quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Conexões: Minha crônica sincera





Você já sentiu dor pela dor de uma pessoa? Já sofreu junto? Todo mundo já deve ter se comovido pela dor de alguém, isso é do ser humano ou a pouco tempo era. No Brasil, quando acontece grandes tragédias ou a morte de uma pessoa querida, comovemos. É luto nacional. Quem não se lembra da morte de Airton cena ou o acidente aéreo com o time da Chapecoense? A dor pode doer, mas o simples fato de se importar com o próximo também é o que une pessoas.

10:00 da manhã de uma quarta feira
Estou escrevendo isso no Lago Sul sabe onde fica? É uma região administrativa de Brasília. Então, é onde eu estou. Infelizmente não estou de rolê e nem visitando minha futura mansão. Estou em um dos melhores hospitais de Brasília, mas não queria está aqui. Mas é preciso.

16:22 do mesmo dia

Estou sentado na entrada de um corredor. Estava com um tédio do caralho dentro de um quarto todo branco. Parecia que estava na geladeira do IML.

Mas, não estou! Estou sentado aqui escutando Mozart, lendo e vendo pessoas indo para
lá e para cá. No corredor a minha direita, em um dos primeiros quartos, há uma menina possivelmente com seus 5, 6 anos gritando por algo que a incomoda.

Não leia isso como se eu estivesse incomodado, com o protesto por gritos da criança. 
Os gritos dela me fez pensar que se fosse em um hospital público EU E ELA ESTAVA MUITO FUDIDO.

Primeiro: que eu iria entrar doente e sair mais doente ainda. 
Segundo: A saúde pública é tão saudável quanto um obeso mórbido.
Terceiro: Eu estaria no mesmo quarto que mais umas 500 pessoas com diferentes doenças 
Quarto: Eu iria morrer de fome e impaciente.
Quinto e último mas não importante:  Eu correria o risco de estar internado e não conseguir fazer meu tratamento. Pelo fato de não ter as condições básicas, não teria os equipamentos e nem MÉDICOS. 

O que adianta ter a bola de futebol em uma quadra esburacada e não ter os times para jogar? 

Os gritos da garotinha não param. Isso dói em qualquer ser humano, Eu não sou forte; forte são as crianças dessa ala de oncologia infantil.

Os gritos dela só me fez sentir gratidão aos meus pais por correr atrás de me dar o melhor que eles conseguem. Se não fosse eles eu tava na merda.

A fila de espera para o tratamento que eu vou fazer é tipo maior que a conta bancária do Fábio Júnior. A conta bancária do Fábio Júnior só é menor que o descaso dos FILHOS DE UMA PUTA , APROVEITADORES DA NOSSA IDIOTICE E BURRICE  que governam "esse Titanic nas ondas do Tietê".

Aliás os hospitais, essas merda de hospitais públicos, deveriam se chamar "bacu da polícia na favela", onde quem é pobre SÓ SE FODE. Só uma observação que fiquei incucado.

E se essa menininha estivesse no hospital público como seria? O que aconteceria? Aconteceria algo? Porquê aqui ela está gritando muito provável de dor causada por medicação, acompanhada por médicos. Coisa que nos hospitais são mais raros do que o dedo do Lula,nexo nas entrevistas da Dilma, comentários elogiando o Drácula e Bolsonaro fazendo em vez de falar. J-J





















Por: Kaio Miranda 

6 comentários :

  1. Crônica boa para análise e reflexão. Esse sentimento de empatia tem sido cada vez mais raro nas pessoas.

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    Respostas
    1. É essa conexão de sentimentos está acabando. Estamos nos tornando máquinas de carnes e ossos

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  2. Respostas
    1. Compartilhe ele e faça que mais pessoas leiam. Obrigado pelo elogio<3 bjxxx

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  3. Gostei muito! Refleti sobre a atual situação da saúde pública do Brasil, f8dida. Triste demais.

    O Planeta Alternativo

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