Por: Emerson Garcia
segunda-feira, 21 de julho de 2025
A vida é feita de momentos

sábado, 19 de julho de 2025
Rádio Bagaralho: Programa 'Igual porém diferente' #37

quinta-feira, 17 de julho de 2025
Quinta de série: Vick e a Musa
Pode conter spoilers!
Que tal uma comédia musical cheia de fantasia, bem família e repleta de drama e romance?! Assim é a produção Vick e a Musa, de Rosane Svartman, disponível em 2 temporadas no Globoplay. A direção artística é de Marcus Figueiredo, direção de Ana Paula Guimarães e roteiro de Bia Corrêa do Lago, Sabrina Rosa, Juliana Lins e Rafael Souza-Ribeiro. O elenco conta com Cecília Chancez, Tabatha Almeida, Nicolas Prattes, Malu Rodrigues, Dan Ferreira, João Guilherme Ávila, Jean Paulo Campos, Bel Lima, Tulio Starling, Pedro Guilherme, Anna Manuela Estevão e Cris Vianna. A série é classificada como infantojuvenil, com classificação etária de 12 anos e 26 episódios, de em média 40 minutos cada um.
Por meio de um chamado da jovem Vicky, a chegada da deusa Euterpe, a musa da música, gera transformação no bairro de Canto Belo através da arte. Antes da chegada de Euterpe, a maioria dos espaços culturais da cidade, como o cinema e o teatro, ficaram abandonados ao longo dos anos, ocasionando na perda do encanto, afetando principalmente o astral dos moradores. No meio disso, a jovem Vick, uma artista de mão cheia, está com seu relacionamento com sua melhor amiga Laura rompido. É quando em um ato de desespero, desabafa e pede a ajuda do universo para que as coisas ao seu redor mudem de figura. A própria deusa da música virá para o planeta terra, gerando transformação nos moradores e em todo o bairro.
Vick e a musa é repleta de cenas musicais, performances musicais dos personagens e tudo mais que relembra Zoey e a sua fantástica playlist. As músicas movimentam cada cena, emocionando, arrancando suspiros e sendo motivos de alegria.
Mas nem só as cenas musicais merecem destaque. Assim também, o enredo, personagens e diálogos. Rosane soube muito bem como conduzir sua estória, com bons ganchos e materiais. A amizade de Vick e Laura convence e é de cortar o coração vê-las separadas, os casais que vão sendo montados também são "shipáveis" e merecem a torcida. A escolha das músicas também casaram com as cenas e a seleção de músicas brasileiras dá gosto de ver. A música de abertura é uma releitura de Palco de Gilberto Gil, na voz de Bel Lima e Túlio Starling. E é uma canção que tem tudo a ver com a estória da série.
É muito legal e interessante o universo que Rosane cria, principalmente de trazer a História Grega e dos deuses para perto de nós. O interesse de Vick por mitologia grega é surpreendente. No decorrer dos episódios, não só Euterpe surge, como outros, como o deus do teatro Dionísio e o deus dos deuses, Zeus.
Cada personagem da série possui um talento que é trabalhado e explorado por Euterpe, a deusa da música. Tem aquele que tem talento para música, dança, teatro e até mesmo desenho, mostrando que na vida temos inúmeros talentos e não podemos enterrá-los, deixando-os sempre visíveis e disponíveis para fazermos a diferença na vida das pessoas.
Se você curte séries com estética caprichada, pegada jovem, dilemas reais e música boa, Vick e a Musa pode ser sua próxima maratona certeira. Ela é um mergulho no turbilhão da adolescência com um toque artístico que emociona - e surpreende. A série consegue misturar muito bem fantasia e realismo, sendo que cada capítulo possui performances coreografadas, cenas que parecem instalações audiovisuais e clipes musicais.
A série, sobretudo, toca em temas sensíveis e importantes, tais como: feminismo, saúde mental, liberdade criativa, ancestralidade afro-indígena e bissexualidade. E faz isso sem forçar, com simbologias sutis e diálogos bem escritos.
Vale a pena assistir se você gosta de séries autorais e diferentes do óbvio; curte narrativas com estética forte e identidade musical; está vivendo o caos poético da adolescência; quer ver uma produção nacional ousada, sensível e potente. J-J

Quinta de série: Quem matou Sara?
Pode conter spoilers!
Hoje é dia de falar da produção de drama, policial e suspense Quem matou Sara? da Netflix em Espanhol - uma produção mexicana. A série, em três temporadas, foi criada por José Ignacio Valenzuela e conta no elenco com Manolo Cardona, Ginés García Millán e Carolina Miranda. A produção possui 3 temporadas e 25 episódios, sendo que assisti às duas primeiras temporadas.
Certo de se vingar e provar que foi falsamente incriminado pelo assassinato da irmã, Álex está prestes a descobrir muito mais do que o real culpado pelo crime. Após passar 18 anos na prisão, ele enfim está livre e determinado a fazer justiça com as próprias mãos. Para descobrir a verdade por trás do caso e provar sua inocência, ele se reaproxima da família Lazcano, que é a responsável por incriminá-lo no passado. Contudo, o clã poderoso não vai medir esforços para manter seus segredos fora do jogo - mesmo que signifique acobertar o verdadeiro culpado pelo crime. Devido a morte de Sara ter ocorrido há quase 20 anos, Álex vai precisar viajar no tempo para juntar todas as peças do quebra-cabeça e, assim, se vingar daqueles que destruíram sua vida.
Sabe aquela série cheia de suspenses, reviravoltas e um mistério em camadas, que te envolve? Assim é essa. A produção é envolvente, cheia de intrigas familiares, segredos obscuros e um enigma central que ecoa desde os primeiros minutos do primeiro episódio. A série predispõe de um thriller moderno que mistura elementos de novela, drama psicológico e investigação criminal. São revelações que desafiam nossas certezas a cada capítulo.
A série inicia-se com uma queda, com a misteriosa morte de Sara Guzmán durante um passeio de lancha, apontando para um acidente e desembocando em um abismo cheio de reviravoltas. Quem matou Sara? tem o intuito de prender o telespectador do início ao fim.
Com faixa etária de 16 anos possui algumas cenas fortes e pesadas, que não são para qualquer um. A obra é uma daquelas séries criadas para assistir um episódio atrás do outro. Os capítulos são curtos, com ritmo acelerado e muitos ganchos no final de cada um. A construção dos personagens, em destaque a complexidade emocional de Álex, nos prende. Mas quem brilha mesmo são os segredos do passado, que vêm à tona em flashbacks sombrios, revelando uma Sara muito mais complexa e misteriosa do que parecia.
Como uma boa série mexicana que se preze, essa também é cheia dos exageros e de dramalhões dignos de um pastelão mexicano. Tudo isso com direito a laboratório secreto, conspiração médica e segredos de família em níveis shakesperianos.
Não vi o desfecho final da série, faltando a temporada final e alguns episódios para se concluir. Mas vi comentários na internet que a última temporada dividiu opiniões do público. Enquanto alguns acharam o desfecho ousado e emocionalmente satisfatório, outros criticaram o excesso de reviravoltas e a mudança de foco narrativo. Mas o que precisa ficar claro é que a produção não é apenas sobre a morte de uma jovem - é sobre os fantasmas que toda família esconde sobre a obsessão pela verdade e os limites da justiça pessoal.
Se você curte suspense com doses generosas de drama e conspiração, essa série é uma boa pedida. Prepare-se para duvidar de todos, se surpreender com as reviravoltas e, principalmente, para questionar: quem, de fato, era Sara? J-J

quarta-feira, 16 de julho de 2025
A vida e seus remendos
Uma reflexão importante sobre a vida que devemos ter é que ela não é feita só de coisas boas, mas de coisas boas e não tão boas, e é aí que se encontra a sua magia. A vida, tem vezes, que nos faz quebrar todo, nos deixa em caquinhos, nos prova a fé e nos prova a nossa capacidade de resiliência, de nos refazer. Essa é a vida.
Essa frase faz muito sentido: "Num dia a gente se quebra todo, no outro a gente se remenda". E é isso! Somos resilientes e com a capacidade imensa de nos reerguer, de nos tornamos seres melhores, de nos remendarmos. A vida nos quebra todo, mas um dia é da caça, outro do caçador. Acredito que é Deus quem permite que sejamos alquebrados, para nos dá a chance de nos reerguermos.
Quem disse que a vida não vai nos quebrar, está enganado. Quem dera a vida fosse assim um mar de rosas... Ela pode até ser um mar de rosas, mas rosas com espinhos, que nos machucam, nos quebram, nos ferem... É por isso que a vida é sobre reconstruir, recomeçar e refazer. Reconstruir porque aquilo que está destruído, no chão, pode ser reconstruído, elevado, reerguido. Quem disse que você ia ficar pelo resto da vida entre escombros, se enganou, e muito! Dos escombros podem ressurgir lindos e imponentes castelos um tanto ou mais belos que as construções anteriores!
A vida também é sobre recomeçar. Você pode parar, reiniciar, começar de novo... A vida não tem um fim, propriamente dito, exceto seu último suspiro, mas ela é feita de reinícios, recomeços e reencontros. Sempre tem oportunidade de você começar de novo, parar de onde parou, recomeçar do zero, e é aí que a magia da vida se encontra. Costumo dizer que a vida é feita de diferentes ciclos com início, meio e fim. Em uma mesma existência, você pode viver várias vidas e ciclos. Tem o ciclo da infância, adolescência, juventude, vida adulta... vida de solteiro, namorado, casado... Por isso, é importante que você recomece a vida, finalizando, brilhantemente, o ciclo anterior, porque no final o que vai restar é a saudade.
A vida é sobre refazer. Pense a vida como um vaso de barro que é montado, desmontado e refeito novamente... A vida é sobre isso também. A vida pode ter rachaduras, cicatrizes, remendos e, de uma hora para outra, pode ser destruída, para ser reconstruída depois. A vida nunca vai estar totalmente pronta, a não ser que você esteja prestes a partir desse para um outro plano, a vida possui várias incógnitas, vazios e espaços, e é por isso, que ela é feita e refeita diariamente.
A imagem acima de uma silhueta de ser humano com remendos é bem isso mesmo que é a vida e o que somos. Gostei muito dessa frase, por ela nos levar a reflexões profundas e pertinentes. Que você também possa refletir sobre isso! J-J
segunda-feira, 14 de julho de 2025
'Cenas do próximo capítulo' em 'Êta Mundo Melhor!' e 'Garota do Momento'
Êta Mundo Melhor! está em seu início e possui várias semelhanças com sua antecessora, Garota do Momento. Ambas são tramas de época que se passam nos anos 1940 e 1950, além disso, possuem recursos semelhantes para apresentar as cenas do próximo capítulo. É uma estratégia de apresentar cenas, frames e pílulas dos personagens, mas sem trazer nenhum tipo de som, somente a trilha sonora de fundo, com imagens e ações. Tal estratégia foi copiada para fisgar público.
Eu e minha mãe sempre ficamos curiosos e surpresos com as cenas do próximo capítulo, ao ponto delas nos instigar e nos deixar curiosos para assistir ao episódio seguinte. São cenas, que em sua maioria ou totalidade, trazem ações e atitudes dos personagens, bem curiosas e emblemáticas.
Ao final do primeiro capítulo de Êta Mundo Melhor! as cenas do próximo capítulo eram trechos de cenas com sons e diálogos, com uma trilha sonora de fundo; a partir do segundo, a plástica foi a mesma de Garota do Momento. Acredito que a mudança vigorou, devido ao sucesso da estratégia na sua antecessora.
O recurso em Êta Mundo Melhor! possui um toque de esperança, empolgação e fofoca, com reviravoltas à moda antiga. A vinheta de "cenas do próximo capítulo" é quase um trailer, em um ritmo quase de cinema, entregando a essência e atiçando a curiosidade, mas nunca o suficiente para saciar. Um beijo prestes a acontecer, um segredo quase revelado, uma vilã tramando por trás da cortina e outras coisas mais... era o suficiente para garantir audiência no dia seguinte.
Êta Mundo Melhor!, assim como outras tramas, resgatou um modelo mais clássico de telenovela, e as "cenas do próximo capítulo" funcionaram como uma ode às produções das décadas de 70 e 80, quando o suspense final era parte do ritual noturno de quem assistia novela em família.
Em minha opinião, esses clipes rápidos, com pílulas de cenas do próximo capítulo, chamam muito mais a atenção, que se fossem exibidas de forma tradicional. E você, gosta dos clipezinhos de Êta Mundo Melhor herdados de Garota do Momento? J-J
Por: Emerson Garcia

sexta-feira, 11 de julho de 2025
Rádio Bagaralho: Programa 'Capa & Conteúdo' #34

sexta-feira, 4 de julho de 2025
Levi's e Pride
O mês do Orgulho LGBTQIAPN+ passou e eu quero trazer uma coleção da Levi's que celebrou o orgulho queer por meio de roupas de vestuário. É uma coleção autêntica, que mostra para o que veio e que destaca o valor da união e a importância de espaços seguros para as pessoas LGBTQIAPN+. Tal coleção foi inspirada na vida noturna e nos primeiros espaços de encontro queer, trazendo elementos visuais de símbolos históricos da comunidade, como o triângulo rosa, ressignificado nos anos 1970 por líderes do movimento pelos direitos LGBTQIAPN+.
Para celebrar a diversidade dentro da própria comunidade queer, os designers da Levi's mergulharam em referências visuais dos Arquivos da GLBT Historical Society. Tem o triângulo, que já foi citado, e as asas. O triângulo rosa foi incluso em peças jeans, assim como triângulos coloridos em peças da marca. As asas, por sua vez, tem a ver com liberdade e força.
Os produtos da coleção já podem ser encontrados tanto no site, quanto nas lojas físicas da marca. Entre os destaques estão jaquetas icônicas como a Pride One Family Trocker e a Pride Denim Moto Jacket, perfeitas para quem quer se expressar com atitude. As camisetas também incluem a Community Tee, que incorpora o triângulo rosa como símbolo de resistência.
A coleção Pride 2025 convida cada indivíduo a expressar sua autenticidade com orgulho, enquanto homenageia a força coletiva que nasce dos espaços de convivência e resistência. É uma coleção bonita e repleta de significados. J-J
Por: Emerson Garcia
