Brasileira faz sucesso com roupas feitas de camisinhas

Todos do Jovem Jornalista estão felizes por ter uma colaboradora de outro blog que aceitou participar da Semana do sexo. Esta é a Fernanda de Oliveira, do Pure Style! Agradecemos por ter aceitado o convite e que outros textos dela possam surgir no futuro. Para quem não sabe, recentemente a Fernanda convidou o JJ para escrever sobre um tema em seu blog. Leia aqui. 

Primeiro, gostaria de agradecer o convite do Emerson de realizar um post na Semana do Sexo.

A estilista e artista plástica brasileira Adriana Bertini transforma preservativos vencidos ou defeituosos em peças de artes e suas criações incluem vestidos, biquínis e fantasias de carnaval. O uso de preservativo deve ser básico, como usar jeans. 

A criação destes looks está relacionada à arte funcional e a ideia é provocar uma discussão multidisciplinar em relação à prevenção, não só estética, mas também como mudança de comportamento.

As roupas são muito detalhadas e variadas. Os vestidos são bem-sucedidos, e alguns chegaram até a passarela. O maior número de preservativos que ela já usou em um vestido de noiva, foi cerca de 80 mil. 

A paulistana Adriana Bertini realiza exposições, palestras e workshops em mais de 20 países dos cinco continentes e é fundadora do projeto Condom Couture, ONG de Conscientização Social na prevenção da doença. 

Bertini usa 40 tipos diferentes de técnicas de corte, tingimento e costura nos produtos de látex. Seus vestidos foram exibidos em exposições e em desfiles de moda em todo o mundo, como Nova York, Brasil, Xangai e Portugal.

O trabalho de Bertini, porém, não se resume apenas ao combate à AIDS. Ela está familiarizada com projetos sociais desde criança. Seu pai, o sociólogo Jorge Bertin, foi membro da Anistia Internacional; e sua mãe, Maria Neiva, atuou muito tempo como dentista voluntária do Projeto Random. Começou sua carreira de ativista no Greenpeace aos 13 anos e, aos 24, teve seu primeiro contato com portadores de HIV ao se voluntariar no projeto GAPA de Florianópolis. Ela também é uma importante voz em outras frentes, como a campanha para acabar com a prática da mutilação genital feminina. Em 2013, participou de um debate sobre o assunto no Parlamento Europeu, em Bruxelas, organizado pela Anistia Internacional. Levou sua experiência em causas sociais com um belo vestido confeccionado de pétalas de cartolina, onde milhares de mulheres de todo mundo assinaram uma petição para o fim da prática, e emocionou o público local em seu discurso no evento de confraternização celebrado no Palácio de Belas Artes da cidade. J-J

Por: Fernanda de Oliveira, do Pure Style