quarta-feira, 31 de março de 2021

12 melhores ovos de Páscoa 2021 (em minha opinião)


Já dizia Tim Maia: "Chocolate Chocolate Chocolate Eu só quero chocolate". Sim, leitores! Nessa época de páscoa eu só quero chocolate, dos mais diversos sabores e recheios, tipos e estilos. Sabemos qual é o real significado da Páscoa - morte e ressurreição de Jesus - mas duvido que exista quem abra mão desse doce originado do cacau nessa época. 

Para encher esse blog de delícias, resolvi destacar os 12 melhores ovos de Páscoa de 2021 em minha opinião. Esse ano abri mão de ovos com surpresas, brinquedos e brindes e fui mais pelos seus sabores. As marcas prepararam muitos lançamentos, mesmo em tempos de pandemia e crise. Na minha seleção tem ovos da Nestlé, Kopenhagen, Cacau Show, Lacta, Havanna, Ofner, Brasil Cacau, entre outras. Tem ovos de Páscoa para todos os gostos, dos mais diferentes recheios, tipos, crocâncias. Selecionei dos mais tradicionais, até os mais diferentes. O preço foi variável, assim como os tamanhos. Confira a lista!


1- Easter Break (29g)


Começo essa lista com essa lindeza que dá até dó de comer. O delicioso chocolate ao leite inconfundível do KitKat nesse formato fofinho. 


Embalagem: na cor vermelha tradicional do KitKat com a imagem do coelho de chocolate, com bastante colorido e arte
Sabor: chocolate ao leite
Preço: R$ 2,99



2- Ovo Baton Unicórnio (210g)



Pára tudo que eu tenho direito de ter um ovo para contrariar os não adeptos da ideologia de gênero! Amo unicórnios, desde que a Kibon lançou um Cornetto de unicórnio e não iria abrir mão dessa gracinha. O chocolate é comum, mas com detalhizinhos interessantes espalhados na casca. No copo há um QR Code que dá acesso à um jogo de unicórnios. 


Embalagem: coloridaça nas cores azul, pink e lilás, com uma imagem fofinha de unicórnio
Sabor: chocolate branco com confeitos coloridos
Preço: R$ 29,99



3- Ovo Tripla Camada - Cheesecake de morango (320g)


Não sei se os leitores sabem, mas morango é minha paixão (Mais do que o chocolate até), e quando se resolve fazer uma das sobremesas mais tradicionais do Brasil em formato de ovo de Páscoa?! O ovo possui muito recheio, o chocolate branco derrete na boca e o morango traz uma explosão de sabores. Yummy! Yummy! Esse ano a Lacta mandou muito bem com essa novidade! 


Embalagem: quadrada, com design nas cores azul e rosa
Sabor: chocolate branco com recheio cheesecake de morango e biscoito na casca tripla
Preço: R$ 59,99



4- Ovo Tripla Camada - Oreo (320g)


O ovo de Páscoa foi lançado no ano passado e como fez tanto sucesso está de volta. O biscoito que faz tanto sucesso puro e em outras sobremesas, agora pode ser degustado com uma combinação de sabores, texturas e gostos que irá te fazer babar de muito prazer e vontade. 


Embalagem: quadrada, em dois tons de azul
Sabor: chocolate ao leite com recheio de creme de baunilha e biscoitos Oreo na casca
Preço: R$ 59,99



5- Ovo Dreams - Merengue de morango (400g)


Olha o morango pintando novamente nessa lista! Hahaha! A medida que a lista vai descendo, o preço vai aumentando e minha vontade de experimentar essas delícias também! Esse é um sonho de sobremesa para se presentear na Páscoa.


Embalagem: hexagonal, na cor rosa pink, com um laço rosa pink charmoso no topo
Sabor: chocolate ao leite com casca recheada sabor merengue de morango
Preço: R$ 69,90



6- Ovo Repleto Choconut (295g)
Um dos ovos mais bonitos que já vi. Ele parece ser tão recheado e com inúmeras camadas que... Senhor! É o ovo de colher para ninguém colocar defeito. 


Embalagem: caixa vermelha, com belo design e uma imagem do que vem dentro de encher os olhos
Sabor: chocolate ao leite com recheio de creme de avelã e avelá em pedaços, coberto com chocolate ao leite e decorado com avelãs
Preço: R$ 124,90



7- Ovo Nhá Benta (210g e 400g) 





Um dos ovos mais tradicionais da Kopenhagen está de volta e confesso que nunca comi um ovo desses! Me dá água na boca só de ver essa imagem! É um exagero de ovo, super recheado, mas com sabor equilibrado, cremoso e delicíossimo.


Embalagem: caixa quadrada, na cor branca e imagem do ovo em questão
Sabor: chocolate ao leite recheado com marshmallow
Preço: R$ 66,90



8- Ovo Bruxinha de doce de leite (220g) 



Uma das minhas sobremesas preferidas é o recheio desse ovo - doce de leite! Imagino quão delicioso deva ser esse ovo de Páscoa, embora nunca tenha ouvido falar da marca Patitiva. Não bastasse o ovo, ele ainda vem com dois bombons em seu interior. Veja que desbunde de imagem:




Embalagem: com um ar clássico e requintado ela traz uma pintura belíssima de coelhos
Sabor: chocolate ao leite com recheio de doce de leite mole e bolachinhas crocantes. Contém um bombom de chocolate ao leite com recheio de brigadeiro e outro de chocolate ao leite com recheio crocante
Preço: R$ 120,00



9- Ovo de Chocolate ao Leite Recheado de Dulce De Leche e Nozes (400g)



Olha o doce de leite de novo nessa lista, gente! Mas dessa vez com o acréscimo de nozes! Chocolate e nozes é uma união que super combina, agora imagina a adição do doce de leite?! Deixa essa combinação muito mais gostosa! O ovo também é de uma marca que nunca ouvi falar - Havanna


Embalagem: com ilustrações lúdicas e coloridas de uma rua com loja de chocolates
Sabor: chocolate ao leite recheado de dulce de leche e nozes 
Preço: R$94,90



10- Ovo Mezzo Paçoquita (290g)


Ovo de amendoim?! Check! Se liga nessa novidade que a Cacau Show preparou nesse ano! Nunca a combinação de chocolate com amendoim foi tão interessante. Quem já experimentou o ovo diz que a textura é bem macia e que a união do chocolate com a pasta de amendoim não é doce, enjoativa, mas saborosa. 


Embalagem: embalagem com um conjunto de cores da marca e da própria Paçoquita com visor transparente para ver o ovo
Sabor: dupla camada de chocolate ao leite com pasta de amendoim. Dentro do ovo vem duas Paçoquitas da marca Santa Helena
Preço: R$ 49,90


11- Ovo Choco Avelã Nut (400g) 




Esse ovo é um verdadeiro desbunde visual. Ele parece ser tão crocante e delicioso. A Ofner não escondeu o jogo ao dizer que ele vem com uma generosa camada de recheio de creme de avelã.


Embalagem: com belo design, linhas verticais e com visor transparente para ver o ovo
Sabor: chocolate ao leite com camada de recheio de creme de avelã envolto por casca crocante de chocolate ao leite com pedaços de avelã 
Preço: R$ 129,00




12- Ovo Pudim de Leite Condensado (400g)

Finalizo essa lista com um dos recheios de ovos de Páscoa mais originais que já vi: Pudim de leite condensado. Fiquei curioso em experimentar esse. O ovo é da Brasil Cacau.


Embalagem: embalagem quadrada na cor amarelo pastel
Sabor: chocolate ao leite, recheio de leite condensado com chocolate branco e caramelo 
Preço: R$ 64,90



Gostaram dessa lista? Qual é o seu ovo de Páscoa favorito? Lembrando que esses são os melhores ovos de 2021 EM MINHA OPINIÃO (Se tiverem o(s) seu(s) preferido(s) compartilhe nos comentários). Lembrando também que não comprei nenhum dos ovos, muito menos ganhei de alguma marca. Só fiz a lista por cachorrada mesmo e por amar chocolate! Feliz Páscoa e até a próxima! J-J

Por: Emerson Garcia

terça-feira, 30 de março de 2021

E se houverem LGBTQs no futebol?



Dia 25 de março foi comemorado no Brasil o Dia Nacional do Orgulho Gay, uma data importante para a comunidade gay. Tal evento foi comemorado pelos clubes esportivos do Flamengo, Botafogo e Desportiva, entre outros. O que era para ser apenas uma homenagem, tornou-se em uma polêmica. Os posts foram criticados e até um deletado. Os fatos demonstraram um preconceito velado à classe gay, principalmente mostrando o machismo escancarado e não adimitindo que ela também se encontra no ambiente esportivo.

Por mais que pareça absurdo e uma ideia talvez inconcebível, existem, sim, gays, lésbicas, transexuais, bissexuais etc no ambiente do futebol. Acredito que essas pessoas deveriam ser aceitas e acolhidas pelos clubes esportivos, mas o que ocorre é um preconceito descabido. Mesmo que o futebol segregue e seja machista, não há como negar que essas classes estejam presentes. Existem jogadores e jogadoras assumidamente LGBTQ+, mas o que há são brincadeiras de mal gosto, tais como: "São Paulino é tudo viado". E se realmente forem viados, qual é o problema?! Em qual manual esportivo está escrito que somente se aceita héteros e os adeptos da heteronormatividade no futebol?! Mas o que há nessa frase é um machismo e um preconceito às pessoas gays.

O que deu para perceber nos posts que veremos a seguir é um ataque descomunal, principalmente dos amantes de futebol héteros mais que tudo (Chega a dar dó). Héteros que atacaram os posts, por meio de críticas cítricas e piadas de muito mal gosto. 

O Flamengo criou uma arte de mãos nas cores LGBTQ+ sob um fudo rubro negro, ressaltando a violência contra os LGBTs no Brasil. Os torcedores héteros fizeram piadas, dizendo que era uma homenagem do Flamengo aos são paulinos e que deveria ter um Dia do Orgulho Hétero, alegando que matam héteros e que as resoluções desses crimes é de apenas 11%. A ideia foi retirar o foco da violência de LGBTs e amenizar o post com dados tão pesados sobre homofobia e discriminação. Acompanhe:

Ao retirar o foco da causa gay e de dados reais tão dolorosos, negligencia-se a comunidade gay e a violência que esta sofre. Mas nem tudo foi perdido, pois tiveram internautas que apoiaram o post do Flamengo (Ainda há salvação no mundo), pedindo conscientização, respeito e tolerância. Um clube esportivo engajado nessas causas sociais é uma atitude e tanto. Não é querer militar muito menos lacrar, mas destacar e jogar luz sobre a comunidade gay, minimizando o preconceito e a homofobia.

O Botafogo postou uma arte com a bandeira LGBTQ+, sob um fundo preto e branco (cores do time) e o emblema da equipe para apoiar e defende a classe LGBTQ+, promovendo amor, respeito e tolerância, tanto no futebol como no mundo. Veja:



O post também sofreu duras críticas de pessoas que disseram: "tudo bem comemorar, mas eu quero o título", "quero que o Botafogo jogue mais e lacre menos", "ok, vou dar a minha bunda, tô com orgulho, mas já somos campeões?" e "gay é igual a onça pintada. Todo mundo acha lindo mas bem longe". Comentários totalmente desnecessários e que reafirmaram a homofobia dos torcedores botafoguenses. 

Já o clube Desportiva, um time do Espírito Santo, fez uma homenagem no Twitter que também gerou polêmica por trazer termos ditos homofóbicos contra o time. Na postagem havia vários termos e trocadilhos e uma imagem de punho fechado nas cores LGBTQ+ sob o fundo na cor vermelha do time. Veja:





Infelizmente o time teve que apagar a postagem por ter sofrido ameaças ao termo "diva". "Diva" viria a ser uma ofensa homofóbica utilizada por rivais da Desportiva. Por esse motivo, os torcedores do time se sentiram ofendidos e o clube passou a receber fortes ameaças. 

Em minha opinião, a homofobia nesse caso veio tanto dos times rivais como dos próprios torcedores do Desportiva. Se foi falado isso, mas se sabe que não é verdade, porque se preocupar e gerar todo o frisson? Mas se tiverem "divas", gays, lésbicas, bissexuais, transexuais entre outros no time, que mal há nisso? Não há nenhuma regra que diz que só quem torce e joga futebol são os héteros, como já falei acima nesse texto!

A ideia do Desportiva com a legenda e imagem no Twitter foi a de diminuir o preconceito nos estádios, o que é uma atitude louvável e interessante. Mas, momentos depois, o clube apagou a postagem e postou um comunicado no Instagram. Acompanhe:
 


Em entrevista do clube ao Uol, foi falado sobre a intenção com o post e sobre a explicação da nota. Leia um trecho:

"Uma parcela se sentiu ofendida, por isso se acharam no direito de ameaçar. Prezamos pela segurança de quem está no clube. Por isso, resolvemos tomar a decisão de apagar e, pouco depois, postar a nota. A intenção era desconstruir um termo preconceituoso e pejorativo que uma torcida rival utiliza para se referir a nossa acreditando que, dessa forma, diminui a nossa torcida."


A ideia foi a de ser uma resposta que calasse os times rivais, mas isso gerou problemas ao clube, funcionários, jogadores e a equipe em si. Mas ao apagar o post, a defesa do time caiu por terra, além de ter deixado de homenagear a classe gay, dando mais voz ainda aos preconceituosos e homofóbicos de plantão. Foi como se desse, mais uma vez, razão aos preconceituosos e para a onda de homofobia que o time já sofria ao chamar jogadores e torcedores "divas". Quando se propõe um ataque e um contragolpe e acaba recuando depois pelas circunstâncias, soa como se o vitimismo, covardia e o silêncio voltassem a ser perpetuados. O silêncio, o calar de ideias e opiniões e a aceitação do que se é falado sobre voltam a tomar espaço. A mentira ganha mais peso que a verdade, por mais que a mentira seja descabida e inverossímel. 

É triste que em pleno 2021, a violência, intolerância e homofobia ainda estejam tão fortes, principalmente nos gramados. Mas pedir respeito, igualdade e o direito de viver e amar para todos tanto dentro como fora dos campos, não faz mal à ninguém. Sim, há LGBTQs no futebol - desde juízes, jogadores, técnicos, funcionários, até torcedores - e se faz mais que importante que essas pessoas sejam apoiadas, aceitas e respeitadas como qualquer jogador macho alpha, torcedor heterão ou juiz que destile testoterona. Eu apoio as propagandas LGBTQ+ não só no futebol como em qualquer outro esporte, pois não posso negar que essa classe não exista. Uma pena que ainda haja tantas piadas e críticas cítricas com a comunidade LGBTQ+ nos esportes. Uma pena mais ainda quando um clube se propõe a homenagear a classe gay, mas tem que deletar o post momentos depois. Uma pena. Realmente uma pena. J-J


Por: Emerson Garcia

domingo, 28 de março de 2021

Conheça o primeiro site governamental trans do Distrito Federal, o 'Cidadania Trans'


Foi lançado no dia 29 de janeiro o primeiro site governamental direcionado para a comunidade de Travestis, Transexuais e Transgêneros no Distrito Federal, o Cidadania Trans. O espaço tem o intuito de promover a conscientização sobre a diversidade de gênero e dispõe de políticas públicas da comunidade. 

Ele foi criado para representar mais visibilidade, respeito e cidadania para todos no Distrito Federal. A secretária Marcela Passamani falou do seu dever para com a comunidade:

“Eu peço licença, porque eu sei que não tenho espaço de fala nessa causa trans, mas tenho responsabilidade e sensibilidade para ouvir as demandas da comunidade, e fazer políticas públicas de direitos humanos." 


O site é informativo e possui o seguinte menu: Guia práticoSejusServiçosPolíticas PúblicasConceitos e Termos; e Denúncias

Em Guia prático há todos os passos para retificar o prenome, bem como a lista de cartórios e os documentos necessários para efetuar a mudança. É um ambiente intuitivo e de fácil entendimento.


No campo Sejus você conhece mais da Secretaria de Justiça e Cidadania, seu trabalho e em quais campos ela atua. Há um texto simpático para a comunidade LGBTQ+ que diz o seguinte:

"A Sejus se orgulha por ter entre os seus públicos a comunidade LGBT, que por meio da Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial (SUBDHIR) e da Coordenação de Proteção e Promoção dos Direitos e Cidadania LGBT – (COORLGBT), trabalha para acompanhar, monitorar e elaborar políticas públicas de promoção aos direitos humanos e para o combate a LGBTfobia."


Em Serviços há equipamentos e serviços ofertados no Distrito Federal. Nesse campo são apresentados os principais órgãos que acolhem pessoas trans na região do DF, apresentando o que são, endereços e telefones. 

Já em Políticas Públicas você conhecerá conquistas e leis sobre cidadania, saúde e direitos humanos. Nesse campo também é possível ver ações solidárias à comunidade LGBTQ+ durante a pandemia do novo coronavírus.


O site tem ar didático também ao explicar termos e conceitos LGBTQ+, como transgênero, mulher transexual, travesti, nome social, nome civil e pessoa não-binária

Em Denúcias você conhece todos os órgãos em que se pode denunciar atitudes transfóbicas no Distrito Federal. 

O site tem sua relevância por apresentar demandas e necessidades sobre uma comunidade que ainda é muito discriminada no Distrito Federal e no Brasil. O Cidadania Trans é um ótimo compilado de informações resumidas, diretas e intuitivas, que facilita a vida das pessoas trans, além de informar quem não é uma pessoa trans. 

A logo do Cidadania Trans é uma borboleta de dobradura nas cores rosa e azul, que são as cores da causa trans. 


O portal ainda apresenta um fórum de dúvidas e respostas sobre os principais temas ligados ao assunto LGBTQ+.

Com o site, o Distrito Federal dá mais uma bola dentro, após realizar o feito inédito de iluminar o Palácio do Buriti e o Congresso Nacional com a bandeira LGBTQ+ e a trans, respectivamente. J-J



Por: Emerson Garcia

sexta-feira, 26 de março de 2021

Amor e dor de cotovelo maduros de Duda Beat em 'Meu pisêro'


Dia 13 de março a cantora da sofrência pop, Duda Beat, lançou sua nova música chamada Meu pisêro. Ela fará parte do novo cd da cantora e já ganhou popularidade nas plataformas musicais. Como já era de se esperar, a música fala de amor e dor de cotovelo, mas de um jeito mais maduro e realístico, como ainda não foi observado no trabalho da nordestina. 

Para provar que o povo gosta de uma sofrência bem feita e cantada a música já possui 34.177 visualizações4 mil curtidas e 26 descurtidas no Youtube. Ouça a canção e arraste o chifre no asfalto:




Meu pisêro tem sofrência, romance e volta por cima. Nessa nova música Duda fala, sim, sobre sofrência, mas sobretudo sobre a volta por cima nos relacionamentos, superar um antigo amor ou um romance. O amor ainda é o foco principal da sua canção, mas aqui ela o racionaliza e o amadurece. Ela disse o seguinte em entrevista ao Metrópoles:

 “No caso de Meu Pisêro, tem a sofrência, que o público já conhece, mas eu avanço um pouco nisso. Depois de sofrer, vem o entendimento de que passa: 'Pra mim / Tá tudo perdoado / Ninguém é obrigado / A me amar assim'. A mensagem é essa: você vai sofrer por um amor que não deu certo, mas isso faz parte da vida. É bola para frente.”

 

Quer superação e amadurecimento maiores que isso? Duda diz o seguinte na letra: "Pra mim / Tá tudo perdoado / Ninguém é obrigado / A me amar assim". O perdão só é possível por quem aprendeu a superar e a entender o sentimento dos outros, mas sobretudo os seus. A cantora continua sua sensatez quando canta: "Morri, eu fiquei aos pedaços / Mas tu não é culpado de não me amar assim", mostrando que ela não transfere a dor da separação nem sua dor de cotovelo. 

A música, portanto, apresenta uma nova maneira no jeito de cantar o amor de Duda Beat. O amor, a sofrência, o beat, o brega, continuam nesse novo projeto, mas ela quer ressegnificar isso e cantar sobre uma forma mais sensata de encarar uma história de amor que teve seu fim ou que não deu certo. Ela disse o seguinte:

 "Vou cantar o amor romântico que dá certo, que deixa a gente feliz e realizada."


O estilo da música é um dos que mais tem feito sucesso na atualidade - a pisadinha ou o "pisêro" como o próprio nome da canção indica. A canção traz uma mistura de ritmos, como pop, indie, funk e brega, mas o grande destaque vai para o bregá e o forró, da vertente do piseiro ou pisadinha. Ela falou mais do ritmo da canção:

 "Hoje, com essa música, homenageio o piseiro com aquele toque pessoal que sempre coloco no meu trabalho. Eu adoro misturar referências, ritmos e daí veio a ideia de fazer uma música no ritmo do piseiro. Fico muito feliz que cada vez mais os caminhos estão se abrindo para os mais diversos sons que o Brasil tem. Somos um país muito musical e com uma diversidade musical muito grande."


Piseiro ou pisadinha é uma vertente criada no interior do Nordeste nos anos 2010 que surgiu em uma festa chamada Pisadinha. O ritmo é um dos mais simples do forró, por unir o teclado eletrônico com a voz, sendo um tipo de forró mais suingado. O ritmo está sendo bastante disseminado na atualidade pelos cantores e bandas Barões da Pisadinha, Xand Avião, Wesley Safadão, Márcia Fellipe e Rafa e Pipo (Com certeza você já deve ter ouvido por aí o refrão que diz "Só basta você me ligar Que eu vou correndo te encontrar", não é?!). 

É nessa pegada que Meu pisêro foi construída. A canção já possui até clipe que retrata a história de uma pessoa que é atormentada por um amor que não deu certo, fazendo uma metáfora entre "sofrer por amor" com clássicos do terror. Duda falou mais do conceito do clipe:

 “A diretora do clipe, Cris Streciwik, e o diretor criativo Marcelo Jarosz tiveram a ideia, então, de a gente contar essa história a partir de referências de filmes clássicos de terror. Eu amei, achei que tinha tudo a ver. Tem a TV fora do ar de “Poltergeist”, tem uma referência a “Psicose”… Brincamos com esse universo e adicionamos pitadas de humor e de drama também.”


O clipe - que já possui 254.606 visualizações, 30 mil curtidas e 349 descurtidas - apresenta uma mulher madura e sensual que afasta uma assombração amorosa utilizando diversos meios. Assista:





Pescaram todas as referências aos filmes? A grande sacada são as doses de humor, terror e suspense do vídeo. 

  


Com Meu pisêro Duda Beat reconfigura e atualiza o amor e a dor de cotovelo, colocando boas doses de maturidade e sensatez. É interessante destacar também que a artista utiliza a atualidade e contemporaneidade para compor a canção.

E vocês, já conheciam essa música e o clipe? Digam nos comentários! J-J




Por: Emerson Garcia

quinta-feira, 25 de março de 2021

Quinta de série: Batwoman

Pode conter spoilers!






No Quinta de série de hoje apresento uma série de heróis da CW (Warner Bros) chamada Batwoman. A série foi desenvolvida e criada por Carolina Dries, baseada numa hq de Geoff Johns, Grant Morrison, Greg Rucka, Mark Waid e Keith Giffen. Batwoman já conta com duas temporadas, sendo a primeira com 20 episódios e a segunda em execução com 8 episódios. O elenco conta com Ruby Rose, Rachel Skarsten, Meagan Tandy, Nicole Kang, Camrus Johnson, Elizabeth Anweis, Dougray Scott e Javicia Leslie. A série é filmada em Vancouver, British Columbia, Canadá, com locações em Chicago (Illinois).

Batwoman é ambientada no Arrowverse e segue a estória de Kate Kane enfrentando seus problemas pessoas e se tornando o novo símbolo de esperança de Gothan City, após seu primo Bruce Wayne e seu alter-ego Batman desaparecerem durante três anos. Kate Kane se torna Batwoman e enfrenta os mais perigosos vilões da cidade que nunca dorme, começando por sua irmã Beth Kane, mais conhecida como Alice que lidera a gangue do País das Maravilhas e os Coelhos, que atormentam Kate durante praticamente toda a primeira temporada. 

LEIA TAMBÉM 

Quinta de série: Arrow 

Quinta de série: The Flash

Quinta de série: DC- Legends of tomorrow 

Quinta de série: Supergirl


Kate Kane tem altas habilidades, artifícios e equipamentos de ponta para combater o crime e a violência de Gotham, assim como seu primo anteriormente. Esses instrumentos se fazem necessários para ela agir com justiça, sempre com uma opinião forte. Mas nem tudo são flores, pois Kate tem que lidar com seus demônios, seu passado e presente, principalmente com sua sexualidade (ela é lésbica). 

Contudo, Kate Kayne desapareceu no fim da primeira temporada e uma nova protagonista, que também seria uma nova Batwoman, teria que surgir. A série, então, meio que foi resetada no início da segunda temporada. Conhecemos Ryan Wilder, que também é lésbica, possui problemas pessoais e de relacionamento e que se tornaria a nova Batwoman, fazendo jus à fantasia, legado e identidade da mulher-morcego. 


A ideia foi preservar a essência da Batwoman, mas com uma personagem totalmente nova que não foi adaptada de outro membro da família Kane. Seria quase como um remake, mas com a preservação da essência da super heroína e a permanência de personagens que já foram introduzidos na primeira temporada.

Seja com qual protagonista (da primeira ou segunda temporada), a Batwoman é um Batman de saias. Seja Batman ou Batwoman, há um estigma, problemas pessoais e um sentimento de armagura e depressão. Batwoman, assim, mistura drama, ação, crime e mistério, do jeito que já conhecíamos das séries de super heróis.


Personagens

Conheça os principais personagens da série a seguir.


Kate Kane: combatente das ruas de Gotham, lésbica, com muita sede de justiça e opiniões fortes. É ela que assume o lugar de Batman em sua ausência.


Beth Kane/Alice: é irmã gêmea de Kate e é o totalmente oposto da irmã. Ela é líder de uma gangue chamada de País das Maravilhas. Sua personalida vai de maníaca a encantadora. Ela decide destruir a segurança de Gotham, dando trabalho para Kate como Batwoman.


Johnny/Dormidongo: membro da Gangue do País das Maravilhas, com talento para imitação de voz e representação. Se considera irmão de Alice. 


Sophie Moore: ex namorada de Kate, é agente policial de alto nível dos Corvos, sendo uma das protetoras de Gotham. 


Mary Hamilton: é meia-irmã Kate, estudante de medicina e influenciadora digital em formação. Sua grande paixão é ajudar as pessoas que vivem nas comunidades carentes de Gotham.


Lucy Fox: era o fiel escudeiro do cavaleiro das trevas e é filho de Lucius Fox. Ele mantém a Torre Wayne segura na ausência do Batman. Ele ajudou a criar vários artíficios do Batman e agora tem a missão de ajudar Kate Kane como Batwoman. 


Catherine Hamilton-Kane: madrasta de Kate e uma das poderosas de Gotham. Sua fortuna veio do seu trabalho como empreiteira de defesa e CEO da Hamilton Dynamics.


Jacob Kane: pai de Kate e Beth e um ex-coronel militar. Ele comanda a agência de segurança privada Os corvos com o intuito de proteger Gotham.


Ryan Wilder: mulher lésbica que vivia em uma van, extremamente pobre. Ela guarda um passado doído e triste, além de ter sofrido preconceito por sua condição social e sua cor durante toda a vida. Sua vida muda quando ela encontra o traje da Batwoman por acidente. Agora, ela tem a oportunidade de mudar de vida e mostrar que não é nada do que os outros pensam.


Safiyah: vilã, é uma governante compassiva e carismática de uma pequena comunidade na ilha de Cortana. 


Da hq para as telinhas


Kate Kane, a primeira Batwoman, surgiu nos quadrinhos do Batman em 1956. A personagem da hq era uma herdeira rica e atriz circense que usou seu dinheiro para combater o crime como uma vigilante mascarada para, assim, atrair a atenção do Batman. 

A personagem foi criada para gerar um roteiro rápido, já que ela seria um interesse amoroso de Batman, dissipando a fama do relacionamento de Bruce Wayne e Dick Grayson.

Em 2006 a personagem foi repaginada, ganhando um novo visual e uma nova personalidade. Agora ela tem origem judaica e é lésbica. Prima de Bruce Wayne, passou a proteger Gotham do crime na ausência do super-herói. Além disso, uma outra Batwoman, apareceu no longa animado Batman: O mistério da Mulher-Morcego.



Em 2009, nos quadrinhos de Detective Comics, Kate Kane ganhou uma irmã gêmea, Elizabeth Kane, mais conhecida como Red Alice. Acredito que também foi nessa hq que a série se inspirou. 


A semelhança entre os personagens dos quadrinhos e da série é algo a ser mencionado. A começar pela Batwoman e Alice, que apresentou uma aparência congruente da hq. 


Kate Kane Vs. Ryan Wilder


Kate Kane e Ryan Wilder tem muitas diferenças, mas muitas semelhanças - como o fato de ambas serem lésbicas. É interessante ver a conexão de ambas Batwomans e em que elas se diferenciam. No início da segunda temporada Ryan usava a mesma peruca de cabelos longos vermelhos de Kate Kane, mas nos últimos episódios passou a usar uma peruca blackpower com mechas vermelhas. Essa diferença na aparência serviu para mostrar que a heroína tem a mesma essência de personalidade, mas com características próprias, a começar pelo visual.

Foi interessante ver a passagem de manto de uma atriz para outra e também a presença - mesmo que sem ser física - da antiga Batwoman. Ela é sempre mencionada com o intuito de criar essa conexão, mas ao mesmo tempo contraponto entre as protagonistas. Foi uma responsabilidade e tanto para Ryan seguir o legado da sua antecessora, mas ela tem dado conta, e, sobretudo, criado seu próprio caminho. 

Mesmo com essas semelhanças, Ryan já tem mostrado que não seguirá o mesmo caminho traçado por Kate Kane. SPOILER ALERT: Ela planeja matar a irmã de Kate, Alice, por vingança, algo que a antiga Batwoman nunca buscou. E o desafio dos produtores é de não criar a mesma fórmula da primeira temporada, mas apresentar novos conflitos e resoluções. 


Mudança de protagonistas

Ruby Rose resolveu sair da séire por não se habituar com a locação onde a série se passa (Vancouver) e também por não ter gostado das longas horas de trabalho. Ela planejou sair antes do início da segunda temporada. 

O desafio dos produtores, a partir de então, foi de encontrar uma protagonista à altura, até que chegaram em Javicia Leslie, atriz negra que fez a série God friended me (Deus me adicionou) e que faz parte da comunidade LGBTQ+, assim como Ruby Rose.  


Representatividade

Em ambas as temporadas, Batwoman trabalhou a representatividade do que é ser mulher, lésbica e agora na segunda temporada... o que é ser negra, principalmente uma negra que não teve as oportunidades da sociedade. O desafio dos produtores é de tornar essas discussões interessantes e não piegas, cheias de estereótipos ou clichês. É falar do preconceito na sua forma mais sincera e real. É tratar do feminismo na sua forma mais doce e tranquila de ser entendida. É falar de homofobia da forma mais clara possível. 


Audiência

De acordo com o Rotten Tomatoes, a série tem aprovação de 80%, com uma classificação média de 6,87/10. A primeira temporada teve problemas de audiência em todos os seus episódios. Somente o episódio 1X01 e o 1X09 tiveram uma audiência mais expressiva. A temporada teve uma queda de audiência a cada episódio (veja gráfico abaixo do Wikipedia). Com a mudança de protagonista, a série teve uma elevação na audiência



Crítica

Mais uma série do Arrowverse - que une séries da DC com a CW, Batwoman teve muitos problemas de roteiro e enredo na primeira temporada. Não era uma série que ficava ansioso para assistir ao próximo capítulo. A estória realmente não empolgou muito e parecia que Ruby Rose estava forçada no papel. Contudo, tenho gostado da segunda temporada. Parece que a mudança de protagonista elevou um pouco a série e a estória até que está interessante.

Sinto que a vilã da primeira temporada, Alice, começou muito bem, mas foi perdendo o sentido no decorrer dos episódios. Sobre a vilã da segunda temporada - Safiyah - espero que ela seja melhor, tudo leva a crer que ela surpreenderá a todos. 

Batwoman é uma das primeiras séries de heroínas LGBTQ+ já existente e parece que a série veio para ficar. Ultimamente tem esse boom de séries de super heroínas como Stargirl, Supergirl e Jessica Jones e é interessante ver essa força feminina nas telinhas. 

As cenas de lutas podem ser mais elaboradas, assim como os antagonistas e vilões de cada episódio. É preciso algo que vá além de um traje bacanudo, armas e equipamentos de ponta e um carro tecnológico. O público espera por isso. 

Fique agora com o trailer da primeira e segunda temporada. Até o próximo Quinta de série! J-J

    




 


Por: Emerson Garcia
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 

Template por Kandis Design