Quinta de série: 9-1-1

Pode conter spoilers!

Hoje no Quinta de série trago a produção 9-1-1, uma série de TV norte-americana de Ryan Murphy, Brad Falchuk e Tim Minear que estreou no início desse ano (03 de janeiro) pela Fox e já teve sua primeira temporada concluída com 10 episódios. Ela é produzida pela 20th Century Fox Television, em conjunto com a Ryan Murphy Television e Brad Falckuk Television. 

9-1-1 conta o dia a dia de paramédicos, bombeiros e policiais que atendem Chamados de Emergência e fazem de tudo para salvar e resgatar vidas. Logo no início, entendemos que há os Chamados de Emergência recorrentes e aqueles inesperados. Os profissionais, portanto, devem salvar as pessoas, além de lidarem com seus próprios conflitos e pedidos de socorro.

A policial Athena, a atendente Abby, os bombeiros Bobby, Buck, Hen e Chimney possuem dramas tanto pessoais quanto profissionais, de modo que muitas vezes não conseguem equilibrar isso. Athena possui conflitos com seu ex marido, Michael; Abby tem que lidar com o Mal de Alzheimer de sua mãe; Bobby possui feridas e segredos do passado; Buck, compulsão por sexo; Hen, problemas com sua esposa e sua ex namorada.

Esse formato de enredo - de tratar de dramas pessoais e profissionais - já é recorrente e conhecido pelo público. O mesmo ocorre em séries como The Good Doctor, Doctor House e Greys Anatomy. Contudo, em 9-1-1 tem novidades e peculiaridades no roteiro. 

Ryan Murphy fez questão de discutir temas atuais da política e sociedade, e, mais uma vez, assim como Nip/Tuck, apresenta casos 100% reais de salvamento e pedidos de socorro. E sério! É um caso mais surpreendente que o outro. Em entrevista, Murphy disse que se inspirou em noticiários e na internet (com grifos):

“Todos os casos do programa são no mesmo estilo de ‘Nip/Tuck‘: 100% verdadeiros. Você pode procurar na internet e vai achar as ocorrências. O caso do resgate do bebê é um deles, que aconteceu na China. Nós inclusive usamos o vídeo como referência para filmarmos uma das cenas que se encontra no primeiro episódio. Além disso, a história da cobra de estimação que enforca sua própria dona também é real”.

A cada episódio explora-se de 3 a 5 Chamadas de Emergência, além dos conflitos pessoais dos protagonistas. A série não é cansativa ou repetitiva, pelo contrário, dinâmica e envolvente.

Tão envolvente que você se apaixona pelos personagens e suas histórias; torce pelo salvamento das pessoas; e se envolve com os dramas dos profissionais. 9-1-1 faz questão de tratar das fraquezas deles que, apesar de serem considerados super-heróis, estão longe disso. Eles se envolvem nos casos, ficam tristes quando alguém não consegue ser salvo; ou quando uma história não tem um desfecho favorável. O drama da atendente Abby de não saber como as situações das Chamadas de Emergência se resolverão, de não poder ver o sorriso alegre, muito menos receber um abraço de agradecimento, é algo tocante e real.

As atuações também foram acertadas e corretas. Destaque para Angela Basset, Connie Britton e Peter Krause, que estão bem seguros e comprometidos com seus papéis. 

Por fim, 9-1-1 tem tudo para ser um sucesso e perdurar por várias temporadas. São casos e personagens marcantes; uma atmosfera de tensão e ação à cada nova chamada; e boas discussões sociais. Ela foi renovada para a segunda temporada. J-J

Por: Emerson Garcia