Patrícia Thomaz, no decorrer de seu artigo A linguagem experimental da videorreportagem 1 utiliza o conceito de videorrepórter ou videojornalista, mas segundo ela, esses conceitos devem ser tratados em caráter experimental, já que legalmente não existem.
O videorrepórter pode se consagrar, já que seu trabalho, como a autora coloca, é multifuncional, ou seja, ele quem produz a pauta, vai a rua apurar, edita o texto e a imagem. Para isso, é preciso um aparato técnico para conhecer todos os elementos televisivos. Toda essa questão, gera discussões para descobrir qual a finalidade da videorreportagem.
O objeto de estudo do artigo de Patrícia é tentar desvendar, afinal, qual é a linguagem da videorreportagem, uma vez que os videojornalistas são sobrecarregados de funções. Para tecer esse objetivo, a autora busca a Semiótica para entender a linguagem televisiva.
De acordo com ela, a videorreportagem possibilitou a entrada de novos conceitos técnicos, ligados a televisão, além da inovação. Ela cita investimentos, como ilhas de edição não-lineares, modernos computadores, câmeras de fácil operação, para exemplificar como esses recursos facilitam e agilizam uma melhor qualidade técnica ao processo de produção.
Na segunda parte do seu artigo, Patrícia explora a Semiótica em congruência a linguagem da videorreportagem. Ela afirma que a TV trabalha em três tipos de códigos: verbal, imagético e sonoro. Sublinha que os videojornalistas devem entender esse processo, de acordo com o pensamento de Santaella, ou seja, interligando linguagens de modo que a mensagem produza um efeito completo ao receptor, de modo que ele a compreenda melhor. Por isso, a necessidade de preparar profissionais para novas habilidades produtivas.
A interatividade do videojornalista é extremamente importante, ao ver de Patrícia, já que ele usará de sua subjetividade perante aos fatos, escolhendo e selecionando focos de sua matéria, assim como as escolhas técnicas.
Elementos da linguagem não-verbal de uma reportagem:
Recursos da câmera: Se atentar para os movimentos de câmera ou enquadramento, pois eles possuem funções narrativas visuais. A utilização do plano-sequência permite que o repórter mostre os fatos de forma ininterrupta, o que facilita a edição. O repórter ainda pode ter a opção de usar o close ou o meio primeiro plano, como enquadramentos. A utilização do close só é permitida quando for para gerar sentimentos do entrevistado.
Iluminação: O repórter precisa atentar para a iluminação do meio ambiente, tendo a capacidade de utilizar a luz correta para cada ocasião.
Cenários: Utilizar os cenários de maneira sensata, já que eles são os locais onde a matéria é gerada. O repórter pode utilizar recursos inusitados, explorando o cenário, tanto de rua, como interno, através da câmera.
Som ambiente, fundo musical e efeitos sonoros: A utilização desses recursos permite que seja possível dar um ritmo diferenciado a matéria, de modo que o som ambiente complemente informações visuais, sendo configuradas como elementos reais.
Elementos da linguagem verbal de uma reportagem
Inovação: Assim como qualquer material jornalístico, a reportagem precisa ser um produtor inovador que compreenda algumas características como a clareza, concisão e objetividade.
Utilização da primeira pessoa: Na videorreportagem é importante que o texto seja em 1ª pessoa, já que traz as impressões pessoais do videojornalista já que ele trabalha sozinho.
Edição: O videorrepórter deverá combinar, logicamente, elementos não-verbais e verbais de modo que as mensagens se complementem, sem que falte nenhuma informação.
A autora conclui dizendo que não existe um formato pré-determinado de videorreportagem, e sim experimentações de linguagens verbais e não-verbais, que diferencia as formas de videorreportagens de vários canais televisivos. A proposta de formatos inovadores amplia conceitos éticos e estéticos, uma vez que forma e conteúdo influenciam na informação.
O texto apesar de trazer uma polêmica interessante diante do repórter multimídia, traz conceitos bastante trabalhados. Além disso, a autora diz, durante o artigo, que existem diferenças entre reportagem tradicional de TV e videorreportagem, mas não sabe pontuar essas diferenças de modo compreensivo. J-J
Por: Emerson Garcia para a disciplina Telejornalismo da UCB
Mais um interessante texto que gostei de ler
ResponderExcluir.
Saudações poéticas e amigas.
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Poema: “ Amor e Saudade “
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Boas informações, aprendemos sempre mais um pouco.
ResponderExcluirAbraço
Texto apropriado. Especialmente nesses tempos em que o vídeo é muito usado e as novas linguagens também!
ResponderExcluirBeijão
Amei saber um pouco sobre como a repórter se expressa e concordo que a linguagem não verbal mostra muito.
ResponderExcluirBeijos.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/