Britannia: o símbolo personificado do Reino Unido | Imagem de internet
Pessoal, ainda estou na França matando saudades do lado gaulês de minha família e acompanhando os jogos da Eurocopa e torcendo para Portugal e França chegarem a final (bate coração!). Volto ao Brasil depois do campeonato europeu de futebol. O blog Jovem Jornalista em poucos dias entrará em seu merecido recesso, mas não poderia me calar sobre o que vejo tanto daqui - quanto da mídia brasileira - sobre o referendo britânico.
Se você acompanha a mídia brasileira acerca do referendo sobre a permanência ou não do Reino Unido está sacramentado como “verdade” que os votos a favor do Brexit (uma amálgama das palavras Britain+Exit – ou seja, a saída da nação da União Europeia) foram erros fatais. Só que não é bem assim.
Meninos e meninas, a Brexit foi a mais acertada decisão do povo britânico, e o resto não passa de choradeira de grupos globalistas e da imprensa esquerdista. O bloco europeu é mais uma dor de cabeça e um empecilho, tanto para os bretões quantos para os outros países do bloco. Decisões de uns gatos pingados de burocratas em Bruxelas pisam em cima das particularidades de cada nação.
Refutando
O Reino Unido foi feliz em optar pela liberdade do que se deixar engolir pelos desmandos externos. A imprensa usa do medo, da desinformação, do terrorismo midiático e - principalmente - do preconceito para convencer o cidadão mediano comum de que a decisão a favor do Brexit foi a mais equivocada. Vejamos:
1 – A Escócia e Irlanda do Norte votaram em peso para ficar na UE: a mídia coloca este mapa para te levar a crer que as duas nações do Reino Unido foram mais a favor do Remain (permanecer na União Europeia) do que o Brexit. Veja:
A mídia te mostrou isso... | Wikipédia em português
Mas, o que a mídia brasileira nunca vai te mostrar são estes mapas aqui:
... E isso a mídia nunca vai te mostrar. | Wikipédia em português
A verdade é: houve uma votação apertada na maioria das regiões da Escócia e Irlanda do Norte do que esmagadora. A maior parte das votações foi em torno de 55 e 60%, e este índice só aumenta nas regiões metropolitanas. Tomo como exemplo as regiões de Aberdeenshire (Escócia) e de North Down (Irlanda do Norte) que tiveram votos equilibrados. Veja no gráfico a seguir:
Votações apertadas em regiões da Escócia e Irlanda do Norte derruba mito de “votação em massa” em favor da União Europeia | BBC
Você pode consultar região por região neste link do site da BBC.
2 – O Reino Unido vai se dar mal sem a UE: a curto prazo qualquer previsão é mero papo de botequim, mas se olharmos em conta a história desta nação, suas tradições e a forma que lidou com as adversidades verá que essa foi a melhor decisão tomada a curto prazo. Fico com as palavras do jornalista Felipe Moura Brasil em seu artigo detalhadíssimo no site de Veja sobre esta questão:
“A UE não ensinou o Reino Unido a fazer comércio, muito pelo contrário. E se o país souber fortalecer seu capital cultural, tende a reverter efeitos negativos imediatos da economia com muito mais consistência em longo prazo, como aconteceu com todas as nações que historicamente colocaram a conquista da inteligência e da liberdade à frente da ambição financeira.”
Este país sobreviveu aos caprichos de dois tiranos contra a submissão imperialista (Napoleão com o “Bloqueio continental” e Hitler com as tentativas de ocupação da ilha). Este arquipélago europeu, de território tão pequeno, conseguiu colonizar ¼ da terra, impôs seu idioma ao mundo, pressionou a abolição da escravatura no ocidente e ainda derrotou a gigante Argentina na Guerra das Malvinas (1982). O que temer daqui para frente?
O youtuber Professor Maro detalha melhor a situação no Reino Unido com bases históricas. A curto prazo virá as dores, mas depois da tempestade, a bonança. Muito melhor do que qualquer analista da GloboNews:
Quem reclama mesmo são aqueles que, por exemplo, vão perder negócios, como o ministro das Relações Exteriores Charles Montgomery Burns José Serra em entrevista a Rádio Bandeirantes, mochileiros que serão obrigados a estar com seu passaporte em dia e globalistas que queriam ter a nação uma província de Bruxelas.
3 – A Escócia vai se separar e a Irlanda do Norte se unificará com a República da Irlanda: pessoalmente, não creio muito nisso porque levo em conta a história destas duas nações formadoras do Reino Unido. A IRLANDA DO NORTE é o resultado da resistência protestante da região de Belfast frente ao lado católico e independentista de Dublin. Os tratados anglo-irlandês de 1921 e o de Belfast em 1998 apaziguaram as questões entre os povos das duas ilhas britânicas.
Sobre a ESCÓCIA, me baseio no resultado do referendo da independência de 2014 onde o Better Together (Melhor Juntos) venceu Yes Scotland (Sim a Escócia) em 55,30 % contra 44,70%. No mapa do referendo de 2014 mostra que os simpáticos à independência escocesa se concentravam nas regiões metropolitanas, enquanto o restante do país optou pela manutenção da união. Veja o mapa a seguir:
Mapa do referendo escocês em 2014 onde venceu a manutenção da união com o governo de Londres | Wikipédia em português
P.S.: confira os dados da votação de 2014 no link da Wikipédia em língua inglesa onde faço a ressalva em minha opinião, pois a votação em cada região foi equilibrada. (aqui)
Afinal de contas, a decisão dos leões do mar inspiram outros países do bloco para se retirar da União Europeia como França, Holanda Países Baixos, Áustria e Dinamarca. Com a provável ausência de nações importantes, será que seria bom para a escoceses e norte-irlandeses ficar sob a tutela de Bruxelas desse jeito?
4 – Recolheram-se assinaturas para um novo referendo: qualquer um que saiba ler e escrever pode assinar uma petição na rua ou na internet – esta última sob identidades falsas. Quem garante para mim a autenticidade desse abaixo-assinado?
Desinformação e uso do preconceito da imprensa para defender o lado pró-europeu
A imprensa não informa o que ocorre no paí sobre o referendo e seus desdobramentos. Vamos pegar um caso específico para explanar o que acontece a quem se informa pela imprensa tradicional.
No último sábado (25 de junho de 2016) no Jornal Nacional da Rede Globo ficou patente que se pode usar da desinformação e preconceito para defender o lado pró-europeu, invalidando o referendo e suas razões. A jornalista Cecília Malan atribui o fato de a maioria votante ser mais velha e branca – portanto fica na inconsciência do telespectador médio que os racistas e velhos retrógrados decidiram os rumos da nação. Do vídeo de sua matéria (abaixo), retiro suas principais falas (com grifos):
“Os jovens britânicos queriam ficar, afinal o futuro é deles e a Europa é um mundo de oportunidades.”
“Há 30 quilômetros de distância (Hackney, bairro de Londres) outro bairro: Harlow Town, aqui os moradores são majotariamente ingleses brancos. Todos os funcionários desse café são estrangeiros, já alguns clientes votaram pra abandonar o bloco europeu justamente por conta da imigração.”
As imagens que ilustram o vídeo a respeito de Harlow Town “traduz” a fala da repórter. A mensagem é clara: foram um bando de anciãos preconceituosos que querem enxotar os estrangeiros do Reino Unido. Antes, ao mostrar Hackney vê-se jovens e um ar cosmopolita junto com uma jovem “ter vergonha” do seu país.
Para refutar esta falsa impressão sobre o que queriam dizer sobre os estrangeiros, relembro a série de três textos que escrevi sobre a ameaça islâmica ao Ocidente no mês de fevereiro deste ano (PARTE 1, PARTE 2 e PARTE 3). Para quem está com preguiça de ler três longos textos quer ver a realidade das coisas, mostro estes três vídeos de que o islã não se adaptou aos costumes britânicos, e sim o contrário. Há guetos e bairros onde a lei islâmica – a Sharia – se consolida por conta da brecha em uma legislação britânica de 1996. Confira:
O terceiro vídeo demonstra um dos motivos de o porquê da maioria dos britânicos votaram pela Brexit: os próprios nativos não se sentem mais pertencentes ao seu país. O islã não reconhece fronteiras e muito menos a “diversidade”. Um grupo de cristãos que foram xingados – e uma mulher chamada de p*** – reunidos e dizendo umas verdades inconvenientes sobre o profeta Maomé, quase foi linchado e teve que ser escoltado pela polícia. Veja:
Retornando a matéria de Cecília Malan, ela dá razão e autoridade aos jovens sobre suas razões a votarem pelo Remain. Nos três textos que escrevi, deixei claro que “um mundo de oportunidades” que está na parte continental da Europa, é o de ficar calado, se submeter às leis islâmicas e de torcer para não morrer se descobrirem que você é gay, por exemplo.
O jovem por si só não é - e nem deve ser considerado - um ser capaz de saber sobre todas as coisas do mundo. Os jovens vão envelhecer e reterão as coisas que fazer e não fazer. Para a jovem e bonita jornalista Cecília, deixo as falas de seu jovem colega de profissão Felipe Moura Brasil no seu mesmo texto “lincado” anteriormente (com grifos):
“A geração que lutou contra Hitler deixou para as gerações seguintes uma pergunta incontornável a ser feita diante da opção de entregar a soberania a qualquer corpo político transnacional composto por burocratas não eleitos:
– Valeu a pena lutar para depois simplesmente se render?”.
Oscar Wilde falou: “a experiência é o nome que damos aos nossos erros”. Não foi por acaso que o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues recomendou aos jovens que “envelheçam depressa”. Usar do preconceito aos mais velhos é tão horrível quanto inválido ao justificar o voto pelo Brexit. Levar milhões de telespectadores a esse erro é um crime contra o direito a informação e não apenas se ater a veracidade dos fatos.
Então, para não dizer que apenas critico, e como um senhor mais velho que Cecília Malan aconselho: MENINA, POR FAVOR, APRENDA COM SEUS ERROS E “ENVELHEÇA” DEPRESSA!
E essa frase se aplica a qualquer jornalista que recuse levar a real notícia, OK PAL?! Por falar em pessoas mais velhas, deixo este vídeo de Olavo de Carvalho sobre a uniformidade da mídia e por que certos veículos de comunicação falam a mesma coisa. Aprecie:
Para encerrar: o que está em jogo no Reino Unido é muito mais que dinheiro, acordos comerciais e meras formalidades aduaneiras. A liberdade e a preservação da identidade nacional estão em xeque. A integração das nações são importantes, sim, para o fortalecimento regional, mas quando blocos políticos e econômicos supranacionais são mais soberanos do que uma nação, é melhor voltar à estaca zero. Assim diz o primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán – chamado interminavelmente pela imprensa de “xenófobo da extrema-direita” ao falar verdades inconvenientes da União Europeia:
O Reino Unido tem suas potencialidades culturais, políticas e econômicas o suficiente para não temer o futuro. A nação terá sabedoria em fazer acordos com a União Europeia para evitar armadilhas e arapucas. O preço da liberdade é mais alto que meros economicismos.
Ufa! Agora eu vou curtir os jogos da Eurocopa em paz. Até mais, pessoal e “God save the Queen!”. J-J
P.S.: Quer mais informações que a GloboNews nunca vai te revelar? Leia este texto esclarecedor do site Senso Incomum aqui. E Mais: político britânico diz umas verdades ao “Manda-Chuva” da União Europeia:
Por: Pedro Blanche
Olha agora vi a realidade! O que é passado pela mídia e uma mera ponta de iceberg no qual em cima da água só querem que apareça o lado contra a saída do Reino Unido da União Europeia. Gostei bastante de saber da real história.
ResponderExcluirMuito bom e vamos ver como vai o andar da carruagem...
Beijos
neversaynever-believe.blogspot.com.br
Me sinto recompensado quando consigo passar a mensagem. Letícia, por obséquio, compartilhe em nome do equilíbrio da informação. Beijos "procê" também. | PEDRO BLANCHE
Excluircaralho,blog muito bom.
ResponderExcluirContinue assim.
Victor, valeu. Espalhe este texto e não deixe esta informação morrer. | PEDRO BLANCHE
ExcluirOiii
ResponderExcluirUau...muito top sua matéria!
Bjos
http://diariodalulu.blogspot.com.br/
Oiii Luciana. Valeu demais! Beijos para ti também. | PEDRO BLANCHE
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