Pode conter spoilers!
Hoje a nostalgia retorna com força aqui na Quinta de série! É que falarei da produção documental A superfantástica história do Balão do Star+ (Atualmente Disney+). Ela foi criada por Tatiana Issa, roteirizada por Fernando Ceylão e o elenco conta com Simony Benelli e Jair de Oliveira (o Jairzinho). A série conta com três episódios de em média 1 hora cada um.
De maneira superfantástica os anos 80 reuniram uma adorável cantora mirim, um tímido garoto de voz angelical, o herdeiro de um famoso ladrão e o filho de uma lenda da MPB. Eles formaram, simplesmente, a banda infantil mais importante do Brasil. Nos shows e na TV tudo era colorido e lúdico, mas na intimidade não era assim. Havia muitos traumas, desacordos e momentos de tensão. A produção é de 2023, 40 anos depois do estouro que foi esse grupo musical. Em 2023 houve a reunião de todos os garotos do Balão, que compartilharam suas memórias mais intensas desse fenômeno que marcou gerações, além dos desafios que enfrentaram devido à fama.
No decorrer de três episódios, o documentário apresenta imagens inéditas e entrevistas exclusivas, oferecendo uma visão única e cheia de surpresas para os telespectadores. Não somente os momentos de sucesso são relembrados, mas o impacto da carreira precoce na vida dos integrantes, de forma a proporcioar uma reflexão sobre o preço da fama e a importância da amizade.
O encontro dos quatro é nostálgico, cativante e emocionante. Você percebe como o tempo passa rápido e como é importante aproveitar cada fase. O documentário é muito franco e direto sobre a turma do Balão Mágico. Os integrantes estão bem a vontade na docusérie e são reunidos materiais inéditos da época, além de entrevistas e depoimentos com o produtor do grupo musical, bem reveladores.
O grupo do Balão existiu entre os anos de 1980 e 86 e a febre foi tão grande, que eles lotavam estádios, lançavam CD's e tinham até mesmo um programa matinal de muito sucesso na Rede Globo (82 - 85). O nível de fama alcançado pelo grupo passou a afetá-los, deixando marcas até hoje. Apesar de nostálgica, a produção expõe alguns traumas dos integrantes e de todas as situações que os rodeiam. Tob foi o mais afetado pela fama e é o que mais deixa transparecer o trauma que foi fazer parter do grupo, chegando até a chorar. A série mostra que todos sofreram, de certa forma, já que eram crianças e, tratados como adultos, trabalhavam sem parar e eram máquinas de fazer e ganhar dinheiro.
A série também mostra que as canções do Balão são relembradas até hoje, sendo atemporais e cantadas não só por crianças, como por adultos também. Até hoje, a música Superfantástico ainda toca bastante em festas (infantis ou não). Foi um grupo que marcou época no Brasil e mundo por ser o primeiro infantil a ser criado e que bombou de sucesso. O sucesso do grupo foi tão grande que eles gravavam com artistas renomados, tais como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Fábio Jr e Dijavan. Cada disco e obra era superior e deixava os integrantes cada vez mais em evidência. Os discos eram campeões de venda e geraram bastante grana para eles. Em pouco mais de quatro anos de carreira musical, a banda vendeu mais de 12 milhões de discos no Brasil (precendendo a Xuxa nesse nicho).
A obra conta com entrevistas individuais dos integrantes do Balão e um reencontro em grupo. São exibidos também depoimentos com familiares, produtores e outros artistas. Foram entrevistados Lázaro Ramos, Juninho Bill (Trem da Alegria), Gretchen e Rita Cadillac.
Após o fim do Balão Mágico, Mike foi trabalhar com madeira de reflorestamento no centro-oeste do Brasil; Tob teve banda e virou artista plástico; Jairzinho segue na carreira musical; e Simony já fez de tudo um pouco.
O doc é dividido em três partes e ambientado como nos anos 80, onde cada episódio é iniciado com uma fita VHS sendo introduzida em um videocassete. A produção é uma boa pedida para entender como a indústria do entretenimento sobrevive, utilizando e jogando fora quando ncessário. Mesmo que a fama gere muito dinheiro, também pode gerar traumas na mesma proporção. Uma dica que eu deixo para você é: assista! J-J
Fita de VHS? Um dia um familiar me mandou uma cassete de video VHS e não conseguimos ver nada! O sistema era diferente!
ResponderExcluirBelo post, bom fim de semana!
Oi Emerson, pura nostalgia essa postagem apesar de eu ter apenas 3 anos quando o grupo acabou em 1986. Lembro de ter os discos em casa e ouvir as músicas sem parar. Ainda não tive a chance de assistir essa minissérie, mas está na minha lista.
ResponderExcluirAté breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
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