Ao contrário do que se pensa, essa série não é uma ficção científica qualquer. Sim, Westworld tem tecnologia, jargões que só o pessoal de TI conhece de perto, Inteligências Artificiais, androides e robôs, mas ela se propõe desvendar nós mesmos, humanos. Os androides e robôs nada mais são do que um reflexo da humanidade: eles pensam, agem, tem livre arbítrio, amam, transam. Enfim, tudo o que um ser humano é capaz de realizar, eles realizam.
Desse modo, WW traça os limites éticos humanos, a partir de Inteligências Artificiais. É correto que seus programadores determinam como eles devem ser, qual personalidade devem possuir, se serão mais emotivos ou racionais, mas ao assistir a série, percebe-se que os robôs são mais reais do que imaginamos. E quando essa humanidade é exacerbada, ultrapassando a programação?! Por exemplo: programa-se as memórias de um robô, contudo, perde-se o controle quando ele começa a agir e pensar à sua maneira.
WW é muito mais que um mero entretenimento. Nela, temos discussões profundas relativas à tecnologia e sociedade. Até que ponto a tecnologia pode chegar? A produção demonstra do que uma impressora 3D é capaz de criar: seres humanos totalmente reais com pele, ossos, cabelos, músculos e até mesmo órgãos sexuais. A realidade retratada não é difícil de ser pensada. Um dia chegaremos nisso, se já não chegamos.
As discussões de sociedade giram em torno da seguinte pergunta: Será que seríamos capazes de conviver com IA em nosso meio? E se convivermos com eles, qual seria nossa reação e limites éticos com essas criações? O parque temático, localizado no Velho Oeste, já coloca em voga essa questão. Nele habita os androides - conhecidos como "anfitriões" - e os visitantes humanos - apelidados de "recém-chegados" pelos anfitriões e de "hóspedes" pela gerência do parque. Se por um lado, os robôs são programados para satisfazerem as vontades dos visitantes; por outro, estes não precisam seguir qualquer regra ou lei, já que estão em um ambiente fictício.
Aliás, de fictício o parque não tem nada. Os programadores de Westworld criam as mais diversas personalidades e narrativas para os seus androides, algumas delas não muito amigáveis. Há anfitriões violentos, assassinos, atiradores; também há dóceis e amigáveis, como a misteriosa Dolores; boêmias e prostitutas, como Clementine e Maave. Os programadores definem cada passo dos robôs, mas tem horas que isso sai do controle, criando narrativas e histórias de outra programação.
Eles definem o toque do piano do bordel, que tem suas teclas tocadas automaticamente, bem como a morte dos anfitriões. Eles podem morrer e renascer por diversas vezes. Quando são desativados, são enviados para a "fábrica" - onde serão reprogramados. Outros androides são construídos também.
Lá, passam por novas reprogramações de memórias e personalidade. Essa fábrica é onde realiza-se as mais incríveis criações e sonhos. Nos deparamos com uma infinidade de robôs, de diferentes tipos e aparências, que servirão para promover entretenimento aos visitantes do parque temático.
Os programadores são sonhadores e deixam a imaginação à flor da pele no processo de criação. Tudo transcorre muito bem, até que a nuance implementada por uma atualização de firmware (O pessoal de TI saberia explicar melhor!) modificará o sistema tradicional dos robôs e fará com que acessem memórias dormentes, saiam do roteiro programado e pensem por conta própria.
Até o momento, o parque tinha uma rotina e lógica. O que acontece quando os robôs acessam essas memórias? Será que serão equiparados aos seres humanos? Será que uma guerra entre máquina e humanidade irá se instaurar? Novas narrativas e possibilidades poderão acontecer.
WW é cheia de reviravoltas que te deixarão perplexo até umas horas. É cada revelação, que você não conseguirá levantar da poltrona. Além disso, as discussões propostas pela série te deixarão pensativo. Afinal de contas, qual a diferença de um robô e um ser humano? Até que ponto é programação e/ou vontade própria? Bernard, um dos personagens, me fez pensar nisso tudo e me confundiu (Ok, sem spoilers! rs).
Aspectos técnicos
Westworld é um sci-fi/drama americano transmitido pela HBO, que conta com 10 episódios em sua primeira temporada. A série foi baseada no filme homônimo de 1973, de Michael Crichton, e também em sua continuação (Futureworld, 1976).
A série conta com o roteirista do filme original e Jonathan Nolan (Person Of Interest) e Lisa Joy (Burn Notice). A produção executiva fica com o brilhante J.J. Abrams (Fringe, Lost e Star Treck), Bryan Burk e Jerry Weintraub.
WW é sci-fi, mas muito mais que isso. Percebe-se que a série baseia-se em outras já consagradas produções, como a inteligência das máquinas de Person Of Interest e a tecnologia e ciência absurdas (mas que fazem todo sentido) de Fringe. Não é difícil imaginar essas referências, até porque as pessoas que as realizaram, produzem WW. Mas aqui eles inovam e trazem outros conceitos bem diferentes do universo tecnológico e ficcional que já conhecemos.
Merece destaque a atuação de androide dos atores. Vez ou outra você dirá "É uma máquina. Não, é um humano. Não, é uma máquina", tamanha é a veracidade. As meninas ficarão perturbadas em ver a bunda do Rodrigo Santoro (E não serão poucas às vezes que ela aparece!) e se questionarão se ela é do ator ou do robô. Acreditem: Isso confunde!
O drama traz locações e fotografias espetaculares. Os figurinos dos habitantes do Velho Oeste estão impecáveis. As cenas de bang bang são de tirar o fôlego, assim como os efeitos visuais. WW mostrou que é possível misturar duas épocas e o resultado disso ficou incrível.
A trilha sonora também merece destaque, assim como a abertura da série com um instrumental de piano.
A primeira temporada de WW teve um orçamento bastante salgado: U$S 100 milhões (sendo que cada episódio teve o custo de U$S 8 a U$S 10 milhões).
Audiência
A recepção da primeira temporada foi bastante positiva: índice de aprovação de 88% entre 70 críticos do Rotten Tomatoes. Cada episódio teve uma satisfação de 94% e a média variou de 8,1 de 10 na pontuação.
Sobre a segunda temporada
Ela já está em desenvolvimento e poderá trazer outros parques temáticos.
Então, essa é a dica do Quinta de série de hoje: uma ficção científica bem diferente! J-J
Por: Emerson Garcia
Nunca assisti essa série. Interessante.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
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Eu não fazia ideia de que era sobre isso a série! Minha amiga me indicou mas até agora não tive a chance em assistir, mas quero muito parece muito interessante. Gostei de você não conseguir perceber qual parte é humano e qual parte é robô, acho que é uma série bem inteligente.
ResponderExcluirwww.vestindoideias.com
Muito inteligente. Tem umas sacadas bem interessantes e intrigantes. Fiquei envolvido com a história apesar de não ter entendido alguns termos de tecnologia.
ExcluirOlha, estou no quinto episódio, apesar de estar gostando muito, estou com certa dificuldade de continuar, os episódios muito longos me fazem travar mas, vou terminar.
ResponderExcluirEssa é a marca da HBO e da Netflix né? Episódios longos. Confesso que tiveram alguns que pareceram filmes mesmo rs
ExcluirInfelizmente não consigo ver séries :)
ResponderExcluirUm beijinho no coração, fica com Deus!
♡ Diamonds In The Sky, Daniela Silva
Oieee! Eu ainda não conferi a série, mas acho que ela levantes ótimas questões e boas reflexões. Fico feliz que terá uma segunda temporada e gostei bastante da abertura!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
A abertura arrepia qualquer um!
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