quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Quinta de série- nostalgia: Revenge

(Pode conter spoilers!)







Hoje trago uma série inspirada na história de vingança da literatura que também foi adaptada para os cinemas, O Conde de Montecristo. Trata-se de Revenge, que contou com 4 temporadas e 89 episódios e começou em setembro de 2011 e foi cancelada em maio de 2015. A produção foi criada por Mike Kelley e exibida pelo canal americano ABC e pela Globo.

A série segue a história de Emily Thorne, uma socialite com um passado obscuro que muda-se para a comunidade dos Hamptons disposta a se vingar e fazer justiça com as próprias mãos, para o seu pai, David Clarke, injustiçado no trabalho e acusado de um incêndio terrorista. Para isso, Emily Thorne assume uma nova identidade (na verdade ela é Amanda Clarke), alia-se a Nolan Ross - um exímio hacker e tecnólogo - e a Ashley Davenport - secretária da família Grayson. 

Emily inicia a sua vingança com os membros da família Grayson, já que seu pai trabalhava na empresa dessa família. Calculando seus passos, ela se aproxima de Daniel Grayson por quem se 'apaixona', de seus sogros Victoria e Conrad Grayson e de sua cunhada, Charlotte Grayson.

A 'condesa de Montecristo' não é uma mocinha e alguém que iremos aprovar as atitudes. Ela é fria, calculista, não tem pena de suas vítimas e faz de tudo para colocar seus planos em ação, não importando com as consequências. Desse modo, a cada episódio ela dedica-se em vingar-se de alguém ligado à injustiça com o seu pai, fazendo um 'xis' em vermelho em uma foto que está dentro de um baú.





Baú esse que foi deixado por seu pai antes de morrer e que ela guarda em segredo. Nele está entalhado dois infinitos entrelaçados - símbolo que ela tem no pulso e que também está na logo da série. Este ícone está ligado a Amanda Clarke/Emily Thorne e seu pai e significa o sentimento de amor por toda a eternidade (infinito vezes infinito). Dentro dessa caixa de madeira contém um caderno com todos os nomes, recortes de jornais, pistas, fotografias, uma carta do pai de Emily e outros objetos que irão nortear a vingança da protagonista.

Revenge foi uma série bem realística, por trazer assuntos reais, como: sede de vingança, vida aparente dos ricos, conflitos familiares e falsidade. Gostava da série por conta desse lado e por ela trazer dramas que podemos viver durante a vida. Tudo bem que em alguns momentos as cenas eram exageradas e cinematográficas, mas tinha um tom de realidade interessante.

Com Revenge pude refletir se a vingança e a justiça é o melhor caminho a ser seguido. Motes como: "A vingança é um prato que se come frio", "Olho por olho, dente por dente" e "Quando vingar-se de alguém cave duas covas", estiveram presentes no decorrer de toda a série.

Me pergunto se toda a vingança de Emily valeu à pena e se ela sentiu-se em paz no final. Esse é um caminho sem volta, com muitas mentiras, laços e relacionamentos desfeitos, frieza, solidão, dor. E a série soube retratar tudo isso. Pode ter sido uma luta inglória também, porque descobrimos que o pai de Emily está vivo (Desculpem pelo spoiler enorme! Mas tinha que falar!). Então, fica aquela pergunta: será que a vingança e esse coração inflamado valeram alguma coisa?!




Foi Revenge que me ensinou também que os ricos e as socialites não estão livres da solidão, tristeza e problemas. Pelo contrário, é um mundo de tantos vazios e falsidades, que os deixa em depressão, como qualquer outra pessoa de outra classe social. É tanto fingimento, esnobismo e gente querendo puxar o tapete dos outros que eu fiquei surpreso.

Por último, Revenge me ensinou que os inimigos podem estar dentro de nossa família e essa é a pior guerra de todas. De um lado, Emily Thorne queria puxar o tapete dos Grayson's, incluindo seu noivo Daniel; por outro, Victoria Grayson era uma sogra ardilosa e uma mulher cheia de ódio no coração. Já viram o que essa relação não será capaz de produzir né? 

Falando em família, foi lá que foram desenvolvidos os maiores conflitos da série. Seja na aceitação do vício de Charlotte, seja na traição de Conrad e Victoria ou nas descobertas de segredos familiares (Que a minha e sua família possui e a série estava cheio deles!).





Personagens



Amanda Clarke/Emily Thorne: Amanda Clarke/Emily Thorne fica órfã quando seu pai morre, acusado de um ataque terrorista, e passa sua infância em um reformatório. Lá ela conhece Nolan Ross, um jovem apaixonado por tecnologia. Emily cresce e agora irá vingar a morte do seu pai e a acusação injusta. É Nolan que lhe conta toda a verdade e dá uma misteriosa caixa pra ela. Então, decide se vingar com sua ajuda e se infiltrar na família Grayson, principal responsável pela injustiça com seu pai.





Victoria Grayson: Poderia ser considerada a grande vilã do seriado, se Emily Thorne não estivesse na série! kkkk Victoria é uma socialite riquíssima e a matriarca da família Grayson, esposa de Conrad e mãe de Daniel e Charlotte. É a principal responsável na acusação de David Clarke e guarda muitos segredos do passado. Seu casamento se deteriorou e ela está à beira do divórcio, o que deixará sua família em colapso.





Nolan Ross: É o principal aliado de Emily Thorne e a pessoa que realmente sabe o motivo dela ter voltado para o Hampton e sua verdadeira identidade. Ele está disposta a ajudar Emily em tudo, como retribuição por tudo o que o pai de Emily fez à ele. Então, por ser engenheiro de softwares e hacker, Nolan ajudará nessa parte no desenvolvimento da vingança da 'condesa de Montecristo'. Ele é bissexual.





Daniel Grayson: É o filho de papai que está acostumado a ser mimado e conseguir tudo o que quer. Está disposto a mudar de comportamento depois de um grave acidente. Para isso, ajudará seu pai na Grayson Global. Logo conhecerá Emiily Thorne e se apaixonará por ela.





Charlotte Grayson: É a filha mais nova do casal Grayson, cheia de problemas, o principal deles é que ela é viciada em drogas. Charlotte não possui um relacionamento muito bom com sua mãe, principalmente após a revelação de um segredo. Mantêm um relacionamento com Declan Poter. 






Conrad Grayson: Conrad é o patriarca da família Grayson e dono da empresa Grayson Global. Está envolvido com lavagem de dinheiro que foi utilizado em um atraque terrorista que derrubou um avião. Se envolverá com a melhor amiga de sua esposa, Lydia, o que gerará bastante conflitos.





Jack Porter: Filho de Carl Porter e irmão de Declan Porter. Gerencia um bar logo após a morte do seu pai. Extremamente responsável, terá que lidar com os negócios da família e cuidar do seu irmão mais novo. Na infância foi apaixonado por Amanda Clarke, tanto que tem um barco com o nome de 'Amanda'. Irá se apaixonar por Emily Thorne sem saber a sua real identidade.





Declan Porter: Irmão caçula de Jack. É inconsequente e se mete em muitas confusões. Se relacionará com Charlotte Grayson, o que renderá muitos conflitos.






Aiden Mathis: Foi treinado ao lado de Emily Clark por Takeda, um mestre em artes marciais. Se envolve romanticamente com Emily e também a ajuda em sua vingança, mas principalmente em domar esse sentimento.






Margaux LeMarchal: Uma jornalista esperta e que assume os negócios de seu pai em uma famosa revista. Foi uma grande ameaça a Emily Thorne, por ter motivos de sobra para se vingar dela.






Ashley Davenport: É uma secretária da família Grayson, responsável, principalmente, por organizar festas e eventos dos milionários. Conheceu Emily em 2006, quando ela a tirou da prostituição. Desde então as duas tornaram-se amigas e confidentes. Emily consegue adentrar no círculo dos Grayson's por meio dela, mas ela não sabe suas reais intenções para com a família.






David Clarke: Pai de Amanda Clarke. Era um empresário bem sucedido na Grayson Global. Foi acusado de terrorismo por Victoria, Conrad, Frank e pela iniciativa norte-americana. É preso, e na cadeia é dado como morto. Fornece um misterioso baú a Nolan para que ele entregue a Amanda, a fim de vingar-se. 




Crítica e audiência


Revenge trouxe uma premissa bem interessante e inovadora à TV, embora o tema tratado já seja recorrente em muitos produtos da indústria cultural. Merece destaque a primeira temporada, por conta dos ganchos, roteiros bem construídos, as grandes reviravoltas e a pessoa vingada à cada episódio. 

À partir da terceira temporada, a série começou a perder o seu rumo, principalmente por conta da autodemissão de seu criador, Mike Keller. A história ficou batida, já que Emily já tinha se vingado das principais pessoas. Por que continuar a série então? Para dar continuidade à história, personagens desnecessários entraram, histórias sem noção foram acrescentadas, até chegar em uma das piores invenções que a série poderia ter. Os roteiristas trouxerem David Clarke de novo! Ele não estava morto! Foi aí que a produção ficou mais sem pé e cabeça ainda, com episódios arrastados e aquela enrolação por não saber como desenvolver mais à história.

Em minhas pesquisas para esse post, li algo que concordo plenamente: Revenge funcionaria melhor como uma minissérie, do que como uma série, até porque tudo é praticamente resolvido na primeira e segunda temporada. Por que não criar uma minissérie de 11 ou 15 episódios, ao invés de empurrá-la com a barriga por quatro anos? A produção se tornaria mais memorável do que foi!

A series finale (Duas covas, em português) também deixou muito a desejar. Ela foi mal feita, cheia de clichês e trouxe um cliffhanger totalmente desnecessário. Esperava algo mais sangreto, dramático e perturbador que aquele final, e não um happy ending colorido para Emily Thorne. Porque dar um final feliz para quem sofreu à série toda e vingou-se das pessoas? Emily é a pessoa menos indicada para ser feliz, por todo o seu passado vingativo e frio. Emily não era nada boazinha... Em resumo: foi um dos piores finais de série que já vi (Acho que só perde pra Dexter). 

A história também se refletiu consideravelmente na audiência. A primeira temporada recebeu críticas positivas, boa audiência (tiveram até mesmo indicações de atuações e melhor série); a segunda foi razoável nessas questões; mas a terceira e a quarta temporada foram uma verdadeira tragédia. Confira, de acordo com dados do Wikipédia:

1ª temporada: média de 8,7 milhões de telespectadores
2ª temporada: média de 8,8 milhões de telespectadores
3ª temporada: média de 8,4 milhões de telespectadores
4ª temporada: média de 6,7 milhões de telespectadores



Enfim, essa é mais uma série que teve problemas por ser mais longa do que deveria e precisaria ser. Não a recomendo em sua completude, apenas a primeira e, talvez, segunda temporada. Revenge foi prejudicada por conta de seu roteiro e dessas pessoinhas que pensaram em lucrar com uma história de vingança, protagonizada pela 'condesa de Montecristo'. Uma pena. J-J






Por: Emerson Garcia

7 comentários :

  1. Acredita que a minha mãe gostava? Mas ela só assistiu pouquíssimas vezes. Quando vi, foi com a minha mãe, mas sempre pegava o meio da história, nunca acompanhei.

    rasgadojeans.blogspot.com

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    Respostas
    1. Eu lembro que ela gostava. Se não assistir do começo, não dá pra entender.

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  2. Olá, tudo bem?
    Tentei assistir essa série, mas nada me prendeu. Respeito quem gosta, porém não sinto vontade de continuar.

    Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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  3. Quando assinei Netflix pela primeira vez a uns anos atrás, meu pai ficou viciado nessa série kkkk. Adoro, é cheia de suspense e reviravoltas..

    www.vivendosentimentos.com.br

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