quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

"Hoje é um novo dia..."

"Hoje é um novo dia
De um novo tempo que começou
Nesses novos dias,as alegrias
Serão de todos, é só querer
Todos os nossos sonhos serão verdade
O futuro já começou"

Quem nunca ouviu o trecho acima? Creio que todos já. Eu cresci escutando essa música nas vinhetas de Fim de Ano da Globo. Eu sempre gostei, porque eles renovam e utilizam novos recursos.Os vídeos são tradição há quase trinta anos e fazem parte dos sonhos de muitas pessoas.

No decorrer desse tempo muitas mensagens foram transmitidas: paz, preservação infantil, sonho... E parece que todos que trabalharam na emissora vestiam a camisa de um "mundo melhor".

O que eu quero nesse post é trazer três vinhetas que eu acho mais significativas em termos de mensagem, produção gráfica entre outros... Escolhi as vinhetas de 82-83, 01-02 e 07-08.

82-83

A galeria das obras de Cândido Portinari e as palavras de Renato Aragão embalam essa mensagem. Renato conclui: "Através da pureza das crianças de Portinari, através da criança que existe em cada um de nós, a nossa mensagem otimista: PAZ AO BRASIL E AO MUNDO EM 83" O que percebi é que o tempo passou... e a Globo continuou renovando seus votos de paz.


01-02


"Sonhar e acreditar nos sonhos traz paz". A frase que a Angélica diz é uma verdade. Concordo com o final: "Paz: a gente é que faz". Complementaria dizendo que nós quem decidimos se queremos paz ou guerra.


07-08


Escolhi essa vinheta para ilustar a evolução gráfica com o passar dos anos, mas isso não quer dizer que não tenha uma mensagem. A moral é essa: "Dependemos uns dos outros para fazer um mundo melhor, e só faremos isso se estivermos de mãos dadas".

Foi bom relembrar um pouco a história de mensagens de Fim de Ano da Globo. Mais do que lembrar, eu diria que foi um incentivo para fazer de 2010 um bom ano. Termino perguntando a você: "O que você quer para 2010?". Eu quero JUSTIÇA. (JJ)

P.S.: No dia 01 de janeiro eu tenho uma crônica de Ano Novo.

FELIZ 2010

Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Perfil: Dr. Alexandre Caetano

Ele ajudou a sequenciar o genoma do boi


Crédito da foto: Myrcia Hessen


"Desde pequenininho eu sempre fui interessado em ciência".


O Pesquisador III da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Alexandre Rodrigues Caetano nasceu e cresceu em São Paulo. Desde criança, sentiu uma forte atração por experiências relacionadas à ciência. Ele afirma que seus pais sempre deram força para seguir em frente e hoje se sente realizado na profissão.

Em 1988, apoiado por parentes que vivem nos Estados Unidos (EUA), ingressou no curso de Zootecnia pela University of Rhode Island, onde deu os primeiros passos rumo ao seu objetivo. Em 1994 concluiu seu mestrado em Genética pela Universidade da Califórnia Davis e, na mesma instituição, em 1999, adquiriu o título de Doutor.

O deslumbre


Durante a infância sempre foi deslumbrado pelo mundo animal e se aventurava a capturar, até mesmo, aranhas. “Desde pequenininho eu sempre fui interessado em ciência. Eu era aquela criança que ficava pegando insetos e olhando – deixava minha mãe maluca”, conta Alexandre Caetano.

“Eu tinha peixinhos no aquário, mas depois mudei de idéia e cacei umas aranhas para colocar dentro, aí as aranhas resolveram procriar; e tiveram aranhinhas, e depois elas fugiram (risos)”, relembra, divertido.


Ele criou-se no meio urbano, mas sentia a influência rural do pai, que crescera no ramo da agricultura. “Meu pai cresceu como um agricultor familiar. Então, eu tenho um pouco no sangue. Depois veio a faculdade, estudei zootecnia e tive interesse de exatamente trabalhar na produção animal, e melhorar esse processo para gerar produtos mais baratos e de melhor qualidade”, diz.

Alexandre Caetano: o doutor

Em 1999, Alexandre Caetano começou a coordenar um grupo de pesquisas de análise do sequenciamento do genoma bovino. Fora iniciado com o projeto de base que serviu para construir o mapa físico do genoma (ou Bac Mac) e organizar a informação para sequenciá-lo.


Com o investimento de 53 milhões de reais, o projeto iniciou-se, oficialmente, em 2003 onde vários países, como os EUA, Canadá e Reino Unido, além do Brasil, estavam presentes. Na época, o Brasil não participou economicamente, mas de forma efetiva.


O centro de sequenciamento de Houston, no Texas, foi responsável pela produção e montagem. Foram constituídos vários grupos de pesquisas pelo mundo, de acordo com a afinidade de estudo.



Alexandre Caetano: o ser humano



Na sala de Alexandre Caetano há livros, folhas e objetos de estudo por toda parte. Mas, quem observa com atenção, percebe a presença de desenhos infantis colados em alguns cantos do escritório. Esses desenhos, de certa forma, representam o verdadeiro Alexandre – uma pessoa que, apesar de trabalhar várias horas por dia, equilibra seu tempo para estar ao lado da família e, é claro, se dedicar a um hobby: o ciclismo.


Pedalar ajudou o doutor a obter sucesso em suas pesquisas. “Esse tipo de trabalho não tem como você realizar sem se dedicar. É uma coisa que precisa de muita dedicação e muito trabalho. Eu gosto de pedalar. Então, a minha válvula de escape é a bicicleta”, diz.

O processo



Segundo Alexandre, o processo é semelhante a um quebra-cabeça. Separam-se as peças por cores e depois as unem em pequenos grupos montando, assim, um todo. O trabalho parte da coleta do genoma do boi e de sua fragmentação em pedaços. Depois disso, colocam-se esses fragmentos em sequências. “Depois que se geram as sequencias e as monta de volta, aí você pode estudá-las”, explica o pesquisador.


O processo, em um primeiro momento, é automatizado e chama-se anotação automática. O computador localiza a sequência, determina onde começa e onde termina, e diz o que contém. Mas isso não é suficiente. O pesquisador tem papel fundamental na análise desses agrupamentos de informações, pois, há um procedimento de anotação manual que serve para certificar a validação daquela informação computadorizada.

Resultados e futuro

A experiência ajudou a rastrear milhões de variantes no gene bovino. Isso foi possível pela identificação de marcadores genéticos no genoma que ajudaram a compreender diversas raças bovinas. Foi catalogado um conjunto de 35 mil marcadores que serviram como ferramenta para encontrar genes que afetam características de importância econômica.


O experimento localizou, por exemplo, genes que ocasionam doenças em animais bovinos, e verificou quais deles dão resistência. Cada país, portanto, escolheu a raça de boi que era mais importante e colocou no exercício para a validação da informação identificada. No caso brasileiro, as duas raças escolhidas foram a Nelore – gado de corte – e a Gir – gado de leite.


A pesquisa, segundo o dr. Alexandre Caetano, não soluciona problemas relacionados aos bovinos, mas abre uma gama de informações para se estudar e procurar, através desses estudos, solucionar os problemas. No futuro, com a análise do sequenciamento, será possível melhorar todos os aspectos dos animais. A carne será mais macia e o leite, por sua vez, mais saboroso.

O segredo

Alexandre Caetano se define como uma pessoa perseverante, persistente e resistente. Resolve encarar os desafios como um ponto positivo na vida, e não como uma coisa detestável. “Se você transformar o seu trabalho numa coisa prazerosa, numa coisa que te dá prazer, num hobby, você nunca vai precisar trabalhar na vida”, diz, com conhecido mote. (JJ)



Todo perfil traz um ensinamento. E aí o que vocês vão levar para a vida de vocês desse?!



*Por Emerson Garcia e Myrcia Hessen

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O dia da luz




Natal. Época de luz.

Época em que os nossos familiares estão mais perto do que nunca. Tempo de perdoar. De falar coisas bonitas. Tempo de estar perto de quem se gosta. Natal, doce natal. Alegria fraternal entre os homens de bom coração.Como toda festa, esta tem um significado. Deve ser bem guardado. O dia da luz. O dia em que o Senhor Jesus Cristo nasceu para iluminarmos. Foi quando àquela estrela pousou em uma estrebaria, para iluminar uma outra, a Estrela de Davi.Nascimento é luz. Nascer é reluzir. É deixar que a luz se propague nas trevas. Por isso, nesse data natalina faça de Cristo a estrela da sua vida, para que Ele te ilumine. Quando estiver aceso poderá resplandecer a vida de outras pessoas. (JJLe*)

FELIZ NATAL



JJLe*: Jovem Jornalista Literário especial




Por: Emerson Garcia

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pergunta aí!

Novidade na área, pessoal!

É o Formspring.Me


Espécie de "divã de entrevistas" (essa foi a melhor definição que eu econtrei =P) que promove mais integração às pessoas. Enquanto uma pessoa está no "divã", as outras fazem perguntas. Sendo que ela não é obrigada a responder todas, só as que achar conveniente...

É simples de utilizar. E por ser simples pode emplacar! Quando você se cadastrar verá uma tela semelhante a do Twitter. Vai ter seu profile e o famoso box de texto encabeçado com a frase "Pergunta aí".




Pois é gente. Parece tão divertido quanto o Twitter. E com o Formspring será possível que seus melhores amigos saibam mais coisas de você, e até mesmo conheçam você melhor! (JJ)

Quem se interessou esse é o site

E eu já tenho o meu!


Por: Emerson Garcia

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tão doloroso quanto as agulhas


sábado, 19 de dezembro de 2009

Poder das palavras

Li recentemente A menina que roubava livros. O que me chamou a atenção primeiro foi a capa. Que capa chamativa, gente! Já falei que amo o contraste entre preto, branco e vermelho? Pois é.

A segunda coisa foi a contracapa. Que frase pertubadora é aquela? "Quando a morte conta uma história você deve parar para ler".

E por último foi o título mesmo: "A menina que roubava livros".

É interessante que antes de ler um livro eu presto atenção na capa e no título. E parei para pensar: "O que levaria uma menina a roubar livros?"


Daí comecei a lê-lo. E logo de início me deparei com... A MORTE! Ela era a narradora da história! Começa a contar a trajetória da menina de 12 anos Liesel Meminger... Vocês devem estar pensando: "Por que ela contaria logo a vida dessa menina?" Pois é, Liesel driblou a morte 3 VEZES! Um bom motivo para ela.

Mas não é só isso... A Morte contou a história de Meminger porque... ELA ROUBAVA LIVROS! É... a garota tinha seus motivos... Ela começou a roubá-los quando perdeu seu irmão e sua família por causa dos nazistas...

A gente se envolve com o enredo e entra na aventura... "O que vai acontecer quando ela roubar o próximo livro?!"

Liesel não roubava por roubar. Os livros e as palavras para ela tinham importância tremenda, ainda mais em uma sociedade nazista da época. Tiro as palavras do próprio autor do livro (Markus Zusak) "... pensei na importância das palavras naquela época, e naquilo em que elas conseguiram levar as pessoas a acreditar, assim como levá-las a fazer". (JJ)


Eu recomendo.

P.S.: Como sempre trago o preço mais bacana que vi do livro. Encontra-se nesse site.



Por: Emerson Garcia

sábado, 12 de dezembro de 2009

Amizade além da cerca

O que é o horror de uma guerra aos olhos de uma criança?

Acho que essa frase resume o filme O menino do pijama listrado.








Alemanha, 2ª Guerra Mundial. Em uma época em que os judeus eram tidos como imundos e os causadores da derrota alemã, a guerra era justificada para purificar uma raça e para fazer uma sociedade melhor.




Em meio a isso nasce uma amizade que não poderia nascer. Entre uma criança alemã e uma judia. Isso era impossível. Um judeu nunca poderia ser amigo de um alemão, pelo contrário, eles deveriam ser inimigos!



Vamos a ficha técnica!



Nome: The boy In the Stripped Pyjamas (O menino do pijama listrado)

Diretor: Mark Herman

Produtora: Miramax Filmes / Buena Vista International

Baseado no livro de: John Boyne

Lançamento: 2008 (EUA)








Me emocionei com o filme, que fez com que eu tirasse como lição que verdadeiras amizades superam preconceitos. Quem assistí-lo não poderá dizer simplesmente: "É perfeito", "É triste" ou "É emocionante". Dirá mais coisas. É um filme que não te deixa monossilábico. Super recomendo para assistir esses dias. (JJ)

Me despeço com o trailer...






P.S.: Ahhh! O filme foi baseado no livro de mesmo nome, do autor John Boyne... Para quem se interessou tem o site da Saraiva... Foi onde eu achei mais barato.



Por: Emerson Garcia

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sair com guarda-chuva, sempre





Ouvi-se o barulho da chuva regando a cidade. O ar fica mais umedecido. A terra fica molhada e com cheiro agradável. As pessoas ficam satisfeitas, até por que, não é comum chover nessa época do ano. Com a chegada da chuva nós temos que nos preocupar em sair de casa e levar um guarda-chuva, mesmo que o sol esteja de derreter. Como moramos em Brasília é difícil imaginar quando chove ou quando não.
Se o sol estiver ensolarado pela manhã não significa que ficará por todo o dia. Engana-se quem pensa “Vou ao clube, o tempo está bom hoje”. Nem tudo é como parece. No mês de agosto, desse ano, o mês considerado mais seco, que se colocar um iceberg no asfalto escaldante da cidade é capaz de derreter e virar inundação, o discurso de “Ir ao clube porque o tempo está bom” caiu por terra. É que, no período considerado de menos chuva, de menos gotas d’água que molham o solo, acabou chovendo! E surpreendeu a muitos brasilienses!
A chuva quando cai aqui, é sinal que o São Pedro lá de cima está nos abençoando. Ele pensa assim: “Vou ter misericórdia e vou molhar esse Distrito Federal”. E molha mesmo, nos dá uma chuva digna. A partir desse momento as pessoas ficam felizes. Trabalham melhor, sentem um clima mais gostoso e agradável. Os pais não se preocupam com a falta de umidade que pode atacar seus filhos. Mas é incrível, que nessa época, eles deixam seus filhos banharem de chuva, mexerem com água. É como se eles dissessem: “Aproveita filho, não é sempre que isso acontece”.
E eles estão certos. De repente, a chuva que era benção, vai embora. E o clima desagradável torna a vir, atingindo as pessoas também. Elas começam a ficar mal humoradas, baixo-astral, não possuem mais alegria para trabalhar, o nariz começa a ressecar, e a preocupação com os filhos retorna. O clima que era gostoso e agradável torna-se insuportável.
A gana por chuva torna a aparecer. São Pedro fica surdo de tantos pedidos de chuva. O verde das folhagens, a terra molhada, as flores alegres e hidratadas, o canto dos pássaros, e sua alegria, dá espaço para momentos de tristeza que não se sabe quando vão acabar. De uma hora para outra, as pessoas ficam impacientes, calorentas, até mesmo com vontade de mudar para outro estado.
O clima de Brasília é como a economia, instável. Se agora está ensolarado, e as donas-de-casa podem colocar suas roupas para secar, daqui para pouco, pode estar chovendo.
Muitos veem a chegada da chuva como algo bom, mas sempre quando precisamos sair, ou colocar as nossas coisas para secar, reclamamos dela! Vê se pode: você passa tempo pedindo para chover, e quando chove, você quer que pare! Assim não há São Pedro que agüente certo?
Por outro lado, devemos encarar a chuva como benção, e agradecer porque não é todos dias que chove dessa forma.
Independente de chuva, ou não, uma coisa é certa: sempre devemos sair munidos de nossos guarda-chuvas. (JJL)
P.S.: E as pessoas que ainda não viram os presentes da comemoração de um ano do JJ, a postagem é essa.


Por: Emerson Garcia

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Glass, Nash e esquizofrenia



O preço de uma verdade, lançado em 2003, com direção de Billy Ray, mostra um jovem jornalista, de nome Stephen Glass (Hayden Christensen), que passa por maus bocados em sua profissão, devido à total invenção de fatos em seu artigo “O paraíso dos hackers”. Esta produção traz à tona uma outra: Uma mente brilhante.

Filme lançado em 2001, com direção de Ron Howard, conta a história de John Nash, homem que tem imaginação fértil e pensa conviver com pessoas, como uma menina de 10 anos, um amigo muito chegado e seguranças russos.

Nash possui uma mente brilhante capaz de resolver cálculos incalculáveis, e de ser um ás na matemática na Universidade de Princeton. Todo esse talento é colocado à prova quando ele acredita ver pessoas que não existem, e estar sendo perseguido por uma organização conspiratória. Descobre, portanto, que tudo nada mais é do que fruto de seus pensamentos. Termina internado com o diagnóstico de esquizofrenia, doença social que faz a pessoa ouvir vozes e criar histórias.

Percebe-se que essa história se conecta à de O preço de uma verdade. Existe uma complementaridade. Enquanto nesta o protagonista obteve êxito com algo que foi criado, mas foi questionado posteriormente, em Uma mente brilhante, John Nash obtém sucesso e ganha o prêmio Nobel de Economia mesmo sendo considerado louco.

Há dois lados da moeda. O primeiro diz respeito ao lado positivo de criar histórias, de ser considerado gênio. O segundo é o lado negativo. Existe um preço que se paga quando se mente, se inventa e se cria, e esse preço pode até mesmo ser a perda de um emprego.

Em O preço de uma verdade vemos o protagonista como um jovem, inexperiente, que mais procurava o sucesso do que qualquer outra coisa. Stephen Glass o tempo todo cria histórias fantásticas, que parecem reais. Por outro lado ele sempre procura alternativas de não ser questionado acerca dessas histórias. No filme inteiro há a narração dos fatos do artigo de Glass. O recurso cinematográfico que é utilizado são imagens, que à medida que Glass narra elas passam, como se fosse um conto.

No início do filme há toda uma encenação épica, que mexe muito com a imaginação e o sonho. Todos esses elementos - a figura de Glass em um local público com pessoas vagando de um lado a outro, a câmera com um movimento de 360º e a narração do protagonista - são emblemáticos no sentido de afirmar o assunto central do filme.

Há, também, recursos, como o flashback que faz com que a história, baseada em um fato real, pareça verdade, mas que não é. Desde o começo Glass conta sua trajetória na revista The New Republic para alunos de graduação, e também dá dicas e alertas acerca do jornalismo. A película sempre intercala as ações da sala de aula juntamente com as ações da redação. O que leva a crer que Glass conta sua própria história para os alunos.

No entanto, no final sabemos que aqueles alunos não existem, que aquela cena nunca aconteceu e que aquele discurso nunca foi dito. Parecia que era uma cena verídica, mas nada mais foi do que uma manifestação da doença do protagonista. Tal como em Uma mente brilhante.

O médico-psiquiatra de Nash diz em uma cena que a grande frustração de quem mente não é saber que as pessoas que ela idealiza, que os lugares que ela pensa, que as ações que ela imagina, morreram; e sim, que as pessoas que ela idealiza, os lugares que ela pensa, as ações que ela imagina, de fato nunca existiram.

Podia parecer frustrante para Nash a questão de saber que nada daquilo que pensava era real, mas, mesmo assim, ele consegue utilizar-se da esquizofrenia de outra forma. Consegue ver o que ninguém vê: imagens no céu formadas pela união de estrelas, como um guarda-chuva; equações e gráficos em matérias de jornal; e equações que transcrevem uma bolsa sendo roubada de uma mulher.

Já no caso de Glass, mesmo com a confirmação de que nada do seu artigo era verdade, que ele tinha criado fontes, ele continua acreditando em sua história. A mentira era algo normal para ele. Ele já estava acostumado. Isso revela um estágio complicado da esquizofrenia.

Uma mente brilhante consegue ir mais a fundo no tratamento da esquizofrenia que O preço de uma verdade. Neste, as mentiras de Glass são colocadas à prova. Ele se vê obrigado a ligar para as pessoas que inventou, a ir a lugares que imaginou. Naquele preza-se mais pelo tratamento da doença, o que deveria ocorrer neste, e não ocorre, privando-nos de entender por que a pessoa mente, e quais os tratamentos necessários para ela. (JJ)


Por: Emerson Garcia

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