terça-feira, 31 de janeiro de 2023

5Q: O Jeremías

Pode conter spoilers!

 

Moral

Suas singularidades te levam à viagens de autodescobrimentos e despertam curiosidades e interesses de pessoas boas e ruins. Ser diferente e gênio tem tanto seus benefícios como malefícios.

Cena boa

Uma das últimas cenas, quando Jeremías dá uma lição de vida em todos os presentes em um auditório. 

Cena ruim

Em alguns momentos, o filme parece perder força, ficando estagnado. São cenas que poderiam ter sido mais exploradas. 

Perfil

Jeremías é uma criança de 8 anos muito inteligente, que descobre ser superdotado e um gênio com um Q.I. acima da normalidade. Ele, então, entra numa viagem de autodescobrimento e faz de tudo para ter a seguinte pergunta respondida: "O que eu vou ser quando crescer?".  O garoto é rejeitado na família e na escola, por conta da ignorância e desconhecimento, mas até seu pai tentar lucrar com sua genialidade. É quando um psicólogo oportunista entra em contato com o garoto e um mundo novo de experiências se abre, mas Jeremías se mantém longe de sua família. Agora, terá que decidir viver nesse mundo solitário ou retornar para sua casa.  



Opinião

Apesar de ser considerado um filme de comédia, está longe disso. Ele trata de assuntos muito difíceis e densos, sendo triste por vários momentos. O longa retrata o peso que é ser uma pessoa superdotada e gênio; critica o ensino tradicional, que destrói a genialidade individual em prol do ideal coletivo; discute temas como homesholling, ou autodidatismo, o despreparo do ambiente familiar e escolar de entender e lidar com as particularidades da criança, a inabilidade emocional em lidar com decisões da vida; além de expor o sofrimento emocional e ideação suicida. Então, não! Não é um filme alegre, descontraído, muito menos infantil! A lição que o filme nos deixa é que o importante é não deixar de fazer perguntas, como já diria Albert Einstein. O longa consegue prender a atenção do início ao fim, mas com algumas falhas. J-J    




Por: Emerson Garcia

domingo, 29 de janeiro de 2023

Idosos na faixa dos 60 anos têm saúdes física e psicológica reabilitadas em Clínica-Escola de Águas Claras

Mais do que tratar a ruptura de um osso, dificuldade de locomoção ou membros atrofiados, os indivíduos são tratados em suas almas, no íntimo de seus seres



Eles superaram dores físicas e psicológicas com a ajuda da Clínica-Escola de Fisioterapia da Unieuro de Águas Claras (DF)

Os senhores Osmarino Borges (77), Divino dos Santos (74), Ceiça Garcia (60) e Adma Lucinda (58) tem tido suas qualidades de vidas aumentadas por participarem de um programa de fisioterapia para a terceira idade, da Clínica-Escola de Fisioterapia da Unieuro na cidade de Águas Claras, no Distrito Federal. Cada um deles passou por um trauma físico, que colocou suas saúdes na berlinda. Encontraram na Clínica-Escola a possibilidade de reabilitação não só de aspectos fisioterapêuticos, bem como psicológicos e emocionais.

Um problema lombar e desgaste de algumas vértebras da coluna, fez com que Osmarino Borges, militar EB Reformado, procurasse ajuda fisioterapêutica. Já o aposentado Divino dos Santos encontrou na Clínica-Escola a possibilidade de melhorar a sua coluna e também a capacidade de locomoção, devido às constantes quedas. A fratura do fêmur e rompimento de todos os tendões do joelho direito, por conta de uma queda acidental, fez com que Ceiça Garcia tivesse sua mobilidade posta à prova, achando no serviço da Unieuro a melhora. Por fim, Adma Lucinda, funcionária pública aposentada, foi diagnosticada com capsulite no ombro direito e reumatismo no joelho esquerdo logo após adquirir COVID-19 durante a pandemia, tendo que recorrer aos serviços fisioterapêuticos da Clínica-Escola.


Superação

Seu Osmarino achou que caminharia pelo resto da vida com a ajuda de uma bengala. 


Os pacientes têm experimentado situações surpreendentes. Eles evoluíram exponencialmente, superaram dores e traumas físicos, além de ter seus humores e autoestimas melhorados. Adma não conseguia movimentar um dos braços de forma alguma e vivia mancando. Ao chegar na clínica, achava que tinha apenas problemas físicos, mas descobriu debilidades psicológicas também. “Descobri lá que tenho um problema de memória muito sério. A equipe de profissionais começou a trabalhá-lo e eu melhorei muito. Hoje tenho o movimento do braço perfeito, os joelhos não doem como doíam e eu ando com uma facilidade maior”, conta entusiasmada.

Seu Divino tem melhorado a situação de sua coluna e andado bem melhor. Mas não só isso, tem melhorado seu humor, e autoestima, sendo uma pessoa mais alegre e de bem com a vida. É o mesmo caso de dona Ceiça: “Tenho percebido melhoras. Cheguei lá com uma depressão muito forte e fui melhorando em vários aspectos da minha vida”, explica.

A evolução foi sentida rapidamente pelo senhor Osmarino. As dores em seus membros diminuíram e ele quase não utilizava mais nenhum medicamento. Ele sentiu muito quando os serviços da clínica foram suspensos durante a pandemia. A situação piorou e ele teve que usar bengala por quase 1 ano. “Quando usava a bengala, tinha muita insegurança ao caminhar.

Algumas vezes, precisei me apoiar em paredes e em algumas coisas porque me desequilibrava por causa da dor aguda e a bengala me ajudou bastante. Quando retornei para a fisioterapia, cerca de 5 meses após o início da pandemia, abandonei o objeto e, hoje, ando perfeitamente, sem auxílio algum. O progresso do retorno foi fantástico”, ressalta.

Esses pacientes tiveram problemas físicos seríssimos e, antes do tratamento, estavam com suas esperanças apagadas e sem perspectiva de melhora. “Nunca imaginei que, num período tão curto, eu pudesse me reabilitar. Imaginava que teria que me apoiar numa bengala pelo resto dos meus dias. Graças a Deus, com o atendimento na clínica, com a orientação dos alunos e aplicação das técnicas necessárias para a reabilitação eu consegui me reabilitar e hoje consigo caminhar naturalmente. Faço as minhas caminhadas no parque regularmente”, comemora o senhor Osmarino.


Atendimento humano

Meyúry Lisboa leva sempre um sorriso para atender seus pacientes. 


A Clínica-Escola de Fisioterapia na área de geriatria liderada por Meyúry Lisboa (formada em gerontologia e geriatria) atende a idosos a partir dos 60 anos - ou que estejam entrando nessa faixa etária – com alguma dificuldade locomotora ou que passaram por algum tipo de acidente físico. O intuito é o de trabalhar não só aspectos físicos, mas psicológicos, como a comunicação e relação interpessoal. Os pacientes são tratados de forma igualitária, humana e repleta de alteridade. Mais do que tratar a ruptura de um osso, dificuldade de locomoção ou membros atrofiados, os indivíduos são tratados em suas almas, no íntimo de seus seres. “Eles gostam de vir para cá, pois são bem tratados, se sentem bem e melhoram física e psicologicamente”, ressalta Meyúry.

Os pacientes são atendidos de forma individualizada pelos estagiários de fisioterapia. Os alunos - que estão à dois semestres da formatura - devem conhecer o tipo de trauma e dificuldades dos pacientes, para aplicar as técnicas corretas. “Você aprende muito com o carinho, dedicação de cada aluno que vem com muita garra, vontade de aprender e de te ajudar. Cada aluno me ensina como faço cada trabalho para ativar minha memória e exercícios físicos em casa para melhorar o meu ombro, joelho e coluna”, ressalta a paciente Adma. Já Osmarino destaca o diferencial da Clínica-Escola: “Fiz fisioterapia em clínica particular e a diferença é visível. Na Unieuro o atendimento é individualizado. Numa clínica particular, um fisioterapeuta atende cinco a seis pacientes e, na escola, não. É um fisioterapeuta para cada paciente. E isso ajuda, e muito, a reabilitação de cada um dos pacientes”.

São visíveis os benefícios que um atendimento como esse produz na vida do paciente. Afinal, ser bem tratado é o primeiro item na recuperação e cura de debilidades e doenças. E os estagiários e a fisioterapeuta responsável pelo setor são receptivos, humanos e amigos. “Eles são muito carinhosos e nos atendem muito bem. Estão ali por amor. A gente se sente muito bem entre eles”, elogia Ceiça. Adma ressalta a preocupação que os atendentes possuem com os pacientes: “Em momento nenhum fui destratada. A Meyúry é maravilhosa, carinhosa, preocupada conosco e com os alunos que passam por lá e com o trabalho que está sendo desenvolvido”.

A Clínica-Escola proporciona o relacionamento com os estagiários e fisioterapeutas e isso, de certa forma, eleva a confiança, disposição e incentiva os pacientes para a reabilitação. “Quando você se sente impossibilitado de fazer algo simples, como caminhar sem dor e dificuldade, a sua autoestima vai para baixo e eles trabalham isso diariamente com os pacientes”, reitera Osmarino.


Ambiente da Clínica-Escola

Equipamentos novos e em perfeito estado compõem a sala onde ocorrem as sessões de fisioterapia da Clínica-Escola. 


O ambiente, em si, contribui e muito para a recuperação dos pacientes. A Clínica-Escola é arejada, com equipamentos de qualidade e itens que auxiliam na recuperação dos indivíduos. Há macas, bicicletas, caneleiras, alteres, elásticos, circuitos, bolas, esteiras e bambolês que ajudam nesse sentido. Esses circuitos e aparelhos estimulam os membros do organismo, os reabilitando para um bom funcionamento. Há uma espécie de estrada no chão onde o paciente deve caminhar por objetos com texturas e superfícies distintas.


Ambiente criado e adaptado para os atendimentos. 


Há também mãos de tinta guache ou de EVA nas paredes para estimular os movimentos das mãos. O intuito é provocar a mobilidade do paciente, pois ele deve colocar suas mãos embaixo e no alto também. “A salinha é linda. É um ambiente que quando você entra, o colorido... Os desenhos das paredes não são somente desenhos, você faz o exercício ali naquele próprio desenho. Ele foi feito especificamente para a gente. Além de ser uma pintura na parede, é um exercício que você vai fazer”, explica Adma.

Na Clínica-Escola a técnica de reabilitação pessoal é utilizada, em um aspecto global que envolve equilíbrio, força, coordenação motora e atividades lúdicas – bingo, forca, artesanato, DIY de jogos (“Faça você mesmo”, em português) e dança. Sempre num dia da semana, ou a cada 15 dias, tem uma atividade de jogos, brincadeiras e/ou memorização. “A gente se exercita, brinca, conversa e trabalha. A cada dia que vou lá, vou com uma expectativa melhor, vou sorrindo e feliz, porque eu sei que vou receber um carinho muito grande”, ressalta Adma.

Os pacientes também são estimulados à criatividade e produzem jogos de raciocínio lógico e entretenimento. Eles confeccionam esses brinquedos e depois jogam com o objetivo de trabalhar a coordenação motora, socialização e bem estar físico e mental. “A gente se sente em casa. Até se esquece um pouco das dores”, diz Ceiça.

O ambiente é leve, alegre e descontraído. Então, como não obter melhoras efetivas? “As meninas e os rapazes estão sempre sorrindo. Nos recebem com muito carinho, dedicação, seriedade e profissionalismo. Se não sabem da nossa dificuldade, pesquisam e na sessão seguinte nos ajudam mais ainda”, observa Adma.

Outro ponto positivo é que os pacientes se sentem amparados no ambiente e interagem com outras pessoas, criam amizades e tornam-se uma verdadeira família. “Eu digo que essa escola de fisioterapia é fantástica. Não conheço outras, mas se houver alguma escola de fisioterapia de alto nível no DF podemos classificar que a da Unieuro está entre as melhores”, opina Osmarino.

“Nível da dor”, disposto em uma das paredes do ambiente. 


A Clínica-Escola da Unieuro é uma excelente clínica para pessoas acima de 60 anos que necessitam de reabilitação física e motora e recuperação fisioterapêutica. A contemplação para participar leva em conta a gravidade do caso e avaliação. Essa é uma clínica fisioterapêutica que não trabalha apenas os aspectos físicos do paciente, mas todos os demais. A Unieuro deve persistir nesse projeto para as pessoas carentes, que precisam. J-J


Por: Emerson Garcia

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

A comunicação social em 'Mar do sertão'


A atual novela das 6 da Rede Globo tem feito enorme sucesso de audiência, aliás é a melhor produção da emissora do momento, apesar de alguns problemas de roteiro e enredo. Acompanho Mar do sertão e um dos aspectos que chama a minha atenção é a utilização da comunicação social na trama, assim como do próprio jornalismo e a publicidade e propaganda.

A cidade fictícia de Canta Pedra, em que a estória se passa, é caraterizada por ser pequena e civilizada, aonde todos os moradores se conhecem. Embora seja localizada no sertão nordestino, conta com ferramentas como de uma cidade grande. Tem consultório dentário, açougue, feira, casa lotérica, loja de eletrodomésticos e também um jornal e editora responsável por veicular informações locais, a Gazeta de Canta Pedra, liderada pelo jornalista Eudoro Cidão.

Cidão foi a maior parte da trama um jornalista de caráter duvidoso, que alugava espaços no jornal para falar bem e até promover fake news a quem pagasse mais. Era o típico jornalista comprado, sem escrúpulos e ética. Criador e editor-chefe do jornal local, a Gazeta de Canta Pedra, escrevia notícias e reportagens para quem "molhasse" mais sua mão. Era capaz de mentir, manipular informações e enaltecer coronéis e prefeitos corruptos da cidade. Acredito que Cidão era o retrato de muitos jornalistas atualmente que vendem sua reputação para propagar mentiras. 

Em outro ângulo, temos a personagem Cira, a fofoqueira-mor da cidade, uma verdadeira fonte de informações da vida de todos os moradores de Canta Pedra, que mantém um vlog onde mantém os seus seguidores bem informados sobre tudo que acontece na cidade. Cira também é capaz de criar fake news para atrair o público, inventando notícias e destruindo reputações e é fissurada para aumentar seus seguidores, os Ciralovers



Cira e Cidão são os representantes da comunicação social na trama. Eles que fazem a informação, verdadeira ou não, reverberar pela cidade. Interessante que eles trabalham em plataformas distintas, representando um pouco do jornalismo. Enquanto Cidão é do jornalismo impresso, Cira do eletrônico, virtual. E é legal que o autor da trama, Mário Teixeira, tencionou essas diferenças em cenas criativas e divertidas entre Cidão e Cira. Enquanto Cira entende de tecnologias e tendências atuais, Cidão preferia se manter no jornalismo tradicional, com seu bloco de anotações, gravadores e máquinas fotográficas do arco da velha. Cidão ficou tão estagnado, que se preocupou em Cira tomar o seu lugar... Cira utiliza apenas seu celular, um equipamento de luz e uma língua afiada para divulgar suas fake news. E ninguém a segura! Foi interessante que ela fez a cobertura real time do aniversário de casamento de Candoca e Tertulinho por meio de uma live em seu canal no celular, filmando a casa, a decoração, os convidados, os presentes em momentos íntimos e até mesmo entrevistando-os. Cidão também cobriu essa festa de aniversário de casamento, mostrando que nem um nem outro tipo de jornalismo foi descartado e menosprezado.

Cidão representava aqueles jornalistas tradicionais, que preferem anotar em bloco de notas, e gravar entrevistas em gravadores. Era o jornalista raiz mesmo. Avesso às tecnologias, relutou bastante em criar um portal online do jornal, mas quando criou viu o enorme sucesso que ele fez. Mesmo tendo o portal online, a Gazeta de Canta Pedra ainda mantém a edição impressa do jornal, reforçando a máxima que o jornalismo impresso não vai acabar ou ao menos está longe disso. 


Cira, por sua vez, representa o jornalismo instantâneo, rápido, tecnológico e dinâmico. Ela cria conteúdos e logo divulga em seu canal. A notícia mal chegou no seu faro, ela já está publicando. Também é uma tendência esse tipo de jornalismo e necessário. As pessoas querem ser informadas rapidamente, pois não tem muito tempo de parar para ler uma reportagem impressa, por exemplo.

A trama retrata que tanto no jornalismo impresso como no eletrônico deve-se haver um cuidado com o que se publica, pois isso pode ter consequências e repercussões terríveis. E Cira e Cidão sofreram isso de perto também. Cira teve que se retratar por diversas fake news que veiculou em seu vlog, pois colocou a vida de pessoas inocentes em risco por conta de uma mentira. A veiculação dessas fake news colocou em risco até mesmo sua saúde física e psicológica. Já Cidão, sofreu com as consequências de mentiras veiculadas em seu jornal impresso, a ponto de ter sua reputação como jornalista colocada em risco, perdendo sua credibilidade e confiança.


Ultimamente, Cira tem aprendido com o que sofreu ao veicular fake news em seu vlog. Continua a mentirosa e fofoqueira de sempre, mas com mais cautela na divulgação de vídeos. Já Cidão, recebeu uma oportunidade de ouro de resgatar sua reputação como jornalista, divulgando apenas verdades e denunciando erros e corrupções em seu jornal e isso trouxe consequências positivas e benéficas para ele. Afinal, a pena ou a máquina de escrever de um jornalista jamais devem estar a venda. Em episódios mais recentes, Eudoro tem sido comprado e sua ética sendo posta a prova, e já sabemos que isso trará consequências e colocará sua reputação em jogo, novamente. 

É muito interessante, portanto, ver essas questões do jornalismo serem tratadas em uma trama de novela. A comunicação social tem sido peça fundamental na construção da informação e em como ela tem capacidade de transformar a vida das pessoas e de uma população de uma cidade tão pequenininha, como Canta Pedra. J-J


E você, já assistiu Mar do sertão? Percebeu essas questões de comunicação social e jornalismo na trama? Diga nos comentários!


Por: Emerson Garcia

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Quinta de série: Gabriel Monteiro - Herói Fake

Pode conter spoilers!

 

A minissérie documental Gabriel Monteiro - Herói Fake lançada no dia 6 de dezembro de 2022 em 4 episódios pela Globoplay teve o intuito de trazer mais luz para o caso do ex-PM e ex-vereador Gabriel Monteiro, acusado e preso por crime de estupro em novembro de 2022. A produção conta mais da história de Gabriel, desde suas primeiras estratégias para o sucesso até sua prisão. Com duração ao todo de 2 horas, Gabriel Monteiro - Herói Fake tem direção de Eliane Scardovelli, Rafael Norton, Clarissa Cavalcanti; e roteiro de Eliane Scardovelli, Rafael Norton e Mahomed Saigg. 

É traçada uma linha de raciocínio interessante, de primeiro mostrar por que Gabriel era considerado um herói, por ser defensor das mulheres, animais, honestidade, menores carentes, até fazer com que essa fama de heroísmo caísse por terra, mostrando um outro lado de sua personalidade e forma de ser e agir. No Youtube, Monteiro possui atualmente 6,36 milhões de inscritos e 4,2 milhões de seguidores no Instagram. Gabriel foi um herói, mas fake. Bolsonarista, amante de armas, de fazer justiça com suas próprias mãos, do politicamente correto, Gabriel viu seu mundo desmoronar, afinal, não há mentira que prevaleça e dure para sempre.

O ex-PM e ex-vereador teve sua fama de bom moço, galã, gostosão e corretão posta em perigo quando garotas começaram a denunciá-lo por estupro e abuso sexual. Sua imagem ficou corrompida e distorcida. O que estava sendo apresentado, não condizia em como Gabriel se portava nas redes sociais, mídia e sociedade. Estava destoante... Como assim aquele que defendia as mulheres, mantinha um discurso conservador, que era politicamente correto, que odeia a corrupção e a favor da justiça, estava envolvido em relações sexuais como menores de idade?! Além disso, que bom moço é esse que guardava vídeos sendo agressivo e abusador com as garotas?! Ou ainda: como rimar benfeitorismo com o desejo de editar vídeos para aparentar ser um bom moço?! Mais ainda: que consonância há entre um bom moço que maltrata seus encarregados e trabalhadores, a ponto de também abusar e assediar deles, moral e sexualmente?!

Claro que para se chegar em todas essas acusações citadas foi montado um caminho, uma lógica. As acusações não foram infundadas, mas baseadas em depoimentos de vítimas de Gabriel, sejam garotas abusadas por ele ou sua equipe de trabalho. Gabriel foi exposto, em um verdadeiro jogo de "merda no ventilador" tanto por mulheres, como ex-assessores. Esses depoimentos foram levados, também, para delegacias, bem como a instância política, já que na época, Gabriel Monteiro exercia o cargo de vereador na Associação Legislativa de Vereadores do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).


Os depoimentos são fortes e para quem realmente tem estômago de ouvir... Que força e coragem os depoentes tiveram de narrar fatos que talvez ainda doíam em seus seres! Imagina contar que sofria tortura e assédio por seu chefe?! Ou narrar, em detalhes, o que um vereador e PM fez com você dentro de quatro paredes e até mesmo na frente de outras pessoas? Deve ter sido uma mistura de humilhação e alívio!

Isso tudo culminou em sessões e depoimentos na Alerj, para definir se tudo que havia sendo dito procedia, ou não. Foi dado lugar de fala aos depoentes, políticos e até mesmo a Gabriel. Foi interessante que algumas sessões eram abertas aos cidadãos. Havia, por exemplo, simpatizantes de Gabriel, que o apoiavam, assim como mulheres que se sensibilizavam com as vítimas estupradas por ele e mais uma plateia que torcia para que a justiça fosse feita. Realmente cenas cinematográficas!


Há uma votação para decidir se as denúncias tinham fundamento e se Gabriel Monteiro deveria ter seu mandato cassado. Em 19 de agosto de 2022, Gabriel foi cassado com o voto de 48 vereadores, e apenas dois a favor. Em 7 de novembro de 2022, a Justiça decretou a sua prisão preventiva. A série foi lançada um mês após sua prisão, aproveitando esse timing e discussões acaloradas que o caso gerou no estado do Rio de Janeiro e no Brasil. 

A Globoplay conseguiu ótimos resultados com Flordelis - Questiona ou adora (que eu ainda não assisti) e lançou essa na mesma linha e gênero. Gabriel Monteiro - Herói Fake apresenta depoimentos inéditos, vídeos da época em que o influenciador era policial militar, dentre outros.  

A diretora e roteirista Eliane Scardovelli explicou todo o conceito da produção e como ela foi construída:

“A série tem dois fios condutores: a cassação do mandato dele e as histórias das vítimas. É a desconstrução de um herói fabricado nas redes sociais. Mostramos como ele surgiu e como sua reputação foi ruindo. Mas também é uma história bonita de união de mulheres que, apesar do medo, tomam coragem para contar os episódios de agressões que sofreram."


Herói Fake tem sua cena inicial e final bem redondinhas, começando e terminando no dia da cassação do mandato do Gabriel. Foi o julgamento pelos seus pares e sua defesa nesse dia que alinharam o construto da narrativa. Os quatro episódios tem o seguinte título: PM, youtuber, vereador; Ratinhos de laboratório; As mesmas marcas; e A hora da decisão.

PM, youtuber, vereador mostra a ascenção do ex-policial nas redes sociais e a denúncia de uma jovem. Ratinhos de laboratório as denúncias de ex-assessores de Gabriel Monteiro e a defesa de Gabriel contra as acusações. Em As mesmas marcas há novos depoimentos de mulheres que também sofreram abusos do ex-PM. Tais relatos se parecem e envolvem gravação de sexo com adolescentes, agressões e estupros. O último episódio, A hora da decisão, mostra mais manipulações de Gabriel, que agora tenta desbaratar os depoimentos e acusações, e mais uma acusação de estupro que pode ser crucial no momento em que colegas vereadores irão decidir o seu futuro político. 

Esse é um trabalho investigativo resultante de oito meses de reportagem e apuração. O intuito foi o de realizar uma investigação própria da Globo, independendo do trabalho da Polícia Civil e dos vereadores da Câmara do Rio. Os repórteres foram às ruas atrás de histórias e descobriram novas vítimas de Gabriel. Eles mergulharam num universo obscuro, onde ficaram escondidos crimes e abusos. 


Apesar da rapidez para que a série ficasse pronta e se assemelhando mais à uma reportagem televisiva extensa em capítulos, do que uma minissérie documental, gostei da produção e acredito que ela vá direto ao ponto, mostrando a que veio. Desconstruir um falso herói, um paladino da justiça, não é tarefa para qualquer um, apenas para jornalistas e repórteres investigativos que foram até o fundo, às vias de fato! Desde o início da produção, já não simpatizava com Gabriel (Talvez por ranço mesmo), e a cada momento passei a ter mais raiva dele. Que tipo de ser humano é esse que grava vídeos defendendo mulheres e acabando com a Anitta e, depois, grava vídeos de sexo com violência com menores de idade?! Como alguém pode ser cínico e dissimulado a ponto de editar vídeos, encenar cenas e pedir, até mesmo para uma criança falar tudo que ele queria? Esse cara, realmente, é muito fake! De pensar que com suas edições, manipulações, vídeos mentirosos e fake news esse cara ganhou muito dinheiro. Isso me fez pensar em que as pessoas são capazes de realizar para serem famosas, ganharem dinheiro e aparentar serem boas... E, além disso, que ele não era nada do que aparentava na tela ou diante das câmeras. Ver ele se defender na câmara dos vereadores me deu vontade de vomitar! Graças a Deus que há justiça na terra e essa produção também mostra isso. Um perigoso farsante, atualmente, está atrás das grades e com seu destino nas mãos da justiça! Veja essa declaração da produtora Clarissa Cavalcanti: 

"O documentário conversa muito com temas que são universais. É uma discussão super atual do que é assédio e do que é estupro. Uma reflexão sobre o falso moralismo, que rende notoriedade. São temas que extrapolam o caso Gabriel Monteiro e falam de uma realidade mais ampla."


Recomendo a minissérie fortemente, mas se prepare para muita encenação de um herói deveras fake. J-J



Por: Emerson Garcia

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Rosas ao invés de armas

Como uma democracia é caracterizada? Manifestações, opiniões próprias, revoluções e movimentos... Ela é vista, principalmente, pela liberdade política e de pensamento. Em uma democracia, toda luta é válida e bem vinda, já que emerge da vontade plena e soberana de um povo. 

Manifestação, opinião, revolução e movimento... Embora sejam termos fortíssimos, mas eles não estão ligados à violência, guerra e terror, não. Aliás, é possível se manifestar de forma pacífica, sem quebrar o nariz ou o patrimônio público de ninguém, por exemplo. Então, dizer que "não existe revolução pacífica" é um argumento de alguém que não conhece nada de história mundial e que quer resolver as coisas da forma mais espatafúrdia possível. Você pode se manifestar e derrubar um governo pintando seu rosto, pode protestar contra uma guerra ferrenha oferecendo uma flor para os combatentes e guerrilheiros, pode enfrentar uma guerra com clamor e orações e pode até impeachmar um presidente com panelaços.

O problema é quando se acredita que algo só pode ser modificado por meio da violência, da guerra. Que só há mudança se você quebrar e depedrar o patrimônio público, se invadir as sedes dos três poderes e vandalizá-los, se impedir o direito de ir e vir de cidadãos comuns bloqueando estradas, se fazer parte de greves que prejudiquem cidadãos comuns. Qual recado é deixado com essas atitudes?! É o de paz, democracia? "Deus acima de todos, Brasil acima de tudo?"  Certamente não. Aliás, suas atitudes valem mais do que qualquer discurssinho barato que profira por aí... Deus não está no meio da violência, da depredação, do quebra-quebra... De forma alguma! E digo isso com certeza e convicção. O Deus que sirvo não é assim, não.

De que adianta se manifestar de forma pacífica, de vestir as cores verde-e-amarela, se sua atitude posterior coloca tudo isso a perder?! E depois quer reclamar que te chamaram de terrorista e extremista? Qual é o nome que se dá para pessoas que "vão para o lado negro da força" e "toma atitudes do avesso, totalmente extremas?". Certamente se estivessem acampados com suas famílias em manifestações pacíficas, de paz e amor, não estariam sendo chamados assim. Então quer dizer que sempre que algo não der certo por meios legais e pacíficos, tenho que apelar e agir pelo lado mais extremo, que beira quase a insanidade?! Esses manifestantes - que agora não podem ser chamados mais assim - também reclamaram de terem sido chamados de vândalos. "Mas qual é o nome pelo que se chama alguém que vandaliza e depreda patrimônios públicos?"

Tem se alegado também que nesses atos tinham gente infiltrada de outros partidos políticos, mas isso não foi comprovado até a produção desse post. Se havia gente infiltrada ou não, não compete a mim dizer, mas tenho que ver a situação com uma visão ampla e crítica, analisando os fatos que estão diante dos meus olhos... Houve, sim, uma depedração dos três poderes, com prejuízos inestimáveis, isso é inquestionável. E não importa, sinceramente, se foi determinado grupo ou outro que foi o responsável, mas é um prejuízo que atinge todos os brasileiros. Eu e você, independente do lado político que estivermos, é que teremos que pagar por todos os danos que os patrimônios sofreram! Então, quem aplaudiu e foi conivente com as manifestações, um recado: "O prejuízo é para todo e qualquer cidadão! Até pra você que foi a favor!".

É lamentável como há pessoas que acreditam que a resposta para a violência, falta de educação e seguridade se encontram nas armas. Como se traz paz, oferecendo mais guerra e contenda?! Ao longo da história, as flores se tornaram símbolos de luta por paz e igualdade e armas de protesto. Batalhas podem ser enfrentadas e vencidas com flores, educação, livros e até mesmo leituras. Não é uma arma que vai te proteger e dar segurança, não, mas o conhecimento e a educação, pelo menos essa é a minha opinião. Então, pra quê ganhar guerras e batalhas com violência?! Você vai mesmo colocar sua identidade e o que você construiu, a perder, por conta de uma atitude extrema, sem retorno?! Pense nisso! J-J


Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

5Q: Em guerra com o vovô

Pode conter spoilers!

 





Moral

Não há família perfeita e sem brigas. Uma família sadia também é feita de desgastes e desentendimentos. Um ambiente familiar não é só feito de paz, mas de guerra também, mas um dia esta última acaba. 

Cena boa

A cena em que Peter troca a espuma de barbear do seu avô Ed por selante. Hilária a cena! 

Cena ruim

A cena em que Sally, mãe de Peter, invoca com o namorado da filha e começa a correr atrás dele e persegui-lo no estacionamento do hospital. Achei muito fake e desinteressante a cena.

Perfil

Peter é forçado a deixar o seu quarto, confortável e equipado, e cedê-lo ao seu avô Ed, que morava só e se muda para a casa da família. Peter vai dormir no sótão e arma vários planos para expulsá-lo do seu quarto. Contudo, seu avô decide revidar e dá-se início à uma guerra. E agora, neto ou avô quem ganhará essa batalha?

 

Opinião 

O filme é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Robert Kimmel Smith. É uma divertida comédia infantil sobre avôs e netos, que trata do choque de gerações, bastante retratado nas produções ultimamente. Relembra a essência dos filmes estilo Sessão da tarde dos anos 1990 e um pouco de Esqueceram de mim (Mas nada explícito e exagerado). Tem boas atuações de Robert de Niro como o vovô coprotagonista; e Uma Thurman, a mãe do protagonista - que em algumas vezes se apresenta em tela se referenciando ao seu grande papel em Kill Bill. O longa tem o objetivo de trazer certo humor em um drama familiar, e consegue. Não apresenta uma trama surpreendente, e não é esse o objetivo. Tem humor, drama e comédia e aquelas cenas de besteirol americano também. O núcleo da terceira idade do longa é bem divertido e a irmã de Peter, Jennifer, é muito fofa e fará com que você fique apaixonado pelo natal o ano inteiro (A cena em que ela promove uma reunião de reconciliação entre Peter e seu avó, Ed, é sensacional! rsrs). Os críticos deram uma nota mediana e abaixo da média para o filme e eu até que concordo. É um bom divertimento para uma tarde de domingo. O final tem aquela lição fofinha que a guerra traz consequências e nada melhor com que a paz reine na família e no lar. A cena final sugere uma sequência, algo como 'Em guerra com a namorada do vovô' (Título dado por mim). J-J






Por: Emerson Garcia

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Rádio Bagaralho: Programa 'Entrevista Musical' #15 - Eduardo Martinez




Olá ouvintes da Rádio Bagaralho FM (Rádio Bagaralho, a rádio do... povo). Aqui quem fala é o locutor Arthur Claro, aquele que é igual porém diferente. Hoje o programa é uma entrevista com o Eduardo Martinez.


Arthur: Quando você era pequeno o que você gostava de ouvir?

Eduardo: Se for música, a primeira que me lembro que parei pra ouvir foi Jailhouse Rock. Depois fiquei muito ligado em Secos e Molhados, Raul Seixas.




Arthur: Você gosta de dançar com a sua esposa (Dona Irene)?

Eduardo: Dançamos  em casa, longe dos olhares de outras pessoas.


Arthur: Você tem algum ídolo musical?

Eduardo: Gosto de alguns artistas: Tina Turner, Raul Seixas, Alceu Valença, Zé Geraldo, Alcione, Beth Carvalho, Elvis, Dean Martin, Cauby, Emílio Santiago, Gal, Gilberto Gil, Secos e Molhados, Beatles, Elis, Maria Bethânia, Altemar Dutra, Etta James (fazemos aniversário no mesmo dia), Aretha Franklin. Tem um cantor em especial que adoro: Lindy Saints. Ele não é famoso, mas já assisti a vários shows dele. A Irene também ama!!!




Arthur: Entre todos esses ídolos, qual gostaria de conversar?

Eduardo: Dos que estão vivos, com o Zé Geraldo. Ele já foi personagem no meu livro Despido de ilusões. Também gostaria de conversar com o Alceu Valença. Com o Gilberto Gil não sei se conseguiria. O considero grande demais para perder tempo comigo.




Arthur: Tem vergonha de gostar de alguma música que a maioria não gosta?

Eduardo: Não.


Arthur: Tem alguma música que gostou por recomendação de outra pessoa?

Eduardo: Algumas. Uma que me lembro é Flor de tangerina do Alceu Valença.




Arthur: Qual música te faz lembrar da primeira vez que você e a Dona Irene se conheceram?

Eduardo: Good night Irene com o Lead Belly.




Arthur: Qual música você acha que te representa?

Eduardo: Não sei se me representa, mas gosto muito de Mystery train na versão ao vivo do Elvis, Meu amigo Pedro e SOS, essas duas do Raul Seixas. Talvez sejam as que mais gosto. Get back também adoro, que é dos Beatles.




Arthur: Você lembra o primeiro show que foi?

Eduardo: O primeiro não. Mas o melhor foi um do Alceu Valença na Lona de Vista Alegre na cidade do Rio. Vi um do Gilberto Gil em Copacabana muito bom também. Vi Zé Geraldo duas vezes. Ele é maravilhoso!!! Vi o Raul Seixas, mas bem perto dele nos deixar.




Arthur: Para finalizar a entrevista, o que achou dela? Agora sugira uma música para o povo ouvir.

Eduardo: Gostei muito!!! Senhorita, do Zé Geraldo.






Queridos ouvintes, quero agradecer a todos e espero que continuem ouvindo a Rádio Bagaralho. Vocês também podem ser entrevistados para esse quadro se manifestarem o desejo. Um bom fim de semana repleto de felicidades. Beijos e abraços. J-J


Por: Arthur Claro

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

5Q: Eu só posso imaginar

 Pode conter spoilers!



Moral

Traumas e dores podem ter seu lado positivo. Eles geram criatividade, cura e superação. Muitas das vezes você só supera o sofrimento se perdoar e, de coração. 

Cena boa

Destaco duas cenas. A primeira, quando Arthur tem uma transformação em seu caráter e se torna um novo homem e seu filho, Bart, chega em casa  e se espanta. É surpreendente e emocionante a cena. A segunda, quando Bart é curado dos traumas e Deus dá a letra de Eu só posso imaginar pra ele. Ele tem um inside, que não teria anteriormente, se não fosse curado. 

Cena ruim

Acredito que as cenas entre Bart e seu interesse amoroso, Shannon, poderiam ter sido melhor trabalhadas. A gente até consegue shippar o casal, sabe?! Mas poderia shippar bem mais!  

Perfil

 John Bart Millard foi abandonado pela mãe e criado por seu pai, que sempre o tratou de forma ríspida e sem entender o amor dele pela música, a ponto de obrigá-lo a jogar futebol. Ele cresce cheio de traumas e monta uma banda chamada MercyMe. No início, a banda não faz muito sucesso e ele sempre é tratado por circunstâncias da vida, até que precisa enfrentar o passado para dar uma guinada na carreira e em sua existência também. Então ele cria a canção I can only imagine, baseada em sua própria vida e em seu relacionamento contubardo com o pai. 

 

Opinião

Sabe um filme que te quebra por inteiro e faz você refletir? É esse. Baseado em uma história real, tem aquele ar fantástico e inverossímel, para deixar a história mais interessante, mas nada que atrapalhe muito. O filme trata de temas caros e pesados, como paternidade, perdão, redenção, fé, violência e outros. É possível perceber várias falhas no roteiro que deveria ser melhor explorado, mas o resultado final é fascinante e consegue emocionar o telespectador. Se você nunca tinha ouvido falar da canção, logo vai querer ver o clipe e outras versões após assistir a produção. Há várias cenas que cortam o coração e te deixam perplexo. Outras que surpreendem e emocionam... A mensagem que o filme deixa é muito forte: o perdão é libertador, curativo e produz até mesmo criatividade! A trilha sonora e fotografia são aceitáveis e a produção é ok. A atuação estrelar de Dennis Quaid é fabulosa e trouxe mais brilho. O intuito é o de narrar a origem de uma canção de sucesso, mas não sua repercussão após, e isso é feito de forma regular. Apesar do viés religioso, o filme não doutrina ninguém, apenas quer emocionar. Um bom entretenimento. J-J



Por: Emerson Garcia

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