sábado, 29 de setembro de 2018

Como deduzir o ganhador das eleições presidenciais brasileiras de 2018?

Brasileiros irão votar este ano para vários cargos, em especial para presidente da República. | Depositphotos


Com base nos dados de eleições anteriores e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) [1] você pode ter ideia de quem pode ser o presidente do Brasil. Para isso é necessário gostar de dados, mapas e estar livre de paixões e ódios.

DADO 1 – Número de eleitores: somos 147.302.537 aptos para votar (julho/2018). A região Sudeste do Brasil (62.902.501 ou 43,38%) e o estado de São Paulo (33.040.411 ou 22,43%) são campeões de eleitores.

DADO 2 – SP, MG, RJ e BA são os maiorais: Os estados de São Paulo, Minas Gerais (15.700.966 ou 10,65%), Rio de Janeiro (12.406.396 ou 84,22%) e Bahia (10.393.170 ou 7,056%) pertencem ao seleto grupo de eleitores com dois dígitos na casa dos milhões.

DADO 3 – O Sul e o Sudeste decidem 1: apesar da região Nordeste ser o segundo maior eleitorado do Brasil (39.222.149 ou 26,62%) as regiões Sul (21.396.031 ou 14,52%) e Sudeste concentram mais eleitores.

DADO 4 – O Sul e o Sudeste decidem 2: Desde a eleição presidencial de 2006 – com exceção dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais – Os sulistas, paulistas e capixabas historicamente tem votos anti-PT (Partido dos Trabalhadores).

DADO 5 – Diminuição de votos ao PT: Em comparação da vitória do partido em 2002 (Lula ganha com 61,27% dos votos válidos) até a reeleição de 2014 (Dilma ganha com 51,64% dos votos válidos) houve diminuição de votos para a agremiação em 9,63%.


Mapas: movimentação dos votos válidos

Esta página especial do site Nexo [2] exibe como cada candidato majoritário se saiu nos pleitos desde 1989 até 2014. Os mapas ilustrados mostram como o eleitor se comportou ao decidir seu voto. Quando o PT ganhou a disputa em 2002 venceu nos 25 estados e no Distrito Federal (DF). O partido manteve suas vitórias enquanto Minas e Rio continuava a eleger seus candidatos.

Aqui, os mapas ilustrados e o texto citará o PT devido sua presença constante na disputa eleitoral desde 1989 e pode-se tirar uma ideia do destino eleitoral de 2018.

1989/1998 – Construção do eleitorado: Nas três eleições, o PT conseguiu consolidar por volta de 30% de eleitores. Apesar disso, a agremiação não conseguiu ganhar na maioria esmagadora dos estados. Em 1989 o candidato Luís Inácio Lula da Silva conquistou a qualificação do segundo turno apesar de ter vencido apenas no DF (a margem de vitória contra o candidato Leonel Brizola foi uma diferença de 0,67% dos votos válidos). Desde o segundo turno de 1989 o partido conseguiu se firmar no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Cenários eleitorais de 1989,1994 e 1998. | ilustração: LAYON YONALLER




2002/2006 – Hegemonia: Depois de três derrotas, Lula se elegeu com votação expressiva. Tanto no primeiro turno de 2002 e 2006 houve crescimento de votos válidos. Porém no segundo turno dos dois pleitos uma pequena diminuição. A partir de 2006 as regiões Sul e Centro-Oeste deixaram de votar no Partido dos Trabalhadores.

Cenários eleitorais de 2002 e 2006. | ilustração: LAYON YONALLER




2010/2014 – Divisão e terceira via: Com grande influência de 2006, as últimas eleições de 2010 e 2014 foram marcadas pelo cisma das unidades federativas. O estado do Rio Grande do Sul – quinto maior eleitorado do Brasil (8.354.732 ou 5.67%) mudou de voto no primeiro e segundo turno.

O aparecimento de votos em candidatos na terceira colocação com mais de 10% volta a aparecer desde 1998 e 2002. No final das contas a região Sul deixou de votar no partido de Lula e Dilma.

Cenários eleitorais de 2010 e 2014. | ilustração: LAYON YONALLER



Eleitores: por estado e região e “grupos”

Levando em conta o atual número de eleitores segundo o TSE e o retrospecto dos pleitos de 1989 até 2014, pode-se ter ideia do provável vencedor de 2018. Em separado, no exterior são 500.727 eleitores (0.340%). Por minha iniciativa criei cinco “grupos” de eleitores levando em conta os números do Tribunal Superior Eleitoral.

















Dados de eleitores. | ilustração: LAYON YONALLER



O primeiro grupo tem dois dígitos de milhões de eleitores; o segundo (onde não há nenhum estado do Sudeste) gira em torno de oito a quatro milhões de votantes; o terceiro grupo (sem nenhum representante do Sul) tem apenas dois milhões de aptos a eleger; o quarto gira em torno de 1% do eleitorado; e o último grupo são os estados com menos de um milhão de eleitores.


Conclusões finais: a sua!

Independente de tudo, este texto estatístico e analítico serve de referência a quem irá votar em 07 de outubro 2018. Uma coisa é certa: os estados majoritários decidirão este pleito e cabe a quem estiver lido este texto traçar estratégias para a consolidação concreta do voto. Esta pesquisa do Ibope [3] que fez aferição das 23 das 27 unidades da federação pode te dar uma noção de quais estados ditarão os rumos de todos os brasileiros. J-J




















Por: Layon Yonaller, colaborador especial do JOVEM JORNALISTA

6 comentários :

  1. cara, que interessante! adorei muito a análise, post muito útil.

    um beijão,
    Gabs | likegabs.blogspot.com ❥

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    Respostas
    1. LAYON RESPONDE | Agradeço pelo conhecimento do trabalho, Gabriela. Um beijão para você também. [L.Y.]

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  2. Adorei seu post! Muito útil!
    Inclusive o indiquei nos Links do Mês lá no blog!

    Inverno de 1996

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    Respostas
    1. LAYON RESPONDE | Que bom, Monique. Muito obrigado por compartilhar. Vou conferir isso lá no seu blog. Volte sempre! [L.Y.]

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Obrigado por mostrar seu dom. Volte sempre ;)

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