A tradição dos cartões comemorativos de papel ainda permanece viva

Cartões comemorativos de papel ainda são uma tradição nos dias atuais. Há quem ainda mantém viva essa prática. Guardados em caixas de recordações e memórias, possuo inúmeros deles, com ilustrações, pinturas e até mesmo sons. Ainda nos dias atuais, essa tradição permanece viva, com o designer Luiz Romano que iniciou uma tradição em 1977 de sempre desenhar um cartão especial em 3D, durante as festas de fim de ano. Além disso, em plena era virtual, os americanos mandam 1,1 bilhão de cartões em papel no Natal durante todos os anos, sendo uma tradição que a indústria de cartões comemorativos disse que não vai ser modificada!  

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Cartões, selos, cartões postais, carros de som, telegramas - ainda existem esses costumes tão tradicionais de comunicação?

Apesar de tecnológicos, até mesmo com a emissão de sons e músicas e aquelas inscrições em QR Code, o que chamam a atenção nesses cartões é o fato de serem analógicos e guardarem um período que ainda permanece vivo. Alguns, ao serem abertos, abrem dobraduras e gravuras em 3D, além de emitirem sons. Outros, tem ilustrações, desenhos e artes belíssimos de motivos natalinos e/ou outros.  

O primeiro cartão natalino data de 1843 por Sir Henry Cole, que teve o objetivo de viabilizar e facilitar o envio de mensagens natalinas para todos os seus conhecidos. Assim, pediu ajuda ao artista plástico John Callicot Horsley. Ele dividiu o cartão em três partes, com um desenho ao centro. Esse projeto foi impresso em 1.000 cópias em litografia e o artista coloriu uma a uma à mão. Décadas mais tarde, Louis Prang, criou os primeiros cartões produzidos em massa nos EUA, em 1875. Assim, os cartões comemorativos cresceram em popularidade, seguindo a criatividade, tecnologia e  técnicas de impressão. 

Os cartões em 3D também se tornaram populares. Eles são feitos com recortes e relevos e desenhos pensados para serem montados, quando o cartão for aberto. Alguns desses cartões físicos, apresentam mensagens distintas; com rubricas; selos de acordo com o ano/época; e com cores e formas. 

Já parou para pensar como é feita a fórmula/composição de um cartão comemorativo de papel?! Há todo um processo de design e produção, até chegar num resultado final satisfatório. O segredo para criar designs de pop-ups (como são chamados os cartões de papel 3D) é utilizar elementos genuínos, autênticos, além de atrair você como criador. E as ideias não se restringem apenas ao Natal, mas Aniversários, Estações, Dia das mães, Dia dos pais e, até mesmo, Dia de São Patrício.  

Quando falamos, especificamente, de cartões natalinos de papel, quais são os tradicionais ícones? Trenó de Papai Noel, imagens de paisagens de inverno, árvores natalinas e presentes. Já os de ano novo, trazem o novo ano em "números garrafais", a famosa pomba da paz e frases como: “Paz para Todos”, "Feliz Ano Novo" e "Desejos de Paz Mundial”.

E qual é o destino desses cartões? Bem, pode ser uma caixa de recordações e memórias e, se estiver, em época de festas de fim de ano, podem ser colocados na árvore. É raro, hoje em dia, ver cartões natalinos em árvores, não é mesmo?! Mas isso ainda pode ser possível! 

Os tradicionalíssimos cartões natalinos já não são tão tradicionais assim, por trazerem leitores de QR code, recursos como raspadinhas que revelam mensagens ocultas ou cartões como mensagens atualizadas sobre diagnósticos específicos, disfunções familiares ou até mesmo depressão. Na verdade, os cartões de papel não se extinguiram, mas houve uma variedade e uma amplitude de gamas em seus usos! 

É interessante ver a relação das gerações com a utilização desses cartões físicos de papel. Os Baby Boomers foram os maiores compradores desses cartões. Mas a geração Y e X tem consumido mais com seus usos. Já os Millennials preferem cartões e enfeites feitos à mão, como laços, papel alumínio e quilling. O fato é que cada geração aprecia o cartão comemorativo de uma forma totalmente nova e distinta. Os cartões comemorativos de papel sobrevive, ainda, porque é uma manifestação amável de criatividade! J-J

Por: Emerson Garcia