sexta-feira, 30 de junho de 2023

Série de pregações do 'No pride' gera polêmicas


Durante o mês de junho a Lagoinha Orlando Church (IBL) realizou uma série de pregações e cultos especiais chamada No Pride, algo como "Orgulho, não" ou "Não orgulho". A ideia foi a de fazer um mês temático, direcionado para evangélicos (crentes) e pessoas que acreditam na Bíblia Sagrada. A série temática não foi direcionada para a comunidade LGBTQIAPN+, por mais que os comentários tenham sido sobre ela

Durante as pregações, a Bíblia Sagrada foi utilizada para a exposição de princípios cristãos, bíblicos e divinos. Os pregadores propuseram aos cristãos meditarem sobre várias passagens bíblicas sobre a cultura LGBTQIAPN+, que influencia a vida das pessoas crentes em Jesus.






A programação ocorreu durante todos os domingos dos meses de junho. 6 pregações temáticas foram feitas e exibidas no canal oficial da igreja no Youtube. Entre elas, estão: Trocando verdades por mentiras: os perigos da rejeição de DeusDiga não. No pride contou com artes que remetiam à comunidade LGBTQIAPN+, como degradês em arco-íris, globos tridimensionais nas cores das bandeiras das minorias. O palco das pregações foi todo ilustrado com essas logos nos telões, que constratavam com o ambiente preto e escuro. 








A série de pregações ocorreu em território americano, em Orlando (EUA), onde a liberdade de expressão é bem maior que no Brasil. Os pregadores de lá possuem total de liberdade de emitirem suas opiniões, sem sofrerem consequências. A liberdade de expressão não é a mesma em todos os países e no mundo. Se eles quiseram falar desse assunto e escolheram o mês de junho, ninguém tem a capacidade de julgá-los por isso. "Ah, mas eles aproveitaram o mês do Orgulho LGBTQIAPN+ para terem audiência e engajamento" e "Com tantos assuntos a serem abordados pela igreja, a bandeira LGBTQIAPN+ virou pauta?" são argumentos que não cabem aqui. Os pastores tiveram liberdade de falarem aquilo que eles acreditam, e ponto final! 

A crença na fé e princípios são coisas que ninguém pode retirar de você. Para os evangélicos, a Bíblia ainda é o firme fundamento para seguir e Jesus e ser salvo. Eles acreditam nisso, assim como é admissível que cada um acredite no que se identifica, no que quer acreditar, no que quer se apegar. Na primeira pregação deixou-se claro: "Se você não crer na Bíblia, essa palavra não é pra você!" e "estava se falando para crente"

Hoje em dia, é admirável quem expõe sua opinião, assume suas identidades e não tem vergonha de dizer o que se pensa e de ser quem se é. Levantar bandeiras e gritar para os quatro ventos que não concorda "com isso ou aquilo" ainda pode ser visto com maus olhos por muitos. Não é atacar, mas expor sua opinião e muitos tem medo de fazer isso. Preferem ficar calados, se abster, de ser "politicamente correto". Assim como a comunidade LGBTQIAPN+ tem o direito de expor seus ideais e de desfilar durante a Parada, outros também tem o direito de expor suas opiniões, mesmo que sejam contrárias às suas. Respeito se aplica para todos e a liberdade de expressão e opinião também. 







Assisti a primeira pregação da série e, em nenhum momento, o que foi falado configurou em homofobia, em minha opinião. A mensagem é recheada de empatia, amor e respeito. O ódio, ao qual o pregador se refere, é o que a Bíblia também condena: ódio pelo pecado, não pelo pecador. O pregador não diz que vai espancar e maltratar as pessoas LGBTQIAPN+, pelo contrário. Veja um trecho: 

"O cristão ama, abraça, cuida até o último fôlego de vida, mas não vamos aceitar vida de pecado. Temos que amar, temos que ter empatia, mas não significa que porque a pessoa é adúltera eu vou adulterar com ela. Eu preciso odiar o pecado, a impureza sexual. Eu preciso ter ódio, ódio daquilo que Deus não criou de forma natural, eu preciso ter nojo , eu preciso romper na minha vida, não deixar que isso entre na minha casa, na mente dos meus filhos, das minhas crianças, do meu casamento. Eu não posso tratar com naturalidade aquilo que Deus repugna."


Ele ressalta que a empatia tem que ter limites. E ele decide e opta por não ter essa prática de vida. Afinal, não é obrigado a seguir o estilo de vida de ninguém. Opta para que essa prática não faça parte de sua família, de seu casamento e de sua vida. Foi uma decisão dele, ninguém o obrigou a isso. Não se deve colocar "goela à baixo" ideais, ideologias e modos de vida. Cada um faz o que bem entende. 

Com a No pride os pastores falaram e apontaram o modo de vida bíblico, o caminho da santidade, levantaram a bandeira que é Jesus. Pregações feitas por cristãos que acreditam na Bíblia, direcionadas para crentes que seguem princípios divinos e bíblicos. Não foi indireta para pessoas LGBTQIAPN+, nem nada disso. 






O que pude ver com a série é que não foi pregado contra a diversidade em nenhum momento. O que pregou-se foi sobre princípios bíblicos, com mensagens direcionadas não para o público LGBTQIAPN+, mas para o público cristão. 

As pregações demonstram que a igreja é um lugar para quem gostaria viver princípios bíblicos. Mas isso não quer dizer que pessoas LGBTQIAPN+ devem ser rejeitadas e odiadas por isso. Deus ama todas as pessoas, independente de quem elas sejam. J-J





Por: Emerson Garcia

8 comentários :

  1. Boa tarde de terça-feira. Obrigado pela visita e comentário. Parabéns pelo seu excelente trabalho e matéria, meu querido amigo Emerson.

    Luiz Gomes.
    viagenspelobrasilerio.blogspot.com

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  2. Não sabia dessa série de pregações. Só ouvi as pessoas reclamando do André Valadão no twitter por ele ter sido preconceituoso com a comunidade LGBTQIaPN+. Infelizmente perdi um amigo por homofobia e o que mais acontece é a falta de respeito.
    big beijos
    www.luluonthesky.com

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  3. Oi JJ
    Tudo bem com você???
    O segredo é todo o mundo se respeitar, mas infelizmente estes tempos do politicamente correcto faz com que muitas pessoas tenham medo de falar suas opiniões! Liberdade para todos!!
    xoxo

    marisasclosetblog.com

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  4. "liberdade de expressão sem consequência" pra mim soa como homofobia descarada e acobertada. As pessoas decepcionam cada vez mais com atitudes parecidas.
    Nem sabia disso e é bem triste. Obrigada por compartilhar

    Abraço

    Imersão Literária

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  5. Exato, respeito é tudo e isso inclue aceitar as pessoas como elas são, não como a gente gostaria que fossem. Concordo parcialmente com seu texto. E parabéns pelo aniversário! Felicidades, um abraço!😘

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  6. Bela publicação que muito me agradou ler. Haja liberdade de expressão.
    .
    Saudações cordiais e poéticas
    .
    Pensamentos e devaneios poéticos
    .

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  7. Em todas as opiniões existe sempre a divergência de pensamento.
    *
    Quarta feira com Saúde, Paz, e Amor.
    */*
    Ilusões e Poesia
    */*

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