quinta-feira, 31 de julho de 2025

Quinta de série: Investigação Criminal (Prime Video)

Pode conter spoilers!

Curte séries de true crime? Então, Investigação Criminal da Prime Video é uma boa opção. A produção foi criada por Carla Albuquerque e Beto Ribeiro e também dirigida pela dupla. Atualmente, possui 11 temporadas, totalizando 94 episódios, além de 5 especiais. Os capítulos são completos e com duração de 45 minutos, em média, mas sempre fechando todas questões e incógnitas.

Na produção você vai conferir como delegados, peritos e legistas conseguiram encontrar respostas para duas perguntas principais: como aconteceu? quem matou? Tais perguntas estão ligadas em crimes que abalaram o país e mexerem com a opinião pública.

A essência do programa é documental, além de trazer os principais bastidores das investigações dos crimes que mais chocaram o Brasil. Os elementos e fatos desconhecidos de seus respectivos inquéritos são ordenados e apresentados com precisão por intermédio de entrevistas com delegados, peritos criminais e legistas e outros profissionais envolvidos nos casos.

Crimes de grande repercussão nacional foram expostos, tais como dos Nardoni, dos Richthofen, maníaco do parque, da Mércia Nakashima e do cartunista Glauco e o resultado final é um bom documentário em tela.  


Medialand é a produtora do seriado, que vale a pena ser visto e revisto pelo alto teor de profissionalismo, verdade e seriedade com o qual o projeto fora criado. Investigação Criminal traz conhecimento sobre a cronologia dos fatos, motivação, contexto e detalhes técnicos e científicos das investigações de crimes que chocaram o Brasil. Além disso, apresenta elementos desconhecidos dos inquéritos. Fica aqui a dica de hoje. J-J



Por: Emerson Garcia

Quinta de série: Dr. Death (podcast)

Pode conter spoilers!


Hoje é dia de falar do podcast Dr. Death (em português, Dr. Morte). A produção da Wondery conta a história do neurocirurgião Christopher Duntsch. A versão em português é distribuída pela mesma plataforma. O podcast está disponível no Spotify, em 10 episódios.

A produção é sobre Christopher Duntsch, um médico que causou danos graves a 33 pacientes e ocasionou a morte de 2, e sobre o sistema que falhou em protegê-los. O podcast original foi lançado em inglês em 2018 e a versão em português conta a mesma narrativa chocante sobre o caso.

Ficamos mais suscetíveis quando vamos aos médicos. Há certa confiança em quem está com o bisturi em mãos. Confiamos no hospital e no sistema. O médico Christopher Duntsch era um neurocirurgião que irradiava confiança. Ele afirmava ser o melhor de Dallas. Se você tivesse dor nas costas e tentasse de tudo, o dr. Duntsch poderia fazer a cirurgia da coluna para acabar com sua dor. Não demorou muito para seus pacientes começarem a apresentar complicações e o sistema de saúde não foi capaz de protegê-los. O que invocou a pergunta: a quem - ou o quê - esse sistema foi feito para proteger?

O podcast foi apresentado, na versão em português, por Laura Beil. A série estreou em 4 de setembro de 2018 e durou até 13 de dezembro de 2018. Para promover o podcast foi alugado um outdoor em frente ao Baylor Scott & White Medical Center em Plano, no Texas, mas, devido a reclamações, ele foi coberto. O Baylor Plano negou qualquer envolvimento na remoção do outdoor.

Dr. Morte recebeu críticas em sua maioria positivas. A revista GQ Maganize o classificou como "o podcast mais assustador do ano". E realmente é assustador, você se insere na série e sente a dor e a tragédia dos pacientes desse doutor. Ao ouvir a produção, me remeteu a vários casos conhecidos e familiares sobre procedimentos cirúrgicos que não obtiveram êxito e isso é o mais aterrorizante e chocante.

Em 3 de outubro de 2018 foi anunciado o início do desenvolvimento da série televisiva pela Universal. Patrick Macmanus, o showrunner de Happy! assumiu a produção executiva e escreveu o roteiro.


Dr. Death não é uma ficção, é um enredo real de um dos podcasts true crime mais impactantes dos últimos tempos. O programa tornou-se um fenômeno e um alerta global sobre confiança, ética e falhas grotescas no sistema de saúde. Assim sendo, o horror vestiu um jaleco e atendeu com um sorriso! Detalhes estarrecedores foram expostos: como um médico despreparado (e perigoso) pôde operar por tanto tempo sem ser detido? A resposta encontra-se, justamente, em falhas burocráticas, interesses financeiros, vaidade profissional e um enredo que, se fosse ficção, seria tachado como exagerado.

Este é um true crime distinto que não foca num serial killer de becos escuros, mas sim em um horror real, institucional e sistemático. O mal aqui usa jaleco, diploma e fala com voz doce.

Laura Beil possui uma narração firme - investigativa, ética e sensível - dando o tom certo à trama: um jornalismo de altíssima qualidade embalado como série de suspense. As entrevistas com promotores, vítimas, médicos e especialistas dão profundidade à narrativa. Cada episódio é uma peça de um quebra-cabeça que termina com a pergunta: quantos outros Dr. Deaths estão por aí?! E eu posso dizer que há vários!

O ritmo da produção é viciante e envolvente. Você pode ouvir a produção na rua, no caminho de casa, dentro do ônibus ou no carro. Mas atenção: é preciso ter cabeça fria e estômago, pois os erros são irreversíveis, os relatos duros e a frustração com o sistema constante.

Contudo, mais do que chocar, a série propõe reflexão. Do tipo: até onde vai a confiança que damos a profissionais "intocáveis"? Quais são os limites do poder institucional? E quem protege o paciente quando o sistema falha? Se você curte de podcasts que entregam tensão narrativa, investigação séria e impacto emocional, este é obrigatório.

Você já ouviu Dr. Death? O que mais te chocou nessa história? Conta pra gente nos comentários e recomenda outros true crimes que viraram séries de fone! J-J


Por: Emerson Garcia

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Sustentart Centro de artes: conheça os cursos!

Já pensou em participar de oficinas de arte gratuitamente? O Centro de Artes da Vila Telebrasília oferece essa possibilidade. O intuito é capacitar as pessoas por meio da arte, incluindo oficinas de desenho e processo criativo, pintura, mosaico, canto coral, xilogravura, cerâmica e arte no papel. As aulas são presenciais e terão início na próxima semana, dia 4 de agosto de 2025.

O projeto Sustentart é patrocinado pelo FAC (Fundo de Apoio à Cultura) da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Além das oficinas, o projeto busca promover a transformação social, sensibilidade e expressão por intermédio da arte, com foco no acolhimento e na criação coletiva.

150 jovens e adultos demonstraram interesse em participar das formações oferecidas, ocasionando num record de inscrições. Tais pessoas terão as oportunidades de aprendizado e criação ampliados. Além disso, o projeto promove a expressão criativa e a experimentação artística, fomentando o desenvolvimento coletivo e pessoal dos participantes.

Ao final do ciclo formativo, os alunos apresentarão suas criações em uma exposição coletiva e uma apresentação musical na galeria MD Azevedo, além de ter suas obras reunidas, em um catálogo impresso. Isso não apenas gera visibilidade aos talentos locais, como também fortalece a cena cultural do DF.

Com um foco em sustentabilidade e inclusão social, o Sustentart reafirma o compromisso do Centro de Artes em democratizar o acesso à cultura, especialmente para aqueles em situação de vulnerabilidade social. A proposta é uma integração de desenvolvimento sustentável, arte e educação, promovendo a transformação social por intermédio da cultura.

Para mais informações e inscrições, você pode acessar o link na bio do Centro de Artes no Instagram ou entrar em contato com o site. J-J


Por: Emerson Garcia

terça-feira, 29 de julho de 2025

Exposição 'Arte Negra não pede licença'



No dia 25 de julho de 2025, no Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, aconteceu a estreia da exposição Arte Negra não pede licença na Galeria do Centro de Artes na Vila Telebrasília. O evento foi uma celebração da criatividade e de expressão de mulheres negras, com a participação de 12 mulheres negras artistas plásticas do Distrito Federal.

A noite contou com coquetel, roda de conversa e uma apresentação musical sensacional da cantora e multinstrumentista Luiza Marta. As artistas que tiveram suas obras expostas foram Ana Paula Santos, Shirlene Pérola Negra, Daniella Santos, Gloria Mariete, Jesus Evangelista, Laylla, Marisa, Negra Raysa, Vania Cardoso e as in memoriam Mali Garcia e Gildred. A curadoria do projeto ficou sob a responsabilidade de Ana Monteiro. O evento contou com as presenças ilustres da ministra Edilene Lobo, primeira ministra negra do TSE, Ana Paula Coutinho e Dora Gomes, fundadora e presidente do Instituto É Possível

Ana Monteiro, a curadora da exposição, disse que estava realizando um sonho, mesmo sem a presença de Gildred. É que a ideia da exposição partiu dela e de sua amiga, que faleceu recentemente. Cada obra ali exposta trazia uma história, um grito, memória e canto.

Na abertura da exposição a casa estava cheia, com cerca de 50 a 60 pessoas e a noite foi composta por muita emoção, homenagens, votos e agradecimentos. As obras foram diversas e sempre focando na comunidade negra, bem como nas suas concepções, culturas e especificidades. As obras traduzem em símbolos, cores, texturas e formas, as conquistas, afetos, trajetórias e memórias que compõem a experiência da mulher negra na sociedade brasileira. 



A curadora Ana Monteiro falou mais do projeto, em seu discurso durante a exposição. Ela disse que o evento é um convite ao olhar e a escuta:

"São narrativas que recusam o apagamento e que reivindicam espaço, voz e reconhecimento. São produções que enfrentam o racismo estrutural e o machismo, que questionam padrões eurocêntricos de beleza e valor estético, e que reafirmam, com altivez: a mulher negra cria, pensa, transforma".


As obras expostas são pinturas, colagens, montagens e até mesmo expressões artísticas por meio de objetos e artesanatos com a utilização de linhas e formas. Cada artista possui seu próprio tom e forma de pintar, utilizar cores e objetos. Ana Monteiro falou mais disso:

"As artistas que aqui nos brindam com sua potência são herdeiras de uma longa linhagem de sabedorias que não cabem em livros de história, mas que atravessam o tempo em gestos, cores, texturas e símbolos. Ao valorizarmos suas obras, estamos também reescrevendo as narrativas sobre quem somos e quem queremos ser como sociedade".












O objetivo da exposição foi de enaltecer a mulher negra, já que ela está na base da construção afetiva, social e econômica do Brasil, seja por meio das lutas por liberdade, na criação de comunidades, na manutenção das tradições afro-brasileiras, ou na arte, que resiste e floresce apesar das adversidades. A exposição tem o intuito de inspirar a construção da arte e um país mais justo, plural e verdadeiramente democrático. A mostra não é apenas uma reunião de obras de artistas plásticas negras, mas um tributo à história silenciada de tantas mulheres que moldaram com suas mãos, corpos e vozes, a alma do Brasil, sendo um gesto político e um manifesto estético. A exposição acontece até o próximo dia 15 de agosto. J-J


Por: Emerson Garcia

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Fios da diversidade - projeto traz autenticidade e visibilidade para a comunidade LGBTQIAPN+

Hoje falo do projeto incrível, cheio de diversidade, autenticidade e visibilidade - o Fios da diversidade, do idealizador, jornalista e cabeleireiro Alex Barros. Esse projeto é uma celebração da beleza e inclusão, principalmente por conta de fios e cabelos. É uma iniciativa que oferece capacitação profissional e valorização cultural, focando em comunidades de terreiro e quilombolas. É um projeto voltado para profissionais LGBTQIAPN+ que promove cursos de cabeleireiro afro, terapia capilar, maquiagem afro, tranças e turbantes, integrando diversas comunidades e alimentando o respeito à diversidade. 

Os principais objetivos do Fios da diversidade são: capacitação profissional; inclusão e diversidade; valorização cultural; e empoderamento. O projeto permite uma apresentação das pessoas como forma de expressão, de modo a valorizar suas culturas e raízes, gerando rendas e oportunidades empregatícias para as pessoas, além de promover a inclusão e respeitando as diferenças, para termos uma sociedade mais igualitária e justa, valorizando os diferentes estilos de vida e culturas.

Este projeto tem como premissa o desenvolvimento pessoal e profissional e o fortalecimento da cidadania. O objetivo é facilitar o acesso ao mercado de trabalho, promover a autonomia e autoestima dos participantes, gerando renda e emprego e incentivando a formação humanista e empreendedora.

Os cursos de designer de sobrancelhas, cabeleiro e maquiagem terão, cada um, uma carga horária de 48 horas/aula ao longo de 12 semanas. As turmas terão, no máximo, 15 alunos e as aulas serão realizadas três vezes por semana, ministradas por profissionais com vasta experiência no mercado. As aulas ocorrem no Studio Beauty, localizado na Vila Telebrasília.

O criador do projeto possui mais de 23 anos de carreira, incluindo passagens por grandes salões como Iate Clube de Brasília e Tony Gruy-Espanha. Em entrevista, ele falou mais da ideia e concepção do Fios da diversidade“O meu objetivo com o curso é garantir que novos profissionais tenham acesso a uma educação de qualidade e a um espaço onde possam se sentir valorados e respeitados. A beleza é uma forma de expressão e todos devem ter a chance de desenvolvê-la, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero".

Então fica aqui mais sobre esse projeto tão rico e que faz a diferença na vida das pessoas! Fios da diversidade é um projeto em parceria com a Casa de Cultura Telar, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e o Studio Beauty. J-J

SAIBA MAIS

Instagram


Por: Emerson Garcia

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Quinta de série: Acampamento de magia para jovens bruxos

Pode conter spoilers!


Já ouviu falar da série que é considerada o Harry Potter brasileiro? Trata-se de Acampamento de magia para jovens bruxos que mistura drama, aventura, mistério, fantasia e pitadas de conteúdos visto em Harry Potter, mas de forma "abrasileirada". A série é infantojuvenil ou adolescente e foi criada por Flávia Lins e Silva; com roteiro de Flávia Lins e Silva e Teresa Cris Tavares; e dirigida por Mini Kerti. O elenco conta com Letícia Pedro, José Victor Pires, Duda Matte, JP Rufino, Matheus Costa e Malu Galli. A série contou com apenas uma temporada e 9 episódios, de em média 29 a 35 minutos. A série foi produzida pela Conspiração Filmes e distribuída pela Globoplay

O Acampamento Luminum, em Ondion, está de portais abertos e a adolescente Berenice está apta para fazer novas amizades, se resolver com o crush e aprimorar seus poderes. Ela só não contava com um grande mistério no caminho. Tal acampamento é voltado para jovens bruxos, com uma proposta alternativa que conecta natureza e magia. Berenice, nesse acampamento, reencontra grandes amigos como Mila e Tobby e passa a conviver com bruxos e feiticeiros de todas as origens, poderes, além de conhecer práticas de "bruxamanismo" que desconhece totalmente. Assim, Berenice deve deixar as diferenças de lado ao tentar desvendar um grande mistério que ronda a floresta do acampamento. Entre duelos mágicos, festas e descobertas do próprio poder, cada aluno de Luminum passa por seus próprios testes nessa aventura.


A série é um spin-off de Detetives do Prédio Azul, mas não vi muitas similaridades entre as produções. A série é bem bobinha, despretensiosa e deveras infantil. Na tentativa de ser um Harry Potter brasileiro, fica bem aquém. Apesar de ser uma série infantojuvenil, possui cenas LGBTQIAPN+ que podem chocar os mais conservadores. 

Os efeitos especiais e visuais também são simples, mas eficazes. Já os cenários parecem ter saído de uma mistura entre laboratórios de ciências e floresta encantada. O figurino, por sua vez, é clean, mas entrega identidade, sobretudo quando os personagens usam seus uniformes mágicos.


Acampamento de magia para jovens bruxos lembra, mesmo que pouco, Os feiticeiros de Waverly Place e Winx Club. Não pretende reinventar o gênero, mas entrega aventura leve, personagens carismáticos e lições adolescentes embaladas por pó de fada. Episódios são curtos, com ritmo ágil e lições preciosas de respeito às diferenças, convivência e responsabilidade com o que se descobre - principalmente quando se trata de magia.

A série toca em temas sensíveis, tais como: lidando com o inesperado, encontrando seu lugar no mundo, e o que fazer quando se é diferente até mesmo entre os diferentes. Há críticas discretas sobre a relação entre o mundo humano e mágico, tecnologia e natureza, regras e liberdade, passado e futuro. É uma produção que vai além da varinha.


Vale a pena ver? Se você busca uma série com pegada mágica, mensagens positivas, leve e divertida, a resposta é sim! Ela é ideal para maratonar em família ou para relembrar aquele tempo em que qualquer objeto tornava-se uma varinha. Não tem a profundidade de grandes sagas, mas pode conquistar pelo mundo encantado que constrói e carisma. 

Já viu algum episódio? Qual personagem você seria no mundo mágico? Conte nos comentários, mas cuidado com feitiços não autorizados! J-J





Por: Emerson Garcia

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Novelas que quase teriam outro nome!


No post de hoje trago novelas que quase tiveram outro nome. As postagens foram do perfil no Instagram Mundonovelas_ em que trouxe várias novelas em que quase o nome alternativo virou o nome oficial. Alguns desses nomes eu já conhecia, outros conheci a partir da postagem, sendo que me surpreendi com todos eles.

Os posts trazem o nome oficial da produção à esquerda e os nomes alternativos à direita. Alguns nomes alternativos combinam mais com a produção do que os oficiais, enquanto alguns alternativos não combinam em nada com as tramas, sendo totalmente avulsos.

Quanto mais vida, melhor iria se chamar A morte pode esperar, mas o nome não foi posto em prática, porque a novela foi lançada na pandemia e esse nome "morte" é um tema muito forte. Então, a saída foi de enaltecer a vida. Alto astral, por sua vez, teria os nomes nada comuns e diferentões Buú e Assombrações. Acredito que não foram escolhidos porque não são comerciais.









Aí temos Terra e Paixão que iria se chamar Terra Vermelha, mas o nome não foi escolhido porque já estava registrado; Amor de mãe que se chamaria Tróia, e eu até hoje não sei o motivo da escolha desse nome; e Garota do momento que se chamaria Tutti Frutti, um nome doce e solar, enquanto Salve-se quem puder, Adrenalina; e Todas as flores, Olho por olho, que até combinaria com a trama de uma garota cega.






Aí tem Cheias de Charme que até faria sentido com o título de Três Marias, já que as três protagonistas se chamavam Maria alguma coisa. E o que dizer de Fina Estampa que se chamaria Marido de aluguel? O nome tem tudo a ver com a trama né? Acredito que tem uma versão internacional que se chama assim. Paraíso Tropical se chamar de Copacabana também faria muito sentido.



Por sua vez, A favorita iria se chamar Juízo Final, e confesso que prefiro A favorita mesmo. A Dona do pedaço iria se chamar Dias Felizes e tudo que a novela não tinha eram dias felizes e alegres. E o que dizer de Pega Ladrão substituindo Pega Pega? O nome é bem forte e sugestionável e foi descartado, pois na época em que a novela se passava era ano eleitoral e o nome não pegaria muito bem, sendo uma indireta para políticos corruptos. Vale Tudo (que está no ar num novo remake atualmente) chamaria Pátria Amada, mas confesso que acho mais legal o nome Vale Tudo mesmo.  






Falso brilhante, Operação Vaca Louca, Pisa na fulô, Lady Marizete e Bom dia, Frankenstein são nomes que fogem do óbvio mas que foram descartados por nomes mais comerciais e digeríveis. 



Eu jamais imaginaria que O clone iria se chamar Começar de novo, que inclusive já tem uma novela com esse nome. Insensato coração, por sua vez, iria se chamar Lado a lado que, também, já tem uma produção com esse mesmo nome. Dinastia era um excelente nome e que foge do lugar óbvio, mas Senhora do Destino também é ótimo. E o que falar de De volta para casa substituindo Segundo Sol? É um nome e tanto. Coração de ouro, por sua vez, não tem nada a ver com Cobras e Lagartos.






Gostei muito dessas postagens no Instagram pois elas são bem curiosas. Também curti que o designer colocou os nomes descartados na mesma paleta de cores, uso de fontes e letras que a logo tradicional e oficial das produções. Espero que o designer continue postando novas produções.

E para você, algum desses títulos alternativos combinaria mais com a novela original? Qual é o seu título preferido? Diga nos comentários. J-J


Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 21 de julho de 2025

A vida é feita de momentos



A vida é feita de momentos e ciclos. Vivemos momentos em nossa vida que não voltarão mais. Aquela magia e inocência da infância foi passageira, assim como as descobertas da juventude também... Tudo na vida passa, mas o que fica é a lembrança e a saudade.

Quem dera fosse possível enlaçarmos e paralisarmos momentos e períodos de nossa vida, como se fosse um frame congelado, que ficasse eternizado no tempo e no espaço. Mas isso não é possível, infelizmente. Nós vivemos o agora e temos que aproveitá-lo porque ele é único e passageiro. Por isso, se você viver momentos bacanas, alegres e únicos na vida, deve saber aproveitá-los e guardá-los na memória do coração, pois eles jamais voltarão, o que pode haver são revivais, mas aquele momento pleno e único, jamais retornará. 

Feliz é aquele que sabe aproveitar cada instante, momento de felicidade, descoberta e alegria. E quantas vezes a gente não aproveita esses momentos, acreditando que eles podem voltar?! Mas a verdade é que cada momento é único e especial em nossa vida. Por isso, temos que aproveitar os ciclos, as pessoas que entram e outras que saem em nossa existência. Porque o que vai ficar mesmo, depois, é o espírito saudosista, aquela saudade doída, que faz a gente lacrimejar e ficar emocionado... 

A gente vive o momento agora, depois sente saudade do passado e o momento que você vive atualmente vai virar passado, inevitavelmente, e você sentirá saudades. Nada é eterno na vida e você precisa ter essa consciência. J-J 


Por: Emerson Garcia

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Quinta de série: Vick e a Musa

Pode conter spoilers!


Que tal uma comédia musical cheia de fantasia, bem família e repleta de drama e romance?! Assim é a produção Vick e a Musa, de Rosane Svartman, disponível em 2 temporadas no Globoplay. A direção artística é de Marcus Figueiredo, direção de Ana Paula Guimarães e roteiro de Bia Corrêa do Lago, Sabrina Rosa, Juliana Lins e Rafael Souza-Ribeiro. O elenco conta com Cecília Chancez, Tabatha Almeida, Nicolas Prattes, Malu Rodrigues, Dan Ferreira, João Guilherme Ávila, Jean Paulo Campos, Bel Lima, Tulio Starling, Pedro Guilherme, Anna Manuela Estevão e Cris Vianna. A série é classificada como infantojuvenil, com classificação etária de 12 anos e 26 episódios, de em média 40 minutos cada um. 

Por meio de um chamado da jovem Vicky, a chegada da deusa Euterpe, a musa da música, gera transformação no bairro de Canto Belo através da arte. Antes da chegada de Euterpe, a maioria dos espaços culturais da cidade, como o cinema e o teatro, ficaram abandonados ao longo dos anos, ocasionando na perda do encanto, afetando principalmente o astral dos moradores. No meio disso, a jovem Vick, uma artista de mão cheia, está com seu relacionamento com sua melhor amiga Laura rompido. É quando em um ato de desespero, desabafa e pede a ajuda do universo para que as coisas ao seu redor mudem de figura. A própria deusa da música virá para o planeta terra, gerando transformação nos moradores e em todo o bairro.


Vick e a musa é repleta de cenas musicais, performances musicais dos personagens e tudo mais que relembra Zoey e a sua fantástica playlist. As músicas movimentam cada cena, emocionando, arrancando suspiros e sendo motivos de alegria. 

Mas nem só as cenas musicais merecem destaque. Assim também, o enredo, personagens e diálogos. Rosane soube muito bem como conduzir sua estória, com bons ganchos e materiais. A amizade de Vick e Laura convence e é de cortar o coração vê-las separadas, os casais que vão sendo montados também são "shipáveis" e merecem a torcida. A escolha das músicas também casaram com as cenas e a seleção de músicas brasileiras dá gosto de ver. A música de abertura é uma releitura de Palco de Gilberto Gil, na voz de Bel Lima e Túlio Starling. E é uma canção que tem tudo a ver com a estória da série. 


É muito legal e interessante o universo que Rosane cria, principalmente de trazer a História Grega e dos deuses para perto de nós. O interesse de Vick por mitologia grega é surpreendente. No decorrer dos episódios, não só Euterpe surge, como outros, como o deus do teatro Dionísio e o deus dos deuses, Zeus. 

Cada personagem da série possui um talento que é trabalhado e explorado por Euterpe, a deusa da música. Tem aquele que tem talento para música, dança, teatro e até mesmo desenho, mostrando que na vida temos inúmeros talentos e não podemos enterrá-los, deixando-os sempre visíveis e disponíveis para fazermos a diferença na vida das pessoas.

Se você curte séries com estética caprichada, pegada jovem, dilemas reais e música boa, Vick e a Musa pode ser sua próxima maratona certeira. Ela é um mergulho no turbilhão da adolescência com um toque artístico que emociona - e surpreende. A série consegue misturar muito bem fantasia e realismo, sendo que cada capítulo possui performances coreografadas, cenas que parecem instalações audiovisuais e clipes musicais. 



A série, sobretudo, toca em temas sensíveis e importantes, tais como: feminismo, saúde mental, liberdade criativa, ancestralidade afro-indígena e bissexualidade. E faz isso sem forçar, com simbologias sutis e diálogos bem escritos. 

Vale a pena assistir se você gosta de séries autorais e diferentes do óbvio; curte narrativas com estética forte e identidade musical; está vivendo o caos poético da adolescência; quer ver uma produção nacional ousada, sensível e potente. J-J






Por: Emerson Garcia

Quinta de série: Quem matou Sara?

Pode conter spoilers!


Hoje é dia de falar da produção de drama, policial e suspense Quem matou Sara? da Netflix em Espanhol - uma produção mexicana. A série, em três temporadas, foi criada por José Ignacio Valenzuela e conta no elenco com Manolo Cardona, Ginés García Millán e Carolina Miranda. A produção possui 3 temporadas e 25 episódios, sendo que assisti às duas primeiras temporadas.

Certo de se vingar e provar que foi falsamente incriminado pelo assassinato da irmã, Álex está prestes a descobrir muito mais do que o real culpado pelo crime. Após passar 18 anos na prisão, ele enfim está livre e determinado a fazer justiça com as próprias mãos. Para descobrir a verdade por trás do caso e provar sua inocência, ele se reaproxima da família Lazcano, que é a responsável por incriminá-lo no passado. Contudo, o clã poderoso não vai medir esforços para manter seus segredos fora do jogo - mesmo que signifique acobertar o verdadeiro culpado pelo crime. Devido a morte de Sara ter ocorrido há quase 20 anos, Álex vai precisar viajar no tempo para juntar todas as peças do quebra-cabeça e, assim, se vingar daqueles que destruíram sua vida.


Sabe aquela série cheia de suspenses, reviravoltas e um mistério em camadas, que te envolve? Assim é essa. A produção é envolvente, cheia de intrigas familiares, segredos obscuros e um enigma central que ecoa desde os primeiros minutos do primeiro episódio. A série predispõe de um thriller moderno que mistura elementos de novela, drama psicológico e investigação criminal. São revelações que desafiam nossas certezas a cada capítulo.

A série inicia-se com uma queda, com a misteriosa morte de Sara Guzmán durante um passeio de lancha, apontando para um acidente e desembocando em um abismo cheio de reviravoltas. Quem matou Sara? tem o intuito de prender o telespectador do início ao fim. 


Com faixa etária de 16 anos possui algumas cenas fortes e pesadas, que não são para qualquer um. A obra é uma daquelas séries criadas para assistir um episódio atrás do outro. Os capítulos são curtos, com ritmo acelerado e muitos ganchos no final de cada um. A construção dos personagens, em destaque a complexidade emocional de Álex, nos prende. Mas quem brilha mesmo são os segredos do passado, que vêm à tona em flashbacks sombrios, revelando uma Sara muito mais complexa e misteriosa do que parecia.

Como uma boa série mexicana que se preze, essa também é cheia dos exageros e de dramalhões dignos de um pastelão mexicano. Tudo isso com direito a laboratório secreto, conspiração médica e segredos de família em níveis shakesperianos.

Não vi o desfecho final da série, faltando a temporada final e alguns episódios para se concluir. Mas vi comentários na internet que a última temporada dividiu opiniões do público. Enquanto alguns acharam o desfecho ousado e emocionalmente satisfatório, outros criticaram o excesso de reviravoltas e a mudança de foco narrativo. Mas o que precisa ficar claro é que a produção não é apenas sobre a morte de uma jovem - é sobre os fantasmas que toda família esconde sobre a obsessão pela verdade e os limites da justiça pessoal.


Se você curte suspense com doses generosas de drama e conspiração, essa série é uma boa pedida. Prepare-se para duvidar de todos, se surpreender com as reviravoltas e, principalmente, para questionar: quem, de fato, era Sara? J-J



Por: Emerson Garcia
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