E se povos diferentes pudessem ser unidos por uma simples gangorra? Foi com essa ideia que o arquiteto norte-americano Ronald Rael e a designer Virginia San Fratello criaram gangorras entre os vãos de um muro entre El Paso (EUA) e Ciudad Juaréz (México), com o objetivo de unir de forma lúdica os dois lados.
As peças de metais foram colocadas entre os vãos do muro, sendo pintadas na cor rosa. A escolha dessa cor foi com o intuito das gangorras serem vistas à distância e por causa do contraste que ela possui com o entorno. Rael disse o seguinte:
"As áreas de fronteira são áreas de contrastes - e o rosa faz contraste com o lixo, o deserto, o metal. É muito brilhante, traz alegria”.
O rosa também é uma forma de lembrar a época violenta da Ciudad Juárez, principalmente nos anos 90, em que várias mulheres morreram ou desapareceram.
Nas redes sociais, vídeos e fotos foram divulgados, em que mostram a experiência e alegria das pessoas ao brincarem nas gangorras.
O conceito das peças já existe há 10 anos, desde 2009, quando a política da Lei de Cerca Segura foi desenvolvida pelo então presidente George W. Bush, mas só foi desenvolvido no final de junho desse ano, de acordo com o jornal The Guardian.
A construção das gangorras levam a uma série de reflexões, embora a experiência tenha oferecido entretenimento e diversão em um primeiro momento. Primeiro, os objetos são uma forma de protesto contra as políticas migratórias americanas que surgiram já há algum tempo. Na concepção de muitos, o local onde a cerca está instalada é um ambiente de desigualdade, preconceito e desequilíbrio.
Segundo, colocar gangorras ali tem o sentido de unir povos diferentes e equilibrá-los. Esses objetos construídos me lembrou a amizade entre um alemão e um judeu, por meio de uma cerca, no livro e filme O menino do pijama listrado. Assim como eles eram unidos apesar das diferenças, as pessoas que sentam de um lado ou de outro se unem também. Veja o que o arquiteto Rael disse em um post no Instagram:
Segundo, colocar gangorras ali tem o sentido de unir povos diferentes e equilibrá-los. Esses objetos construídos me lembrou a amizade entre um alemão e um judeu, por meio de uma cerca, no livro e filme O menino do pijama listrado. Assim como eles eram unidos apesar das diferenças, as pessoas que sentam de um lado ou de outro se unem também. Veja o que o arquiteto Rael disse em um post no Instagram:
“O muro tornou-se um fulcro literal para as relações EUA-México. Crianças e adultos foram conectados de maneira significativa em ambas as partes, com o reconhecimento de que as ações que acontecem de um lado têm uma consequência direta no outro”.
Terceiro, as gangorras só funcionam com a participação de ambos os lados, ou seja, se forem adotadas ações de um lado (Sejam positivas ou negativas) elas interferirão diretamente do outro. Não é possível tomar medidas em um país, sem que elas interfiram em outros. Por isso é importante o respeito, a compreensão e a alteridade. Apesar de ambos os lugares estarem separados por um muro, eles necessitam um do outro. Interações, mesmo que indiretas como por meio dessas gangorras, são possíveis e mais que necessárias.
A ideia é que as gangorras sejam instaladas em outros lugares da fronteira, e por que não dizer em outros países que vivem em pé de guerra?! Seria muito interessante colocar uma entre a fronteira brasileira e argentina, entre a judaica e arábica e entre a Coreia do Sul e do Norte. Por mais simples que um objeto possa parecer, ele tem surtido efeitos. Espero, de coração, que diferenças socieconômicas, raciais, de gênero, de sexo etc. possam acabar. As gangorras foram o primeiro passo e significativo. J-J
Mais informações
Site
Instagram do Ronald Rael
Por: Emerson Garcia
Eu já tinha isto isto na tv, achei uma ideia tão engraçada, uma bela maneira de mostrar a união mesmo que separados!!
ResponderExcluirxoxo
marisasclosetblog.com
Realmente essa foi a ideia, Marisa.
ExcluirNossa, nunca tinha visto isso. Adorei, achei incrível
ResponderExcluirwww.estiilocarol.com
Que possamos em cada gesto, cada escolha, atitude e palavras sermos portadores de união... É disso que o nosso mundo precisa!
ResponderExcluirAmei a postagem!
Um abraço carinhoso
Sim! De união e amor.
Excluirem 2019, devemos construir pontes, não muros ♥
ResponderExcluirBeijinhos
n. // www.fashionjacket.com.br
Não só em 2019, mas em qualquer época.
ExcluirNo mínimo interessante e criativo ...
ResponderExcluirEu achei a ideia incrível, mas isso é tão triste de ver. Guerras e desigualdade numa fronteira invisível que usam como forma de separar as pessoas
ResponderExcluirBeijos
http://www.dearlytay.com.br/
É triste e desesperançador.
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