Em 2002, a seleção brasileira conquistava o pentacampeonanto em uma copa singular, bonita e curiosa, onde a atmosfera de harmonia e alegria reinavam
No dia 30 de junho de 2002, a seleção brasileira, encabeçada pelo técnico Luiz Felipe Scolari; e estrelada pelos craques Ronaldo - o Fenômeno, o nosso ex-capitão Cafú, além de Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e Denílson, se enaltecia com mais uma estrela que grudava em nossas camisas, a quinta estrela. De pensar que o evento fará 10 anos, mostra que a magia da conquista poderia durar mais tempo, no entanto, isso não foi possível, porque nas duas copas seguintes, em 2006 e 2010, a seleção brasileira fracassou, e fracassou feio. A comemoração, portanto, serve para mostrar a cada brasileiro que a garra não deve ser esquecida no tempo... Se o hexacampeonato vier nesse ano, vamos lembrar que já somos a única seleção pentacampeã do mundo!
Uma seleção pentacampeã que fez bonito em uma copa singular e cheia de curiosidades. Foram 7 jogos e 7 vitórias! O número da perfeição! 100% de aproveitamento da seleção e nenhuma derrota, muito menos algum empate! A seleção deu show do início ao fim do outro lado do mundo, no Oriente. Aliás, a Copa do Japão e da Coréia do Sul teve tudo para ser uma copa diferente, bonita, cheia de brilho e cor. Bendita decisão da Fifa de levá-la para o outro lado do mundo! E de ainda ser a 1ª copa na Ásia, sediada em dois países! Foi a copa em que mostramos a nossa força e vigor, acordando às 3h30 da madrugada para ver a nossa seleção entrar em campo, e no outro dia estar firme e forte para trabalhar! Isso que é ser brasileiro de verdade!
A Campanha
Foi a copa em que Felipão teve que descascar um abacaxi deixado por outros técnicos, e mostrar uma seleção vívida, forte e que resgatou, novamente, o prestígio do nosso verdadeiro futebol. Ao conquistar as cinco estrelinhas e ser realizada uma campanha considerada brilhante, entramos no primeiro patamar do ranking da Fifa! Para chegar nesse resultado, Felipão arriscou, levando mais meninos que jogavam dentro da nação, além de apostar em new faces, e sofrer severas críticas por não levar o baixinho.
A grande final, que garantiu um céu mais estrelado e mais verde-e-amarelo, foi realizada no estádio de Yokohama, no Japão, onde o Brasil enfrentou a seleção da Alemanha, e onde Ronaldo, o fenômeno, marcou dois gols que nos deram a vitória.
O Fênomeno
Fenômeno. Foi aí que surgiu o apelido, e muito bem merecido por sinal. Foi ele, o grande artilheiro da Copa, com 8 gols! O dentucinho foi um fenômeno. Desbaratou o jogador da Alemanha, Owen, e fez com que a votação de melhor artilheiro fosse somente depois de finais de mundiais!
O fenômeno, no entanto, não queria causar somente mudanças climáticas futebolísticas, ele queria ser um fenômeno midiático. Ser conhecido além do seu gingado de pés, como também por alguém que faz a “cabeça”, inventando moda, literalmente. Ele raspou o cabelo, mas deixou um tufo, em formato meia-lua, na fronte. Não deu outra! Moda! O jogador até ganhou outro apelido: Cascão. Chamar atenção era o que Ronaldo queria. E deu super certo.
Os mascotes
Moda... Futebol de primeiro mundo... Copa diferente... A começar pelos mascotes escolhidos. Enquanto se achava que os mascotes seriam tradicionais animais e personagens típicos da Coréia e do Japão, os organizadores resolvem criar bichinhos de outro mundo. E por que? Porque aquela copa era de outro mundo! Os extraterrestres, antes de tudo, eram simpáticos e foram criados com uma tecnologia um tanto como oriental: o 3D!! Conhecidos como Spheriks, os bichinhos representavam partículas de energia na atmosfera e mostraram um pouco da cultura zen oriental.
Segundo os organizadores, eles habitavam o planeta Atmozone, onde praticavam um futebol de outro mundo, o Atmoball. Certo dia, Electro, rei de Atmozone, deu uma missão ao filho Ato: criar a atmosfera ideal para a realização da Copa do Mundo de 2002. Ato, portanto, recrutou seus melhores alunos. Nik e Kaz não foram escolhidas e resolveram seguir Ato até que chegaram a Terra para assistir aos jogos da Copa em 2002.
E o que eles viram? Viram uma seleção pintada de verde-e-amarelo, um técnico rígido, um fenômeno com cabelo de cascão e resolveram celebrar conosco a vitória do pentacampeonato brasileiro! Bendito foram os Spheriks que nos trouxe boas vibrações e a conquista de nossas cinco estrelinhas!
A Atmozone
E que atmosfera oriental foi essa? A atmosfera do equilíbrio e de um mundo melhor. Durante a abertura da Copa de 2002, percebemos a busca pelo equilíbrio, onde os organizadores mesclaram o passado que se uniu ao presente e que se uniu ao futuro. Essa mescla ficou sendo o equilíbrio que tanto se presa no Oriente. Sacerdotes coreanos, seres futuristas, todos em harmonia, dançando no ritmo de antigos tambores e moderníssimas baterias! O high tech se misturou aos Samurais. Entende-se o futuro, a partir dos atos do presente e da lembrança do passado. Só se pode viver em harmonia se compreendermos que tudo que vivemos, tudo que estamos vivendo e tudo que viveremos, faz parte do nosso aprendizado.
Por isso, hoje, 27 de maio de 2014, vamos resgatar o espírito da abertura da Copa Oriental em 2002? Por que o que vivemos hoje, faz parte do arsenal que tivemos no passado. Que tal lembrarmos da vez em que fomos pentacampeões mundiais? E que tal esquecermos das derrotas e desilusões que a gente passou, por um instante? Nós só saberemos o melhor dia das nossas vidas quando vivermos ele. E agora sabemos que o melhor dia da sua vida foi há 12 anos atrás, quando o Brasil conquistava as cinco estrelinhas. Futuro, presente e passado são inseparáveis e a perfeita harmonia entre eles é que dá o equilíbrio da vida. Vamos lembrar dos Spheriks! J-J
Por: Emerson Garcia