segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Informando com personalidade

"O direito de expressão ainda vai dar muito pano para a manga, principalmente para os Jovens Jornalistas desse blog. E o cuidado é mais de quem posta do que de quem recebe as informações".
Emerson Garcia em 'Rede Social Saudável'



Pense no seu quarto na casa dos seus pais. Aquele era (e, para muitos, ainda é) o local onde sua individualidade se sobressaía em meio à força do convívio na coletividade. Mesmo diante das regras familiares – que deveriam ser seguidas compulsoriamente – lá ficavam suas roupas, sua coleção de calçados, colavam-se os pôsteres dos ídolos, surgia a polêmica bagunça organizada e tantas outras coisas. O lugar levava a sua marca e era onde a sua criatividade se exibia com mais vigor. Os blogs, guardadas as devidas proporções e adaptações, transportam essa realidade para a dimensão virtual.

Não, ao contrário do que se pensa não se pode fazer em um blog o que der na telha, correndo-se o perigoso risco de transformar a página num deserto em plena e frenética rede. Foi-se o tempo em que havia graça em dedicar horas preciosas a uma página que serviria tão somente como diário pessoal. Manter um blog e fazer dele um sucesso de público e crítica exige sacrifício e persistência. Há diversos métodos e dicas que podem ajudar – e muito – a se concretizar esse objetivo, desde escolher um foco, passando por realizar atualizações frequentes e chegando à disponibilização de comentários. Entre outros, são considerações que fazem parte do caminho senão para chegar ao sucesso, ao menos para tentar evitar o fracasso.
           
Levando esse pensamento para o lado profissional dessa atividade, pode-se perceber que apesar dessas regras naturais da internet e daquelas impostas pelo veículo para o qual se trabalha (que fatalmente vão existir), o blog oferece uma liberdade muito maior para o jornalista se expressar do que um meio impresso. A começar pelo espaço físico, limitação praticamente inexistente na rede. Sem contar que não é preciso, necessariamente, ser um especialista no assunto para escrever sobre ele. E, se o blog for independente ou pessoal, a autonomia do blogueiro aumenta consideravelmente.

O comunicador virtual está exposto a cerceamentos profissionais semelhantes aos dos meios impressos, mas com a vantagem de poder combatê-los mais incisivamente. Não há uma legislação específica para o cyberespaço (o marco civil da rede ainda está em debate no Legislativo) e é extremamente difícil censurar a internet.




Mesmo assim, é possível. A censura começa de dentro, partindo do próprio autor e de seu veículo. Depois, dos leitores, que vão julgar o conteúdo. Por fim, e talvez, das autoridades. A visibilidade é um fator curioso nessa situação. Os impressos famosos podem alavancar o alcance dos blogs de seus jornalistas, mas por maior que sejam têm limitações físicas. A internet oferece potencial quase ilimitado de disseminação. Entretanto, isso não significa necessariamente mais leitores para um blog: vai depender da atratividade do conteúdo postado. 

A interatividade entre autor, fontes e seguidores também cria um termômetro em tempo real, tanto pelos comentários do público quanto pela reação das fontes. O retorno e a expressão de todos os envolvidos existem e, por serem quase imediatos, possibilitam ajustes instantâneos. O impacto é tamanho que a Petrobras, maior empresa do país, chegou a criar um blog para rebater o que sai sobre a organização na imprensa com dados oficiais. Todo esse dinamismo e sua diversidade criativa é que faz dos blogs ferramentas de tanto sucesso entre aqueles que buscam informação, análise e entretenimento. J-J


Por: Allan Virissimo, para a disciplina da faculdade de jornalismo Técnicas de Produção Jornalística III.

Um comentário :

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