5Q: Fratura

Pode conter spoilers!

Moral

O seu desespero pode (ou não) ter um fundamento, te levando para descobertas terríveis e desfechos impensáveis.

Cena boa

A cena em que Ray Monroe leva sua esposa e filha para o pronto-socorro e, posteriormente, elas desaparecem, é angustiante e estabelece o conflito central do filme. Outra de grande impacto é a da busca de Ray pela família, confrontando médicos, enfermeiras e funcionários do hospital, criando uma atmosfera de mistério e paranoia.

Cena ruim

A cena em que a filha de Ray é confrontada por um cachorro e acaba caindo, em câmera lenta, enquanto seu pai, também em câmera lenta, procura salvá-la. A cena ficou inverossímel talvez pelos recursos visuais utilizados. Outra que não gosto muito é a que Ray, magicamente, toma as estribeiras da situação e coloca policiais, psicológa e outros profissionais em posição de rendição. Quem diria que seria tão fácil assim tomar a liderança da situação?! 

Perfil

Ray está viajando pelo país coma  família. Quando ele pára em uma área de pausa na estrada, Peri cai e quebra o braço. Depois de uma corrida frenética para o hospital e um confronto com a enfermeira, ele finalmente consegue ser atendido. Exausto, desmaia em uma cadeira no saguão, enquanto sua esposa Joanne e a filha descem para uma ressonância magnética. Ao acordar, ele descobre que não tem nenhum registro no hospital, como se nunca tivessem passado por lá. O longa foca em um pai desesperado que tenta encontrar sua filha e esposa após elas desaparecerem, misteriosamente, em um pronto-socorro de um hospital.

Opinião

O filme mistura drama, suspense e ação, apresentando uma série de reviravoltas que questionam a realidade e a sanidade de Ray, culminando em um desfecho surpreendente. O filme trabalha com a questão: até onde vai a paranoia de um pai? - fazendo com que os telespectadores fiquem vidrados na trama, em um suspense psicológico que fará você duvidar de tudo, até mesmo do pai. O longa tem um aspecto sombrio e nos leva a questionar o que, de fato, aconteceu com mãe e filha. A medida que o filme passa, um quebra-cabeça se monta entre realidade, paranoia e possíveis conspirações. A grande virada da trama é o terceiro ato que mostra que o "sumiço" da família talvez tenha mais relação com o estado psicológico do protagonista do que com uma conspiração médica. É um final que divide opiniões e faz você repensar tudo o que viu. O longa discute luto, trauma, limite entre cuidado e obsessão e negação. É um suspense que vale a pena ser visto, principalmente por brincar com a mente do espectador. Mas não espere finais fáceis e felizes. O desconforto faz parte da experiência. Você ficará do lado da conspiração ou da psicologia. J-J

Por: Emerson Garcia