Marca tem mudanças discretas e lembrando a anterior. | TV RECORD
A emissora mais antiga em atividade do Brasil, e que completou 70 anos em 27 de setembro, fez mudanças em sua identidade visual desde o dia 06 de novembro 2023. Tudo foi revelado nos primeiros minutos da exibição do Jornal da Record.
O nome que se chama volta a ser apenas RECORD – adotado entre 2002 e 2016 – em vez do RECORDTV, que foi utilizado entre 2016 e 2023. A marca mantém praticamente as mesmas cores da antecessora, porém está com menos brilho e mais cores sólidas. Na programação, fica fixado no canto inferior esquerdo o logotipo do programa em exibição.
Em relação ao símbolo da rede de televisão de propriedade de Edir Macedo, se trata de uma atualização do conceito criado pelo design gráfico e pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, o argentino Ricardo Cis. Júlio Balasso – diretor de computação gráfica da Record – explica o conceito da nova identidade da emissora:
“É um caminho de atualização, de poder usar novos recursos, de poder usar novas tendências pra melhorar, pra deixar nossa marca é... caminhando como o que é o mundo hoje.”
A ideia do “play” na Record é antiga
Marca descartada para o ano de 2012. | Divulgação: PORTAL OPLANETA TV
As três “aletas” que circundam a esfera da Record faz referência ao símbolo de “play”. Essa ideia que entrou no ar em 2016 estrearia quatro anos antes, conforme foi noticiado em 1º de fevereiro 2012 pelo portal de notícias de mídia na internet O Planeta TV. [1] O projeto foi descartado, mas a marca colorida e cromada apresentou uma grande evolução em relação as marcas anteriores.
Somente em 2016 meio a mudança drástica em retirar as três cores primárias (azul, verde e vermelho) existentes desde 1990.
Evolução da marca desde a compra da Record em 1989
O designer Ricardo Cis, em 1992. | TV RECORD
A TV Record foi de total propriedade da família Carvalho – atuais donos do Grupo Jovem Pan. Nos anos 1970 a Record passava por dificuldades financeiras e procurava um sócio para administrar metade da empresa. Foi aí que o empresário e animador de televisão Silvio Santos (por meio de um laranja) adquiriu 50% da Rádio e Televisão Record S/A.
Após Silvio Santos ter ganho as concessões que formariam o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) em 1981, a Record foi aos poucos deixada de lado. Em 1989, Edir Macedo Bezerra comprou a emissora que estava na eminência de uma falência.
#Record70Anos#JornalDaRecord
— Layon Yonaller (@LayonYonaller) November 7, 2023
A nova marca da Record que está no ar desde o dia 06 de novembro 2023. pic.twitter.com/P0vfoPaVIz
No ano seguinte veio os investimentos, a expansão para se tornar uma rede nacional de televisão e, por fim, a nova programação. Com ela veio a nova marca concebida por Ricardo Cis. O conceito criado em 1990 é de três telas das cores azul, verde e vermelha circundando uma esfera.
E essa é a nova vinheta de animação da Record. Gostaram?#Record70Anos #Record
— 🚨24h/Noticias (@johny_kleiton) November 7, 2023
pic.twitter.com/fwkm8RSsFU
Pelo menos no Twitter (eu não falo “X” em hipótese alguma!) essas foram as repercussões:
1 ano pra fazerem uma logo igual a anterior, só que pior#Record70Anos pic.twitter.com/jJ20pgxncd
— Matheus🍂 (@tuitaSonicBoom2) November 7, 2023
então é essa a origem da nova logo da Record? #RecordTV #Record70Anos pic.twitter.com/heL2ELV5tY
— vic. (@imnokai) November 7, 2023
A logo picando igual um koozinho KKKKKKKK #JornaldaRecord pic.twitter.com/X8797CLtEs
— Brenno De Moura (@mbrenno_) November 6, 2023
Tô morrendo com os 2 discutindo por causa da nova logo de Record 🗣️🗣️🗣️🚨#JornalDaRecord pic.twitter.com/GCLFM3dGJq
— Brenno De Moura (@mbrenno_) November 7, 2023
Vi que um fã fez uma versão colorida do mesmo logotipo, e sinceramente não dá pra entender como gastaram tanta grana para uma coisa horrível enquanto um fã faz algo super bonito e de graça. pic.twitter.com/RpT6qSye4c
— Denis Bonifacio (@dennysbonifacio) November 7, 2023
A nova logo da Record foi baseada nessa imagem. #JornaldaRecord pic.twitter.com/qOGjeMQrqW
— Jhonatan, o JB+ (OFICIAL) (@jobaltazarbr) November 6, 2023
O que achei que ia ficar mais feio, acho que foi a única parte legal da mudança até aqui: o microfone #JornalDaRecord #Record pic.twitter.com/SUsJZlialD
— Jefferson Oliveira ® (@umjefferson_) November 6, 2023
Esta foi a minha avaliação que fiz no dia do lançamento:
#Record70Anos #JornalDaRecord
— Layon Yonaller (@LayonYonaller) November 6, 2023
Minha modesta avaliação:
- Retirou o "TV" de Record. ✅
- Coerência histórica e visual. ✅
- Cores próprias. ✅
- Tipografia própria. ✅
- Aletas finas. ❌
- Microfone de espuma sem canopla. ❌
Nota 9,0 pontos. https://t.co/00J1pH8OaQ
Ao meu ver, foi bom que a Record retirou o “TV” de seu nome, era um apêndice desnecessário. Apesar de eu ficar decepcionado em não ver a volta das três cores consagrada em 1990 ficou nítido a necessidade de coerência entre a marca anterior da atual, além de reforçar as “cores oficiais” da empresa – em contraste com a indefinição visual adotada pela ‘tvglobo’ (em minúsculo, pois é assim que a emissora carioca se apresenta desde 2021).
LEIA TAMBÉM: As mudanças da marca da Record em 2016
Ter uma tipografia própria é muito positiva para uma empresa de comunicação que deseja ganhar espaço em outras plataformas, como é o caso do PlayPlus que é esquecida, exceto quando é exibido o programa A Fazenda.
Os pontos fracos são as aletas que circunda a esfera: ficaram mais finas e, vendo de longe parece sumir da tela, além da escolha de ter um microfone sem canopla (aquele “cubo” que tem em três ou quatro lados mostrando a marca da emissora): ao menor descuido, a tinta impressa na espuma pode se desprender, deixando uma impressão de descuido, o que é indesejável a qualquer canal.
Conclusões
Espera-se que a nova marca da Record não somente reflita, mas também se materialize as aspirações de se tornar uma televisão competitiva e atrativa. Nos tempos em que a televisão aberta se restringe a uma população mais velha e avessa às novas tecnologias e meios de se informar.
Por exemplo: muita gente sequer comentou com força – ao nível de um Big Brother Brasil ou da própria A Fazenda da Record – nas redes sociais o desempenho da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) de 2023.
O caso da Record é especial: não tem a forte concorrência do SBT, mas não dá mais sustos para a ‘tvglobo’. Uma vice-liderança que não é confortável e pouco atrai os telespectadores da nova geração. Enfim, que a Record viva por SETENTA ANOS VEZES SETE. Aliás, o número sete (7) é reinante na Record porque era o número favorito do fundador, Paulo Machado de Carvalho (a. k. a.: o marechal da vitória, por conta do incentivo dele aos esportes e ao primeiro título da Seleção Brasileira de Futebol em 1958, na Suécia). J-J
Por: Layon Yonaller, especialmente para o blog JOVEM JORNALISTA
A Record é uma empresa maravilhosa, gostei muito abraços.
ResponderExcluirUma emissora-fênix. De tanto incêndio que teve em sua história era para ter saído do ar faz um tempão. Mas ela está aí firme e forte. Obrigado por comentar e abraços mútuos. [L.Y.]
ExcluirExcelente análise emerson
ResponderExcluirQuem fez a análise foi eu. De qualquer forma agradeço pelo comentário. [L.Y.]
ExcluirOi JJ,
ResponderExcluirSem dúvida uma imagem mais moderna, espero que isso traga ideias para captar o público mais jovem! Boa semana😊😉
Eu não sei se a Record está trabalhando para mirar o público jovem. Aliás, é o objetivo das emissoras de TV aberta (free-to-air) brasileiras, pois as pesquisas mostram que o público da televisão é de pessoas mais velhas e com pouco ou nenhum poder aquisitivo. [L.Y.]
ExcluirEita que essa mudança da logo da emissora tem dado o que falar, hein? rsrs. A tua análise é coerente e elucidativa.
ResponderExcluirMuito obrigado. Muita gente interessada esperava mudanças na marca da emissora. [L.Y.]
ExcluirBuena semana 👍
ResponderExcluirObrigado por comentar. [L.Y.]
ExcluirOlá, Emerson e Layon
ResponderExcluirÓtima postagem, que a Record tenha sempre sucesso, um forte abraço.
Olá, Lucinalva! É necessário torcer, pois muitos chefes de família dependem disso. [L.Y.]
ExcluirO importante é a mudança . Alguns gostam e outros não.Mas temos que abrir para mudanças .O tempo dirá qual foi ou é a melhor
ResponderExcluirIsso é verdade. E foi bom que a mudança ocorreu num ano "redondo" da emissora. Tomara que mudem a marca em 2028 quando a Record fará 75 anos. [L.Y.]
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