Achados do museu arqueológico da abertura de 'Gênesis'

A abertura da novela Gênesis, grande sucesso atual da RecordTV, além de trazer momentos que foram destaques na produção, como a origem da vida, universo, dilúvio e Torre de Babel, ainda expõe achados do museu arqueológico, deixando o cartão de visitas mais crível. Fatos bíblicos ganham mais veracidade quando a ciência pode comprová-los e objetos arqueológicos podem ser confirmados.

São 10 os achados arqueológicos que surgem na abertura. Veja a lista, em ordem de aparição: 12 tribos de Israel; Busto de José do Egito; Manuscritos bíblicos de Gênesis; Estela de Ur Nammu; Joias da Mesopotâmia; Jogo real de Ur; Estandarte de Ur; Representação do Zigurate de Ur; Fundação de Ur; e Sarcófagos Egípcios. Assista a abertura e observe:

   

Irei comentar sobre cada um desses achados agora.

1 - 12 tribos de Israel

Uma das primeiras imagens da abertura é um círculo formado por pedras com desenhos e símbolos de cada tribo. As tribos e seus respectivos símbolos são os seguintes: Rúben (Sol e Água), Simeão (Fortaleza e torre), Judá (Leão), Zebulom (Navio), Issacar (Jumento), Dã (Balança), Gade (Tenda), Aser (Árvore frutífera), Naftali (Gazela), Benjamim (Lobo), Levi (Peitoral das vestes sacerdotais) e José (Trigo). Essas tribos representam os 12 filhos de Jacó (Israel).

Em Gênesis, capítulo 49 versículos 3 à 28 discorre-se sobre as tribos e fala-se dos símbolos e do que elas possuem de diferencial, como está representado na ilustração do site Mais fé.

O relato bíblico das 12 tribos de Israel é unanimidade para os judeus, contudo, arqueólogos, historiadores e estudiosos da Bíblia tem vários pontos de vista sobre a origem das tribos. Há teorias que indicam que apenas algumas das tribos saíram do Egito e se fixaram por anos no entorno de Canaã, onde teriam encontrado outras tribos de origem hebraica da região. Os arqueólogos, por sua vez, notaram que não há vestígios concretos da passagem de um povo, estimado em mais de 600.000 pessoas, por 40 anos entre o Egito e Israel. 

2 - Busto de José do Egito

Será que José realmente existiu? Em 2017, após anos de pesquisa, o cineasta Timothy Mahoney e outros pesquisadores encontraram uma estátua, um busto, que poderia ser de José. O busto encontrado é de um líder semita no Egito, um homem que só poderia ser o José da Bíblia. Essa estátua está no sítio arqueológico de Tell el-Daba e sua data é de aproximadamente 1770 a.C.

O estado em que o busto foi encontrado casa-se com vários relatos do primeiro livro da Bíblia. O fato da estátua estar junto a um túmulo em forma de pirâmide, algo que só era dado aos membros reais, coincide com a história mencionada no livro sarado. Esse tipo de prestígio somente José receberia. Além disso, quando os arqueólogos encontraram este túmulo do líder semita perceberam que não haviam ossos na tumba, fazendo um paralelo com a história bíblica que José disse que seus ossos deveriam ser tirados dali quando o povo saísse do Egito. A estátua, a tumba e as ruínas do castelo foram estudadas por especialistas, sendo que a revista Bible Archeology dedicou amplo espaço à este objeto arqueológico. 

3 - Manuscritos Bíblicos de Gênesis

O terceiro achado do museu arqueológico da abertura são os manuscritos bíblicos de Gênesis. Vários manuscritos e fragmentos de Gênesis foram encontrados e estão disponíveis em diversos museus do Brasil e do mundo. O Museu de Israel, por exemplo, possui um manuscrito que data mais de 2000 anos achado nas cavernas de Qumran e narra os fatos após a saída de Noé depois do dilúvio. 

4 - Estela de Ur Nammu

Esse achado arqueológico sugere a construção de uma torre templo (zigurate). Vemos o rei carregando um cesto, ajudando o povo também no topo adorando o deus Lua. O professor Andrew George, da Universidade de Londres, decifrou uma tabuleta cuneiforme encontrada há mais de 100 anos atrás. 

A imagem mostra a figura de um zigurate, ou seja uma torre babilônica, com sete degraus e 91 metros de altura. Ao lado, vemos um rei cum chapéu em formato de cone. 

A Estela de Ur Nammu mostra que a narrativa da construção da torre de Babel não é invenção, mas tem fortes indícios históricos correspondentes com as evidências já conhecidas. 

5 - Joias da Mesopotâmia

Elas foram encontradas intactas em um cemitério de Ur. Dizem que elas pertenciam a Rainha Puabi. Foram encontradas adornos de cabeças ornamentados, pares de brincos, gargantilhas, colares e anéis. 

Puabi viveu em Ur, durante a 1ª Dinastia, entre 2600 e 2340 a.C. Ela foi enterrada com três selos cilíndricos presos à sua túnica, com seu nome e título - caso incomum, apenas um seria suficiente. Talvez a rainha quisesse ter a segurança de não tornar-se anônima na eternidade. 

6 - Jogo real de Ur

Também conhecido como o Jogo dos 20 Quadrados, esse jogo era muito comum na antiguidade. Em sua expedição, Woolley localizou dois tabuleiros de jogo no Cemitério Real de Ur na Suméria que aparentam ser do século XXVI a.C. Esse jogo está exposto no Museu Britânico, em Londres. 

O jogo é considerado um dos mais antigos e importantes da história. Constitui-se de um jogo de corrida e estratégia parecido com o Senet ou ao Ludo, em que se jogava com dados no formato de pirâmides para mover um peão pelo tabuleiro. 

7 - Estandarte de Ur

Este achado está atualmente disponível no Museu Britânico. Ele possui apenas 21,7 cm de altura, por 50,4 cm de comprimento. O Estandarte de Ur foi encontrado em um dos maiores túmulos do Cemitério de Ur. Com sua função original ainda desconhecida, o arqueólogo Leonardo Woolley imaginou que era carregado em uma estaca como um estandarte, daí seu nome. Outra teoria é que o estandarte seria uma caixa de som para ressonância de um instrumento de corda.

Acredita-se que ele foi encontrado entre 2600 - 2400 a.C. O estandarte tem quatro faces recobertas com pequenas peças de conchas e pedras semipreciosas coladas com betume. As figuras dispostas nas faces contam uma história que foi tradicionalmente interpretada como a guerra, de um lado, e a vitória ou paz, do outro. 

8 - Representação do Zigurate de Ur

O arqueólogo britânico Sir Leonard Woolley escavou as ruínas do Zigurate de Ur nas décadas de 1920 e 1930. O Zigurate de Ur existe até hoje. É um local onde, certamente, Terá e sua família circulava e frequentava. 

9 - Fundação de Ur

A cidade de Ur existiu realmente e estava localizada no atual Iraque, ao sul de Bagdá. A Fundação de Ur, que está no museu britânico em Londres, é uma tábua de pedra, inscrita com um texto cuneiforme. Essa peça foi dedicada ao Templo de Nin-Sun na antiga cidade de Ur, por Ur-Nammu, rei da dinastia Ur III. 

10 - Sarcófagos Egípcios

Há sarcófagos em vários museus do mundo, de milhares e milhares de anos atrás. Esses achados reforçam a existência de povos antiquíssimos, como os mencionados em Gênesis. 

O perfil da novela Gênesis no Insta fez um post com todas essas evidências. Acompanhe:

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BÔNUS - Outros objetos 

 

Centenas de outros objetos menores e menos conhecidos foram encontrados no cemitério real de Ur, como a lira com cabeça de touro, a adaga de ouro e o Elmo de Meskalamdug, mostrando que a Bíblia não é história da carochinha. 

Sobre a abertura

A abertura da novela tem certa beleza artística, prezando não apenas pela arte e pelo show visual, mas também por trazer certa veracidade, com imagens de achados arqueológicos existentes, que apesar de serem trabalhados para ficarem mais belos na telinha, realmente são verdadeiros. Ponto para a RecordTV. J-J

Por: Emerson Garcia