quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Quinta de série: Chespirito - sem querer querendo

 Pode conter spoilers!


Se você é adulto deve ter crescido com os episódios de Chaves e Chapolin. Não tem como não sorrir e se divertir com as cenas e piadas, mesmo que elas tenham se repetido demasiadamente. No Quinta de série de hoje falo da produção Chespirito: sem querer querendo, um drama biográfico mexicano, criado por Roberto Gómez Fernandez e dirigido por Leche Ruíz, Rodrigo Santos e Julián de Tavira. A produção é inspirada no livro autobiográfico de Roberto Gómez Bolaños Sem querer querendo. A série estreou no serviço de streaming Max no dia 5 de junho de 2025. O elenco conta com Pablo Cruz Guerrero, Ivan Arango, Dante Aguiar, José Pablo Montaña, Ilian Emilio Gallea Ballesteros, Barbara López, Andrea Noli entre tantos outros. A produção conta com 8 episódios.

A série mistura fatos e ficção, baseados em cenas cotidianas do grande mestre da produção. Funciona como um documentário biográfico, com bastante encenações e representações. Você sorri, reflete, sente o drama e se emociona com todas as histórias e perrengues de Roberto Gómez Bolaños. A série enfoca na carreira de Bolaños como escritor, ator, diretor e produtor, explorando os bastidores da criação de suas obras mais conhecidas, como El Chavo del Ocho e El Chapulín Colorado. Também aborda aspectos de sua vida pessoal e o impacto duradouro de sua obra no entretenimento latino-americano.

Ela é produzida pela THR3 Media Group em parceria com a Warner Bros. Discovery. A supervisão e colaboração ficam a cargo de Roberto Gómez Fernández, filho de Roberto Gómez Bolaños. O projeto conta com o apoio do Grupo Chespirito, responsável pela administração do legado do ator e comediante mexicano.

É uma produção que tem o DNA de Bolaños, com muitas similaridades e um cuidado de retratar como tudo aconteceu, com bastante verdade e veracidade. Um fato interessante é que a série contou com a colaboração e produção de Édgar Vivar, intérprete do Senhor Barriga. Ele apresentou informações sobre a vida de Bolaños e os bastidores do seriado para a produção. Além disso, fez uma participação especial na série interpretando Agustín P. Delgado, diretor de cinema que deu a Bolaños o apelido de Chespirito - uma espécie de Shakespeare do México. Já a atriz María Antonieta de las Nieves, intérprete de Chiquinha, também participou da produção. Ela também ajudou a atriz Paola Montes a interpretá-la na série e fez uma participação especial interpretando uma secretária.


Um fato louvável que a série possui é que os atores escolhidos para encenarem são muitos parecidos com os atores reais. Além disso, você se sente nostálgico ao relembrar cenas memoráveis e finalmente compreender o início e o motivo de Chapolin Colorado e revisitar os episódios famosos de Chaves em Acapulco.

A série alcançou o primeiro lugar no streaming em toda a América Latina, tornando-se a produção latino-americana de maior sucesso da história da HBO Max. Além disso, em seu primeiro mês após a estreia a produção ficou entre os cinco títulos mais assistidos no streaming em todo o mundo.


Bolaños entrou nas casas de milhares de famílias de toda a América Latina com seus mais de cem personagens. A produção é um mosaico de esquetes que deram vida a personagens que atravessaram gerações - e fronteiras. Ela é um verdadeiro laboratório de comédia popular.

O programa Chespirito, transmitido originalmente de 1970 a 1995, era formado por diferentes quadros, cada um com seu universo próprio. Entre eles: Chapolin Colorado, Chaves, Los Caquitos, e personagens menos conhecidos no Brasil, mas queridos no México, como o Doutor Chapatín e o policial Matute.

Seu diferencial é sua capacidade de criar humor a partir de situações do dia a dia, explorando trocadilhos, mal entendidos, expressões corporais e gestos. É o tipo de comédia que não depende de contexto local para ser entendida - e por isso conquistou tantos países. Mesmo com recursos técnicos simples, a série se apoiava em personagens cativantes e roteiros bem construídos, que se tornaram parte da cultura pop latino-americana. 

No Brasil, grande parte dos quadros chegou via Chaves e Chapolin, exibidos pelo SBT. Mas Chespirito como programa tinha ainda mais amplitude, mostrando a versatilidade de Bolaños como ator, roteirista e criador. Atualmente, seus personagens continuam vivos na memória afetiva e até em adaptações animadas, eventos de fãs e produtos licenciados. É prova de que humor - quando é humano e genuíno - não envelhece. 

A série é uma forma de explorar o universo expandido de Bolaños e compreender como ele produziu tantas figuras icônicas. Para quem nunca viu, é mergulhar em um humor atemporal, que ainda provoca risadas (e um pouco de nostalgia). E você? Qual personagem de Chespirito mais marcou sua infância? Me conte e vamos trocar lembranças - com ou sem anteninhas de vinil. J-J



Por: Emerson Garcia

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