Em dezembro de 2022 a bandeira LGBTQIAPN+ foi atualizada com novos estilos, formatos e símbolos. A versão mais recente possui 13 cores e um círculo, com o intuito de representar cada vez mais a diversidade - com símbolos trans, intersexo e antirracismo. O emblema foi lançado oficialmente durante a 27ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+, em Copacabana (RJ).
O símbolo do intersexo lilás surge dentro de uma figura geométrica de cor amarela. Pessoas intersexuais não se identificam nem como homem nem como mulher. As cores rosa, azul e branca também foram adicionadas e representam os transgêneros; e as listras preta e marrom representam a luta antirracista.
A atualização da bandeira LGBTQIAPN+ gerou discussões há mais de cinco anos.
Ideias de bandeiras
Criada em 1978, por mais de três décadas, a bandeira LGBTQIAPN+ possuiu seis cores. As mudanças começaram nos anos 2010. Em 2017, no estado de Filadélfia (Estados Unidos) foram incluídas duas novas listras horizontais - uma marrom e outra preta - com o intuito de representar pessoas negras e latinas que vivenciaram episódios racistas na cidade. Essa bandeira foi lançada na parada local de 2017.
Em 2018, o designer Daniel Quasar, de Portland (EUA), incluiu na bandeira tradicional LGBTQIAPN+, linhas com as cores trans e do movimento pela igualdade racial. Na época, a ideia viralizou. Essas linhas estavam dispostas como setas à esquerda, elucidando o progresso e avanço.
Três anos depois, em 2021, a designer ítalo-britânica Valentino Vecchietti, atualizou a versão de Quasar com a imagem do orgulho intersexo, classificação que ela se identifica.
Após ser adotada, de vez em quando, em paradas LGBTQIAPN+ pelo mundo, o símbolo oficializou-se num grande evento organizado pelo Grupo Arco-Íris, ONG responsável pela organização da parada no Rio de Janeiro. A flâmula foi estendida em Copacabana e tinha 24 metros de comprimento e 10 de largura, sendo considerada a maior do mundo.
As cores na nova bandeira LGBTQIAPN+
O novo emblema possui 13 cores, veja o significado de cada uma delas:
Amarelo e roxo: pessoas intersexo
Branco, rosa e azul: pessoas trans
Marrom e preto: luta antirracista
Amarelo: luz do sol
Verde: natureza
Turquesa: arte e magia
Violeta: espírito humano
Vermelho: vida
Laranja: cura
Origem da bandeira
Foi lançada em 1978 para o Dia de Liberdade Gay de San Francisco, na Califórnia (EUA). O desenhista foi Gilbert Baker, que faleceu em 2017 anos 65 anos. Ele foi desafiado pelo ativista Harvey Milk para criar algo que simbolizasse a comunidade. O emblema possuía oito cores, cada uma representando um aspecto do grupo: rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, turquesa, azul e violeta. Mais tarde, o rosa e violeta saíram da bandeira. Trinta voluntários ajudaram Baker a pintar as duas primeiras flâmulas. Em 2015 o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa) adquiriu duas unidades para sua coleção, tornando-se um marco histórico do design.
Versão alternativa
Durante a Copa do Mundo de Qatar, devido as polêmicas e discriminações contra os LGBTQIAPN+ e a proibição de propaganda de símbolos da comunidade durante os jogos, várias demonstrações subliminares foram utilizadas em apoio à causa. Seleções da Europa entraram com braçadeiras nas cores do arco-íris em manifestação contra a homofobia, mas foram barradas pela Fifa.
Já a Pantone - referência mundial em sistemas de cores e tecnologias para sua reprodução precisa - lançou uma bandeira LGBTQIAPN+ branca, substituindo as cores pelos códigos de referência para driblar a proibição da bandeira no Qatar. A iniciativa foi uma parceria com a instituição Stop Homofobia, sendo implementada poucos dias antes da abertura da Copa, para driblar as autoridades do Qatar.
A Trangender Europe (TGEU), a organização trans mais reconhecida mundialmente, adicionou uma sombrinha vermelha com o intuito de lembrar de quem trabalha com prostituição à bandeira mais recente. Esse símbolo é, desde 2001, o símbolo mundial da luta pelos direitos e proteção das pessoas que sobrevivem do sexo pago.
Polêmicas
A nova bandeira e essas versões alternativas tem o intuito de incluir as orientações sexuais do espectro LGBTQIAPN+, embora ainda exclua movimentos importantes como das lésbicas e das pessoas biafetivas. De certa forma, a atual flâmula apaga a importância e a história da bandeira arco-íris, criada em 1978, e dilui a luta LGBT ao incorporar outras demandas na bandeira. A ideia de disseminar a representatividade é incluir, não ofuscar ou excluir.
O arco-íris, querendo ou não, já dava essa ideia de diversidade e representatividade. Afinal, as 7 cores dão origem a outras. Toda luta é válida e merece ser destacada, mas quando se destaca uma ou outra, em detrimento de algumas isso não é inclusão. J-J
As bandeiras da Pantone estão bem originais.
ResponderExcluirAs bandeiras são lindas, gostei muito da combinação das cores, abraços Emerson.
ResponderExcluirInteressante ! As cores são maravilhosas .De bom gosto!
ResponderExcluirAs cores podem significar tudo, mas deveria haver a cor da Homofobia, uma vez que os gays são mais homofóbicos entre si do que os héteros. Mera opinião minha onde já levo 52 anos como gay. São os Héteros seropositivos que andam a infetar os jovens Gays?! Ou São gays que cortam ou não usam preservativos para "lixar a vida dos mais novos"?!
ResponderExcluirBoa tarde de terça-feira. Obrigado pela visita e comentário.
ResponderExcluirLuiz Gomes.
viagenspelobrasilerio.blogspot.com
Excelente informação. Fiquei aprendendo com seu post.
ResponderExcluirAbraço.
Uma luta antiga
ResponderExcluirQue bacana saber dessas novidades
ResponderExcluirBeijos
www.pimentadeacucar.com
Achei super bacana essa nova bandeira. E é interessante ver como as mudanças dos anos passam para a bandeira também.
ResponderExcluirhttps://www.biigthais.com/
Beijoos ;*
Bem legal essa nova bandeira. Ainda não tinha visto que havia sido incluído novas cores.
ResponderExcluirBjus!!!
Achei a matéria muito interessante e informativa. Porém, gostaria de um maior aprofundamento nas colocações presentes no final do texto, sobre as questões de representatividade. Abraço!
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