No Quinta de série de hoje apresento uma minissérie brasileira chamada Entre irmãs. Ela foi veiculada pela Rede Globo em janeiro de 2018 pelo serviço de streaming Globo Play. A minissérie, apresentada em quatro capítulos, foi baseada no filme de mesmo nome, lançado em 12 de outubro de 2017. A minissérie e o filme são produções da Conspiração Filmes e Globo Filmes, co-distribuídas pela H20 Films e distribuídas pela Sony Pictures. O roteiro é de Patrícia Andrade e Nina Crintzs, dirigido por Breno Silveira e o elenco conta com Marjorie Estiano, Nanda Costa, Júlio Machado, Letícia Colin e Rômulo Estrela.
Entre irmãs é uma minissérie de drama e ação, baseada no livro A Costureira e o Cangaceiro, de Frances de Pontes Peebles.
A trama se passa em Taguaritinga do Norte (PE) em 1930 e conta a história de duas irmãs - Emília e Luzia - que aprendem a costurar com sua tia Sofia. Embora possuam a mesma criação, Emília e Luzia tem sonhos e projeções distintos. Emília quer se casar e morar na cidade grande (Recife), já Luzia não possui muitas ambições, além de ter que aprender a viver com um braço atrofiado por ter caído de uma árvore quando criança. A vida de Sofia, Emília e Luzia é transformada quando o cangaceiro Carcará cruza seus caminhos, obrigando-as a costurar para o bando que lidera.
Um tempo passa e Emília se casa e vai morar em Recife, enquanto Luzia torna-se cangaceira e incorpora o bando de Carcará. Duas realidades totalmente distintas, mas isso não quer dizer que o laço entre as irmãs foi cortado devido às mudanças. Aliás, elas fazem de tudo para proteger uma à outra, mesmo que não tenham mais a presença física.
Entre irmãs trabalha com várias temáticas, como: irmandade, emancipação, o papel da mulher naquela época, casamento, homossexualidade e a violência do cangaço, entre outras temáticas. A minissérie trabalhou, antes de tudo, a irmandade e o amor incondicional de duas irmãs.
Pode-se dizer que ela é focada no feminino, chegando a ser feminista. De um lado, a trama trabalha a importância de uma mulher casar-se em 1930, ser dona de casa e mãe. De outro, demonstra que a mulher pode ser dona de si e escolher que caminho trilhar. Luzia, por exemplo, decidiu fazer parte do cangaço, em que a maioria dos integrantes eram homens, decidiu não se casar e abandonou um pouco a arte da costura.
Por ironia do destino, ambas as irmãs se reencontram no episódio final, marcado por muito drama e emoção. Não vou dizer em que circunstâncias ou por quê acontece o encontro entre elas, mas se você decidir ver essa minissérie irá se surpreender.
A década de 1930 é retratada de forma interessante. Essa década foi marcada por transformações políticas e sociais, que perpassam o governo da época e o papel da mulher na sociedade, uma vez que a mulher não era somente vista como dona do lar ou mãe de filhos, mas como alguém com mais representatividade e poder. Não se pode esquecer que a década de 1930 refere-se ao governo do populista Getúlio Vargas e ao Estado Novo, e a minissérie consegue trabalhar com esse pano de fundo muito bem.
Ainda sobre os anos 1930, saliento em como era difícil na época declarar-se homossexual, e no caso retratado pela série então era mais complicado. Ser homossexual na época era sinônimo de preconceito e represália, como se fosse uma doença. Ao realizarmos um paralelo com a sociedade atual percebemos que muita coisa mudou para melhor, embora ainda o preconceito e a homofobia persistam.
O filme de 2 horas e 15 minutos foi dividido em quatro partes de 30 ou 40 minutos e apresentado como uma minissérie. A Globo ultimamente tem utilizado bastante o recurso de transformar filmes em minisséries, como aconteceu com Aldo - Maior que o mundo e Gonzaga - De pai para filho.
Pode-se dizer que ela é focada no feminino, chegando a ser feminista. De um lado, a trama trabalha a importância de uma mulher casar-se em 1930, ser dona de casa e mãe. De outro, demonstra que a mulher pode ser dona de si e escolher que caminho trilhar. Luzia, por exemplo, decidiu fazer parte do cangaço, em que a maioria dos integrantes eram homens, decidiu não se casar e abandonou um pouco a arte da costura.
Por ironia do destino, ambas as irmãs se reencontram no episódio final, marcado por muito drama e emoção. Não vou dizer em que circunstâncias ou por quê acontece o encontro entre elas, mas se você decidir ver essa minissérie irá se surpreender.
A década de 1930 é retratada de forma interessante. Essa década foi marcada por transformações políticas e sociais, que perpassam o governo da época e o papel da mulher na sociedade, uma vez que a mulher não era somente vista como dona do lar ou mãe de filhos, mas como alguém com mais representatividade e poder. Não se pode esquecer que a década de 1930 refere-se ao governo do populista Getúlio Vargas e ao Estado Novo, e a minissérie consegue trabalhar com esse pano de fundo muito bem.
Ainda sobre os anos 1930, saliento em como era difícil na época declarar-se homossexual, e no caso retratado pela série então era mais complicado. Ser homossexual na época era sinônimo de preconceito e represália, como se fosse uma doença. Ao realizarmos um paralelo com a sociedade atual percebemos que muita coisa mudou para melhor, embora ainda o preconceito e a homofobia persistam.
O filme de 2 horas e 15 minutos foi dividido em quatro partes de 30 ou 40 minutos e apresentado como uma minissérie. A Globo ultimamente tem utilizado bastante o recurso de transformar filmes em minisséries, como aconteceu com Aldo - Maior que o mundo e Gonzaga - De pai para filho.
Produção
A primeira leitura de roteiro com o elenco e as trocas de figurino aconteceram em agosto de 2016. As filmagens foram feitas entre setembro de 2016 até novembro do mesmo ano. Desde o começo Entre Irmãs foi idealizada para ser exibida no cinema e na televisão (minissérie). Patrícia Andrade ficou responsável por escrever roteiros nos dois formatos. Ela e o diretor Breno Silveira conta detalhes da produção (com grifos):
"A série tem muitas cenas novas, especialmente das protagonistas Emília e Luzia. Temos entre 20 e 30 minutos de material inédito, que desde o início foi pensado e reservado para a TV. Desde o início, pelo tamanho e diversidade da história e pela quantidade de personagens, avaliamos que Entre Irmãs deveria ser uma série também. Então eu e Patrícia Andrade trabalhamos nessa encomenda. A espinha dorsal é a mesma mas, na TV, há pequenas cenas que explicam melhor as personagens".
Personagens
A minissérie contou com diversos personagens, mas resolvi destacar alguns deles:
Emília: emotiva, amorosa e sonhadora. Deseja se casar um dia.
Luzia (Vitrola): pulso firme, força da natureza e não acredita no amor.
Carcará: líder do grupo dos cangaceiros.
Degas: casado com Emília, mantém um grande segredo que abalará seu casamento.
Tia Sofia: tia de Emília e Luzia. Ensinou as sobrinhas a arte de costurar.
Audiência
Entre Irmãs teve uma boa audiência na TV, com média de 30,2 pontos. Essa audiência para o horário é mais do que boa, é excelente. Já nos cinemas, a recepção do público ao longa não foi das melhores: ele foi visto por apenas 38 mil pessoas, um número bem pífio para o cinema brasileiro.
Abertura
Apresenta panos e retalhos sendo costurados com um fundo musical sertanejo.
Crítica
A minissérie apresenta uma bela fotografia e cenários, enaltecendo a paisagem de sertão do Pernambuco. A paleta de cores utilizada é a marrom, amarelo queimado e dourado. Entre Irmãs discutiu temas delicados como a mulher da época, o feminismo e a homossexualidade. Esses temas são discutidos com o pano de fundo do governo de 1930, com suas transformações políticas e sociais. A produção teve algumas falhas, mas nada notável demais.
Entre Irmãs é uma série curta que pode ser concluída apenas em uma tarde. A recomendo, apesar de algumas falhas do roteiro. J-J
Por: Emerson Garcia
Olá Emerson eu vi na TV Globo o anúncio dessa série. Não assisto série nacional e nem novela nacional, às vezes embora seja raro de minha parte assisto filme nacional. Essa série que você recomendou deve ter algo de produtivo, achei as fotos do cenário bastante atraentes. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
A fotografia da série é sensacional mesmo.
ExcluirDevo confessar que desconhecia completamente!
ResponderExcluirBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Não conhecia mas fiquei muito curiosa!
ResponderExcluirGostei do teu blog e segui *
www.keke.pt
Infelizmente não pude assistir a essa série porque estava no hospital como meu marido.
ResponderExcluirMas sua resenha está magnifica!!
Obrigada pelas visitas e volte sempre
Beijos sabor carinho e uma quinta_feira de paz e amor
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
Que ótimo que gostou da resenha.
ExcluirNão conhecia a série, mas parece ser boa. Acho que a Globo produz séries muito interessantes :)
ResponderExcluirhttps://www.biigthais.com/
Beijoos ;*
Nunca tinha ouvido falar dessa série, obrigada por compartilhar! :) Bom fim de semana.
ResponderExcluir--
O diário da Inês | Facebook | Instagram
OI Èmerson, eu assisti ao filem e amei. Acabei não vendo a série, mas com certeza é ótima. Uma ótima dica a sua.
ResponderExcluirbeijos
Chris
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