quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Quinta de série: Sullivan & Massadas: retratos e canções

 Pode conter spoilers!


Hoje é dia de Quinta de série. Dia de falar da série documental da Globoplay Sullivan & Massadas: Retratos e canções. A produção conta a história da dupla de compositores Michael Sullivan e Paulo Massadas, que criaram cerca de 700 músicas de sucesso nos anos 80 e 90. A série relembra a trajetória vitoriosa da dupla, com depoimentos de diversos artistas, mostrando como eles se tornaram uma "fábrica de hits". Com estreia no dia 6 de março de 2024, foi criada por Pedro Bial e André Barcinki; com direção de André Barcinski; roteiro de Nélio Abbade e Heitor D'alincourt. Contou com 5 episódios de 50 minutos em média cada um. No elenco estavam presentes Roberto Carlos, Tim Maia, Alcione, Xuxa Meneghel, e muitos outros que gravaram músicas da dupla.

No período em que um civil volta à Presidência da República, o rock nacional explode nos grandes festivais. A dupla de hitmakers se consolida como de grandes compositores de sucesso. Sullivan & Massadas: retratos e canções documenta a carreira da dupla, desde a parceria até a influência de suas composições na indústria fonográfica brasileira. Uma curiosidade importante é que a dupla chegou a ter 40 canções nas paradas de sucesso simultaneamente.

A produção é um pedaço da memória musical afetiva do Brasil, trazendo uma importante lição para a crítica musical contemporânea. Pense em uma lista de músicas com 50 canções populares. Certamente, 70% delas são da dupla de hitmakers. A produção apresenta tantas músicas de sucesso, que você nem desconfia que os autores são Sullivan e Massadas. Você se diverte em adivinhar a próxima canção que a série vai mostrar e você nem desconfiava que era deles. 


E são muitas. Tem Me dê motivo, eternizada na voz de Tim Maia e que se tornou um hino de corno; até os hits infantis de Xuxa e Trem da Alegria, como Lua de cristal. Essas canções saíram da caneta de ouro da dupla. Também tem Whisky a go go do Roupa Nova, Deslizes, Um dia de domingo, Talismã... A dupla é versátil e compõe para gêneros como infantil, MPB e até mesmo música sertaneja. 

A dupla iniciou em bandas de baile, passando pelas primeiras tentativas frustradas de se firmar como artistas solos. Eles tiveram um longo caminho a ser percorrido para atingir o estrelato. Tudo isso até eles se consolidarem como a dupla nos anos 80, impactando a indústria fonográfica brasileira.


O diferencial é tê-los contando e conduzindo a história por meio de depoimentos recentes, com participações valiosíssimas de artistas que ajudaram a dar vida aos sucessos da dupla, como Sandra de Sá, Robertinho de Recife, Fagner, Gal Costa e até mesmo Roberto Carlos, em rara entrevista. Artistas mais novos, influenciados pela obra dos dois, como Zeca Baleiro, Xande de Pilares, Chico César e a dupla Anavitória, também comparecem com depoimentos e reinterpretações de algumas canções. Esse é o ponto alto da série documental: os números musicais reinventam as canções de Sullivan e Massadas, em vozes inéditas.

Sullivan e Massadas contam casos de bastidores divertidíssimos, como o da vez que Tim Maia ouviu um jingle que a dupla havia escrito para a Rádio Bandeirantes e ligou aos prantos, emocionado e "exigindo" gravar a música... que na voz do Síndico virou o hit Leva, com a mesma letra. Ou de como precisaram brigar com a gravadora pra manter o título e o refrão Joga fora no lixo, considerado inadequado pra uma canção de amor. As músicas se tornaram atemporais impactando a vida dos brasileiros por gerações até os dias de hoje. São músicas que caem no gosto do público e que embalaram as rádios e as trilhas de novelas.

A série não é apenas documental, é um mergulho profundo nos bastidores da música brasileira dos anos 80 e 90, conduzido pela história de dois nomes que transformaram sentimentos em hits inesquecíveis.


Por trás das letras românticas, dos refrões melódicos e das composições que embalaram novelas, rádios e corações, existe muita história e bastidores. Em conversas francas, a dupla revela não só o processo de criação, mas também as dores, rupturas, reencontros e cicatrizes deixadas pelo tempo. São depoimentos que transbordam verdade. 

Desse modo, a produção utiliza imagens de arquivo, bastidores e entrevistas atuais para tecer uma linha do tempo afetiva. A cada episódio, fica claro que as composições não nasceram por acaso - foram fruto de um país efervescente, de vivências intensas e de artistas que sabiam traduzir o espírito de seu tempo.


Eis alguns motivos para ver a produção: porque é um documento histórico da música brasileira, porque reconecta o público a canções que marcaram fases da vida, porque mostra com sensibilidade, beleza e dor de criar algo juntos e porque humaniza ídolos e revela bastidores que não cabiam nas capas dos discos.

Sullivan & Massadas: retratos e canções é daquelas séries que não se assiste - se sente. Ao final da produção fica a certeza de que algumas parcerias são maiores que o tempo e que certas músicas, quando tocam, continuam fazendo o que sempre fizeram: nos lembrar quem éramos, quem somos e quem ainda queremos ser. Fica a dica de produção para assistir. J-J 



Por: Emerson Garcia

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Kyaraben - bentô de personagens


Uma comida pode ser gostosa e ter uma aparência divertida. A artista Etoni Mama, direto de Tóquio, no Japão, produz as marmitas dos filhos e faz mais além: levando-as para outro nível. Ela transforma pratos do dia a dia em verdadeiras artes comestíveis, que não dão a mínima vontade de comer, mas de apenas contemplar.

A arte que ela produz é chamada de Kyaraben (bentô de personagens) e ela cria pratos lúdicos com animais, personagens de cinema e da indústria cinematográfica e com cenas encantadoras. Essa é uma forma de incentivar as crianças a comerem de forma mais divertida e saudável. Com essa técnica ela conquista muitos seguidores nas redes sociais com sua criatividade. Confira alguns dos trabalhos:





















Fofos, não?! A artista usa ingredientes como algas, ovos, frutas e vegetais para criar designs detalhados. A criatividade é impressionante e o trabalho admirável. Me pergunto como ela consegue moldar e criar personagens tão fidedignos com o original. 

Os pratos de Etoni Mama são poéticos, delicados e eles transformam o desafio de alimentar as crianças em uma experiência visualmente rica e nutritiva. Confira mais alguns de seus trabalhos: 


















As criações dessa mãe de Tóquio podem ser compartilhadas no Instagram, no perfil @etn.co_mam. Gostaram? Deve dar um trabalhão para se fazer, não é mesmo?! J-J 


Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Chá Musical do dia 13 de novembro de 2025

 

Dia 13 de novembro de 2025 aconteceu mais uma edição do Projeto Chá Musical na Vila Telebrasília. Essa edição contou com as apresentações de Laila, Danne, Lucimar, Paulo, Rodrigo Soalheiro e do Coral Sustentart. O evento teve início com as considerações iniciais de Lígia, coordenadora do Centro de Artes.




Logo após as considerações, foi a vez da pequena Laila, violoncelista, arrasar na apresentação com suas mãos doces e delicadas. Ela tocou duas peças do método Suzuki, arrancando aplausos e olhares surpresos da plateia presente.


A seguir, foi a vez de Lucimar Rodrigues e Danne Strauss se apresentarem. Enquanto Lucimar cantava, Danne dedilhava seu violão e acompanhava a cantora. Eles resolveram fazer uma homenagem ao Dia da Consciência Negra que se aproximava, no dia 20 de novembro. Eles apresentaram O canto das três raças de Clara Nunes e O Juízo Final de Nelson Cavaquinho. 


O canto das três raças é uma canção composta por Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte, gravada pela cantora brasileira em 1976 no LP de mesmo nome, regravada em 1995 no CD pela gravadora EMI-Odeon. O apelido "cantora das três raças" foi dado à Clara Nunes. Os compositores de Juízo Final são Nelson Cavaquinho e Élcio Soares. A música foi lançada originalmente em 1973 no álbum homônimo de Nelson Cavaquinho e é considerada uma obra-prima que reflete a angústia do período da ditadura militar, misturando a esperança de um futuro melhor. 

Em mensagem no Whatsapp, Lucimar efetuou um agradecimento:

"Chá musical, vila Telebrasília, centro de artes! Gratidão à menina @marilza.luciano pelo convite para mais um encontro musical com lindas apresentações! Gratidão ao Danne Strauss que me acompanha sempre!".



Logo em seguida, foi a vez de Rodrigo Soalheiro e Paulo Vieira nos encantar com as músicas e números. Eles escolheram apresentar modinhas, são elas: Rosas flores d'Alvorada (Anônimo) e Canção do poeta do séc. XVIII (Villa Lobos). Foram apresentações interessantes porque o Rodrigo falou mais de cada uma das músicas, situando a plateia.


Por último, foi a vez do coral Sustentart se apresentar pela primeira vez em público. Mais de 15 vozes fazem parte do grupo regido magistralmente por Paulo Vieira, regente e pianista. Eles apresentaram as músicas Descobridor dos sete mares de Michel e Gilson Mendonça; e Caçador de mim, de Sérgio Magrão e Luiz Carlos Sá.






A edição contou com muitas premiações e o tradicional lanche de confraternização. 






Essa foi uma edição riquíssima, com belas apresentações musicais e números com boas músicas. Essa foi a penúltima edição do Projeto Chá Musical do ano de 2025. No dia 25 de novembro teve a última edição de 2025, com Luiza Marta e seus convidados. Esteja ligado no blog nos próximos posts! J-J


Por: Emerson Garcia

sábado, 13 de dezembro de 2025

Rádio Bagaralho: Programa 'Igual porém diferente' #40



Olá ouvintes da Rádio Bagaralho FM (Rádio Bagaralho, a rádio do... povo). Aqui quem fala é o locutor Arthur Claro, aquele que é igual porém diferente. Com o oferecimento da Pastelaria do Chian começa agora o programa Igual porém Diferente

Nesta edição trago uma música original e a versão dela. Vocês irão se deleitar com canções iguais porém diferentes. Hoje vou mostrar uma que tenho certeza que todos conhecem mais a versão do que a original.

Original



Versão






Queridos ouvintes, quero agradecer a todos e espero que continuem ouvindo a Rádio Bagaralho. Peço que comentem nesse post as músicas que gostariam de ouvir, pode ser qualquer estilo musical. Um bom fim de semana repleto de felicidades. Sigam a Rádio Bagaralho no Instagram (@radiobagaralho). J-J


Por: Arthur Claro

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Meu papel de natal Coca Cola

Para esse Natal de 2025 a Coca Cola preparou uma experiência digital interativa incrível. Que tal personalizar seu papel de presente com um avatar animado de si mesmo?! O resultado é bem divertido e inovador. Para participar, você deve interagir com o chatbot Nico no Whatsapp, que é o Ajudante de Natal da Coca Cola. 

E como fazer?

1- Adicione o contato do Nico (Ajudante de Natal da Coca Cola no Whatsapp).

2- Siga as instruções para usar a tecnologia de inteligência artificial para criar um avatar a partir de uma foto sua.

3- Use seu avatar para personalizar o papel de presente.


Uma informação importante é que o aplicativo exige o consentimento para o uso de dados biométricos, mas não há motivos para pânico. A empresa esclarece que não identifica pessoalmente os participantes e que a fotografia serve apenas para gerar o avatar e montar o papel de embrulho. Quem participar deve ter mais de 18 anos e fornecer consentimento explícito para usar a imagem. 


Como funciona a experiência interativa?

O processo é direto e moderno. O usuário envia a foto, que a Coca Cola modera via Amazon Rekognition a fim de garantir que segue as regras de segurança da marca. Depois, a inteligência artificial transforma a foto em uma caricatura. Em seguida, o avatar combina com o fundo escolhido pelo usuário, criando o papel de embrulho personalizado.

O papel de presente que abre esse post traz uma mulher de sorriso largo que veste um suéter de tricô verde e um cachecol xadrez vermelho e verde. Ela segura um presente de natal embalado em um papel personalizado. O papel de presente é vermelho e estampado com avatares de pessoas usando gorros de Papai Noel. O fundo é decorado com luzes amarelas, flocos de neve e bolas de natal.

A empresa garante que os arquivos não ficam armazenados permanentemente. O papel de embrulho fica disponibilizado por sete dias para download, e a foto original é apagada após 30 dias. Além disso, a empresa não compartilha dados biométricos com terceiros, exceto quando a lei exige ou com consentimento explícito do usuário.

O recurso é ideal para quem gosta de unir diversão e tecnologia. É uma experiência bem satisfatória, com muita personalização e interatividade. Com esse papel de natal Coca Cola a festividade ganha um toque high tech e a certeza que ninguém vai esquecer de você ao receber o presente.

O assistente virtual da Coca Cola, o Nico, também ajuda a encontrar as datas e horários das Caravanas de Natal em sua cidade. J-J


Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Resenha: Um homem de propósito - Cleber Tavares

No post de hoje falo sobre o livro Um homem de propósito do pr. Cleber Tavares. Esta obra é resultado de uma série de pregações do autor para homens nos EUA. Foi uma conferência poderosa e impactante. O livro é curto, com 104 páginas, com capítulos dinâmicos e objetivos. Você pode ler a obra em apenas um dia, em uma sentada. 

De acordo com Cleber "um homem de propósito não vive pelo que vê, mas pelo que o Espírito Santo revela - sua jornada é movida pela eternidade, não pelas circunstâncias". Com isso, o autor apresenta a história de diversos homens da Bíblia e porquê eles são considerados homens de propósito. Os homens são: Enoque, Davi, Elias, Ezequiel, Jabez, Daniel, Gideão, Abraão e Josué. Cada um dos capítulos do livro é dedicado à um deles. Os capítulos trazem tópicos, ensinamentos e perspectivas de cada um desses homens. 

É um livro de fácil entendimento e com muitos ensinamentos. A linguagem do autor é clara, dinâmica e com um português claro e acertado. Cleber não utiliza uma linguagem rebuscada e não se aprofunda muito nos capítulos. Eles apresentam com uma linguagem simples, direta e de fácil entendimento.

Esses homens tem histórias inspiradoras. Apesar de passarem por dificuldades, desafios, tristezas e provações, eles não negaram a fé e avançaram. Não tem como não ficar motivado com esses homens e seguirmos suas trajetórias cheias de propósito e de dedicação à Deus e à Sua obra! 

A diagramação traz uma fonte agradável para a leitura, bons espaçamentos entre as linhas e páginas. Em cada abertura de capítulo, o autor apresenta um versículo-tema, uma base para o que vai escrever. Entre os capítulos, tem páginas com frases marcantes e emblemáticas da obra. Os capítulos, como falei, não são longos, nem cansativos. A capa traz um desenho minimalista de um homem indo em direção até uma cruz. O desenho é feito de linhas e curvas. O desenho também é repetido ao final da obra.

Ao final da leitura, você pode decidir ser um homem de propósito. Recomendo a leitura. J-J

Por: Emerson Garcia

sábado, 6 de dezembro de 2025

Rádio Bagaralho: Programa 'Na trilha' #21



Olá ouvintes da Rádio Bagaralho FM (Rádio Bagaralho, a rádio do... povo). Aqui quem fala é o locutor Arthur Claro, aquele que é igual porém diferente. Com o oferecimento da Bomboniere Beijo Doce vai começar agora o programa Na trilha. Bora trilhar ao som de boas músicas e sentimentos bons? Para este programa selecionei as músicas de algumas novelas. Espero que gostem como eu gostei de selecionar.


Maria do Bairro 




Éramos seis   




Êta mundo bom! 




Marimar 




Sinhá Moça 




O Sexo dos Anjos 






Queridos ouvintes, quero agradecer a todos e espero que continuem ouvindo a Rádio Bagaralho. Peço que comentem nesse post as músicas que gostariam de ouvir, pode ser qualquer estilo musical. Um bom fim de semana repleto de felicidades. Sigam a Rádio Bagaralho no Instagram (@radiobagaralho). J-J


Por: Arthur Claro

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Quinta de série: Meu amigo Bussunda

  Pode conter spoilers!



Já ouviu falar de Cláudio Besserman Vianna? Talvez, não, pois esse é o seu nome de batismo e ele é conhecido mais por seu nome artístico. Trata-se de Bussunda, o humorista global que partiu precocemente aos 43 anos de idade. No Quinta de série de hoje também falarei de Meu amigo Bussunda, uma série documental do Globoplay veiculada em 16 de julho de 2021

A produção é uma homenagem póstuma realizada pelo amigo e ex-colega do Casseta & Planeta, Cláudio Manoel. Ele resolveu contar a história do humorista desde sua infância até sua morte em 2006, aos 43 anos, durante a Copa do Mundo na Alemanha. A série também aborda temas como amizade, a influência do humor e o politicamente correto. 

A narrativa é contada pelos olhos de quem conheceu bem o humorista, como Cláudio Manuel, a filha Júlia Vianna, e o diretor Micael Langer. O objetivo foi o de resgatar a memória e o legado de Bussunda, revisitando sua vida e obra de forma emocional, engraçada e afetiva. Não tem como não se emocionar com o documentário, que traz muitos depoimentos, imagens de arquivos e fotografias. 


É mostrado o início da vida de Bussunda, nascido no Rio de Janeiro, em uma família de imigrantes de classe-média e militantes comunistas até sua entrada na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sua militância pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o ingresso no grupo Casseta & Planeta e a ascensão dos humoristas no grupo Globo. 

A carreira de Bussunda teve início nos anos 80. O artista criou personagens inesquecíveis, que misturavam entretenimento, comédia e jornalismo. Ele morreu em Parsdorf, cidade perto de Munique, onde gravava um especial de copa para o Casseta & Planeta. 

Depoimentos de membros do humorístico que Bussunda trabalhava foram entrevistados. Tais como: Beto Silva, Hélio de la Peña, Marcelo Madureira, Cláudio Manoel, Hubert Aranha e Maria Paula. São entrevistados ainda familiares de Bussunda, como seus irmãos Sérgio Besserman Vianna e Marcos Besserman Vianna, além da esposa, Angélica Nascimento.


Além desses entrevistados, personalidades também foram. Tais como: Patrícia Kogut, Mauricio Stycer, Danilo Gentili, Fábio Porchat, Zico, Vera Fischer, Marisa Orth, Léo Gandelman, Giovanna Gold e Noêmia Oliveira.

A série captura qualquer trajetória de vida em um registro audiovisual que faça sentido e ainda sintetiza a complexidade dela em poucas horas. Em cinco episódios, a série funciona como um retrato de uma geração e para rir (e derramar lágrimas furtivas), ela é simplesmente incrível e imperdível. A produção, outrossim, emociona os fãs de Bussunda, além de trazer um gostinho a mais de quem o artista era para quem não o conhecia. É uma série muito afetiva e emocionante.


A produção é dividida em cinco episódios. São eles: Fama de famoso, que compreende a vida do artista de 1962 a 1989; Ih, ó o cara aí, de 1989 e 1998; Fala sério, 1998 e 2006; Meu pai Bussunda, que exibe a filha do comediante, Júlia Vianna, revisitando memórias do pai com familiares, amigos e colegas de profissão; e Minha vida não cabe numa série, onde Cláudio Manoel, diretor e parceiro de trabalho de Bussunda, revisita o enorme material que não coube nos quatro primeiros episódios e tenta se despedir do amigo. 

Meu amigo Bussunda vai te fazer rir, emocionar, te deixará nostálgico e com o sentimento que Bussunda ainda tinha muito a fazer. Recomendo a série documental. É emocionante o que Cláudio Manoel fez para seu amigo Bussunda. Uma homenagem e tanto. J-J 



Por: Emerson Garcia

Quinta de série: Caso das 10 mil (podcast)

Pode conter spoilers!




Hoje é dia de falar do podcast de jornalismo investigativo veiculado pela Folha de S. Paulo, Caso das 10 mil. Trata-se de um podcast narrativo sobre o maior processo judicial de aborto do Brasil. Ele investiga a história da Clínica de Planejamento Familiar em Campo Grande (MS), que atendia cerca de 10 mil mulheres, e as repercussões do caso, incluindo o impacto político e social da prisão de prontuários e o debate sobre aborto no país. Caso das 10 mil foi lançado em agosto de 2023 e contém 6 episódios, de em média 45 minutos cada um. 

Em 2007, uma reportagem denunciou a Clínica Planejamento Familiar onde, durante duas décadas, abortos ilegais foram feitos em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Era o início de uma investigação que expôs os dados de 10 mil mulheres e se tornou o maior processo criminal de aborto do Brasil. 

A produção é incrível, forte, intensa e pode deixar as pessoas de boca aberta e com vários gatilhos. Em seis episódios, as jornalistas da Folha, Angela Boldrini e Carolina Moraes, investigam os desdobramentos pessoais, políticos e sociais desse caso que ganhou repercussão nacional. O podcast conta a história da vida dessas milhares de pacientes, de como o acordo silencioso entre uma médica e uma cidade foi rompido, e de como o aborto foi para o controle de uma disputa política que dura até os dias atuais.  


A médica Neid Mota Machado operou clandestinamente na clínica por quase 20 anos. A operação policial apreendeu 9.896 prontuários de pacientes. A série enfoca nas histórias das mulheres afetadas e no estigma social e consequências legais que elas enfrentaram.  

Os episódios podem ser encontrados nas principais plataformas de podcast, como Spotify, Apple Podcasts e Deezer, além do site da Folha de S. Paulo. J-J



Por: Emerson Garcia

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

5Q: Brick

Pode conter spoilers!




Moral
Ao se ver cercado, com muros ao seu redor e sem saída, o que você faria? Relacionamentos podem se tornar mais frágeis que outrora e uma situação faz com que você tenha que lidar com problemas e com esses relacionamentos conturbados. 

Cena boa
A cena em que o casal de protagonistas coloca objetos de metais e eles aderem e magnetizam, movimentando os blocos e dinamizando-os, até o instante em que os metais são arremessados e atingem o casal. Achei a cena surpreendente, além dela ter trago agonia ao ver vários objetos de metais encravados no protagonista.

Cena ruim
A cena final. Apesar dela ter sido bem elaborada, deixou lacunas em aberto e a possibilidade de uma continuação. Acredito que a parte 2 venha por aí e espero que ela sane dúvidas e questionamentos do público. 

Perfil
Tim e Olivia são um casal que um dia acorda preso no apartamento onde mora atrás de um muro preto impenetrável. De forma inexplicável e misteriosa, eles descobrem que o prédio inteiro está cercado por essa muralha de tijolos futuristas e extremamente resistentes. Sem saber como esse paredão foi parar ali da noite para o dia, eles precisarão contar com a ajuda de seus vizinhos para conseguir sair dessa armadilha com vida. Contudo, achar uma saída é apenas o começo dessa jornada desesperadora. Quem o construiu e por quê? O que está de fato ocorrendo? Com a tensão e sem qualquer ajuda externa, o pânico e a sensação de claustrofobia crescendo entre os moradores, fica claro que o verdadeiro perigo não está do lado de fora, mas sim mais próximo deles do que imaginam.  



Opinião
É um filme que intriga, mas a situação é absurda e inimaginável. Será que isso poderia ocorrer na vida real? Contudo, é legal perceber como eles tratam a questão dos relacionamentos e da comunicação, que ficam mais estreitos e frágeis quando esses muros são levantados, sendo reais ou não. É um suspense com uma veia de terror e um tom de claustrofobia que te deixa inebriado. O filme também apresenta um elemento sci-fi e da nanotecnologia que são os muros, conhecidos como bricks. E se esses muros já tivessem sido desenvolvidos, o que você faria? O filme é interessante até em alguns minutos, depois torna-se maçante e previsível. Acredito que você não se apega à nenhum personagem, pois eles não tem nenhum carisma. Apesar dos defeitos, é um bom entretenimento. J-J







Por: Emerson Garcia
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