Estamos no mês que é conhecido mundialmente como o mês do Orgulho LGBTQ+. Este é um período onde as pessoas, sejam elas ou não da comunidade LGBTQ+, se comovem e aderem à campanha e à causa, seja por meio de mudanças de cores de perfis (como ocorreu em junho de 2015), #hashtags e outros.
Essa aderência significa que você apoia e protege as pessoas da comunidade, por meio de pequenas ou grandes atitudes. Aliás, não é preciso de muito para ser solidário. Não é preciso que se pinte o rosto com as cores da bandeira LGBTQ+ ou coloque uma bandeira na porta de sua casa. Outrossim, são as pequenas atitudes que também contam.
Há pessoas que confundem o apoio à causa LGBTQ+ com apologia. Apologia é uma coisa, apoiar a causa é outra. A apologia é mais escancarada e tem necessidade de publicidade, o apoio não, é individual e não é preciso que você saia com uma bandeira LGBTQ+ por aí ou a pendure na sua casa.
Órgãos e aplicativos tem demonstrado APOIO à causa LGBTQ+ ao criar eventos direcionados à classe homenageada ou então disponibilizar ferramentas LGBTQ+. Falo do Congresso Nacional e do Instagram. O objetivo desse post é fazer uma análise da forma de apoio de ambos, bem como mostrar se as atitudes foram, ou não, válidas.
Congresso Nacional iluminado com as cores do arco íris
No dia 24 de junho (daqui a 3 dias) acontecerá um fato inédito em Brasília: o Congresso Nacional será iluminado com as cores do arco-íris. A atitude será logo após a criminalização da homofobia e tem o intuito de homenagear os 50 anos da Rebelião de Stonewall, que inclusive será o tema da parada LGBTQ+ de São Paulo esse ano. Essa rebelião foi deflagrada em 28 de junho de 1969 nos Estados Unidos e representa um marco na luta contra a discriminação de homossexuais.
Além de iluminar o prédio com as cores do arco-íris, a Câmara realizará no mesmo dia, às 11 horas, uma sessão especial que homenageará personalidades brasileiras que lutaram pelos direitos humanos. Entre os homenageados estão Jean Wyllys; o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o ex presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto; os ex parlamentares Marta Suplicy, Iara Bernardi e Iriny Lopes; e a cantora e embaixadora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Daniela Mercury. Além desses, terão uma homenagem pós morte, a ativista Marielle Franco, assassinada em 2018 no Rio de Janeiro; e João Nery, o primeiro homem brasileiro.
De acordo com a deputada federal Erika Kokay, uma das autoras da proposta da homenagem, o evento tem sua importância cidadã (com grifos):
“Stonewall revolucionou a luta pelo direito de ser quem se é no século 20. É um levante contra um histórico de perseguição contra os LGBTs. Homenageamos os 50 anos de Stonewall num momento em que celebramos a criminalização da LGBTfobia pelo STF, mas ao mesmo tempo temos uma situação grave de aumento da violência e do ódio LGBTfóbico no Brasil”.
Acredito que tanto a iluminação do Congresso Nacional com as cores do arco-íris e o evento da Câmara são de suma importância para mostrar às pessoas que esta organização pública está ao lado da comunidade LGBTQ+.
O Congresso Nacional já recebeu as cores rosa (Outubro Rosa), azul (Novembro Azul) e amarelo (Maio Amarelo). Agora, é a vez dele ficar multicolorido, à exemplo da Casa Branca e de vários outros monumentos históricos. Não vejo a hora de mostrar para vocês o resultado de como ficará o monumento de Brasília com as cores do arco-íris.
Instagram homenageia LGBTQ+
Com o intuito de homenagear à classe LGBTQ+ o aplicativo lançou ferramentas coloridas, com hashtags e borda dos stories dos usuários, além de novas especificações de gênero, que entraram em vigor no dia 10 e vão até o fim desse mês.
Existem hashtags específicas que deixam o texto multicolorido (em degradê colorido), são elas: #lgbtq, #bornperfect ("nascido perfeito" em português), #equalitymatters ("igualdade importa"), #accelerateacceptance ("aceleração de aceitação"), #pride2019, #lovewins ("o amor venceu") e #pride ("orgulho"). A ação foi em parceria com a Gay & Lesbian Alliance Against Defamation (GLAAD).
E como você pode ficar com a borda do seu stories colorida? Basta que compartilhe uma das hashtags no seu stories. Assim, você e seus seguidores saberão que o conteúdo é relacionado à campanha #UntoldPride ("orgulho incalculável").
A rede social também ampliou as possibilidades de gênero na configuração de perfil. Agora, além dos gêneros masculino e feminino, foram incluídos "prefiro não dizer" e "customizado", em que a pessoa pode preencher conforme se identifica. Essas novas possibilidades são inclusivas e respeitam o gênero de cada ser humano. A opção ainda não está disponível em todas as contas, mas chegará nas próximas atualizações do aplicativo.
Instalações artísticas
Além das novas funções no app, o Instagram criou 10 instalações artísticas em Nova Iorque sobre os pioneiros desconhecidos do movimento LGBTQ+. São posteres enormes com as fotos dos personagens e frases de efeito, nas cores da bandeira gay em degradê. (Saiba mais aqui)
#UntoldPride é uma campanha que tem rolado não só na rede social, como nas ruas de Nova Iorque, que significa expressões ilimitadas de orgulho que são vistas todos os dias no Insta.
Protect your space and well-being on Instagram
O Instagram também fez uma parceria com o The Trevor Project, com o intuito de gerar um guia online, ilustrado por Ashley Lukashevsky, de bem-estar e autocuidado. Esse guia chama-se Protect your space and well-being on Instagram (Proteja seu espaço e bem-estar no Instagram) e é direcionado aos adolescentes LGBTQ+, para que possam sentir-se acolhidos e seguros dentro do aplicativo, utilizando-o da melhor forma.
Apoiar à causa LGBTQ+ é uma atitude válida. Seja iluminando um órgão público, criando hashtags coloridas, ampliando as opções de gênero, criando instalações artísticas ou montando um guia online. Não importa se o apoio é público ou individual. O importante é apoiar! J-J
Por: Emerson Garcia
Nada contra a luta, mas percebo uma enorme manipulação da causa por políticos profissionais e ativistas ideológicos ... Tudo permeado por discursos hipócritas e pouquíssimas ações prática ... lamentável ... enfim ...
ResponderExcluirInfelizmente tenho que concordar com seu comentário, Paulo Roberto. É tão assim que a iluminação colorida do Congresso Nacional não aconteceu.
ExcluirÓtimo post. Realmente não precisa de muito para ser solidário e apoio não é apologia, é simplesmente se colocar no lugar do outro, é ter empatia.
ResponderExcluirbeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook
Entendeu perfeitamente o conceito do post, Chris.
ExcluirObrigado pelo comentário.
Gosto da iniciativa, mas sinceramente acho que evidenciar esses dias e essas causas acaba não sendo tão bom, porque logo de cara parece algo fora do normal, até porque se não o fosse - também deveria haver o dia ou o mês do não orgulho LGBTQ+... ou como dia da consciência negra (fazendo parecer que todos os outros dias do ano não existe essa consciência --' ), e cadê o dia da consciência branca?? Percebes?
ResponderExcluirMas valeu pelo post jovem jornalista :)
XoXo
- Helena Primeira
- Helena Primeira Youtube
- Primeira Panos
Percebo o que quis dizer, Helena. Mas essas lutas são necessárias.
Excluiraqui é maravilhoso como as coisas apoiam a causa ♥
ResponderExcluirBeijinhos
n. // www.fashionjacket.com.br
Que bom. Depois quero saber detalhes.
ExcluirConcordo com o que o Paulo diz. A classe política tende a querer tirar proveito desta luta que é uma luta pelos direitos humanos de muita gente.
ResponderExcluirExcelente post! ^^
Verdade. Na política sempre há uma segunda intenção.
ExcluirObrigado.