A versão "proibidona" de Surubinha de leve de MC Diguinho foi excluída das plataformas Spotify e Youtube no último dia 17 de janeiro por fazer apologia ao estupro e à violência contra as mulheres. A decisão veio logo após reclamações e denúncias de ouvintes que a consideraram pesada e agressiva.
Retirar a música do ar somente agora revela a hipocrisia dos próprios ouvintes e amantes do funk. Aqueles que rechaçaram Surubinha de leve nas redes sociais, são os mesmos que a colocaram em primeiro lugar no Brazil Viral 50 do Spotify. Aliás, um dos últimos traz nas primeiras posições funks como Joga bunda e Que tiro foi esse.
Há uma incongruência visível: a música retirada das plataformas é a mesma ouvida, consumida e dançada nos últimos meses. A cantora Ludmilla recentemente mostrou essa hipocrisia:
É facílimo bancar o politicamente correto na internet e dizer que a letra de MC Diguinho faz apologia ao estupro e no baile rebolar até o chão e querer ser chamada de novinha. Músicas como Surubinha de leve só fazem sucesso porque há quem goste das letras com teor sexual e da batida. Não por acaso que o funk é um dos ritmos mais consumidos no Brasil. Se as músicas forem proibidas então... Nem se fala.
Me pergunto por que somente agora houve a percepção da putaria no gênero e por que nos escandalizamos com uma letra proibida somente de janeiro para cá? "É porque a letra fala de estupro claramente, Emerson". Sério?! E o que dizer de sucessos como Todo dia (Pabllo Vittar), Tava no fluxo (MC Pedrinho), Vou botar (MC Don Juan) e Faz a fila (MC Denny)? Todas essas músicas são pesadas. A primeira trata a mulher como vadia, a segunda como uma novinha que só quer transar, a terceira como um objeto sexual e de prazer e a quarta como uma mulher - QUE PASMEM! - sofre abuso sexual e estupro (OLHA A APOLOGIA DE NOVO!).
Em momento algum vi os mimizentos reclamarem de crianças que tratam a mulher como um objeto sexual com buracos "que só quer pau" ou que querem "botar nela". Pelo contrário, Tava no fluxo e Vou botar são as maiores febres em bailes funks. As meninas, ou melhor dizendo, as novinhas rebolam até o chão, dançam e cantam normalmente as letras que chamam elas próprias de safadas e fáceis.
Febre também verificada em Faz a fila que possui a aprovação de mais de 331 mil pessoas contra a desaprovação de 23 mil no Youtube de uma letra que faz apologia à violência sexual e um clipe com cenas quase explícitas de sexo. Assista:
O seguinte refrão mostra de forma clara a apologia e a violência sexual na música: "Vou socar na tua buceta sem parar; E se você pedir pra mim parar, não vou parar; Porque você que resolveu vir pra base transar; Então vem cá, se você quer, você vai aguentar". Faz a fila fala sem nenhum pudor de sexo, trata de estupro como se fosse algo normal e traz "novinhas" alegres e afoitas. Atitudes estas aprovadas pelos fãs de funk que curtem uma "boa putaria", como a própria cantora Ludmilla disse em um dos seus tuítes.
O que percebo é que há dois pesos e duas medidas sobre a retirada da versão proibida de Surubinha de leve das redes sociais. Enquanto esta não está mais disponível no Youtube e Spotify, Faz a fila, Tava no fluxo, Vou botar - e tantas outras - ainda estão públicas nessas mesmas plataformas. Daí me pergunto: que diferença existe entre "Taca a bebida Depois taca a pica e abandona na rua" e "Vou socar na tua buceta sem parar; E se você pedir pra mim parar, não vou parar"? Nenhuma! Me admira o critério do Spotify de exclusão e mais ainda a hipocrisia das pessoas que criticam Surubinha de leve, mas a dançam na balada e também curtem e compartilham tantas outras proibidonas.
Logo após a exclusão da versão proibida de Surubinha de leve (Atualmente não é mais possível acessar a letra nem a música, como podem ver aqui), MC Diguinho lançou uma light divulgada em letra e vídeo na tentativa de amenizar a polêmica e não causar "interpretações erradas", como ele mesmo disse. Agora no refrão se canta: “Só uma surubinha de leve, surubinha de leve / Com essas mina maluca /Taca a bebida / Depois taca e fica / Mas não abandona na rua”. Veja o clipe:
O que percebo é que há dois pesos e duas medidas sobre a retirada da versão proibida de Surubinha de leve das redes sociais. Enquanto esta não está mais disponível no Youtube e Spotify, Faz a fila, Tava no fluxo, Vou botar - e tantas outras - ainda estão públicas nessas mesmas plataformas. Daí me pergunto: que diferença existe entre "Taca a bebida Depois taca a pica e abandona na rua" e "Vou socar na tua buceta sem parar; E se você pedir pra mim parar, não vou parar"? Nenhuma! Me admira o critério do Spotify de exclusão e mais ainda a hipocrisia das pessoas que criticam Surubinha de leve, mas a dançam na balada e também curtem e compartilham tantas outras proibidonas.
Logo após a exclusão da versão proibida de Surubinha de leve (Atualmente não é mais possível acessar a letra nem a música, como podem ver aqui), MC Diguinho lançou uma light divulgada em letra e vídeo na tentativa de amenizar a polêmica e não causar "interpretações erradas", como ele mesmo disse. Agora no refrão se canta: “Só uma surubinha de leve, surubinha de leve / Com essas mina maluca /Taca a bebida / Depois taca e fica / Mas não abandona na rua”. Veja o clipe:
A atual versão ainda não foi excluída das redes sociais, já que agora não há nada de absurdo, mesmo que o vídeo retrate mulheres fáceis e a suruba como algo normal (#ironia). Em minha opinião, entre a versão light e a pesada as pessoas ainda preferem esta última. É só lembrarmos das versões de Deu onda e vermos qual das duas fez mais sucesso. No final das contas, as fãs de funk gostam mesmo é de serem chamadas de novinhas, de uma sacanagem e de rebolarem até o chão (E não me convençam do contrário - é só ver as músicas que lideram as paradas por aí).
Então, antes de reclamar de Surubinha de leve e compartilhar a imagem abaixo, veja se não é hipócrita e não rebola até o chão ao ouvir "Quando ela bate com a bunda no chão", "Tava no fluxo Avistei a novinha no grau Sabe o que ela quer? Pau, pau", "Não espero carnaval pra ser vadia Sou todo dia Sou todo dia", "Vai passar mal Viro sua mente com meu corpo sensual Minha boca é quente, vem Não tem igual Tá todo carente no pedido informal Vai passar mal" - digo isto pois fiquei perplexo quando uma pessoa compartilhou a imagem, mesmo curtindo baladas, músicas de funk e dançando sensualmente em vídeos (Ser hipócrita a esse ponto não dá, né?).
Não me surpreende o teor de Surubinha de leve. O que me surpreende mesmo é a hipocrisia de seus haters que agora querem dar uma de santinhos e politicamente corretos, depois de terem curtido, dançado e ouvido a música, além de a terem rankeado. Conteúdos desse nível estou mais que acostumado em ouvir, o próprio MC Diguinho disse que "apenas fez uma música da realidade que ele vive e muitos brasileiros vivem". Realidade esta que sempre fora retratada pelos funks proibidões e aplaudida, dançada e cantada pelos fãs e ouvintes. J-J
Por: Emerson Garcia
É simples... não gosta da música, escute outra... Deixa quem gosta escutar em paz neh
ResponderExcluirSim, Felipe. Mas no post eu fiz uma crítica à quem gosta da música e depois estava acabando com ela nas redes socais.
ExcluirOlá JJ tudo bem???
ResponderExcluirGosto de funk, mas não ouço todos os tipos de funk e esse é um funk que não gosto!
Minha decisão é não vou ouvir e pronto, não preciso ficar esbravejando na internet com relação ao conteúdo da música, não dou ibope pra esse tipo de coisa...
Beijinhos;
Débora.
https://derbymotta.blogspot.pt/
Gostei da sua iniciativa. Cada um ouve o que quer.
ExcluirEu não vou opinar. Não escuto esse tipo de música então quem escuta sabe o que gosta ou o que não gosta.. Só gostaria que os pais cuidassem mais das crianças pequenas..
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Belo comentário, Monique. Parabéns!
ExcluirEu não gosto de Funko, escuto em festa e tal tem letra meio safada que é até legal, mas tem umas como essa que é uma bosta!
ResponderExcluirBeijos
http://www.cherryacessorioseafins.com.br
O que mais tem é essas músicas em bailes funks e festas.
ExcluirEu não me considero hipócrita porque 1- não ouço funk baixaria 2- não cheguei a ouvir, mas só de ler sei que é apologia ao estupro SIM.
ResponderExcluirwww.vestindoideias.com
Belo comentário, Carla.
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