Eu vi #08: Horário eleitoral gratuito (menos para o DF), Contagem regressiva, outras mudanças de posição de marca, créditos fora do eixo e mapa invertido do SBT

Poucos dias e muitos destaques que passaram na televisão.

Em meu oitavo texto especial aqui no JJ nunca imaginei que em menos de duas semanas eu visse tanta coisa na tela da minha televisão. A estética e o grafismo, os ajustes na programação das emissoras brasilienses e as peripécias que tem destaque neste quadro são os temas de hoje.

No dia 26 de agosto de 2016 entrou no ar, no rádio e na televisão, o Horário Eleitoral Gratuito onde estão no ar os candidatos a prefeito. Por conta das recentes reformas eleitorais, a propaganda na radiodifusão será apenas por 35 dias (antes era de 45 dias) e dez minutos (antes era 30 min.). Candidaturas a vereador só aparecerão em intervalos comerciais.

Enquanto o Brasil inteiro ouve e vê propaganda política, o Distrito Federal não assiste a nenhuma porque não há eleição municipal. Assim está na página da Wikipédia que define o status político-eleitoral brasiliense (com grifos):

“[...] No Distrito Federal é diferente. Quem mora na capital federal, Brasília, ou em suas cidades-satélite, só vota em eleições para presidente, governador, senadores e deputados. Ao eleger um governador, a população do Distrito Federal elege, também, seu "prefeito". O governador eleito é quem dirige o Distrito Federal. O Distrito Federal é dividido em Regiões Administrativas, cujos administradores são indicados pelo governador. Dessa maneira, na época de eleições municipais no país, não há o Horário Eleitoral Gratuito em Brasília.”

1º de setembro de 2016, 20h05: enquanto a Globo Brasília passava o DFTV, o restante da rede (dentro do horário de Brasília) exibia a novela Haja Coração | TV Globo  

Assim foi perceptível observar em 1º de setembro de 2016 nas emissoras da Rede Globo: depois do jogo de futebol entre Brasil e Equador, a rede localizada no horário de Brasília assistia a novela Haja Coração; e na capital federal a TV Globo usou os dez minutos que sobraram para exibir a segunda edição do telejornal DFTV. Assim, para o Distrito Federal naquele dia, a novela foi exibida às 20h10 para terminar certinho às 20h40 quando a rede de emissoras da Globo se uniria para exibir o Jornal Nacional.

Sem horário eleitoral no DF: adaptações da grade da TV

As emissoras brasilienses de televisão sempre fazem adaptações na programação para tamparem o buraco do horário eleitoral. Antes da redução de tempo na TV, havia 30 minutos à tarde e a noite: as emissoras exibiam seriados e desenhos animados, por exemplo. No caso da Globo Brasília as minisséries eram reprisadas das 20h30 até 21h. Foram ao ar as minisséries: Meu Marido e O Sorriso do Lagarto (1996), A Muralha (2004), JK (2008) e A Casa das Sete Mulheres (2012). A trama O Fim do Mundo (2000) foi a única novela a ser reprisada neste ciclo.

Com a nova regra de exibição na TV, as emissoras do DF exibem – no horário da tarde – sua programação local, sem necessidade de ajustes da grade. Durante a noite, com os dez minutos, são feitas as adaptações para preencher o tempo vago. A Band exibe parte da novela turca Sila – Prisioneira do Amor; a TV Brasília (RedeTV!) mostra o programa de pegadinhas Te Peguei; e o SBT exibe parte do seriado Chaves. Globo e Record atrasam sua programação, e suas respectivas novelas (Haja Coração e Escrava Mãe) terminam às 20h40.

As emissoras TV Brasil, TV Senado e Rede Vida mostram um slide advertindo que está passando a propaganda política naquele horário.

Desligamento da TV analógica em Brasília e região do Entorno: restam menos de 60 dias

Slide que avisa dias restantes do funcionamento do sinal analógico | Anatel 

Desde o dia 27 de agosto de 2016 até o término do prazo de desligamento do sinal analógico em Brasília e região – 26 de outubro de 2016 (quarta-feira) – aparece uma contagem regressiva das emissoras que vão transferir suas transmissões em definitivo para o sistema digital. Agora, abaixo do “A” mostra o número de dias restantes, uma forma de alertar o telespectador do que vai ocorrer em sua TV para que ele tome providências.

SBT e RedeTV! mudam posição de marca na tela

Desde o dia 1º de setembro de 2016 o SBT e a RedeTV! mudaram a posição de seus símbolos. Foram todos no canto da tela saindo do formato safe área (4:3) para o widescreen (16:9). Assim como fez a Globo em 20 de março deste ano, as duas emissoras aderiram a esse formato e reposicionaram os seus grafismos e o enquadramento dos apresentadores.

Selo do SBT muda de posição | SBT

Selo da RedeTV! e grafismo nos programas mudam de posição. | RedeTV!

Em especial o SBT, digo que ainda na área de chamadas de programa da casa a emissora permanece com a logo no formato antigo, confira:

Chamadas do SBT ainda são exibidas em formato 4:3. Programas antigos não são “cobertos” pela marca d’água | SBT e Televisa

Ao revisitar os vídeos da rede de TV americana NBC vi que também houve o reposicionamento. A marca, os caracteres e a posição de câmera: tudo mudou. Compare:

Telejornal NBC Nightly News: mudanças e reposicionamento | NBC

Torto e invertido

E para encerrar, mais situações pitorescas detectadas e publicadas no quadro Eu vi. No dia 02 de setembro de 2016, durante o final do Jornal Nacional ao rolar os créditos finais (as “letrinhas”) o nome do videografista José Ricardo Sanson ficou torto em relação ao seu colega Nylander Junior.

Jornal Nacional: caractere desalinhado | TV Globo

Crédito ao notar este fato: Mídia Amazonense.

E em 05 de setembro de 2016, percebi que as vinhetas dos telejornais SBT Brasília e Jornal SBT Brasília trazem o mapa do Distrito Federal de cabeça para baixo. As novas vinhetas dos telejornais locais da emissora no restante do Brasil mudaram (a partir do dia 1º deste mês) sem problema algum. No caso de Brasília, o departamento especializado não percebeu até hoje que o retângulo do Planalto Central está invertido. Assista:

Para ter uma ideia, a posição correta do mapa é essa:

Posição correta do mapa do Distrito Federal nas vinhetas dos telejornais | SBT

Foi isso que notei. J-J

Por: Layon Yonaller, colaborador especial do Jovem Jornalista