terça-feira, 16 de maio de 2017

Qual é a solução para o fim do racionamento de água no Distrito Federal?




Atualmente o Distrito Federal vive uma das maiores crises hídricas de sua história. O racionamento começou em janeiro desse ano (16) e já perdura por 4 meses. O racionamento de água foi a primeira solução imposta, mas agora é preciso que outras entrem em cena para por fim a essa situação atual.

O DF conta com cinco reservatórios independentes (Santo Antônio do Descoberto, Santa Maria e outros 3), sendo que o mais prejudicado no início foi o de Santo Anto Antônio Descoberto, que inclusive abastece a região onde vivo (Ceilândia). Só para se ter uma ideia, em janeiro o reservatório estava com 20% de água (hoje já se encontra com cerca de 60%).  Veja a mensagem que o Governo do Distrito Federal (GDF) colocou em sua fanpage alguns dias antes da medida entrar em vigor:






Com o decorrer do tempo, o racionamento chegou até outros locais - como a parte que faltava de Santa Maria, cidade de um dos colaboradores do blog. Lembro-me que na época o escritor do JJ me disse que a medida não havia chegado lá. As últimas regiões onde adotou-se as medidas foi a área central do Distrito Federal - que engloba as Asas (Sul  e Norte), Lagos (Sul e Norte), Sudoeste, Cruzeiro, entre outras cidades.

No início do racionamento, muito perguntou-se ao GDF o motivo de algumas regiões não terem aderido à medida. O governo respondeu (também em sua fanpage) que isso não tinha a ver com aspectos socioeconômicos das cidades, mas com técnicos:





No presente momento, o Distrito Federal em peso está sob o vigor do racionamento. Com a aproximação da seca, já apresentou-se uma nova solução: uma suspensão dos recursos hídricos de dois dias na semana e um possível aumento da taxa nas contas da Caesb (Companhia de Água e Esgoto de Brasília), que já foi descartada recentemente pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa). Pelo menos na Barragem do Descoberto - que oferece recursos para cerca de 60% da população do Distrito Federal - os níveis de água ainda estão baixos. Meteorologistas apontam que só choverá com intensidade em setembro. Ou seja, o racionamento pode durar até o fim do ano e tornar-se mais rigoroso.


Efeitos

Com certeza a população do DF não quer essa solução, mas sim o fim do racionamento. O cidadão de bem não quer ouvir do governo que esse é um transtorno, mas sim que a situação se resolverá da melhor forma. 

Ao meu ver, os mais prejudicados é a população de baixa renda que não tem condição de comprar uma caixa d'água de 2 mil litros (o preço dessas elevaram-se bastante ultimamente!) ou de fazer ligações hidráulicas para que nunca falte água. Esta tem que carregar baldes de água para banhar, lavar louça e o mais complicado: fazer o asseio da região interna do bumbum, sem água corrente, de modo que não fique com mau cheiro depois! 

Já a classe alta, tem sentido os efeitos do racionamento quase que minimamente, afinal, nas suas incríveis mansões devem existir caixas com litros e litros d'água e nem mesmo os empregados precisam aventurar-se para carregar baldes! Seria interessante ver um político com um balde d'água para se banhar, mas jamais veremos essa cena.

A culpa desses efeitos, em minha opinião, não é da população nem do desperdício de recursos hídricos, mas sim da falta de políticas e planejamento adequados. Agora é fácil para o GDF lançar a campanha para economizar água com o bonequinho chamado "Gastão", que mais parece o retrato daquele político que gasta e desperdiça dinheiro público!




Soluções

Semana passada  (11) participei de uma reunião onde foi discutida uma parte da solução para o fim do racionamento de água no Distrito Federal: a retomada da obra de Corumbá IV que fornecerá água para a região sul do Distrito Federal (Santa Maria, Gama, entre outras cidades) e uma parte do estado de Goiás. A obra será financiada pelo GDF, governo de Goiás e União. O GDF fornecerá o aporte de R$ 500 milhões. Durante o encontro, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, disse o seguinte:

"Conseguimos um empréstimo de 500 milhões de reais para reiniciar a obra de Corumbá IV. Só havia o canteiro. Tivemos a visão da necessidade dessa obra para o abastecimento de água necessário para a qualidade de vida. O sistema gerará 5600 litros de água por segundo. Vamos entregar a obra antes do prazo, o mais rápido possível".


A previsão é que a obra seja concluída em meados de 2018, por volta de setembro, e atenda a sociedade (pelo menos da região sul do DF) até em 50 anos.

Pude participar da vistoria da obra de Corumbá IV, juntamente com o governador Rodrigo Rollemberg e o governador do Goiás, Marconi Perillo. Fiquei deslumbrado com toda a estrutura suntuosa (tanques de águas enormes e canos de larga espessura). Me parece que será uma obra inteligente e que virá para atender aos anseios da população. Abaixo vocês podem ver algumas fotos que registrei:











Obra grandiosa, não é mesmo? Contudo, Corumbá IV não é a ÚNICA solução para a falta d'água no DF. Veja o que o superintendente de Obras da Caesb, Danger Alncar, disse em entrevista ao Correio Braziliense em matéria publicada no final do ano passado (com grifos):

Corumbá sozinha não é a solução. Nosso outro projeto é captar água da Bacia do Paranoá, mas essa obra depende da liberação de recursos do Ministério das Cidades. O que os novos sistemas vão fazer e fracionar melhor a água”.


O fato é que Corumbá IV só atenderá cerca de 30% da população do Distrito Federal. Ainda não existe uma solução plausível para 60% da população, que abrange a cidade onde moro. Corumbá IV só será o primeiro desafio a ser vencido. Ainda tem muitos outros. J-J


Por: Emerson Garcia

7 comentários :

  1. Emerson
    Racionamento de água, eu vivi isso sempre em Recife ahahah Onde não tem água e como boa nordestina sempre economizamos água.
    Bom espero que passe esta fase logo e que saia tudo bem.
    Beijos,
    DMulheresInstagramFanpage

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    Respostas
    1. No nordeste a situação é mais complicada né? Também espero que passe logo.

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  2. É um assunto de extrema importância e que está em alta! Gostei. :)

    Blog: O Planeta Alternativo

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  3. Fico tão triste por ver as coisas assim, tendo economizar o máximo de água possível por aqui. ❤

    www.kailagarcia.com

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    Respostas
    1. Aqui a gente sempre economizou também. Nunca esbanjamos. Não entendo como a culpa só é da população.

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  4. Não conhecia essa realidade , acho chato ver que com tanta modernidade algo assim acontece!

    http://www.cherryacessorioseafins.com.br

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