quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Quinta de série: A vida pela frente

 Pode conter spoilers!


No Quinta de série de hoje apresento a produção A vida pela frente da Globoplay, em parceria com Daza Filmes e coprodução da GNT. Com classificação etária de 18 anos, conta com 10 episódios de em média 30 minutos cada um. Lançada em 2023, o gênero é drama jovem, com direção de Leandra Leal e Bruno Saffadi; roteiro de Rita Toledo, Fernanda Frotté, Victor Nascimento e Carol Benjamin; e redação final de Lucas Paraizo. O elenco conta com Nina Tomsic, Flora Camolese, Jaffar Bambirra, Muse Maya, Lourenço Dantas, Leandra Leal, Henrique Barreira, Ângela Leal, Estrela Straus, Letrux, Rodrigo Pandolfo, Stella Rabello, Gustavo Vaz, Luiz Henrique Nogueira e Ângelo Antônio.

O foco da produção é no fim da adolescência de um grupo de amigos que torna-se um verdadeiro drama quando um dos integrantes acaba falecendo durante a formatura de Ensino Médio. Agora, eles precisam lidar com as consequências disso. 

Tudo começa na noite da festa à fantasia que celebra a formatura de um grupo de amigos de colégio, na virada do século XX para o XXI, em 1999. Os jovens se desafiam para a nova fase de vida e se preparam para as comemorações, mas a noite é interrompida com a morte de Beta, aos 18 anos. A linha do tempo é interrompida e não-linear, assim como toda a série, e vamos para o início do terceiro ano daquele grupo de amigos. Beta, Cadé, Marina, Vicente e JP estudam em um colégio da zona sul carioca e estão prestes a encarar o turbilhão de emoções do último ano letivo. A chegada de Liz, uma menina tímida e enigmática, movimenta o grupo e o colégio, já que os jovens são transformados com a sua chegada. Essa é apenas uma mudança das demais que ainda estarão por vir.  


Liz abala tudo e acaba fazendo parte de um trisal, com Beta e Cadé. A relação desse trio vai além da amizade e eles acabam se envolvendo afetiva e amorosamente. O trisal nutre sentimentos um pelo outro, o que pode trazer polêmicas e complicações. Há cenas de beijos e de afetos entre o grupo, o que faz compreendermos a faixa etária da produção. Há trechos de nudez, sexo e uso de drogas lícitas e ilícitas. A produção, assim, é ousada e vanguardista.





A produção aborda vários temas, como: sexo na adolescência e juventude, trisal, uso de drogas lícitas e ilícitas, mas o mais importante deles é a saúde mental dos adolescentes. Como a saúde mental de um jovem pode se deteriorar? Quando um jovem dá sinais que não está bem emocional e psicologicamente? Como ajudar jovens em seus dilemas e problema?

Também é abordado o relacionamento entre jovens na juventude, família e jovem e o papel da escola e ensino médio na construção de caráter de jovens e como a escola pode ajudar na questão da saúde mental. Leandra Leal também participa da série como a mãe de Liz e foi ótimo vê-la nessa pegada mãe e como a família, muitas vezes, não tem conhecimento do que se passa na vida de um jovem. 

A atuação dos jovens atores também está impecável, pois eles trazem essa pegada de imaturidade, de não saber lidar com sentimentos, incertezas, medos e aflições. Beta, Cadé e Liz tem uma sintonia muito legal de se ver, e isso se deve a atuação dos atores. O trisal tem muita sintonia, segredos, sentimentos, entre outros. 




O recurso da não-linearidade é um bom recurso para se contar a história, que vai sendo contada indo no passado ou no presente. Isso é bom porque conhecemos os motivos dos atores estarem agindo de uma forma ou de outra e o estopim para ter chegado num ou no outro ponto. Tem sempre essa alternância entre o fatídico dia da formatura, com momentos do ensino médio. 

Leandra Leal dirige muito bem a produção, que ainda conta com uma trilha sonora autoral de bater palmas com uma canção fofinha e músicas da época dos anos 1990 e 2000 que ajudam a situar nos anos que a produção se passa.




A vida pela frente é visceral, polêmica, dramática e uma série que incomoda. A recomendo. J-J






Por: Emerson Garcia

3 comentários :

  1. Emerson, obrigada pela dica de série.
    Tenho muita coisa boa para ver, que bom né?
    Beijos nas bochechas! 😘

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  2. Gostei da fica de série.
    A temática atrai. E se faz uso da não linearidade eu amo como escritora.
    As pessoas devem parar de fingimento e falar mais sobre sexo e tudo que fazem sem medo.
    Boa semana

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  3. Oi JJ,
    Obrigada pela dica, sempre fico informada aqui sobre novas series, apesar de não as ver kkkk
    Bom domingo!

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