quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Quinta de série- nostalgia: The Following

(Pode conter spoilers!)












The Following foi uma série de suspense, crime e drama exibida entre janeiro de 2013 e maio de 2015, que contou com três temporadas, totalizando 45 episódios. TF era uma produção da Fox, criada por Kevin Williamson. No Brasil foi exibida pela Warner Bros e SBT.

A série era estrelada por um dos grandes ícones do cinema Kevin Bacon, que fazia o papel de Ryan Hardy. Além dele, TF contava com James Purefoy, o coprotagonista Joseph (Joe) Carrol, um serial killer que enfrentou o FBI e o agente Ryan Hardy; Shawn Ashmore e Natalie Zea.

Achei bem interessante como Kevin Williamson escolheu Kevin Bacon para o papel principal. Leia, de acordo com informações do Wikipédia:

"Quando estava escolhendo o elenco, ele [Kevin Williamson] disse para seu agente que "queria alguém como Kevin Bacon" para o papel principal, ao que este respondeu, "Que tal Kevin Bacon?". Eles entraram em contato com o ator, que havia passado quatro anos sem encontrar uma série pela qual se interessasse e acabou aceitando o papel."


TF foi centrada na investigação de uma seita de serial killer, chamada de Seguidores, em que Joe é o cérebro. O agente Ryan Hardy precisa pôr fim a uma onda de assassinatos orquestrados por Joe. Contudo, para chegar até ele tem que enfrentar seus seguidores, que agem e são influenciados por Joe. 

Joe Carrol é extremamente inteligente e ardiloso. Um professor de literatura, amante do poeta e escritor Edgar Allan Poe. Ele foi capaz de criar uma rede de serial killer online baseada nos seus ensinamentos. É incrível perceber sua sedução e poder de influência sobre as pessoas. Ele consegue recrutar diferentes tipos delas.





Desse modo, é assim que a trama de TF se tece. O agente Ryan Hardy, juntamente com a equipe do FBI, fará de tudo para capturar Joe Carrol e colocar fim à seita. Não é uma tarefa muito fácil. Será um verdadeiro jogo de gato e rato, regado à sangue, assassinatos, decepções e voltar à estaca zero.

Mesmo que Ryan tenha capturado Joe há nove anos e que conheça sua forma de ser e pensar, bem como suas características psicológicas, isso não será suficiente para neutralizá-lo. Aliás, o fato de Ryan o conhecer só dificultará as coisas, porque Joe também o conhece perfeitamente. É nesse sentido que o gênero dramático da série é desenvolvido. Joe utiliza de todas as ferramentas para desestabilizar o agente do FBI, como seus pontos fracos, como a família e esposa. Desse modo, a barreira do trabalho e do pessoal é rompida. Por mais que Ryan queira capturá-lo e que tenha motivos para isso, ele não pode fazê-lo, por não estar liderando as investigações e por estar trabalhando em equipe. 





TF foi uma série polêmica, com cenas sangrentas e fortes. Em minha opinião, a melhor temporada foi a primeira, por ser a mais eletrizante e que me deu vontade de ver episódios seguidos, para saber o que iria acontecer a seguir. Desse modo, a série soube cativar e manter seu ritmo nesse primeiro momento, chamado de "fase de ouro". Fase esta que teve um bom desfecho e cliffhanger em sua season finale

A série estrelada por Kevin Bacon não é recomendada para os tradicionais ou quem não gosta de ver cenas sangrentas. A produção tem muitos absurdos, cenas de sexo e pode até mesmo incitar como matar e influenciar pessoas a seguirem uma seita a partir de uma referência artística. A série não poupa nudez, tanto feminina quanto masculina, muito menos sexo entre lésbicas e gays. 




TF foi uma série inovadora, criativa e ousada. Um roteiro interessante, que me lembra muito o de Cult (já falada aqui), mas muito melhor. Ela tinha tudo para render bons frutos e não ser cancelada em sua terceira temporada, mas aconteceu justamente isso. TF, em minha opinião, foi esgotada no início da segunda temporada. O que percebi foi um roteiro impecável na primeira e um péssimo na segunda e terceira, com encaminhamentos forçados, desinteressantes e mal feitos. 

Não precisava de muito para que a série retornasse a sua fase de ouro. A primeira temporada estava enriquecida com referências artísticas, que contribuiu e muito para o contexto e para os níveis elevados da trama. Percebi que na segunda e terceira não houve isso.

A continuação do cliffhanger do final da primeira temporada foi muito bom, quando várias pessoas usavam máscaras do Joe Carrol, o que significava que o líder da seita estava vivo e não tinha morrido, como já presumia (Sorry pelo spoiler! rs). Está certo que foi algo um tanto previsível e clichê, mas até que foi legal.





Contudo, a série só decaiu depois disso. A história ficou ruim. Além disso, tiveram várias cenas de rituais que não concordei e achei absurdas. Comparar Joe Carrol à Jesus Cristo achei fora de contexto e blasfêmia demais. Além disso, equiparar seu sangue ao de Jesus foi... sei lá. Entenderam agora porque a série perdeu o rumo depois da primeira? Porque os roteiristas inventaram coisas desnecessárias.




Não gostei da series finale, esperava bem mais dela. Ela terminou de um jeito morno e não deixou a mínima saudade ou vontade de rever os episódios. O final foi cheio de clichês e deixou aquela fenda aberta que os seriadores costumam não gostar quando uma produção termina. Presumo que a série não terá continuação, então porque deixar aquela abertura caso a série possa retornar no futuro? 

Enfim, se fosse pra recomendá-la seria sua primeira temporada, embora a terceira tentou recuperar o fôlego, mas nada que se compare à sua fase de ouro. A atuação do mocinho, interpretado por Kevin Bacon, e do vilão, interpretado por James Purefoy, foram impecáveis na maior parte do tempo, uma pena que a história tenha se degringolado no meio do caminho. J-J










Por: Emerson Garcia

4 comentários :

  1. Nunca vi essa série acredita? Poxa me deu spoiler rs Mas que pena que a série se perdeu, é bem ruim quando isso acontece :s

    www.vestindoideias.com

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  2. Taí uma série que eu nunca assisti. Me pareceu ser bem ousada, vou dar uma chance!

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