sábado, 29 de junho de 2019

19 propagandas LGBTQ+ que geraram polêmicas



Hoje é dia de polemizar no JOVEM JORNALISTA e na Semana do Orgulho LGBTQ+! Decidi apresentar 19 propagandas LGBTQ+ que geraram polêmicas, críticas e exclusões das mesmas pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).

As propagandas são de marcas brasileiras conhecidas e algumas internacionais, sempre com o foco na comunidade LGBTQ+, ou seja, tem peças publicitárias com lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, etc. O objetivo desse post é analisar cada uma delas, falando também por que geraram polêmicas. Preparados?! 


1- Banco do Brasil (2019)




Esta campanha do Banco do Brasil foi retirada do ar à pedido do presidente Jair Bolsonaro. A propaganda havia sido produzida com o objetivo de atingir o público jovem e apresentava uma narradora LGBTQ+, uma atriz transgênero e jovens LGBTQ+. Bolsonaro não aprovou a peça que trazia atores negros e brancos em clara referência racial e sexual. A diretoria do Banco do Brasil retirou a peça do ar, concordando com o presidente e demitiu o diretor de Comunicação e Marketing da empresa.

Com bom humor, a narradora LGBTQ+ apresentava as funções do aplicativo do banco. Ela diz frases como: "Faz carão, biquinho de 'vem cá me beijar' e quebrada de pescoço para o lado"



2- Dia dos Namorados - O Boticário (2015)




Lembro que na época essa propaganda gerou muito burburinhos por trazer casais homossexuais, entre os casais de namorados retratados. Tanta polêmica na época rendeu até a abertura de um processo no Conar e reclamações no site Reclame Aqui. Boicotes e reprovações à marca também aconteceram.

Em resposta, a marca de perfumes disse o seguinte (com grifos): 

“a proposta da campanha Casais (…) é abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre as mais diferentes formas de amor – independentemente de idade, raça, gênero ou orientação sexual – representadas pelo prazer em presentear a pessoa amada no Dia dos Namorados”. 


Achei a proposta da empresa de retratar diversos casais interesssante e não vi nada demais na propaganda. Não há beijos entre nenhum dos casais, apenas demonstrações de afeto através de um abraço. A trilha sonora é Toda forma de amor, de Lulu Santos. 



3- Comunicado Urgente para pais e mães - OMO (2017)





Essa campanha também gerou polêmicas e boicote à marca OMO. A ideia da marca foi de apregoar a ideologia de gênero, em pleno Dia das crianças; e dizer que não tem brinquedos para meninos nem para meninas, com "o objetivo de ressaltar a importância da experiência e do desenvolvimento das crianças". Nem todos a aceitaram de bom grado dizendo que a empresa foi longe demais. 

Na época, escrevi o post Omo, quem reforçou clichês de gênero foi você questionando o posicionamento da marca que outrora era um e depois passou a ser outro. 



4- Repense o elogio - Avon (2017)



Outra campanha que gerou polêmicas foi a Repense o elogio, da Avon, que dizia que a sociedade deveria repensar os elogios para as meninas. Para a marca dizer que uma menina "é uma princesa" é falar que ela não possui força e é submissa. Meninas também deveriam ser chamadas de aventureiras e desbravadoras do mundo. A polêmica se deu basicamente em uma parcela da população não aceitar a ideologia de gênero. 

A repercussão da campanha foi tão negativa que o vídeo recebeu 13 mil dislikes e 1,5 mil likes



5- Nova coleção do amor - Natura Faces (2019)




Nessa propaganda a Natura Faces retratou três casais LGBTQ+: duas lésbicas; uma mulher e uma drag queen; e uma trans mulher e uma mulher. A empresa contou suas histórias de vida e mostrou demonstrações de afeto e beijos entre as namoradas, com o mote "No amor cabem todas as cores"

A propaganda gerou repercussão, principalmente no Twitter, com a hashtag #BoicoteNatura. "Natura aqui em casa? Nunca mais" e "A Natura esqueceu que o público que fez a marca crescer foram as donas de casa conservadoras com as revistinhas revendendo para as amigas e não feministas lésbicas lacradoras", foram alguns dos comentários. Por outro lado, houve o apoio pela iniciativa de diversidade da empresa. 



6- #LollaisON – A música une. Skol dá a liga Lollapaloza e Skol (2015)




Essa propaganda gerou polêmicas por motivos de: apresentar um casal lésbico dando um beijo de língua em plena TV aberta. A cena tem poucos segundos, mas gerou o maior burburinho na época.



7- Todo mundo é gay - Mix Brasil (2014)




Essa não gerou tanto burburinho, mas decidi colocá-la por conta da criatividade e ousadia dos produtores. De maneira bem humorada, a propaganda apresenta várias situações em que as pessoas são taxadas de gays, mesmo que não sejam, mostrando que o preconceito ainda é imperativo no Brasil. A peça ganhou destaque internacional e foi premiada no estrangeiro. 



8- Pense menos, ame mais - Sonho de valsa (2015)




A peça publicitária do chocolate ganhou destaque por mostrar vários casais se beijando em clima de romance, dentre eles um lésbico. Com o mote "Pense menos, ame mais", o texto da campanha é interessante e reflexivo, onde o narrador levanta hipóteses sobre os pensamentos dos casais enquanto se beijam.

Apesar do teor da campanha, ela não chegou até o Conar, mas lembro de todo o barulho que ela fez nas redes sociais. 



9- O amor une, a homofobia, não! - Mel (2015)




Essa campanha do Movimento do Espírito Lilás (MEL) gerou polêmicas por ser a primeira brasileira a apresentar um beijo gay. Ela retrata um casal homossexual em clima de romance, em que um leva café da manhã na cama para o outro e os dois se beijam. O vídeo é finalizado com a frase "Respeitar a diversidade é um dever de todos". A propaganda foi veiculada em todos os canais da mídia televisiva da Paraíba. 



10 - Pepsi (2009)




Esta campanha britânica da Pepsi apresenta um rapaz com dois amigos que o encorajam para que ele conheça alguém. É aí que ele toma um gole de Pepsi. Em todo o tempo, o vídeo dá a entender que o rapaz se aproximará de uma mulher, mas ele destroí as expectativas dos amigos e dos espectadores e se dirige para um homem. 

A publicidade foi duramente criticada pela instituição norte-americana American Family Association por "promover um estilo de vida gay". 



11- Dia das mães - Heinz (2008)




Quer afronta maior que apresentar um casal gay em pleno Dia das mães?! Essa campanha mostra crianças que dão adeus para um rapaz que chamam de 'mãe' e depois entra em cena outro que dá um beijo no chef. O vídeo rodou por uma semana nas tvs britânicas, mas a Heinz decidiu tirá-lo do ar, pois o conceito da campanha - mostrar que o gosto do molho era tão bom como se tivesse um profissional na cozinha - não havia sido atendido. Devido à autocensura, parte da comunidade LGBTQ+ europeia decidiu fazer boicote aos produtos da marca. 


12- As famílias mudam, o jeito de cuidar não - Nebacetin (2008)




O objetivo da marca de curativos foi retratar diversas configurações familiares, como: mãe e pai; mãe e mãe; e pai e pai. A campanha gerou polêmicas sobre o que é ou não uma família e sobre a adoção de crianças por homossexuais. 



13- Doritos (2011)




Essa propaganda é polêmica e divertida ao mesmo tempo. Lembro que gerou bastante discussão quando foi veiculada aqui no Brasil. Ela apresenta dois rapazes em uma sauna, enquanto um deles olha para a virilha do outro desconsertado e tímido, até que pega um pouco do salgadinho que está entre suas pernas. A ideia é que a campanha fosse veiculada no Super Bowl 2011, o que não aconteceu. 



14- Misture, ouse e divirta-se - C&A (2016)




Essa propaganda foi bastante criticada por abordar a ideologia de gênero. Várias pessoas e famosos fizeram boicote contra a C&A. A campanha apresenta pessoas desnudas, sem identidade e roupas, que correm para se vestir com vestimentas sem gênero. O objetivo da empresa foi mostrar que as pessoas não nascem com um gênero definido. Em 2016, comentei toda a repercussão da campanha.  



15- PSOL (2014)




Mesmo sendo um partido que apoia a diversidade e as causas LGBTQ+, essa propaganda eleitoral do PSOL causou polêmica quando foi veiculada por inserir beijos gays e lésbicos, homens vestidos de saia, drag queen e apregoar a ideologia de gênero. A propaganda é finalizada com o discurso eleitoral de Ailton Lopes, iniciado com a frase  "Amar e ser feliz é um direito de todos e todas"



16- Mãedrasta, Bisamãe, Irmãe, Multimãe e Mãemãe - Natura (2014)




A propaganda mostra várias definições de mães, entre elas a de mãeemãe - uma família formada por duas mães. A ideia da Natura foi apresentar configurações familiares. Claro que a campanha gerou polêmica, principalmente dos conservadores que acreditam em apenas uma configuração familiar. 



17- Dia das mães #Escolha o amor - Gol (2015)




Em sua campanha de Dia das mães, a Gol mostrou que o amor "é a escolha certa, em qualquer situação", com várias configurações familiares, entre elas a de um casal gay que adotou um menino. 



18- True colorsGGB – Grupo Gay da Bahia (2017)




Com a trilha sonora da música True colors - um hino LGBTQ+ bastante difundido - o GGB divulgou essa campanha de Dia dos pais em que traz um trans homem que é pai, mas também mãe do garoto que narra a propaganda. O garoto finaliza dizendo: "Mas sabe, papai, o que eu acho mais especial em você é saber que eu vim da sua barriga. Lembra?". Essa propaganda gerou polêmica e abalou as estruturas da família tradicional brasileira. 



19- Dia dos misturados - C&A (2016)





A campanha se insurgiu em críticas por apresentar casais heterossexuais que trocavam de roupas entre si. A C&A mais uma vez difundia a ideologia de gênero e que homens podem usar roupas femininas e mulheres masculinas, que isso não afetaria nada em sua sexualidade. Claro que os politicamente corretos não gostaram nada da propaganda e pediram o boicote da marca. Em 2016, fiz um post sobre isso. 


Essas são algumas das inúmeras propagandas LGBTQ+ que geraram polêmicas. Lembrando que a retratação da comunidade LGBTQ+ na mídia é importante, mesmo que cause preconceitos e polêmicas por parcela da sociedade. J-J




















Por: Emerson Garcia

9 comentários :

  1. O meu aplauso por OUSAR!!!
    👏👏👏👏👏

    ResponderExcluir
  2. E no fim não vi nada demais nas propagandas, devemos respeitar e entender que sempre ouve diversidade

    Beijos
    www.pimentadeacucar.com

    ResponderExcluir
  3. Só o preconceito vê polémica nos videos!!
    xoox

    marisasclosetblog.com

    ResponderExcluir
  4. É pena que as pessoas se recusem a aceitar algo que nem tem nada a ver com elas. Faz-me confusão como é que as pessoas podem odiar algo que não lhes diz respeito. Vai entender, né?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. As pessoas são preconceituosas e querem saber mais da vida dos outros do que das suas próprias.

      Excluir

Obrigado por mostrar seu dom. Volte sempre ;)

Nos siga nas redes sociais: Fanpage e Instagram

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 

Template por Kandis Design