O que "O bom dinossauro" me ensinou

Recentemente assisti a animação O Bom dinossauro, mais um filme da Pixar em parceria com a Disney, que traz ensinamentos, ludicidade e entretenimento. Ele é destinado às crianças (tanto, que a sala de cinema estava lotada delas). Sua linguagem é fácil de ser entendida e os conceitos trabalhados são simples, mas cheios de significados.

As crianças não piscaram por nenhum minuto. Elas perguntavam, se encantavam. Observavam tudo. Logo no início do filme, pude aprender uma lição com uma mãe e sua filha. Os pais de Arlo, o bom dinossauro, desde pequeno ensinaram seus filhos a ajudarem nas tarefas. Quando a cena passou, uma mãe que estava na minha frente disse: "Tá vendo, filha?! É assim que você tem que ajudar a mamãe. Ele ajuda o pai dele". 

Primeira lição do filme: cooperação. O filme não precisou falar muito com palavras como isso é importante. Ajudar os pais e os outros traz saúde mental e bons relacionamentos. A família de Arlo era feliz porque cooperava entre si. 

Junto com a cooperação, está o reconhecimento, recompensa e honra. O filme me ensinou que quando você coopera, você tem tudo isso, sejam por meio de conquistas materiais, ou não. Arlo lutou para ter uma marca de pata de lama em uma pedra. Ele se esforçou para ser honrado e ter sua pata em uma pedra. Enfrentou dificuldades, medos e, sobretudo, sua fragilidade. Mas ele estava disposto a cooperar.

Outra lição que a animação me ensinou foi que a família é tudo. Nada tem mais valor do que a companhia dos pais e dos irmãos. Estar na companhia da família, seja nos momentos bons ou ruins, vale mais do que qualquer outra coisa. Além disso, os pais estarão ali, para ensinar o caminho, valores e dar o exemplo. E quantas lições Arlo aprendeu com sua família? Inúmeras. Ele não se esqueceu de nenhuma delas, e levou-as pelo restante da sua vida. Arlo só tornou-se um bom dinossauro justamente por causa da sua família. Até mesmo seu irmão implicante significava tudo para ele, mesmo que desde seu nascimento sofresse bullying por sua parte, por ser o mais frágil e o menor dos dinossauros. Talvez seu irmão chamá-lo de fraco impulsionou-o a tornar-se corajoso e enfrentar as mais diferentes situações.

Outro ensinamento foi você é alguém, mesmo que ninguém ache isso. Arlo era um dinossauro mirrado, fraco, medroso, desajeitado. Talvez ninguém depositasse fé nele. Em um mundo onde existiam dinossauros mais capazes e mais ferozes, ele era apenas o bom dinossauro, que não dava medo. Mas, mesmo com seu jeito, ele tinha o seu valor. A coragem não vem de quem é mais forte, mas de quem faz de tudo para ser capaz. Por isso, valorizasse. 

A amizade é algo mágico e improvável. Outra moral que O bom dinossauro me ensinou. Como um dinossauro dócil tornaria-se amigo de um menino selvagem? É praticamente impossível, tanto que no início do filme Arlo e Spot não se davam muito bem. Mas, a conexão é algo forte e emocionante. Os dois descobrem que não podem mais viver um sem um outro. Spot ensinou a Arlo como tornar-se corajoso. Arlo ensinou a Spot como trabalhar suas emoções e seus relacionamentos.

Arlo e Spot possuem mais coisas em comum do que se imagina, e aqui vamos para mais uma lição: ter alguém com quem compartilhar dores é essencial. Ambos estavam longe de suas famílias e os dois demonstraram com singeleza e amor como isso doía, não importa se você é um animal ou um ser humano. O carinho e o cuidado que um tinha com o outro me fez chorar. Para compartilhar tristezas não é preciso diálogos extensos, mas, como demonstrado no filme, basta um olhar e um afago para confortar alguém. 

Essas foram algumas lições que a animação deixou para mim. Fico feliz que todo desenho da Disney não é apenas diversão e entretenimento, mas também lições para uma vida inteira. J-J

Por: Emerson Garcia