quinta-feira, 2 de maio de 2019

Quinta de série: American Horror Story- parte 3

Pode conter spoilers!









O Quinta de série de hoje traz uma produção antológica de terror: American Horror Story. Em 2015 já apresentamos a série em dois posts: o primeiro sobre Murder House (1ª temporada), Asylum (2ª) e Freak Show (4ª); e o segundo sobre Coven (2ª) e Primeiras Impressões: Hotel (5ª). Agora, pretendo falar de três temporadas: Hotel (5ª), Roanoke (6ª) e Cult (7ª). 

Antes de mais nada, vou deixar um resumo da produção. American Horror Story é uma série criada por Ryan Murphy e Brad Falchuk (Glee e Nip Tuck) em 2011, produzida pela FX e exibida pela FX e Fox. Atualmente conta com oito temporadas, sendo a mais recente chamada de Apocalypse (2018). Uma nona temporada está prevista para 2019 e se chamará 1984

Ryan Murphy e Brad Falchuk são criativos. Já teve temporada que se passou em uma casa má assombrada, em um circo, em um manicômio judiciário, em um hotel e até nos dias atuais. A oitava temporada, por sua vez, foi um crossover de Murder House e Coven. Já Roanoke foi filmada toda no estilo documental, o que deixou as ações e os fatos mais próximos da realidade. 










AHS se teceu não somente como uma série de terror, mas de suspense, ação e mistério. Em algumas temporadas, o elemento terror é o protagonista, em outras é apenas acessório. Elas são construídas para contar uma história se não aterrorizante, de suspense. Os roteiros são bem feitos, embora com falhas, aberturas e mal desenvolvidos e executados por várias vezes. 

Agora, saiba detalhes de Hotel, Roanoke e Cult


Hotel




A série se passa no misterioso Hotel Cortez nos tempos atuais. Esse hotel conta com hóspedes que não são confiáveis. Entre eles estão a dona do imóvel, a poderosa Condessa Elizabeth, interpretada por ninguém menos que Lady Gaga; Iris e Liz Taylor, as recepcionistas do hotel; Donovan, filho de Iris; e Sally, uma viciada em drogas. Cada um deles tem um motivo de habitar aquele maldito hotel (Que prefiro não dizer quais). Cada um dos habitantes possui segredos, personalidades, hobbies e saúdam os visitantes do hotel de forma nada convencional. 

O Hotel Cortez se mostra perigoso desde o início, principalmente quando ocorre uma série de assassinatos e o detetive e pai de família John Lowe resolve hospedar-se lá para investigá-los. Tudo é estranho: dentro das paredes tem... ehh... não vou falar; os colchões, além de conterem espumas, possuem... hmmm... também não vou dizer; além de terem crianças hmmm... que passeiam pelos corredores e viciados não só por drogas mas ahhh... 




Então o detetive começa as investigações e descobre que seu filho, que havia desaparecido anos antes, está no hotel à serviço da Condessa Elizabeth que é... hmm... e sequestra crianças para ahhh... Então ele faz de tudo para tirá-lo de lá, por mais que o ambiente não permita isso. 

Descobrimos, no decorrer dos episódios, em flashbacks sobre a história de cada um dos hóspedes do hotel e de sua construção. O hotel já foi palco de assassinatos, orgias, desfiles de moda, noites macabras e até de diversão (Existem passagens secretas que levam à salas de videogames e relaxamentos). 

Além disso, ficamos sabendo que os assassinatos são cometidos por um serial killer conhecido como Assassino dos 10 mandamentos, já que tem alguma relação ou alusão aos mandamentos bíblicos. Descobrimos na metade da temporada que o assassino é nada mais nada menos que... (Acharam mesmo que ia falar né?! Hahahaha!). 




Essa temporada possui cenas eletrizantes de suspense e terror, além de grandes reviravoltas no roteiro e na história. Os personagens são ricos, com boas histórias e versatilidades. Os recursos de flashback foram utilizados na medida certa. O design do hotel está incrível e bem pensado, um excelente trabalho de direção de arte. 

Hotel estreou em 2015 e contou com 12 episódios. No elenco estavam Lady Gaga, Sarah Paulson, Evan Peters, Wes Bentley, Matt Bomer, Chloë Sevigny , Denis O'Hare, Cheyenne Jackson e Angela Bassett.

A ideia de roteiro partiu de uma notícia de uma estudante canadense encontrada morta dentro da caixa d'água do Hotel Cecil, em Los Angeles. Sua morte foi cercada de mistérios, principalmente com o vídeo de segurança do elevador, que capta os seus últimos momentos em vida. A notícia chegou até os ouvidos de Ryan Murphy que utilizou todos os elementos e criou uma temporada macabra. 

A abertura mostra vários elementos da série e é extremamente perturbadora. 











Roanoke




Uma das temporadas mais aterrorizantes, junto com Murder House e Asylum. Ela é baseada na lenda de Roanoke e narra a história do casal Shelby (Sarah Paulson/Lily Rabe) e Matt (Cuba Goodin Jr/André Holland) que se muda para uma casa no campo em Roanoke, Virginia, e descobrem uma série de acontecimentos estranhos ao redor e dentro da residência.

Pela primeira vez em AHS, é explorado o formato de documentário e a temporada não ganha uma abertura, já tão comum em outras. A história é narrada por atores e encenada por outros, o que a deixou mais verossímel e verdadeira. Tudo ali não soa falso: seja os depoimentos, ações ou gravações. Até quando uma cena é simulada parece que ela é verdadeira. Aliás, o que seria falso ou verdadeiro em Roanoke é muito subjetivo. Nos assustamos em cada cena ou simulação. A história, em si, é de arrepiar os cabelos.

Roanoke contou com 10 episódios, divididos em três partes. A primeira, entre o episódio 1 ao 5, que fala sobre os acontecimentos vivenciados pelo casal; a segunda, entre os episódios 6 ao 9, quando o documentário/série é renovado e o casal e outros personagens voltam à casa; e a terceira parte, episódio 10, que narra o que acontece depois da "segunda temporada" da série e com o sobrevivente de Roanoke.




Essa temporada flerta muito com os formatos de televisão: documentário, série e reality show. Aliás, é uma série que fala de outra série e mostra como os produtores buscam audiência e são capazes das mais diversas atitudes para isso. Nos programas de TV há muito sensacionalismo e exposição da dor alheia. E isso pode ser percebido nos programas fictícios My Roanoke Nightmare e Return To Roanoke: Three days in hell

Roanoke tem cenas chocantes de canabalismo, exploração, exposição de cadáveres, conversas com espíritos, rituais, torturas e lutas pela sobrevivência. Além disso, elas são gravadas com cortes secos, enquadramentos caseiros, várias tremidas de câmera, pouco profissionais, mostrando que se trata de um documentário gravado por um cineasta estreante.





A temporada contou com a presença de Kathy Bates, Sarah Paulson, Cuba Gooding Jr, Lily Rabe, André Holland, Denis O'Hare, Wes Bentley, Evan Peters, Cheyenne Jackson e Lee Harris. 

A temporada foi exibida em 2016, com 10 episódios e um final surpreendente. 







Cult





Uma temporada que falou de medo, política, paranoia, empoderamento feminino, cultos e seitas. Ao falar de todos esses temas, se perdeu um pouco no decorrer do caminho e perdemos seu fio condutor. É uma temporada que fala de que exatamente?! Não tenho essa resposta, embora o plot e a inspiração tenha sido as eleições presidenciais americanas em 2016  - a série estreou em 2017.

A temporada conta a história de Ally e Ivy, um casal lésbico, feliz e bem estruturado que possui um filho e um restaurante comandado por elas. Após a eleição de Donald Trump, Ally começa a apresentar várias fobias, como o medo de palhaços (coulrogobia), de sangue (hemofobia) e objetos com cavidades (tripofobia). Tudo leva a crer que o que Ally vive são paranoias (Até mesmo sua esposa acredita nisso). 

O quadro de Ally piora quando um obcecado e sinistro homem, Kai Anderson, começa a atormentá-la com jogos que se resumem a aflorar seus medos e fazer com que ela tenha mais fobias ainda. 



Com o decorrer dos episódios descobrimos que Kai Anderson lidera uma espécie de culto que tem a finalidade de espalhar o terror e o medo na fictícia cidade de Brookfield Heights, em Michigan. Fazem parte desse culto a irmã de Kai, Winter, e os vizinhos de Ally, Harrison e Meadow Wilton, além de outros personagens. Eles vestem máscaras aterrorizantes de palhaços e de outros animais. 

Kai Anderson conquista a admiração de várias pessoas, sendo adorado e cultuado por elas. Ele tem um jeito bem persuasivo e conquistador, pois conhece à fundo os medos delas e realiza pactos com elas. 



A sétima temporada de AHS abriu mão de elementos sobrenaturais, para focar nos maiores perigos contemporâneos: o medo (Seja ele qual for, até de palhaços!), a vaidade, persuasão, a paranoia e o terror psicológico. 

Cult se passa nos tempos atuais, precisamente no ano de 2016, sendo lançada em 2017. No elenco estão presentes Sarah Paulson, Evan Peters, Cheyenne Jackson, Billie Lourd e Alisson Pill. A temporada contou com 11 episódios. 









É assim que AHS se reinventa. A série já ganhou nove prêmios, incluindo o Emmy do Primetime e um Globo de Ouro


Agora, aguardem as próximas resenhas da série em que falaremos de Apocalypse e outras temporadas que virão - como 1984. J-J







Por: Emerson Garcia

7 comentários :

  1. Eu ainda não tive coragem de assistir essa série hehehehe

    www.vivendosentimentos.com.br

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  2. Nunca vi, mas confesso que estou muito curiosa para ver!

    Bjxxx
    Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

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  3. Não é de todo a minha escolha em termos de series
    Abraço

    Kique

    Hoje em Caminhos Percorridos - Sabedoria Chinesa

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    Respostas
    1. É, realmente tem muitas pessoas que não gostam de série de terror. E essa é bem pesada.

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  4. Uma série bem empolgante... e aterrorizante!... Creio que se visse algum episódio... não conseguiria dormir... durante muito tempo!... :-D
    Mas admito, que tem imensa gente que adora estas séries!
    Como sempre, um excelente e super completo artigo, sobre o tema, por aqui!
    Abraço
    Ana

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