Bem vindx a #PrideWeek2021. Falarei sobre um assunto que, embora não se debata muito, gera discussões quando é citado: a PrEP - Profilaxia Pré-Exposição. No post de hoje, procurarei tirar dúvidas, que tenho certeza que são frequentes na cabeça de algumas pessoas.
Antes de qualquer coisa, é válido saber que a PrEP é uma combinação de medicamentos que ajudam a evitar proliferação de ISTs (Infeções sexualmente transmissíveis), tudo em apenas um comprimido. Vale lembrar: dependendo da IST que o indivíduo tenha, essa medicação pode ser combinada com outras para melhor eficácia.
Uma das dúvidas recorrentes das pessoas é justamente se há uma eficácia comprovada neste método de prevenção, e a resposta é certa: sim! Há alguns estudos que foram feitos, para ser mais específico, o iPrEX, que realizou uma pesquisa com mais de 2.000 homens de diferentes etnias. Ele mostrou a eficácia do medicamento que reduz em até 90% o risco de contrair alguma IST, mais especificamente HIV.
Atualmente, a PrEP é prescrita pelos médicos àquelas pessoas que tiveram alguma relação sexual de risco, sem o uso do preservativo ou sexo anal. Porém, não é sempre que a PrEP é indicada à essas pessoas. Os profissionais da saúde procuram checar se o paciente realmente tem a necessidade de tomar a medicação por meio de testes. É necessário checar o funcionamento dos rins e fígados. Se tudo estiver de acordo com o paciente, ele pode fazer uso da medicação.
Agora vamos à uma das maiores dúvidas que há sobre o assunto. O uso da PrEP pode trazer efeitos colaterais? Gente, qual medicação não traz efeitos colaterais? A PrEP traz, sim, alguns efeitos, sendo eles: dores estomacais, náuseas, gases e, às vezes em longo prazo, alterações na função renal e problemas nas juntas, como perda óssea. Mas, fiquem tranquilos, pois tudo é reversível. Após o desuso da medicação, claro com a ordem dos médicos, todas as funções renais e a massa óssea voltam ao normal.
Creio que deu pra entender a importância deste medicamento como método contraceptivo. No entanto, não são todos os municípios que possuem em suas plataformas. Algumas pessoas que necessitam do tratamento e que residem em municípios pequenos se deslocam para outros justamente para fazer o uso. Atualmente a PrEP está disponível em 36 centros de saúde de 22 municípios, alguns deles são: Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina, Distrito Federal, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. Fiquemos na expectativa de que o tratamento se expanda para todo o Brasil o quanto antes. A PrEP não é comercializada nas redes de saúde particulares, somente pelo Sistema Único de Saúde Pública (SUS)
É importante lembrar que a PrEP não substitui a camisinha. Não se deve parar de fazer uso de preservativo só por que o indivíduo faz uso da PrEP. A camisinha tem eficácia de 99% contra todas as ISTs; já a PrEP tem sua eficácia predominante contra a infecção pelo HIV. Então, vamos ter senso e entender que estaremos mais protegidos de qualquer IST se fizermos o uso frequente da camisinha.
Uma pauta importantíssima foi elaborada como um dos temas principais da 25° edição do movimento LGBTQIA+ que ocorreu em São Paulo no dia 06 de junho. Foram oito horas de debate sobre amor, cuidado, HIV e AIDS. Este assunto repercutiu com mais ênfase na comunidade. Os debates giravam em torno dos transtornos e preconceitos que as pessoas que vivem nesta condição passam diariamente. Lembrando que HIV e AIDS não são a mesma coisa. HIV é o vírus e AIDS é uma doença.
É muito importante sabermos que a PrEP é usada no tratamento de pessoas que querem se prevenir do HIV e também em pessoas que já são soropositivas. Digamos que a PrEP é um medicamento universal, ou deveria ser. Uma das pautas da parada LGBTQIA+ foi exatamente mostrar a importância desses métodos de prevenção e também a falta de investimento na saúde, chegando a comparar até mesmo com a COVID, já que ambos são vírus e vistos com estigma e preconceito.
De todo modo, esses debates serviram para mostrar não só a população de São Paulo, mas também a sociedade de modo geral, a importância dos métodos de prevenção e sua capacidade e eficácia. Pode-se ter uma vida completamente linda e saudável mesmo estando nessa condição.
Espero ter conseguido tirar todas as dúvidas recorrentes a este assunto. Temos que entender também, que, HIV e AIDS possuem tratamento. Tratamento esse que sim, tem a PrEP inserida e é de extrema eficácia.
O que temos que ter é empatia para com as pessoas que se encontram nesta situação. Não seja preconceituoso. Procure aprender sobre este assunto, e acima de tudo não julgue. Você não pode falar de vivências se não vive aquilo. Você deve respeitar, pois isso é direito que qualquer ser humano. A vida delas não muda drasticamente por conta disso. A qualidade de vida é a mesma ou até melhor. Não ache que a PrEP irá aumentar a promiscuidade, por que não se trata disso, e sim de saúde pública e qualidade de vida. J-J
Infelizmente ainda existe no mundo, trabalho, muito preconceito em relação aos gays e lésbicas. Também penso que tanto gays como lésbicas não necessitavam de fazer - gestos por exemplo - a fim de que reparem neles. A sobriedade é um dado equilibrante da vida.
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Abraço poético
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Creio que é muito bom, para quem leve uma vida sexual muito activa e que não tenha sempre um preservativo à mão. Mais fácil jogar na roleta russa e depois tomar o comprimido depois ou alguns tomam antes :) cada um sabe de si e isso é democracia cada um ser livre de poder escolher o que quiser utilizar
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