Senhora de 84 anos cai na rua por conta de resto de asfalto; Acidente ocorreu em Ceilândia (Distrito Federal)

No domingo (13) Maria da Salete do Nascimento Vieira, 84 anos, voltava da Feira da Guariroba localizada no setor PSul em Ceilândia (uma região administrativa do Distrito Federal) com uma sacola de frutas quando caiu de repente em sua rua. Ela não viu um restante de piche de asfalto que estava no seu caminho. "Quando vi já estava no chão", explicou. Ela apoiou com o braço para amortecer a queda. Na hora seu braço doeu bastante. 

Quando Dona Salete, como é familiarmente conhecida, caiu pessoas a ajudaram, inclusive uma mulher que percebeu que o que ocasionou sua queda era um "negócio de cimento" deixado pelos trabalhadores do GDF (Governo do Distrito Federal) quando reformaram o asfalto da rua. 

O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel Urgente) foi chamado, chegando minutos depois do acidente. Ele levou a acidentada ao hospital mais próximo, ou seja, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Contudo, Dona Salete não pode ser atendida neste, pois o local estava alagado (Leia matéria no Metrópoles), não havendo atendimento. Então ela foi redirecionada para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas a demora para avaliar seu estado fez com que recorresse à um hospital particular, o Hospital das Forças Armadas (HFA), no qual é dependente do ex servidor (cabo) aposentado, senhor Adino dos Santos Vieira. Chegando lá foi atendida com toda excelência. 

Estado da Dona Salete

Ao chegar no HFA, dona Salete foi submetida ao exame de raio-X. Ela quebrou a clavícula, o ombro direito em dois lugares e o dedo indicador da mão direita, além de ter machucado o nariz (Ao cair para frente por conta do impacto) e os dois joelhos. 

Ela colocou uma tipoia no braço direito e uma tala de metal no dedo. Remédios e tratamentos foram receitados. Foi recomendado ainda seu repouso total,  o que trouxe tristeza para ela.

Uma senhora ativa  

Dona Salete é uma senhora de 84 anos, mas muito ativa. Além de cuidar dos afazeres domésticos, ela costuma frequentar a ginástica laboral de pessoas de sua faixa etária, ir à missa e comprar alimentos para ela e seu esposo. Depois do acidente, ela não pode fazer nada disso. A senhora foi vítima do da fiscalização dos trabalhadores do GDF, tendo sua saúde física e psicológica prejudicadas. 

Agora, a senhora ativa tem que ficar sentada ou deitada, sempre protegendo seu braço direito e seu dedo para que não doam. Dona Salete tem usado uma pomada para diminuir o roxo de seu braço. 

Irresponsabilidade

O acidente poderia ser evitado, isso se os trabalhadores do governo removessem o restante do piche que ficou no asfalto. "O povo faz o serviço e deixa o restante lá", explicou dona Salete.

Ela acredita que foi irresponsabilidade da fiscalização dos trabalhadores do GDF. "O governo não se importa com você, se viveu ou morreu", desabafou. J-J

Por: Emerson Garcia