segunda-feira, 5 de junho de 2023

Saiba o significado do símbolo do Palmeiras



Quando publiquei sobre o símbolo do América Mineiro no início de maio, o amigo e leitor do blog Marcos Barros me sugeriu falar sobre a história do símbolo do seu time do coração, o Palmeiras. Quando sugeriu, até acreditei que já tinha falado do Verdão, mas ele disse que deu uma olhada em todos os posts que fiz e não tinha nada relacionado ao Palmeiras. Um bom leitor ele é. A Sociedade Esportiva Palmeiras é um time que surgiu na cidade de São Paulo, em 26 de agosto de 1914



Que tal irmos para um post informativo e cheio de curiosidades? Vem, comigo! 


Escudo

Atualmente, as cores oficiais presentes no escudo e bandeira é o verde e branco, mas nem sempre foi assim. Em 1914, o vermelho estava presente e o time se chamava Palestra Itália. O primeiro símbolo do Palmeiras, ainda como Palestra Itália, trazia as letras "P" e "I" entrelaçadas em forma arcaica, nas cores amarelas, inseridas dentro de um emblema e de círculos nas cores branca a vermelha. Em 1915, o símbolo foi mais simplificado para letras arcaicas "P" e "I", nas cores brancas, com a borda verde.


Em 1916, houve uma mudança no escudo e a Cruz de Savóia - símbolo da Casa Real Italiana - passou a ser usada.



No ano seguinte, a cruz abriu espaço para as letras "P" e "I" envoltas num triângulo de cor verde. Em 1918, o formato do emblema passou a ser circular com um fundo na cor branca, com as letras "P" em verde e "I" em vermelho. 

Em 1919, o distintivo passou a ser circular, orlado de vermelho, em um fundo branco. No centro, as letras "P" (na cor verde) e "I" (em vermelho) entrecortavam-se. Em 1928, com o mesmo formato circular, mudou-se apenas a disposição das cores - orlado de verde num fundo branco. No centro, as letras "P" e "I" passaram a ser pintadas em vermelho. 

Entre 1937 e 1938 houve poucas mudanças no símbolo, como a disposição das cores e mudanças no preenchimento e fundo. 

Em 1942, com a alteração do nome da equipe para Palmeiras, o vermelho e a letra  "I" saíram, permanecendo apenas o verde e o branco, com a letra "P" no centro, devido pressão do governo brasileiro, que não queria fazer alusão à Itália nem à guerra. A FEB (Força Expedicionária Brasileira) lutou na Europa contra os países do Eixo - em especial a Itália. Houve uma pressão popular e política intensa sobre os times com descendência italiana. No mesmo ano, o símbolo ficou mais simples e minimalista.

Em 1959, o distintivo teve muitas alterações, na cirunferência menor, de fundo branco, foi realocado o contorno da Cruz de Savóia, preenchido por 26 linhas alusiva ao dia da fundação do clube. O tradicional "P" diminuiu de tamanho e foram inseridas oito estrelas em torno do escudo, referindo-se ao mês de fundação do clube (agosto) e ao número de títulos paulistas conquistados ainda como Palestra Itália. As estrelas foram acompanhadas pelo nome "Palmeiras" circunscrito. Esta foi a última mudança considerável no distintivo alviverde, permanecendo com o mesmo conceito até os dias atuais. 

 
Em 2012, o Departamento de Marketing do clube promoveu mudanças sutis no escudo, para padronizar nas diferentes publicações usadas na mídia. As letras do nome Palmeiras ficaram arredondas e o escudo suíço teve as linhas ampliadas, além de uma leve modificação na tracional letra "P". 



Após seis décadas, em 2017 um novo escudo foi usado no uniforme. O 'P" estilizado foi estampado sozinho uniforme, para homenagear os 75 anos da Arrancada Heroica, quando o Verdão mudou de nome e substituiu o "PI" do Palestra Itália pelo "P" de Palmeiras. O escudo permaneceu até março de 2018. 


Uniforme




As cores principais do uniforme do Palmeiras é o verde e o branco, daí o time ser conhecido como Alviverde. Os uniformes contam com várias tonalidades de verde (verde-limão, verde claro, verde-esmeralda). No início, os uniformes eram nas cores verde, branca e vermelha, mas essa terceira foi retirada em 1942, por aludir à bandeira italiana. 

Em asmitosos internacionais, os jogadores jogam com camisas azuis, como forma de homenagear a camisa da Seleção Italiana de Futebol.

Em 1997, o uniforme principal se aproximava à versão tradicional, sem as listras. Em 1998, a camisa tinha um tom de verde mais condizente com as tradições do Palmeiras. De 1999 à 2007, a camisa sofreu mudanças na tonalidade, contando com faixas brancas e amarelas. Em 2008, o verde tradicional retornou. Em 2009, quando completou 95 anos, o clube retornou a usar o vermelho no segundo uniforme, para resgatar tradições. Também foi lançado o terceiro uniforme na cor azul, com detalhes brancos e com a Cruz de Savóia como escudo, clara homenagem às raízes italianas. 



Em 2017 uma estrela vermelha em cima do brasão do clube foi inserida no uniforme do Palmeiras para eternizar a maior conquista da agremiação, o primeiro Campeão Mundial Interclubes.

Os uniformes acompanharam a modernização e a tecnologia, com a criatividade nos materiais e cores. 


Símbolos

Bandeira: verde e tem o escudo oficial do clube no centro sob uma faixa diagonal branca. Acima do símbolo, há uma estrela vermelha em referência ao título mundial do Torneio Interceacional de Clubes Campeões - Copa Rio 1951. 

Brasão: Foi instituído em 1942, após a mudança de nome do clube. 


Galhardete: possui as mesmas especificações da bandeira, mas em miniatura. Na base do triângulo a seguinte frase: "Sociedade Esportiva Palmeiras", em caracteres verdes. Há também as inscrições: "Fundada em 26/VIII/1914" sob estes, próximo de cada extremidade, um modilhão, bodejado de branco. Também há "São Paulo" na horizontal e "Brasil" na vertical. 

Flâmula: é a miniatura da reprodução do galhardete.


Escudo: é a representação da Cruz de Savóia envolvendo o "P" presente no símbolo desde  a época do Palestra Itália. O espaço interno é preenchido por 26 linhas alusivas ao dia de fundação do clube, exatamente como no escudo oficial. 


Hino

Foi composto em 1949 por Antonio Sergi, maestro, regente, arranjador e professor do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, diretor artístico da rádio Cruzeiro do Sul e maestro da Orquestra Colúmbia. 

Nascido na Itália em 10 de junho de 1913, Sergi naturalizou-se brasileiro. Além de músico, era médico cardiologista formado pela Escola Paulista de Medicina. 


Mascotes


Desde a fundação do time, o periquito foi escolhido por conta da coloração que relembra a cor do time e também por esse passarinho existir em abundância onde o clube está localizado, no bairro da Pompeia. 

Já o porco, surgiu a partir da provocação e gozação das torcidas adversárias, utilizado como um termo pejorativo desde a Segunda Guerra Mundial. "Porco" era como a elite paulistana se referia aos italianos e descendentes residentes de São Paulo. O termo, no início, foi utilizado de forma pejorativa. Torcedores de outros times, diziam que os palmeirenses tinham "espírito de porco", a ponto de soltarem um porco em campo durante uma partida.


De um termo ofensivo, a torcida alviverde passou a adotar o animal como mascote oficial nos anos 80. Uma estratégia e tanto. Hoje, gritam nos estádios: "Olê, Porco! Olê, Porco!". Foi em 2016 que o Palmeiras oficializou o animal como mascote do clube. O porco se chama Gobatto, em referência a João Roberto Gobatto, diretor de marketing favorável à adoção definitiva do apelido ainda nos anos 1980. 

O porco possui dentes afiados, a cara de bravo e o corpo másculo e forte, semelhante a um javali. 

A repercussão do porco como mascote foi tão grande, já em 1986 com a capa da Revista Placar, maior revista de futebol da época, que trazia o meia Jorginho Putinatti (símbolo do Palmeiras daquela geração), segurando um porco no colo. A imagem repercutiu no Brasil, reforçando - ainda mais - o mascote como símbolo palmeirense. 




Hoje em dia, os dois mascotes representam o Palmeiras e você pode levá-los para o seu evento, aniversário, casamento ou a tradicional celebração de sua empresa. Além disso, pode adquirir pelúcias e bonecos fofinhos em lojas onlines oficiais



Agora, você conheceu a história do time alviverde, Verdão ou do Porco. Conheceu, à fundo, a história do time, seus símbolos, escudos, uniformes, cores e mascotes. Foi uma pesquisa  e tanto que realizei para entregar o melhor post para vocês. Se você quiser saber mais da história do time do seu coração, é só dizer nos comentários que farei com muito prazer. Até a próxima! J-J

Por: Emerson Garcia

sábado, 3 de junho de 2023

Rádio Bagaralho: Programa 'Discografia Caetano Veloso'


Olá ouvintes da Rádio Bagaralho FM (Rádio Bagaralho, a rádio do... povo). Aqui quem fala é o locutor Arthur Claro, aquele que é igual porém diferente. Com o oferecimento do salão de festas Tua Fiesta és Loca começa agora o programa Discografia.  

Hoje vou apresentar as obras do músico santo-amarense (Santo Amaro - BA) Caetano Veloso. Não irei apresentar as obras ao vivo, nem acústico e nem os covers que ele fez.


Caetano Veloso - Alegria, alegria (1968)

Uma música de protesto no auge da Ditadura Militar Brasileira. Ela fala sobre tudo que estava acontecendo na época. Esta música fez parte do III Festival da Record, chocando os "tradicionalistas". Mesmo chocando, conquistou a maior parte da plateia e fez parte da minissérie Anos Dourados.




Caetano Veloso - A little more blue (1971)

Esta música foi parcialmente censurada pela Ditadura vigente no Brasil. Os militares pensaram que a menção à atriz Libertad Lamarque na letra fosse uma alusão à liberdade do opositor do regime Carlos Lamarca.




Transa - Nostalgia (That's What Rock'n Roll Is All About) (1972)

É uma homenagem ao rock-blues, tendo a Gal Costa imitando o som de uma gaita na primeira estofre, sendo que na segunda é uma gaita tocada pela Angela Ro Ro. Na música é apresentada uma contradição de valores à ideologia burguesa de acordar tarde e usar roupas extravagantes.




Araça Azul - Gilberto Misterioso (1973) 

Uma música aonde o Caetano Veloso faz referências ao poema O Guesa Errante do poeta Sousândrade e ao mistério que faz o cantor Gilberto Gil ser um grande artista. E o "Rouxinol" citado na música é referente a música homônima escrita por Gilberto Gil juntamente ao Jorge Mautner.




Joia - Minha mulher (1975) 

É uma música que aborda os diferentes papeis da figura feminina na vida do Caetano Veloso.




Qualquer coisa - A tua presença morena (1975) 

Esta música foi mandada para a sua irmã Maria Bethânia quando o Caetano Veloso estava no exílio em Londres. Segundo a cantora numa entrevista dada para o Jornal O Globo juntamente à cantora Nana Caymmi, Maria Bethânia revelou para Nana que ela foi feita para a Nossa Senhora, após fazer o Hino a Nossa Senhora da Purificação.




Bicho - O Leãozinho (1977) 

Caetano Veloso escreveu esta música para o seu amigo Dadi Carvalho que é do signo de Leão, que gostava de tomar Sol e pegar ondas.




Muito (Dentro da Estrela Azulada) - Sampa (1978) 

Caetano Veloso fez em homenagem a cidade de São Paulo sobre a sua chegada.




Cinema Transcedental - Menino do Rio (1979) 

Uma música ao José Artur Machado (Peti) que era famoso na praia de Ipanema no Rio de Janeiro, na década de 1970 e isto chamou a atenção do Caetano Veloso. Esta música foi um pedido da Baby Consuelo (Baby do Brasil) e também virou tema do filme homônimo na década 1980 e fez parte da novela Água Viva da Rede Globo.




Outras Palavras - Rapte-me camaleoa (1981) 

Segundo Caetano Veloso esta música é sobre uma mulher que lhe fez muito bem. Esta mulher nada mais é que a atriz Regina Casé que estava em cartaz com a peça Aquela Coisa Toda, aonde a sua personagem se chamava "Camaleoa". Na mesma época, Caetano Veloso e Regina Casé estavam namorando.




Cores, Nomes - Queixa (1982) 

Uma música que possui um eu-lírico sofrendo por não ser correspondido pela mulher que conquistou o seu coração e decide proclamar a sua insatisfação.




Uns - Você é Linda  (1983) 

Foi feita para a sua então vizinha Cristina que morava no bairro de Ondina, na Bahia.




Velô - Podres Poderes (1984) 

É uma música de protesto não somente contra a Ditadura, mas também contra a corrupção e o descaso das classes governantes. Ela pede uma mudança de atitude.




Caetano - O Ciúme (1987) 

Nesta música o Caetano Veloso fala sobre o Rio São Francisco, tratando da rivalidade das cidades Juazeiro (Bahia) e Petrolina (Pernambuco). Também existe um diálogo com o poema Motivo de Cecília Meireles.




Estrangeiro - Branquinha (1989) 

Esta música foi feita em homenagem à Paula Lavigne, esposa de Caetano Veloso entre os anos 1986 a 2004. Atualmente, eles estão juntos e ela é a empresária dele.




Circuladô - Itapuã (1992) 

Esta música é sobre a relação dele com Dedé. No seu livro Sobre as letras, ele revela que chorava toda vez que a cantava. 




Livro - Não enche (1998) 

É uma música autobiográfica aonde o Caetano Veloso teve a sua paciência extrapolada. Ele colocou a sua indignação toda pra fora. Uma raiva contra tudo e todos, inclusive a imprensa.




- Rocks (2006) 

Esta música, juntamente com o resto do disco, foi um desejo do Caetano Veloso de fazer um disco de Rock sem utilizar o próprio nome.




Zii e Zie - Menina da Ria (2009) 

Esta música é uma clara alusão à Menino do Rio e foi inspirada na cidade de Aveiro (Portugal).




Abraçaço - Um Comunista (2012) 

Uma música em homenagem à Carlos Marighella, um dos líderes da luta armada contra a Ditadura Militar.





Meu Coco - GilGal (2021) 

Foi feita em homenagem aos grandes artistas brasileiros.






Queridos ouvintes, quero agradecer a todos e espero que continuem ouvindo a Rádio Bagaralho. Vocês também podem dar ideias de bandas e cantores para que eu realize uma discografia deles. Peço também que comentem nesse post as músicas que gostariam de ouvir, pode ser qualquer estilo musical. Um bom fim de semana repleto de felicidades. Sigam a Rádio Bagaralho no Instagram (@radiobagaralho). J-J


Por: Arthur Claro

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Quinta de série: Todas as flores #pratodosverem

Pode conter spoilers!

Hoje é dia de Quinta de série com Todas as flores #pratodosverem! Essa é uma série documental, apresentada concomitante a exibição da novela Todas as flores, da Globoplay.  À cada semana, um episódio de Todas as flores #pratodosverem era lançado no streaming da Globo, juntamente com a liberação de cinco episódios da produção de João Emanuel Carneiro. Possui direção de Noa Bressane, direção artística de Carlos Araújo e roteiro de Camilla Gismond. Possui a autoclassificação etária livre para todos os públicos. Cada episódio possuía cerca de 6 minutos, sendo considerado um curta documental. A série foi exibida entre 19 de outubro de 2022 e 10 de maio de 2023.

A série documental apresenta histórias reais de indivíduos com deficiência visual de inúmeros lugar do Brasil, focando em suas condições, desafios, trajetórias profissionais e pessoais. Essas histórias são exibidas de forma humana e sem preconceito. 



Conhecemos de perto a condição da cegueira e da baixa visão, assim como os preconceitos que os cegos passam todos os dias. Também, sobre a adaptação que possuem para viver, seus direitos, benefícios, ferramentas e funcionalidades, oferecidos para esses indivíduos. Descobrimos que são pessoas como qualquer outra e que também merecem sonhar, se divertir, trabalhar, namorar, viver, assumir suas identidades sexuais e de gênero. 

Nos é apresentado o mundo da acessibilidade e como as pessoas cegas e de baixa visão lutam para serem inseridas nele. Elas também passam por desafios para se adequar e adaptar à esse mundo, bem como por reivindicarem seus direitos. Há muitas ferramentas que são apresentadas no decorrer da série, como o sistema de audiodescrição, ferramentas de ensino para deficientes visuais, a leitura em braile, entre outros. 




O ponto alto é mostrar que pessoas cegas e de baixa visão podem ter uma vida comum, alegre e saudável, não importando suas condições. Por isso, o dia a dia dessas pessoas é ressaltado. Eles se divertem, trabalham, namoram, passeiam, viajam, vão ao cinema e teatro, leem, constituem família, pedalam de bicicleta, lecionam, ensinam, são influenciadoras digitais e gravam conteúdos na internet, cantam, tocam, fotografam e uma porção de outras atividades.

São histórias emocionantes, dramáticas, alegres, de superação. Aprendemos com cada experiência. São episódios curtos, mas com histórias riquíssimas e diversificadas. Nenhum capítulo é igual ao outro. Ao final, há um texto (frase) com uma reflexão sobre a cegueira e baixa visão narrado pela atriz Sophie Charlotte, protagonista de Todas as Flores



O episódio 16 é mais peculiar e especial que os outros por trazer a história de três funcionárias cegas e com baixa visão que trabalham nos bastidores da novela Todas as flores: a preparadora de elenco Moira Braga, a assistente de direção Nathalia Santos e a consultora Camila Alves. 


Em apenas 6 minutos, histórias riquíssimas são apresentadas. Não são episódios cansativos ou monótonos. São objetivos e diretos. A qualidade de som e imagem é de primeira. O enredo e o roteiro são organizados e bem construídos. A produção pode ser acompanhada na Globoplay, onde estão todos os capítulos disponíveis. J-J


Por: Emerson Garcia

terça-feira, 30 de maio de 2023

Nada além do que se merece

 


Já levei na cara, tive que engolir seco, guardei mágoa, sofri por ficar calado... Era uma pessoa que levava desaforo para casa e remoía sentimentos. Mas fui mudando, afinal, viver dessa forma só me traria danos para a saúde. Resolvi reagir e agir e não guardar (mais) sentimentos, palavras e/ou emoções. Com essa nova maneira de ser, dou a pessoa a retribuição daquilo que recebo em palavras ou atitudes. Ou seja, nada além do que se merece.

Não exagero ou sou injusto se recebi uma palavra atravessada ou uma atitude desmedida de alguém. Ela recebe exatamente o que me ofereceu, nem mais nem menos. Procuro não humilhar, destratar, xingar a pessoa, por mais que esteja com raiva ou que a situação que ela me fez passar tenha me tirado do sério. Mas ela vai perceber a minha indignação no que tenho a dizer ou no que escrevi. Sou bem claro e digo exatamente o que quero falar, sem rodeios, filtros, mas com muito respeito. 

Agora, sou reativo ao que recebo das pessoas e isso até que me tem feito bem. Não deixar sentimentos e emoções represados é libertador. Não fico mais refém de sentimentos e mantenho a minha cabeça leve e sem aquela punição de "deveria ter dito isso ou feito aquilo". Optar por ser reativo não significa que passei a ser violento, vingativo, nem nada disso. Afinal, não mudei minha essência de ser tranquilo, calmo e compreensivo. O que mudei é não levar mais "desaforo para casa", mas não dou nada além do que a pessoa merece, pois isso não faz parte da minha essência. 

Outrora, as pessoas me faziam de gato ou sapato por não revidar, não dar o troco. Elas se sentiam poderosas sobre mim, me consideravam um idiota por não reagir, me maltratavam e se sentiam superiores à mim. Enquanto eu ficava cada vez mais reprimido, com sentimentos represados e com muita coisa entalada dentro da garganta. Hoje, dou à elas a falsa ilusão que não irei revidar, dando corda a todos os maltratos e desculpas que ela possa dar. Corda e empoderamento à elas é o que não faltam! Elas devem se sentir o máximo por eu não revidar, mas espero o momento certo para isso. 

Mais cedo ou mais tarde, ela vai ter que ouvir o que tenho a dizer e receber a retribuição, mas com classe, respeito e justiça. Com a medida que me medem, eu meço também. Nada é desmedido, descalculado ou injusto. O meu prato da balança fica no mesmo nível do da outra pessoa. Aquilo que eu recebo, é o que eu dou, sejam coisas boas, sejam ruins. O peso não é descomunal, pois sei que se for injusto com as pessoas, também recebo a injustiça. As pessoas precisam saber que eu sou um ser humano e que aqui bate um coração. Não sou um robô, frio e sem sentimentos. Quando alguém me tira do sério, vai ter resposta e textão, sim! É só aguardar! J-J


Por: Emerson Garcia

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