A nossa saúde financeira agradece!

Ajudar as pessoas, financeiramente falando, é humano e divino. Uma atitude muito legal e altruísta. Acontece que ajudar amigos e colegas sempre, acaba por gerar mal costume e pode chegar a nos prejudicar no âmbito das finanças. Ou seja, ajudamos os outros e ficamos descobertos, sem auxílio para nós mesmos. É, por isso, que devemos praticar o 'não' quando nos é solicitado alguma ajuda em recursos. Não é sempre dizer, mas ter alguns limites. 

O fato, caro leitor, é que devemos aprender a dizer não, sim. Se a gente não disser uma vez ou outra, a gente cria certos mecanismos e vícios nas pessoas. Nós não somos bancos, cadernetas de poupanças ou aquele contato do Whatsapp que serve somente para a pessoa pegar e falar: "Emerson, me empresta tanto dinheiro porque eu preciso disso ou comprar isso ou aquilo, urgentemente" Ou "Marilza, me empresta R$ 15 porque estou atolada de dívidas porque comprei um celular de R$ 1400". 

Tem gente que tem certa dificuldade em dizer não às pessoas, principalmente nessa parte financeira, tão delicada, em que as pessoas procuram mostrar seus maiores problemas, que estão com a corda no pescoço, que precisam pagar certo familiar, porque tal pessoa está precisando (Ou seja, cria uma dívida, para pagar outra KKK). Faltam colocar a arma em nosso pescoço para a gente ajudar, e se a gente não ajuda fica com a consciência pesada. Dizer não, principalmente quando se trata de dinheiro, é doloroso, mas podemos dizer que é extremamente necessário e sadio. Nós estamos ficando especialistas em dizer não, não porque somos pessoas horríveis e más, mas porque temos amor próprio, cuidamos de nossa saúde, principalmente financeira, e não queremos nos indispor ou criarmos problemas futuros com relação à isso. 

Nós lutamos, trabalhamos, procuramos outras formas de ganhar dinheiro, e esses indivíduos encontraram em nós fontes de dinheiro?! Parece que nosso rosto é verde e cheira à reais. Dizemos para essas pessoas: Vão trabalhar, pelo amor de Deus! Encontrem formas de ganhar dinheiro, seja fazendo brigadeiro ou qualquer outra coisa. Se nós economizamos, porque eles não podem economizar também? Se nós não trabalhamos, porque eles não? Nós fazemos nossos biscatizinhos. Vendemos produtos, fazemos artesanatos, artes virtuais, para ganharmos um dinheirinho à mais. Temos nosso emprego e aposentadoria, mas também encontramos outras formas de termos uma renda à mais, pois está tudo muito caro. E, fazendo isso, não estamos matando, nem roubando ninguém. Encontramos formas de pagarmos nossas dívidas e honramos nossos compromissos, e apenas isso!  

Se a gente pode economizar, eles certamente também, mas percebemos que eles são desorganizados, desequilibrados com as finanças, mal acostumados e com o pensamento de: "Ah, vou gastar mesmo, não vou economizar, porque sempre a Marilza e o Emerson me ajudam". Agora, querem ficar pedindo o nosso dinheiro suado, dinheiro que a gente está ganhando? Não, não, não! Nós não nos estressamos no trabalho, não pegamos trânsitos infernais todos os dias e não enfrentamos leões diariamente, para vir ciclano ou beltrano pedir o dinheiro facilmente e a gente dizer sempre sim!

O pior é quando vemos que as pessoas querem manter uma vida de aparência, uma vida que não condiz com sua realidade financeira. Nós não luxamos, não compramos roupa, telefone de marca sempre, e essas pessoas fazem justamente isso. Não adianta ter um carro novo, se você não tem dinheiro para comprar gasolina. Não adianta você querer luxar com a namorada, ir para lugares caros, se você não honra seus compromissos financeiros. Não pega bem você fazer o aniversário da filha, em um restaurante legal, com um bolo bonito e não pagar o que deve. Se temos R$ 1400, vamos comprar um celular que vale todo o nosso salário? Compramos um celular de R$ 800, que também é novo e tecnológico! Agora, a pessoa quer luxar, ver o colega e quer luxar também? Só leva prejuízo, porque não tem juízo. Por que não economiza, não faz uma poupança? Se vire! Não ajudaremos mais esse tipo de pessoa. Na hora que damos conselho para não gastar, acham que somos ruins, antiquados, quadrados. Pois, então, na hora que for pedir dinheiro, peça a outro! 

Nós, agora, dizemos não. Pegou dinheiro e não pagou, dissemos que não temos. "Ah, faz assim ou faz assado para me ajudar". Quem está precisando de dinheiro é você, você que tem que resolver as suas situações, não é nos ensinar o que temos que fazer para economizarmos para te emprestar dinheiro! A nossa saúde financeira agradece! J-J

Por: Emerson Garcia e Marilza Luciano