Há mais de três anos fui assaltado perto de casa. O bandido levou o meu celular, mas não apenas isso: informações, fotos e músicas - o que havia construído nesses um ano e meio com o aparelho. Além de tê-lo levado, também deixou-me sem minha ferramenta de trabalho, pois posto notícias, compartilho links do JOVEM JORNALISTA e crio conteúdos para as redes sociais. Como jornalista percebi que o meu trabalho dependia e depende do celular, foi assim que percebi sua falta, mais do que havia perdido de conteúdos.
Sempre soube lidar com perdas de celulares. Em 2018, o Samsung Galaxy Gran Duos estragou e não teve conserto, me fazendo comprar um novo, o Motorola Z2 Play. Na época, perdi fotos, vídeos e mensagens. Até que superei, e um ano e meio depois fui roubado, perdendo também fotos, vídeos e mensagens.
Esse fato me traz uma lição: tenho encarado celulares como repositórios. Ou seja, ideais para armazenamentos de informações, fotos e músicas, mas isso não quer dizer que irão armazenar essas informações para sempre. Você pode ser roubado e perder seus conteúdos ou podem estragar, sendo praticamente impossível resgatar as informações, fotos e músicas.
Em outra época, ficaria inconsolável se perdesse algum conteúdo, sendo capaz até mesmo de gastar R$ 2 mil reais na recuperação de dados, quando meu HD parou de funcionar, agora, apenas respiro fundo e sigo em frente. Tenho os seguintes pensamentos: "Foi o celular que estragou, não eu", "Perdi os dados do celular, mas não perdi a vida" ou "O ladrão levou o celular, não levou a minha vida".
Claro que ter essa filosofia não é tarefa fácil, ninguém gostaria de perder, sejam informações, fotos, músicas ou até mesmo pessoas. Ninguém quer perder, sobretudo algo que lutou a vida inteira para conquistar ou registros de suas vidas. Sim, a frustração e a decepção vem. Não posso negar que tiveram momentos de lamento ou aquela frustração de ter "lutado tanto por um celular, para vir um ladrão e levar", mas o segredo está em como encarar as situações e resignificá-las. E como isso é possível?
Saiba que os celulares funcionam como repositórios de informações digitais, sejam fotos, vídeos ou mensagens. Quando meu celular estragou e quando fui roubado perdi tudo o que tinha, pois não imaginava que isso poderia acontecer e não cheguei a fazer transferência para o meu computador ou backup de conteúdos. Até mesmo as mensagens de Whatsapp são informações digitais e você pode perdê-las, como foi o meu caso quando, ao fazer backup só consegui recuperar as de certo período para trás.
E o que fazer ao perder? Chorar pelo leite derramado? Não! Resignifique as situações de uma forma a não sofrer tanto. Ou seja, você pode comprar um aparelho melhor, que também funcionará como repositórios de informações digitais. Pode recomeçar do zero, tirar novas fotos com amigos e familiares, inserir novas músicas e mandar novas mensagens no Whatsapp ou qualquer outra rede social. E o melhor de tudo: o novo aparelho poderá fazer as mesmas funções que o anterior ou até mais avançadas.
Agora estou com o celular novo. Sei que demorará um pouco para me acostumar com ele, mas tenho resiliência e consigo me adaptar a tudo nessa vida. Tenho ciência que nada durará para sempre, muito menos o celular. Mas o encaro como um repositório e uma ferramenta facilitadora do meu trabalho.
Que nesse ano, que está no início e vai para o terceiro mês, você possa utilizar os objetos como objetos ou como repositórios e amar (AMAR MUITO!) as pessoas. Que você não permita que uma perda possa ser maior do que os seus ganhos. Aproveite cada momento, como se fosse o único e o último, sabendo que tudo pode passar e evaporar como as informações digitais de um aparelho celular. Encare as perdas como oportunidades de fazer coisas melhores e maiores (Eu, por exemplo, sempre baixo novas músicas incríveis para o meu celular). Registre (REGISTRE MESMO) os bons momentos com o smartphone, mas saiba que eles serão apenas MOMENTOS e que podem desaparecer, caso não faça backup (O meu caso). Se eles sumirem da nuvem, encare como uma oportunidade de viver momentos mais incríveis ainda. Enfim, a vida também é um repositório, por isso encha ele de momentos bons, recordações inefáveis, mensagens de amor, declarações esplendorosas, com as melhores companhias. E se a vida é um repositório, ela também pode acabar. Pense nisso. J-J
Por: Emerson Garcia
Putz, que coisa mais chata ser roubado, com todos os dados, fotos, tudo mais...Ainda bem estás tranquilo, com uma cabeça bem centrada, caso contrário,rs... Desejo tuuuuudo de bom em 2020 e que só coisas legais aconteçam. FELIZ 2020! abraços, chica
ResponderExcluirEssa situação me mostrou que devemos dar atenção para o que realmente importa. Realmente fiquei bem centrado.
ExcluirAmei a reflexão. Hoje em dias somos bem dependentes do celular e guardados quase tudo no mesmo lugar sem se preocupar se algum dia irá dar defeito ou se perder. Acho bem importante ter tudo armazenado tanto em pen-drivers e HD, quanto em algum lugar online para achar quando necessário.
ResponderExcluirAnos atrás voltei ao hábito de revelar fotos para poder ter as fotos guardadas caso acontecesse algo.
Beijos
https://www.dearlytay.com.br/
E quem gosta de perder? Como em tudo na vida, há que superer sempre. Gostei muito desta leitura.
ResponderExcluirBoa semana!
É terrível quando isso acontece, mas a gente precisa ter um backup de tudo para não ficar na mão.
ResponderExcluirBig beijos
www.luluonthesky.com
Estamos bastante dependentes dos dispositivos para guardar nossas "memórias". Eu tento sempre passar as coisas para um HD, as nuvens e armazenamentos online enchem muito rápido.
ResponderExcluirhttps://www.biigthais.com/
Beijoos ;*
Nunca fui assaltada e ainda bem. Mas imagino os nervos e ainda para mais, cada vez mais se tem mais dependência do telemóvel, não só como contacto, mas temos lá a nossa vida toda.
ResponderExcluirBom dia
Ups, essa anónima sou eu :P
ResponderExcluirCláudia - eutambemtenhoumblog
Eu nunca perdi o telefone assim, num assalto, mas já perdi todas as informações de um telefone antigo e fiquei bem perdida também. Mas aprendi a desapegar e seguir em frente, construir novos caminhos e não depender tanto da tecnologia pra tudo. Mas até hoje morro de medo de perder as minhas fotos (da vida toda) numa dessas panes da vida. Abraços!
ResponderExcluirSó posso subscrever o mesmo da comentadora anterior!
ResponderExcluirTento não ficar dependente da tecnologia em todas as circunstâncias... por isso, continuo com um stupidphone... apenas para o básico... tudo o mais fica para usar/fazer no portátil... e é uma sensação maravilhosa, não se estar enredado, nas malhas da Net, em determinadas circunstâncias...
Um grande abraço
Ana