A semana seguinte acerca dos concursos.
Depois de meu texto publicado semana passada, me surpreendi com três fatos acerca do assunto que tratei. No site do Correio Braziliense, Fernando Fontainha – professor e pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) – critica o atual sistema de concursos públicos. A pesquisa dele está aqui.
Ele defende o fim da taxa de inscrição, a proibição de candidatos reprovados em prestar concurso novamente, a extinção das provas de múltipla escolha e priorizar a realização de provas práticas, como fator de escolha dos candidatos ao serviço público brasileiro. Fontainha critica a relação mercantilista dos concursos públicos em geral, mas essas ideias expressas na matéria do Correio desagradou muita gente:
Críticas para caramba.
Ideias polêmicas... Tão quanto mamilos! (Desculpe, não resisti).
Segundo caso: o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, parece que levou a sério esse negócio de largar a vida política. Arruda agora é professor universitário em Brasília. Na Unieuro ele dá aulas de Engenharia Elétrica às segundas e quintas-feiras. A assessoria da academia declarou que ele passou por processo seletivo e foi aprovado para exercer a função.
José Roberto Arruda é formado em engenharia elétrica na Instituto Federal de Engenharia de Itajubá, estado de Minas Gerais. No campo político, foi diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB), senador federal de 1995 até 2001, deputado federal (2003-2006) e governador do DF (2007-2010). No primeiro e terceiro cargo eletivo citados, Arruda se envolveu em muitas confusões, que envolve corrupção, câmeras escondidas e perdas de mandato. O escândalo que norteou seu governo quase acarretou na intervenção federal no GDF.
Terceiro e último caso: o outro ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz - parece que comeu tatu - adiou a sua volta ao Hospital Regional do Gama por mais 20 dias. Agnelo reclamou de dores nas costas por conta da hérnia de disco. O antecessor de Rodrigo Rollemberg teve baixíssima popularidade em sua gestão e deixou, ao atual governador, uma herança de dívidas e os cofres públicos em estado lastimável – o velho estilo de governar da mesma forma como está o Rio Grande do Sul. “Vira-te agora, José Ivo Sartori!”
Agnelo é médico formado pela Universidade Federal da Bahia. Fez sua residência médica em Brasília. Se precisa fazer uma cirurgia geral ou torácica fale com ele. Agnelo Queiroz está lotado no Hospital Regional do Gama onde está lotado. Manteve-se afastado de seus ofícios para se dedicar a política. Foi deputado distrital (1991-1994), deputado federal (1994-2007), ministro do Esporte (2003-2006) e governador do DF (2011-2014).
Seu governo prometia consertar os problemas deixados por Arruda, mas fez pior. Nas eleições de 2014, imagine: o mesmo Arruda estava em primeiro lugar nas pesquisas de voto, e ele em terceiro.
O destino dos ex-governadores-servidores e polêmicas a parte
Citei esses casos, porque estes puxam e muito o assunto “concurso público”. As ideias do professor são polêmicas. Só concordo com ele em relação às críticas do mercantilismo acerca dos concursos públicos, mas rechaço essa ideia de proibir reprovados em prestar as provas pela segunda vez em diante, e priorizar pessoas “experientes” à candidatura. Quantos ganhariam muito mais com essa situação?
E no caso dos dois governadores vê-se a situação pecuniária confortabilíssima de Arruda e Agnelo, pelo fato de serem servidores públicos. Arruda é aposentado pela CEB e Agnelo continua afastado de suas funções sem prejuízo algum. Que vidão hein, minha gente?! Não critico as vantagens de seus vencimentos. Está na lei, não tem cura.
Tudo que já falei sobre o tema está no texto da semana passada, mas gostaria de compartilhar esses três acontecimentos. Agradeço aos comentários do meu último post. Retomo apenas para declarar que é vital abrir o mercado e permitir que o empresário ganhe seu dinheiro sem a burocracia cruel. Uma reflexão foi feita por vocês na semana passada: e se todos forem empregados do governo? De quem vai vir o pagamento para essa gente? Tem que deixar cada um ganhar sua vida, realizar seus sonhos.
Quem quiser seguir carreira na administração pública, boa sorte. Seja “O Exemplo” para os brasileiros e lute com as armas disponíveis para funcionar essa máquina toda. Não é fácil trabalhar com equipamentos retrógrados, cadeiras quebradas, remendadas e a falta de material para prosseguir com os trabalhos. J-J
P.S.: é uma sacanagem o Cespe não dizer claramente em seus editais que uma errada anula uma certa. Eles já alertavam explicitamente sobre isso, mas quem faz as provas desta banca sabe bem, né?!
Por: Pedro Blanche
Estou por fora dessa assunto, mas que cômico heim se não fosse trágico kkkkkkk como tudo nesse pais, aff #revoltada
ResponderExcluirBjuuuu
http://www.blogjumedeiros.com/
Não estava por dentro dessa polêmica e tudo o que ele quer mudar.
ResponderExcluirTomara que as mudanças sejam para melhor por que do jeito que vai, não sei onde vamos parar.
Beijos
neversaynever-believe.blogspot.com.br
Olha o que a crise resultou na cidade onde moro: 19 mil inscritos de Agente Administrativo para 125 vagas. Fico pensando nesta mudança o quanto de pessoas iriam se inscrever..
ResponderExcluirUm Beijo,
http://alicetwins.blogspot.com.br/
A concorrência em qualquer concurso público é grande, com essas mudanças não sei qual seria o cenário previsto.
ExcluirAgnelo superou Arruda no quesito 'ódio do povo' haha.
ResponderExcluirBjs, rasgadojeans.blogspot.com
Complicadíssimo esse tema, né? Difícil depender de um funcionalismo público tão retrógrado e sem recursos...
ResponderExcluirRealmente esse é um assunto polêmico; existem vários pontos de vista. Até hoje fiz apenas um concurso e, na época, achei pesado pagar a taxa de inscrição. Vi que o professor quer tirá-la. Eu acho que deveria apenas diminuir, pois há um gasto também com isso.
ResponderExcluirVocê mencionou o caso do Rio Grande do Sul, tá feia a coisa aqui kkkkkkk. E é bem como você disse, tá sobrando pro Sartori, mas quem administrou muito mal o estado antes?
http://cristadelicada.blogspot.com.br/
Pois é. Assunto polêmico. Tem que avaliar os prós e contras.
ExcluirO mal uso do poder público aí no seu estado, tem a ver com esse inchaço do trabalho público também.
Hello from Spain: it is a controversial and intractable issue. In my country we have those same problems. I think too many officials of public administration is bad for the economy. I bet by free work and the best demonstrating they are worth to work. Keep in touch
ResponderExcluirThanks from commenting!
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