Recentemente li o livro Sou nós: A imagem de Deus em nós do Douglas Gonçalves (do movimento Jesuscopy). Esse livro simplesmente explodiu minha mente com seus ensinamentos tão reflexivos e profundos. Lançado em 2019 pela Editora Thomas Nelson Brasil, o livro tem uma excelente avaliação pelos leitores de cerca de 4,5 estrelas.
O livro possui 224 páginas, mas o li rapidamente, em cerca de dois dias. A diagramação facilita a leitura ágil, além disso é uma obra de linguagem fácil e gostosa de ler. Douglas nos envolve com sua forma de escrita, parecendo que ele conversa com o leitor de maneira informal e incisiva.
O tema do livro, por sua vez, é muito forte! O conteúdo é lindo, profundo, faz refletir, emociona, abre sorrisos espontâneos e faz transbordar a alegria. No livro conhecemos a essência do Pai, Filho e Espírito Santo, que apesar de terem essências individuais, funcionam de forma perfeita juntos. Esse sentimento de coletividade também deve estar presente em nós, na sociedade e até mesmo na organização conhecida como Igreja.
Se o próprio conceito de coletividade esteve presente na origem do mundo, quando Deus disse "Façamos o homem à nossa imagem", demonstrando que Ele não estava só e caminha em consonância com o restante da trindade - Jesus Cristo e Espírito Santo - porque agimos com individualidade, egoísmo e egocentrismo? Espalhar a mensagem da coletividade, que SOMOS um em Cristo e que a Igreja do Senhor se torna mais forte quando há a união de irmãos para um mesmo propósito, é primordial para criar uma sociedade sólida e com inúmeros benefícios.
Entender sobre o que vem a ser o homem coletivo é transformador e faz a diferença na vida dos leitores e em suas respectivas igrejas. Ou seja, a mensagem impacta você individualmente, a comunidade e a igreja a qual você faz parte.
Em Sou nós você conhecerá de pertinho o EU SOU, como Ele pensa, o que Ele sente, como e porque Ele age. Você é impactado com o Deus Pai, que figura o amante; o Deus filho, o amado; e Deus Espírito Santo, quem circula entre eles. Deus abriga em si três pessoas, distintas e iguais em essência. Assim, Deus é como um "dançarino de forró", que nos convida para sua dança eterna. Contudo, só dançaremos agarradinhos se aceitarmos Jesus Cristo como Senhor e Salvador. E como conseguimos entrar nessa dança? Por meio da salvação, mas claro, existem regras a serem seguidas para isso. É o que Douglas Gonçalves fala em certo momento no livro. Ele diz o seguinte:
“Salvação significa sair da individualidade de Adão e entrar na coletividade de Cristo. O Espírito Santo quer tirar o “eu” e colocar o “nós”; quer tirar o “meu” e colocar o “nosso”. A única maneira de “sermos nós” é abrindo mão dos interesses individuais e trabalhando pelos interesses de Cristo.”
Aceitar a salvação é crer que ela não é somente para você, mas para seus familiares, amigos e todo o mundo. Ao ser salvo, você não pensa somente de forma individual, mas em grupo.
Sou nós nos ensina que tudo é nosso, que nada é somente meu. O pecado é de todos, a tentação também, e o Pai celestial é de todos. Deus nos criou para sermos nós, para nos envolvermos plenamente uns com os outros, aniquilando toda solidão e individualismo. Assim, o livro relaciona a diversidade das pessoas, com a da trindade, mostrando que ambas devem ter a unidade perfeita e plena como característica. Douglas reforça essa ideia:
“Há diversidade na trindade (Deus pai, Deus filho e Deus Espírito) e, ainda assim, as três pessoas formam uma unidade perfeita e plena.”
E o que Deus requer de nós?! Que nossa unidade como membros da família de Cristo seja alinhada à vontade Dele, mesmo que não sejamos completamente iguais, pois há várias etnias, culturas, personalidades. O que Deus requer mesmo, e o livro te ensinará isso muito bem, é que caminhemos na mesma direção e com o mesmo objetivo, mesmo com etnias, culturas, persolidades distintas. É exatamente essa diversidade que está estampada na capa do livro: há recortes de pessoas de diferentes etnias, que formam um rosto híbrido. E não seria essa a essência da igreja?! A reunião de pessoas diferentes em um mesmo propósito? Douglas também fala sobre isso:
“Igreja não é sobre sermos todos iguais. Ela não existe para matar a subjetividade. Ao contrário, na Igreja, somos chamados a nos completar mutuamente, num encaixe sucessivo de várias subjetividades, a fim de fazermos o que Deus quer de nós.”
Ser Igreja e ser corpo de Cristo é exatamente isso que Douglas descreveu! E o autor deixa claro que a igreja não é um prédio ou um galpão, mas - por ser feita de pessoas falhas, mas unidas - a Igreja (Com "I" maiúsculo" mesmo!) somos nós! E é mais que necessário que andemos em comunhão uns com os outros e com Cristo, obedecendo Sua boa, perfeita e agradável vontade, como está registrado em Romanos 12:2, se quisermos que ela avance e que chegamos até a eternidade! Assim, fomos feitos para vivermos em comunidade e refletir a essência do nosso Criador!
Contudo, o que temos visto na atualidade? O crescimento da individualidade, do egocentrismo, do umbiguismo, da preocupação apenas com suas demandas individuais do que com as demandas do outro. A Igreja, de forma geral, perdeu a sua essência: ao invés ajudarmos uns aos outros em amor (E eu me incluo nessa conta!), queremos somente nosso próprio bem estar, que as bençãos somente nos alcancem, que o amor de Deus transborde somente em nossas vidas e que se dane a dor e o sofrimento do outro. A Igreja atual tem louvores bonitos, uma pregação top, mas falta o principal: o amor pelo próximo! Hoje em dia, as pessoas não querem nem orar uns pelos outros... Igrejas muito bonitas, com os melhores instrumentos, tudo de excelente qualidade, mas arrisco dizer que o Deus Trino não está nesses templos suntuosos, muito menos Seu amor!
O livro discute com muita transparência que a tecnologia trouxe enormes benefícios entre as pessoas como a conexão e interação entre elas, contudo o ser humano está cada vez mais isolado, solitário e desunido com o próximo. Por isso que digo que a minha mente explodiu ao ler essa obra! É uma realidade que a gente sabe que existe, mas insiste em teimar que não! Que entendamos, de uma vez por todas, que só chegaremos em algum lugar com a ajuda do outro. Está preparado para ser transformado e gritar sempre bem alto, para quem quiser ouvir: "Sou nós?!" Ou ainda: "É nós?!" Fácil não é, mas traz inúmeros benefícios para você como ser humano, ser social e ser igreja!
Por: Emerson Garcia
Vou conferir.
ResponderExcluirNão conhecia esse livro.
ResponderExcluirBeijos/Kisses.
Anete Oliveira
Blog Coisitas e Coisinhas
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Parece ótimo. Fiauei curioso. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Para quem gostar do tema, parece-me uma optima leitura.
ResponderExcluirAbraço
Coisas de Feltro
Não conhecia o livro, gostei de conhecer mas, não é o tipo de leitura que me atrai.
ResponderExcluirAbraços.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Imagino ser um livro com uma narrativa muito interessante de ler.
ResponderExcluir.
Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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