quinta-feira, 13 de março de 2025

Quinta de série: Seleção do samba

Pode conter spoilers!


O Quinta de série de hoje vai dar samba! Aproveitando o Carnaval que passou na última semana, trago essa produção que contou com duas temporadas e 13 episódios. Seleção do Samba tem o formato de talent show, com roteiro de Lauro Mesquita, direção por Cassia Dian e produção por Luciane Uchoa. A apresentação ficou por conta de Luís Roberto e Milton Cunha. O programa, disponível no Globoplay, tem parceira da Globo com a LIESA e a produtora Endemol Shine Brasil.

A série tem o intuito de consagrar os sambas-enredos de cada escola a partir de uma seleção, como o próprio nome da série sugere, realizada por especialistas em samba-enredo e pela direção. Cada episódio apresenta três sambas-enredos de cada escola, mostrando a história de cada um, os compositores, a história de cada agremiação, etc. A produção tem comentários da cantora Teresa Cristina e do carnavalesco Milton Cunha. O programa teve edições do carnaval carioca e do paulista. O paulista foi apresentado por Chico Pinheiro. 


Houve uma diferença de estrutura de produção entre as temporadas. A primeira, gravada em estúdio, trazia as escolas de samba e seus enredos para o estúdio, que tinha figuras carnavalescas de cores branca que eram iluminadas de acordo com as cores de cada escola. Já a segunda temporada, foi apresentada por meio de vídeos e com os comentários de Milton Cunha em externas na Marquês de Sapucaí. Houve uma diferenciação de enredo e produção entre as temporadas, mas sem deixar a essência do programa de lado. 

A primeira temporada foi gravada durante a pandemia e seguiu rigorosas regras de higienização e proteção contra o COVID-19. Todas as pessoas que foram até o estúdio foram testadas contra a COVID-19, seguindo os protocolos estabelecidos pelas autoridades municipais. Veja mais como foi a gravação:

"Para evitar aglomeração, poucos sambistas foram designados para a gravação, sendo proibida a presença de outro público. Na formação da bateria no palco, foram permitidas três fileiras com cinco ritmistas cada, sendo o total de quinze componentes, além do diretor da bateria. Cada agremiação teve o direito de levar seis convidados, incluindo os jurados que escolheriam os sambas. Cada escola também levou os compositores das parcerias concorrentes; o intérprete oficial mais dois cantores auxiliares; o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira; dois passistas; duas baianas; e a rainha de bateria. A Globo disponibilizou testes PCR para os componentes de todas agremiações envolvidas na gravação. Cada samba finalista se apresentou por vinte minutos, sendo que, no programa, foi exibida apenas uma passada de cerca de três minutos de cada samba."


Já durante a segunda temporada os protocolos de COVID-19 estavam mais brandos. Com o avanço da vacinação, as agremiações puderam se reunir nos barracões e a escolha do samba enredo foi feito nesses espaços de grandes agremiações. 

O processo de escolha dos sambas para o carnaval é feito de forma sistemática, mas muito interessante. As baterias de cada escola entram no palco com os intérpretes cantando os sambas de exaltação de cada escola. São três sambas finalistas. O júri de cada agremiação, formado de três a cinco pessoas, por sua vez, é responsável por escolher a obra vencedora. Os carnavalescos e compositores explicam sobre o enredo das escolas, a partir de um tema que já foi escolhido para a escola durante aquele ano. Há conversas com os compositores em uma sala separada do palco. Cada samba concorrente é apresentado de uma única vez, com letra simultânea na tela. Gabriel Jacome falou mais de todo esse processo:  

"Acho que conseguimos transmitir no programa a emoção dos compositores finalistas, todos vitoriosos por ter o seu samba entre os três melhores diante de tantos inscritos, e dos componentes, com a escolha do samba que vai embalar a escola na avenida. ‘Seleção do Samba’ é uma oportunidade de homenagear as escolas, que sofreram tanto durante este período. De mostrar para todo o Brasil o talento de seus compositores e a força de seus enredos. Muitas pessoas assistem aos desfiles sem saber como isso funciona, como mobiliza a comunidade, como diversos talentos da composição estão envolvidos, como é técnica a apresentação dos sambas. E também vão descobrir como é alto o nível dos finalistas e difícil a decisão dos jurados".

 

Seleção do Samba teve uma boa repercussão no Twitter, liderando o ranking de assuntos mais mencionados no Brasil por quatro horas consecutivas. Já a audiência, foi simplória e abaixo do esperado, pois a atração passava nas madrugadas da Globo. A média foi de 5,8 pontos.   

Achei a produção diferente de tudo que tinha visto na tela. Atrás de cada enredo tem história, luta, composição e inspiração. É um programa que vai além dos sambas de um carnaval, investigando em profundidade as letras de cada composição e histórias. A apresentação de Luís Roberto empolga e emociona, já os comentários de Tereza e Milton são bem pertinentes e ricos. A iluminação com as cores de cada escola de samba também é um ponto positivo a ser ressaltado. Enfim, um ode ao bom e velho carnaval brasileiro. J-J




Por: Emerson Garcia

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