Na terça-feira passada (15) foi a abertura da exposição Gildred - uma homenagem que aconteceu no Centro de Artes da Vila Telebrasília na Asa Sul (Distrito Federal). O intuito foi o de celebração da vida e do legado de uma grande artista que, com sua sensibilidade e paixão, invadiu corações e transformou a paisagem artística de Brasília. Gildred deixou o plano terrestre em 26 de agosto de 2024, deixando milhares de fãs, familiares e amigos em luto.
A exposição teve início às 8 horas da noite e contou com a presença de fãs, familiares, amigos, curadores e colegas de profissão. O ambiente estava composto com quadros, louças e cerâmicas da artista espalhados por todo o ambiente do Centro de Artes. O momento da abertura foi conduzido pela coordenadora do Centro de Artes, Lídia, que permeou todo o período com muita emoção e dignas homenagens a artista. Ela deu a palavra para amigos, familiares e colegas de profissão de Gildred, mais conhecida como Gil, que se dispuseram da palavra com muita propriedade e em momentos emocionantes.
Tiveram vários períodos memoráveis da abertura, desde mensagens sinceras, até declamações de poesias e textos literários. Todos que fizeram uso da palavra fizeram dignas homenagens à artista, emocionando os presentes.
O ambiente estava repleto de obras e pinturas artísticas de Gildred. Haviam quadros em que a predominância de cores era a azul (a preferida da artista), outros em tons amarelos e em vermelhos. Em cada obra ali representada, Gil imprimiu emoção, toque de ternura, sensibilidade, otimismo, ar solar.
Em cada uma de suas obras, há uma história que conecta pessoas, emoções e momentos. A arte de Gildred, com sua capacidade única de expressar o inexplicável, nos permite uma reflexão sobre o passado, emocionando-se com o presente e imaginando o futuro. Gildred era muito humana e seu trabalho reflete isso. Ela criava uma ponte entre o individual e o coletivo, um elo que gera união e transformação.
A exposição contou com a participação da cantora, musicista e violonista luxuosa de Luíza Marta que tocou e encantou os presentes com sua musicalidade e instrumentalidade. Ela cantou alguns sucessos como Pescador de ilusões e Malandragem. A sua voz, doce e suave, não requereu microfone ou auto falante. Luíza tocou entre 7 e 20 e 8 da noite, a medida que o público da exposição chegava.
Gildred dedicou a sua vida à arte e à educação. Ela não era apenas educadora, mas uma artista extraordinária, que no decorrer de sua importante carreira realizou cinco exposições individuais e participou de 73 exposições coletivas. Seu talento perpassou o território brasileiro, com exposições em Portugal, Suíça, Milão e Miami. Sua contribuição artística foi reconhecida, com prêmios como o 3º lugar no Prêmio Brasília de Artes Plásticas e o troféu Mulher Destaque 2018, uma homenagem especial do Instituto de Cultura Brasileira.
A artista deixa um legado imensurável e permanece viva em muitos corações e memórias. Ela deixa uma marca indelével no coração da comunidade artística e educacional. Suas obras podem ser apreciadas de 16 de abril a 10 de maio de 2025 e também serem compradas. J-J