrínsico e, por hora, indissociáveis. A relação do consumismo está entre o que realmente precisamos e o que somente queremos. (JJ)
Por: Emerson Garcia