Seguimos com o #serieteners2
- coronavírus em pauta. Na edição de hoje falarei da série documental Por um respiro, da Globoplay. Lançada em 2020, a produção contou com seis episódios de, no máximo,
30 minutos. Por um respiro teve criação de Nuno
Godolphim, direção de Susanna Lira e
roteiro de Jorge Pestana. A série, com classificação de 10 anos por conta de
conteúdo impactante, foi produzida pela Ocean Filmes.
O intuito foi
apresentar histórias reais de profissionais de saúde e pacientes do Hospital
Universitário Pedro Ernesto (HUPE), na cidade do Rio de Janeiro.
Realística, Por um respiro mostrou a luta diária de
profissionais de saúde para salvarem as vidas de pacientes com COVID-19. Como
funciona os bastidores de hospitais durante a pandemia? Quais são os
procedimentos? Com sensibilidade e delicadeza, essas perguntas foram
respondidas, respeitando-se os limites éticos da medicina e, ao mesmo tempo,
informando a população.
Em sua essência, a
série é humana e comovente. Os profissionais de saúde abriram mão de suas vidas
pessoais, para também ficarem confinados nos hospitais com os pacientes. Mesmo
demonstrando força, se emocionaram em diversas cenas, sentiram saudades dos
seus familiares e agiram de forma sensível com os doentes. Eles protagonizaram
diversas cenas emocionantes, como o diálogo por telefone com seus familiares e
situações de alteridade com os internados. A diretora da série, Susanna Lira,
foi movida pela curiosidade com o intuito de saber quem eram esses
profissionais. Ela disse o seguinte:
“Eu queria saber quem eram aquelas pessoas que
estavam por trás dessa luta. Nunca passamos por uma pandemia desse nível, em
que o mundo parou. Enquanto fomos para casa fazer distanciamento social, essa
galera foi para um front pesadíssimo. Queria conhecer, humanizar as pessoas e
fazer com que, através da empatia, a gente pudesse ser mais humano
também."
Por sua vez, a vida
dos pacientes foi abordada com certa carga emotiva. Acompanhamos suas lutas de
perto, torcemos para eles receberem alta logo e choramos quando algum deles não
suportava e partia por conta desse vírus fatal. Os pacientes enfocados foram
desde bebês, até idosos, e nos emocionamos com todos eles. Acompanhamos sua
rotina de luta, relatos pessoais, dramas, sonhos e momentos emocionantes de
diálogos entre eles e seus familiares por viodechamada. Também conhecemos
melhor os familiares desses pacientes por meio de entrevistas e até rotinas e
as residências deles. Cada um dos pacientes tinham suas peculiaridades e
porcentagens para a cura. Uns chegavam em estado mais grave que os outros, e
nem todos conseguiram ter alta, infelizmente.
A série documental foi
promissora porque mostrou a realidade de dentro para fora. Acompanhamos a
jornada de médicos, enfermeiros, pesquisadores e pacientes, em um trabalho
primoroso de edição, filmagem e fotografia. Esse projeto foi desenvolvido em
mais de seis meses, desde a pesquisa até a pós-produção, tendo cerca de 60
profissionais do audiovisual divididos em quatro equipes. Uma parte dos
profissionais se debruçaram em mostrar o dia a dia do departamento de
infectologia, psiquiatria e pediatria do HUPE. Outra, ficou responsável em
cobrir ações da saúde da família, dos núcleos de pesquisa e das visitas às
casas de familiares de pacientes internados.
Em plena pandemia, os
profissionais foram corajosos em se debruçar nas histórias e captá-las por meio
de lentes sensíveis e humanas. Os registros das enfermarias e UTIs estão fortes
e emocionantes. A diretora da série, Susanna Lira, ressalta o papel de um
documentário como esse. Ela disse o seguinte:
“O papel do
documentarista é tenta encapsular esses momentos da história para que as outras
gerações conheçam o que a gente passou, como a gente viveu."
No meio desse processo de registros e filmagens, a equipe aprendeu e tirou muitas lições. Os profissionais tiveram aprendizados e os telespectadores também, certamente.
As gravações seguiram
todos os protocolos de segurança contra o COVID-19, tais como: distanciamento
social, câmeras envelopadas e plastificadas e profissionais do documentário
devidamente aparatados com máscaras e luvas.
Os seis episódios
- 100 mil vidas, Crianças em risco, Sem descaso, Forças redobradas, A nova onda e O fim não está próximo - retratam o tratamento de indivíduos de diferentes faixas
etárias. Cada um deles apresenta uma média de 3 a 4 casos, sendo que alguns
ganham uma atenção maior no decorrer da temporada. Assim, Por um
respiro funciona como uma novela ou série convencional, em que cada
capítulo tem um gancho para o próximo. O final de cada capítulo exibia cenas do
próximo, com o intuito de chamar a atenção e de criar um público cativo pela
continuação. Já o início, exibia cenas do episódio anterior. Tudo baseado e
inspirado no mundo das séries mesmo.
Por um respiro nos aproximou de histórias de quem venceu a COVID-19, mas também
de quem fez de tudo para vencê-la e não conseguiu. Susanna fala do conceito da
série e do significado do seu título:
“A coisa mais fácil
que tem é você puxar o ar e vir. E as pessoas não têm isso. Esses médicos lutam
por um único respiro. Tanto para o paciente quanto para eles mesmos”.
Isso (e muito mais) é Por um respiro. É um retrato sem filtro dessa doença que tem feito tantas vítimas. É um retrato da luta de médicos e pacientes por um respiro. Mas também são experiências de sucesso, alegria, esperança e amor. Veja o diálogo acalentador de uma médica e um paciente:
Médica: Só de ficar longe desse barulhinho, já vai se
sentir bem melhor.
Paciente: Só de sair daqui...
Médica: Saudade da família?
Paciente: Muita coisa.
Médica: Quanto tempo sem ver?
Paciente: Três meses.
A série tem muitos gatilhos, por isso, não a recomendo para todos. Acredito que somente as pessoas com o emocional estruturado conseguem assistí-la. Mesmo assim, Por um respiro é uma produção necessária, que apresenta informações importantes e mostra porque a COVID-19 é uma doença grave nos mais diferentes aspectos e que todo cuidado é pouco. Meus elogios à ela, por ser muito bem produzida e trazer um enfoque bastante intimista, dramático e emocionante. Ela mostra uma luta inglória e difícil, a árdua jornada dos profissionais, mas também que é possível acreditar em coisas boas. No TV Show Time (TVST) está programada uma segunda temporada, mas não tenho conhecimentos detalhados sobre. J-J
Não faz meu gênero mas vou conferir ...
ResponderExcluirNão sei se assistiria uma série com o tema covid, já é um assunto tão pesado na vida real... Mas de modo geral achei bem interessante!
ResponderExcluirhttps://www.heyimwiththeband.com.br/
Bom dia. Todas as informações são bem-vindas importantes.
ResponderExcluirO saber nunca ocupou lugar. Pode ser uma série com um certo interesse, admito
ResponderExcluir.
Cumprimentos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Sei que a Globoplay está cheia de matéria com muita qualidade.
ResponderExcluirAbraço
Coisas de Feltro
Oi Emerson,
ResponderExcluirAndo assistindo algumas séries documentais na Globoplay, e esta segue na minha lista, mas como você disse, tem alguns gatilhos, então eu ainda preciso de um tempo pra me sentir emocionalmente estável e assisti-la.
Gostei muito da sua resenha e indicação, acho que essa é uma produção necessária para que as pessoas entendam o quanto a Covid-19 é uma doença grave.
Um abraço, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥
Deve ser realmente uma série emocionante.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Olá, Emerson.
ResponderExcluirEu não assistiria porque estou fugindo até de ficção onde tem mais drama, imagine algo assim tão real.
Prefácio
Fabulous post
ResponderExcluireu vi umas chamadas, e quero muito ver
ResponderExcluirbeijo
A mina de fé
Uma série que deveria ser vista, por toda a gente, que tem desvalorizado esta doença, e que tem andado a ajudar a espalhá-la... e a mantê-la pelo mundo, com seus comportamentos descuidados e inconscientes!
ResponderExcluirNão conhecia a série! Grata por divulgar, Emerson!
Um grande abraço!
Ana
é demais essa série, vale mesmo muito a pena assistir!
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