quinta-feira, 24 de julho de 2025

Quinta de série: Acampamento de magia para jovens bruxos

Pode conter spoilers!


Já ouviu falar da série que é considerada o Harry Potter brasileiro? Trata-se de Acampamento de magia para jovens bruxos que mistura drama, aventura, mistério, fantasia e pitadas de conteúdos visto em Harry Potter, mas de forma "abrasileirada". A série é infantojuvenil ou adolescente e foi criada por Flávia Lins e Silva; com roteiro de Flávia Lins e Silva e Teresa Cris Tavares; e dirigida por Mini Kerti. O elenco conta com Letícia Pedro, José Victor Pires, Duda Matte, JP Rufino, Matheus Costa e Malu Galli. A série contou com apenas uma temporada e 9 episódios, de em média 29 a 35 minutos. A série foi produzida pela Conspiração Filmes e distribuída pela Globoplay

O Acampamento Luminum, em Ondion, está de portais abertos e a adolescente Berenice está apta para fazer novas amizades, se resolver com o crush e aprimorar seus poderes. Ela só não contava com um grande mistério no caminho. Tal acampamento é voltado para jovens bruxos, com uma proposta alternativa que conecta natureza e magia. Berenice, nesse acampamento, reencontra grandes amigos como Mila e Tobby e passa a conviver com bruxos e feiticeiros de todas as origens, poderes, além de conhecer práticas de "bruxamanismo" que desconhece totalmente. Assim, Berenice deve deixar as diferenças de lado ao tentar desvendar um grande mistério que ronda a floresta do acampamento. Entre duelos mágicos, festas e descobertas do próprio poder, cada aluno de Luminum passa por seus próprios testes nessa aventura.


A série é um spin-off de Detetives do Prédio Azul, mas não vi muitas similaridades entre as produções. A série é bem bobinha, despretensiosa e deveras infantil. Na tentativa de ser um Harry Potter brasileiro, fica bem aquém. Apesar de ser uma série infantojuvenil, possui cenas LGBTQIAPN+ que podem chocar os mais conservadores. 

Os efeitos especiais e visuais também são simples, mas eficazes. Já os cenários parecem ter saído de uma mistura entre laboratórios de ciências e floresta encantada. O figurino, por sua vez, é clean, mas entrega identidade, sobretudo quando os personagens usam seus uniformes mágicos.


Acampamento de magia para jovens bruxos lembra, mesmo que pouco, Os feiticeiros de Waverly Place e Winx Club. Não pretende reinventar o gênero, mas entrega aventura leve, personagens carismáticos e lições adolescentes embaladas por pó de fada. Episódios são curtos, com ritmo ágil e lições preciosas de respeito às diferenças, convivência e responsabilidade com o que se descobre - principalmente quando se trata de magia.

A série toca em temas sensíveis, tais como: lidando com o inesperado, encontrando seu lugar no mundo, e o que fazer quando se é diferente até mesmo entre os diferentes. Há críticas discretas sobre a relação entre o mundo humano e mágico, tecnologia e natureza, regras e liberdade, passado e futuro. É uma produção que vai além da varinha.


Vale a pena ver? Se você busca uma série com pegada mágica, mensagens positivas, leve e divertida, a resposta é sim! Ela é ideal para maratonar em família ou para relembrar aquele tempo em que qualquer objeto tornava-se uma varinha. Não tem a profundidade de grandes sagas, mas pode conquistar pelo mundo encantado que constrói e carisma. 

Já viu algum episódio? Qual personagem você seria no mundo mágico? Conte nos comentários, mas cuidado com feitiços não autorizados! J-J





Por: Emerson Garcia

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Novelas que quase teriam outro nome!


No post de hoje trago novelas que quase tiveram outro nome. As postagens foram do perfil no Instagram Mundonovelas_ em que trouxe várias novelas em que quase o nome alternativo virou o nome oficial. Alguns desses nomes eu já conhecia, outros conheci a partir da postagem, sendo que me surpreendi com todos eles.

Os posts trazem o nome oficial da produção à esquerda e os nomes alternativos à direita. Alguns nomes alternativos combinam mais com a produção do que os oficiais, enquanto alguns alternativos não combinam em nada com as tramas, sendo totalmente avulsos.

Quanto mais vida, melhor iria se chamar A morte pode esperar, mas o nome não foi posto em prática, porque a novela foi lançada na pandemia e esse nome "morte" é um tema muito forte. Então, a saída foi de enaltecer a vida. Alto astral, por sua vez, teria os nomes nada comuns e diferentões Buú e Assombrações. Acredito que não foram escolhidos porque não são comerciais.









Aí temos Terra e Paixão que iria se chamar Terra Vermelha, mas o nome não foi escolhido porque já estava registrado; Amor de mãe que se chamaria Tróia, e eu até hoje não sei o motivo da escolha desse nome; e Garota do momento que se chamaria Tutti Frutti, um nome doce e solar, enquanto Salve-se quem puder, Adrenalina; e Todas as flores, Olho por olho, que até combinaria com a trama de uma garota cega.






Aí tem Cheias de Charme que até faria sentido com o título de Três Marias, já que as três protagonistas se chamavam Maria alguma coisa. E o que dizer de Fina Estampa que se chamaria Marido de aluguel? O nome tem tudo a ver com a trama né? Acredito que tem uma versão internacional que se chama assim. Paraíso Tropical se chamar de Copacabana também faria muito sentido.



Por sua vez, A favorita iria se chamar Juízo Final, e confesso que prefiro A favorita mesmo. A Dona do pedaço iria se chamar Dias Felizes e tudo que a novela não tinha eram dias felizes e alegres. E o que dizer de Pega Ladrão substituindo Pega Pega? O nome é bem forte e sugestionável e foi descartado, pois na época em que a novela se passava era ano eleitoral e o nome não pegaria muito bem, sendo uma indireta para políticos corruptos. Vale Tudo (que está no ar num novo remake atualmente) chamaria Pátria Amada, mas confesso que acho mais legal o nome Vale Tudo mesmo.  






Falso brilhante, Operação Vaca Louca, Pisa na fulô, Lady Marizete e Bom dia, Frankenstein são nomes que fogem do óbvio mas que foram descartados por nomes mais comerciais e digeríveis. 



Eu jamais imaginaria que O clone iria se chamar Começar de novo, que inclusive já tem uma novela com esse nome. Insensato coração, por sua vez, iria se chamar Lado a lado que, também, já tem uma produção com esse mesmo nome. Dinastia era um excelente nome e que foge do lugar óbvio, mas Senhora do Destino também é ótimo. E o que falar de De volta para casa substituindo Segundo Sol? É um nome e tanto. Coração de ouro, por sua vez, não tem nada a ver com Cobras e Lagartos.






Gostei muito dessas postagens no Instagram pois elas são bem curiosas. Também curti que o designer colocou os nomes descartados na mesma paleta de cores, uso de fontes e letras que a logo tradicional e oficial das produções. Espero que o designer continue postando novas produções.

E para você, algum desses títulos alternativos combinaria mais com a novela original? Qual é o seu título preferido? Diga nos comentários. J-J


Por: Emerson Garcia

terça-feira, 22 de julho de 2025

Entre Frames: Só o amor - Preta Gil feat. Gloria Groove






Estava com saudades do Entre Frames?! Ele está de volta hoje em um post colorido e cheio de diversidade! Irei analisar o clipe Só o amor da Preta Gil feat. Gloria Groove. Lançado em 30 de outubro de 2019, o vídeo é mais que um clipe ou single, mas um manifesto artístico e cultural. Ele possui 5.397.824 visualizações, 156 mil curtidas e 3 mil descurtidas. Só o amor é estrelado por Preta Gil, Gloria Groove e Glamour Garcia; o roteiro ficou por conta de Preta Gil e Rodrigo Pitta; direção de fotografia de Heitor Cavalheiro;  direção de arte de Rodrigo Pitta; e coreografia de Flavio Verne. 

O clipe é marcado pelas cores do arco-íris, símbolo da luta LGBTQ+, mas é sobretudo uma homenagem à todas as mulheres transgêneros, contando com a participação da atriz transgênero Glamour Garcia - que interpretou a Britney na novela A dona do pedaço - e de quatro mulheres transgêneros comuns. 

O vídeo, portanto, traz cor, coreografia, militância, mas também tem uma veia documental e real por contar a história das mulheres transgêneros no seu cotidiano. Isso é marcado pelo uso de cores e disposição da câmera, como veremos mais à frente. Assista ao clipe:





Como de costume, vamos às minhas observações.


Mulheres trans



Conhecemos o dia a dia de quatro mulheres transgêneros no clipe. Conhecemos a história de Paola, produtora musical; de Paula, diretora da escola; de Emanuelle, enfermeira; e Marcela, gerente de banco. O vídeo, desse modo, é documental, ao apresentar as mulheres, seus nomes e funções entre 0:10 e 0:19. A ideia é a de mostrar seu dia a dia, com elas se arrumando, passando batom e se produzindo para mais um dia de labuta (0:00 - 0:06), com a divisão de tela em cenas simultâneas (0:21 - 0:24) e a utilização da cor preto e branco, já bastante utilizada em documentários. 



As mulheres trans possuem uma vida comum, de vitórias e derrotas, mas em nenhum momento elas baixaram a guarda no clipe. Elas aparecem felizes, empoderadas e realizadas profissionalmente. Prova disso é aos 0:30 quando elas param e fazem uma pose empoderada na tela, dando close. 

A ideia foi de mostrar o dia a dia das mulheres de forma simultânea, com elas entrando em seus locais de trabalho (0:25 - 0:29); em atuação em suas atividades; e até terminando suas labutas diárias, indo embora e chegando em casa, tirando suas maquiagens e batons (1:20). 

Com o clipe conhecemos um pouquinho da vida dessas heroínas, mas é possível conhecer essas histórias inspiradoras mais à fundo por meio do documentário Vidas Transversais, que conta com quatro micro episódios de 3 minutos e está disponível no canal da Preta Gil no Youtube



O clipe intercala o documentário em preto e branco com o clipe em si, realizando um trabalho artístico e interessante visualmente falando.


O lado colorido do clipe



As cenas reais do dia a dia das mulheres transgêneros são misturadas com cenas coreografadas e bonitas visualmente, com as cores que fazem menção tanto à bandeira LGBTQ+ como aos trans, se repararmos direitinho quando os créditos iniciais surgem na tela (0:07 - 0:09). O interessante é que o clipe foi todo construído tendo como base as seis cores da bandeira atualizada LGBTQ+, com figurinos, fundos e acessórios nas tonalidades. Até entre 2:23 e 2:29 surge as cantoras e Glamour Garcia em uma montagem da tela que forma uma bandeira LGBTQ+. Veja abaixo:





As estrelas do clipe sempre aparecem com bailarinos afiados na coreografia, realizando movimentos sincronizados e ritmados, de acordo com a vibe da música. 




O movimento de câmeras de aproximação, edição dinâmica e frames rápidos foram utilizados principalmente nas partes coloridas do clipe, que ficaram alinhadas com a coreografia. 


Glamour Garcia



Ao lado das cantoras, a atriz marca presença e outra pessoa não deveria ser escolhida para compor o time de celebridades, do que ela. E por que?! Glamour Garcia foi a primeira atriz transgênero de uma novela global. Sua personagem fez enorme sucesso na trama e até os dias de hoje comenta-se sobre ela. Ao lado das mulheres trans da vida real, Glamour é símbolo de luta, resistência, realização e empenho. Ela sofreu muito preconceito para chegar ao lugar em que chegou, tendo que mostrar sua força e garra. 

Quando é cantado "Ela sabe onde chegar e na bolsa leva o amor", a atriz surge confiante, com um vestido azul sob um fundo também azul (0:50). O interessante é que o trecho se encaixou muito bem com a história de Glamour Garcia que sabia onde chegar: no hall da fama e com um papel de destaque em uma novela das 9!


Frases e cenas empoderadas

Não há dúvidas que Só o amor é um clipe militante. Mas não é somente ele que é isso. A letra é muito forte e empoderada também e ela se encaixa com vários trechos encenados e estou aqui para provar isso. 

- "Ela faz o destino dela" (0:35): mostra a tela dividida em quatro com as mulheres trans comuns fazendo suas funções e em plena atividade, mostrando que elas são autônomas e autosuficientes. 




- "Só o amor, só o amor, só o amor" (0:55 - 1:00): nessa parte frames rápidos surgem com predominância nas cores azul, laranja e vermelho, mostrando que a diversidade representada pelas cores é o caminho para um futuro melhor onde o amor predomine. 




- "Tem um brilho no olhar" (1:01): nessa parte Preta Gil e os dançarinos estão com a cor mais solar e brilhante já existente, o amarelo!



- "Ruxell no beat" (1:19): nessa parte Glamour Garcia vira para a câmera e dubla a frase em questão.



De preto e branco para colorido!



A transição entre o preto e branco e o colorido pode ser percebida de forma clara em uma passagem de Gloria Groove, quando ela surge sob uma paleta preta e branca e, segundos depois, sob uma roxa e verde (1:30).



Preta e Gloria juntas



Entre 1:56 e 1:58 Gloria e Preta ficam juntas na tela e a performance das duas é de cair o queixo e de arrasar qualquer quarteirão! Elas possuem muita harmonia no palco do clipe. Chega em determinado frame (2:10) que elas dão as mãos mostrando união, força e amor para disseminar a ideia difundida desde o início do clipe: diversidade sexual, principalmente trans, com todos os direitos humanos que se necessita! Para mim esse é um dos momentos mais incríveis, significativos e fofos de todo o clipe. 


Montagens



O clipe é ao mesmo tempo artístico, visual, como documentário. Não poderia deixar de destacar também a montagem com todos os cenários coloridos (2:31) que foram editados um atrás do outro, de forma dinâmica e interessante. Isso mostra que menos é mais!

Há certa beleza visual e artística com os frames coloridos e as diversas coreografias sincronizadas. 


Efeitos e movimentos de câmera

Já mencionei de forma geral, mas não custa nada reforçar os efeitos e movimentos de câmera que deixaram o clipe mais interessante. A câmera ora se aproxima, ora se distancia, além de efeitos de transição de vídeo criativas. 


#Sóoamor



Entre 2:13 e 2:14 as mulheres trans surgem com placas escrito "Só o amor" nas cores trans, ou seja, rosa e azul. Não por acaso que essas cores estão contidas em fundos durante o clipe e até mesmo nos créditos iniciais. 

Enquanto seguram as placas, as mulhreres trans vestem roupas pretas que contrastam com o fundo rosa do clipe. 

É essa mesma frase que está contida em um saco de pipoca que Preta come e, que inclusive, o tempera com Sazon (Olha o merchan aí, gente!) entre 2:42 e 2:46



As referências trans continuam quando as cantoras e atriz surgem na tela sob o fundo rosa e a câmera se aproxima delas entre 2:47 e 2:48




Mulheres trans famosas



Entre 2:49 e 2:52 as mulheres trans reais seguram fotos de trans famosas, incluindo Glamour Garcia. Assim, elas fazem uma homenagem à atriz Rogéria, à modelo Roberta Close, à quadrinista Laerte, Lea T e Jane Di Castro - que na opinião de Preta Gil são "verdadeiras heroínas" que lutaram pela causa trans no Brasil. 

O clipe é finalizado com essa homenagem, com a câmera se distanciando das mulheres e com um efeito de vídeo parecendo de filme antigo (2:52). 


Repercussão

Só o amor gerou debates por conta do elenco escalado, assim como o tipo de abordagem empregados tanto no vídeo como na letra. Esse é um assunto de extrema importância, levando em consideração a intolerância e transfobia no Brasil. Trabalhos como este refletem e reforçam a necessidade de representar as mais diversas narrativas, para que estes discursos cheguem ao público por meio da música. 

O intuito de todo esse projeto - tanto a música, clipe, como o documentário - é de levar o amor para aqueles que anseiam por ele. Mas é também levar informação, luz e amor, pois para Preta essas três coisas seriam capazes de transformar a sociedade. 

A repercussão foi tão grande que camisetas exclusivas com temática do clipe foram criadas. A renda das vendas estão sendo destinadas à Casa Chamma, uma instituição de apoio a homens e mulheres transexuais em São Paulo. 


Letra



A letra fala de uma mulher forte trans que está cada vez mais conseguindo empregos dignos, tendo suas vidas integradas e seus sonhos e direitos atendidos. A ideia da Preta é de fazer uma homenagem positiva que vai de um mundo em preto e branco e ganha as cores da bandeira LGBTQ+, da diversidade e também simbolizando a luta de muita gente. 

A partir de agora, comento alguns trechos da canção.

"Suave como um furacão
Tranquila como um vulcão
Se joga no mundão
Não, e ninguém segura"

Preta caracteriza uma mulher trans como uma pessoa cheia de força e ímpeto, que chama a atenção e marca sua trajetória como um furação e um vulcão.


"Guiada pelo coração
Se quer, anda na contramão"

As mulheres trans não são guiadas por convenções sociais, mas pelo seu coração. Por suas decisões, tem a coragem de caminhar na contramão do sistema e da heteronormatividade. 


"Eles vão falar
Não vai se importar
Ela faz o destino dela
Nasceu pra voar
O céu vai tocar
Ela faz o destino dela"

Esse trecho mostra às mulheres trans e pessoas LGBTQ+ que as pessoas vão falar, vão agir com preconceito e vão julgar, mas não importa, bastando seguir seu destino, quebrando obstáculos e chegando até o céu.


"Ela sabe onde chegar
E na bolsa leva o amor
Só o amor
Só o amor
Só o amor
Tem um brilho no olhar
Faz vida encher de cor
Só o amor
Só o amor
Só o amor"

Foco e empenho não faltam para mulheres trans. Elas possuem objetivos, "fogo nos olhos", mas não passam a perna em ninguém e agem de forma amorosa. Quando elas chegam o mundo se enche de cor, assim como no clipe que deixou de ser preto e branco e passou a ser colorido. 


"Ela contorna os olhos e sorri no espelho
Esbarra e cai em si
A luz e o vento em suas costas"

Um trecho que fala da produção de uma mulher trans. Ela é um ser iluminado e favorecido pelo vento em suas costas. 


"Voando baixo por onde sentir
Um beija flor e um bem te vi
Reluz, é pedra preciosa"

Uma mulher trans tem a escolha de voar alto ou baixo. Não importa, ela é dona do destino dela. Ela possui as cores e delicadeza das aves e reluzem como pedras preciosas, marcando sua trajetória na terra. 


Música

A música é animada e pra cima, se assemelhando à um axé com batidas.


Esse foi o Entre Frames de hoje! Agora, iremos entrar em um recesso no quadro, mas retornaremos em breve com mais análises de clipes (Não sei precisar a volta para o retorno). Aliás, que clipe você gostaria de ver nesse quadro? Diga nos comentários! J-J













Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 21 de julho de 2025

A vida é feita de momentos



A vida é feita de momentos e ciclos. Vivemos momentos em nossa vida que não voltarão mais. Aquela magia e inocência da infância foi passageira, assim como as descobertas da juventude também... Tudo na vida passa, mas o que fica é a lembrança e a saudade.

Quem dera fosse possível enlaçarmos e paralisarmos momentos e períodos de nossa vida, como se fosse um frame congelado, que ficasse eternizado no tempo e no espaço. Mas isso não é possível, infelizmente. Nós vivemos o agora e temos que aproveitá-lo porque ele é único e passageiro. Por isso, se você viver momentos bacanas, alegres e únicos na vida, deve saber aproveitá-los e guardá-los na memória do coração, pois eles jamais voltarão, o que pode haver são revivais, mas aquele momento pleno e único, jamais retornará. 

Feliz é aquele que sabe aproveitar cada instante, momento de felicidade, descoberta e alegria. E quantas vezes a gente não aproveita esses momentos, acreditando que eles podem voltar?! Mas a verdade é que cada momento é único e especial em nossa vida. Por isso, temos que aproveitar os ciclos, as pessoas que entram e outras que saem em nossa existência. Porque o que vai ficar mesmo, depois, é o espírito saudosista, aquela saudade doída, que faz a gente lacrimejar e ficar emocionado... 

A gente vive o momento agora, depois sente saudade do passado e o momento que você vive atualmente vai virar passado, inevitavelmente, e você sentirá saudades. Nada é eterno na vida e você precisa ter essa consciência. J-J 


Por: Emerson Garcia

sábado, 19 de julho de 2025

Rádio Bagaralho: Programa 'Igual porém diferente' #37



Olá ouvintes da Rádio Bagaralho FM (Rádio Bagaralho, a rádio do... povo). Aqui quem fala é o locutor Arthur Claro, aquele que é igual porém diferente. Com o oferecimento da Pastelaria do Chian começa agora o programa Igual porém Diferente.  

Nesta edição trago uma música original e a versão dela. Vocês irão se deleitar com canções iguais porém diferentes. Hoje vou mostrar uma que tenho certeza que todos conhecem mais a versão do que a original.

Original



Versão 






Queridos ouvintes, quero agradecer a todos e espero que continuem ouvindo a Rádio Bagaralho. Peço que comentem nesse post as músicas que gostariam de ouvir, pode ser qualquer estilo musical. Um bom fim de semana repleto de felicidades. Sigam a Rádio Bagaralho no Instagram (@radiobagaralho). J-J


Por: Arthur Claro

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Quinta de série: Vick e a Musa

Pode conter spoilers!


Que tal uma comédia musical cheia de fantasia, bem família e repleta de drama e romance?! Assim é a produção Vick e a Musa, de Rosane Svartman, disponível em 2 temporadas no Globoplay. A direção artística é de Marcus Figueiredo, direção de Ana Paula Guimarães e roteiro de Bia Corrêa do Lago, Sabrina Rosa, Juliana Lins e Rafael Souza-Ribeiro. O elenco conta com Cecília Chancez, Tabatha Almeida, Nicolas Prattes, Malu Rodrigues, Dan Ferreira, João Guilherme Ávila, Jean Paulo Campos, Bel Lima, Tulio Starling, Pedro Guilherme, Anna Manuela Estevão e Cris Vianna. A série é classificada como infantojuvenil, com classificação etária de 12 anos e 26 episódios, de em média 40 minutos cada um. 

Por meio de um chamado da jovem Vicky, a chegada da deusa Euterpe, a musa da música, gera transformação no bairro de Canto Belo através da arte. Antes da chegada de Euterpe, a maioria dos espaços culturais da cidade, como o cinema e o teatro, ficaram abandonados ao longo dos anos, ocasionando na perda do encanto, afetando principalmente o astral dos moradores. No meio disso, a jovem Vick, uma artista de mão cheia, está com seu relacionamento com sua melhor amiga Laura rompido. É quando em um ato de desespero, desabafa e pede a ajuda do universo para que as coisas ao seu redor mudem de figura. A própria deusa da música virá para o planeta terra, gerando transformação nos moradores e em todo o bairro.


Vick e a musa é repleta de cenas musicais, performances musicais dos personagens e tudo mais que relembra Zoey e a sua fantástica playlist. As músicas movimentam cada cena, emocionando, arrancando suspiros e sendo motivos de alegria. 

Mas nem só as cenas musicais merecem destaque. Assim também, o enredo, personagens e diálogos. Rosane soube muito bem como conduzir sua estória, com bons ganchos e materiais. A amizade de Vick e Laura convence e é de cortar o coração vê-las separadas, os casais que vão sendo montados também são "shipáveis" e merecem a torcida. A escolha das músicas também casaram com as cenas e a seleção de músicas brasileiras dá gosto de ver. A música de abertura é uma releitura de Palco de Gilberto Gil, na voz de Bel Lima e Túlio Starling. E é uma canção que tem tudo a ver com a estória da série. 


É muito legal e interessante o universo que Rosane cria, principalmente de trazer a História Grega e dos deuses para perto de nós. O interesse de Vick por mitologia grega é surpreendente. No decorrer dos episódios, não só Euterpe surge, como outros, como o deus do teatro Dionísio e o deus dos deuses, Zeus. 

Cada personagem da série possui um talento que é trabalhado e explorado por Euterpe, a deusa da música. Tem aquele que tem talento para música, dança, teatro e até mesmo desenho, mostrando que na vida temos inúmeros talentos e não podemos enterrá-los, deixando-os sempre visíveis e disponíveis para fazermos a diferença na vida das pessoas.

Se você curte séries com estética caprichada, pegada jovem, dilemas reais e música boa, Vick e a Musa pode ser sua próxima maratona certeira. Ela é um mergulho no turbilhão da adolescência com um toque artístico que emociona - e surpreende. A série consegue misturar muito bem fantasia e realismo, sendo que cada capítulo possui performances coreografadas, cenas que parecem instalações audiovisuais e clipes musicais. 



A série, sobretudo, toca em temas sensíveis e importantes, tais como: feminismo, saúde mental, liberdade criativa, ancestralidade afro-indígena e bissexualidade. E faz isso sem forçar, com simbologias sutis e diálogos bem escritos. 

Vale a pena assistir se você gosta de séries autorais e diferentes do óbvio; curte narrativas com estética forte e identidade musical; está vivendo o caos poético da adolescência; quer ver uma produção nacional ousada, sensível e potente. J-J






Por: Emerson Garcia
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